Espaço, agora, para mais algumas recordações soltas sem ligação aparente entre elas. Às duas por três vêm à memória e é altura de aqui as partilhar.
Recuo a 1963 e a uma canção bem antiga do cancioneiro norte-americano.
Enquanto em Inglaterra The Beatles se preparavam para revolucionar e qualificar a música popular de uma forma ímpar, do outro lado do Atlântico o melhor ainda ia directo para o Jazz e seus cantores.
Se as vozes femininas no Jazz eram então muito populares, as vozes masculinas (crooners) estavam em declínio face ao êxito crescente do Rock’n’roll. Os nomes mais marcantes eram ainda os de Frank Sinatra, Bing Crosby, Dean Martin e Nat King Cole.
Para hoje, a escolha vai para um nome menos conhecido: Johnny Hartman (1923-1983).
Já com alguns álbuns gravados é em 1963 que se dá o encontro com um dos maiores músicos de Jazz de todos os tempos, o saxofonista John Coltrane (1926-1967). Deste encontro resultaria um disco que rapidamente se tornaria num clássico, “John Coltrane and Johnny Hartman”.
São 6 temas e são 6 pequenas maravilhas entretanto recuperadas para CD, em 1995. O disco foi gravado com o então melhor Quarteto de John Coltrane, a saber: John Coltrane, saxofone; McCoy Tyner (1938-), piano (que tive o prazer de ver na Casa da Música em 2007); Jimmy Garrison (1934-1976), baixo e Elvin Jones (1927-2004), bateria.
A melhor música americana de há mais de 50 anos, num tema escrito por Irving Berlin, em 1946, de nome “They Say It’s Wonderful”.
John Coltrane and Johnny Hartman - They Say It's Wonderful
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