Fairport's Cropredy Convention 2017
Para o final do dia 11 de Agosto estava reservada a actuação de Richard Thompson.
Richard Thompson, referência maior do Folk-Rock britânico, foi, aos 18 anos, elemento fundador dos Fairport Convention onde permaneceu de 1967 a 1971. Foi neste período que os Fairport Convention editaram os seus álbuns mais significativos e rapidamente Richard Thompson se destacou pelas composições que começou a assinar e como tocador de guitarra.
Depois da saída do grupo teve uma carreira a solo com mais de 20 álbuns do melhor Folk-Rock que conhecemos, era pois grande a expectativa para esta primeira vez que ia ter a oportunidade de ver Richard Thompson ao vivo.
Foi uma excelente actuação começando a solo com viola acústica para terminar acompanhado e a tocar guitarra eléctrica.
Excelente na primeira parte acústica, começou com "Gethsemane" na versão do acabado de editar "Acoustic Classics II", para logo continuar com uma canção inédita, "They Tore The Hippodrome Down", prometia. Continuou com belíssimas interpretações de canções como "Valerie", "Down Where the Drunkards Roll" e "1952 Vincent Black Lightning" da qual filmei um extracto.
É com a versão de 2017 de "Gethsemane", um original do álbum "The Old Kit Bag" de 2003, que por hoje ficamos na actuação de Richard Thompson em Cropredy.
Richard Thompson - Gethsemane
Para uns recordações, para outros descobertas. São notas passadas, musicais e não só...
quinta-feira, 31 de agosto de 2017
quarta-feira, 30 de agosto de 2017
Petula Clark - Blackbird
Fairport's Cropredy Convention 2017
Quando em 24 de Dezembro de 2015 aqui postei Petula Clark com a recordação de "Downtown" estava longe de pensar que alguma vez a iria ver ao vivo.
Petula Clark, lembre-se nasceu em 1932 e a sua primeira gravação data de 1949, tem actualmente 84 anos e foi com surpresa que a vi inserida na programação do festival Fairport's Cropredy Convention deste ano. Não só por eventuais dificuldades inerentes à idade, quer pelo género musical que cultivou e que se distancia da marca Folk-Rock do festival.
Surpresa, portanto, mas maior ainda foi a sua actuação. Plena de vivacidade e possuidora ainda de uma grande voz, não se estivesse a ver e pensar-se-ia que era a voz de uma pessoa muito mais nova.
Na actuação Petula Clark interpretou êxitos antigos como o inevitável "Downtown",
recordou o encontro com Charlie Chaplin na Suiça e cantou "This My Song" canção por ele escrita para o filme "A Condessa de Hong-Kong".
Cantou "Imagine" de John Lennon e também canções do mais recente álbum "From Now On", lembro-me de ouvir, entre outras, "Fever" da Peggy Lee, "Black Bird" dos The Beatles, "While You See A Chance" de Steve Winwood e ainda "Sacrifice My Heart".
Petula Clark - Blackbird
Quando em 24 de Dezembro de 2015 aqui postei Petula Clark com a recordação de "Downtown" estava longe de pensar que alguma vez a iria ver ao vivo.
Petula Clark, lembre-se nasceu em 1932 e a sua primeira gravação data de 1949, tem actualmente 84 anos e foi com surpresa que a vi inserida na programação do festival Fairport's Cropredy Convention deste ano. Não só por eventuais dificuldades inerentes à idade, quer pelo género musical que cultivou e que se distancia da marca Folk-Rock do festival.
Surpresa, portanto, mas maior ainda foi a sua actuação. Plena de vivacidade e possuidora ainda de uma grande voz, não se estivesse a ver e pensar-se-ia que era a voz de uma pessoa muito mais nova.
Na actuação Petula Clark interpretou êxitos antigos como o inevitável "Downtown",
recordou o encontro com Charlie Chaplin na Suiça e cantou "This My Song" canção por ele escrita para o filme "A Condessa de Hong-Kong".
Cantou "Imagine" de John Lennon e também canções do mais recente álbum "From Now On", lembro-me de ouvir, entre outras, "Fever" da Peggy Lee, "Black Bird" dos The Beatles, "While You See A Chance" de Steve Winwood e ainda "Sacrifice My Heart".
Petula Clark - Blackbird
terça-feira, 29 de agosto de 2017
Pierce Brothers - It's My Fault
Fairport's Cropredy Convention 2017
Depois de feita a ambientação ao festival, e porque o dia era longo e queria estar presente para as participações finais de Petula Clark e Richard Thompson, tempo para dar um passeio pelas ruas de Cropredy e apreciar o seu ambiente festivo.
Primeiro, referência aos 2 Pubs de Cropredy, o Brasenose Arms e o The Red Lion onde a animação era grande e onde, por entre rios de cerveja, se podia ouvir gratuitamente ao vivo grupos musicais diversos. No The Red Lion ouvia-se, por exemplo, a música de Bob Dylan pelos muito interessantes Dylan Rhythm Band, no Brasenose Arms ouvia-se, quando cheguei ao início da tarde, os Big Baloosh, grupo de Funk-Rock e Blues.
Tempo para um primeiro passeio pelo canal que atravessa Cropredy e apreciar as centenas de barcos estacionados ao longo do mesmo...
... depois passar por outra entrada do festival.
Quando finalmente se regressa ao recinto do festival tempo ainda para ouvir o energético duo australiano Pierce Brothers.
O duo formado pelos irmãos gémeos Jack e Pat Pierce é oriundo de Melbourne e tem vindo a registar uma merecida aceitação por onde têm actuado, principalmente, para além da Austrália, no Reino Unido e Estados Unidos da América.
Da actuação dos Pierce Brothers o vídeo mostra o tema final "Flying Home". Uma bela surpresa estes Pierce Brothers, a seguir com atenção.
Agora, recuamos a 2014 para do álbum "The Night Tree" tirarmos "It's My Fault".
Pierce Brothers - It's My Fault
Depois de feita a ambientação ao festival, e porque o dia era longo e queria estar presente para as participações finais de Petula Clark e Richard Thompson, tempo para dar um passeio pelas ruas de Cropredy e apreciar o seu ambiente festivo.
Primeiro, referência aos 2 Pubs de Cropredy, o Brasenose Arms e o The Red Lion onde a animação era grande e onde, por entre rios de cerveja, se podia ouvir gratuitamente ao vivo grupos musicais diversos. No The Red Lion ouvia-se, por exemplo, a música de Bob Dylan pelos muito interessantes Dylan Rhythm Band, no Brasenose Arms ouvia-se, quando cheguei ao início da tarde, os Big Baloosh, grupo de Funk-Rock e Blues.
Nas traseiras do Pub Brasenose Arms |
Tempo para um primeiro passeio pelo canal que atravessa Cropredy e apreciar as centenas de barcos estacionados ao longo do mesmo...
... depois passar por outra entrada do festival.
Quando finalmente se regressa ao recinto do festival tempo ainda para ouvir o energético duo australiano Pierce Brothers.
O duo formado pelos irmãos gémeos Jack e Pat Pierce é oriundo de Melbourne e tem vindo a registar uma merecida aceitação por onde têm actuado, principalmente, para além da Austrália, no Reino Unido e Estados Unidos da América.
Da actuação dos Pierce Brothers o vídeo mostra o tema final "Flying Home". Uma bela surpresa estes Pierce Brothers, a seguir com atenção.
Agora, recuamos a 2014 para do álbum "The Night Tree" tirarmos "It's My Fault".
Pierce Brothers - It's My Fault
segunda-feira, 28 de agosto de 2017
The Gerry Colvin Band - One More Week
Fairport's Cropredy Convention 2017
Cropredy é uma pequena vila inglesa do município de Oxfordshire com pouco mais de 700 habitantes. É palco anualmente do festival dos Fairport Convention, actualmente designado Fairport's Cropredy Convention, que se realiza desde 1976.
Este ano realizou-se sob o signo do 50º aniversário deste agrupamento que nos finais dos anos 60 revolucionaram a música Folk com o sucesso que tiveram ao electrificar a música tradicional.
Evento que se realizou nos dias 10, 11 e 12 de Agosto passado, nele estive presente nos dois últimos dias.
Em Banbury a 6 km a sul de Cropredy já "cheirava" a Fairport Convention, veja-se a foto na montra duma loja.
Já em Cropredy o ambiente de festa era evidente em várias manifestações, por exemplo num concurso de beneficência de espantalhos, como estes:
Este último a recordar Dave Swarbrick (1941-2016), violinista dos Fairport Convention de 1969 a 1979, à porta da casa onde ele viveu em Cropredy.
Já perto do local da realização do festival a animação aumentava.
E já no interior do espaço onde se realizou o festival o primeiro contacto com o ambiente descontraído que aí se vivia apesar das ameaças do tempo.
Os sons vinham da actuação de The Gerry Colvin Band.
Para audição fica "One More Week" um tema ao vivo de The Gerry Colvin Band.
The Gerry Colvin Band - One More Week
Cropredy é uma pequena vila inglesa do município de Oxfordshire com pouco mais de 700 habitantes. É palco anualmente do festival dos Fairport Convention, actualmente designado Fairport's Cropredy Convention, que se realiza desde 1976.
Este ano realizou-se sob o signo do 50º aniversário deste agrupamento que nos finais dos anos 60 revolucionaram a música Folk com o sucesso que tiveram ao electrificar a música tradicional.
Evento que se realizou nos dias 10, 11 e 12 de Agosto passado, nele estive presente nos dois últimos dias.
Em Banbury a 6 km a sul de Cropredy já "cheirava" a Fairport Convention, veja-se a foto na montra duma loja.
Já em Cropredy o ambiente de festa era evidente em várias manifestações, por exemplo num concurso de beneficência de espantalhos, como estes:
Este último a recordar Dave Swarbrick (1941-2016), violinista dos Fairport Convention de 1969 a 1979, à porta da casa onde ele viveu em Cropredy.
Já perto do local da realização do festival a animação aumentava.
E já no interior do espaço onde se realizou o festival o primeiro contacto com o ambiente descontraído que aí se vivia apesar das ameaças do tempo.
Os sons vinham da actuação de The Gerry Colvin Band.
Para audição fica "One More Week" um tema ao vivo de The Gerry Colvin Band.
The Gerry Colvin Band - One More Week
domingo, 27 de agosto de 2017
Objectivo - At Death's Door
No espaço de 4 anos gravaram 4 discos pequenos (1 EP e 3 Singles) e por ele passaram uma dúzia de músicos, uma boa parte deles estrangeiros, davam pelo nome de Objectivo.
Do Single de 1970 já recuperámos “The Dance Of Death” demonstrativo de uma sonoridade mais pesada que por cá então se começava a ouvir e a produzir. Do EP de 1969 também já lembrámos "A Place In The Sky", continuamos neste EP.
Num anúncio da revista Plateia para o Reveillon de 1969 no Teatro Monumental eram os Objectivo assim apresentados:
“Um conjunto moderno que constituirá seguramente uma agradável surpresa. Eles são quatro. Como sinais particulares, distinguíveis à vista desarmada, podemos assinalar longas cabeleiras e uma maneira excêntrica de vestir. A sua linha musical situa-se ao nível das mais moderna criações «Pop» internacionais tendo, no entanto, sentido melódico acessível a todo o público.”
Moderno, melódico, acessível segue “At Death's Door”, um original (Mário Guia) dos Objectivo, em 1969.
Objectivo -At Death's Door
Do Single de 1970 já recuperámos “The Dance Of Death” demonstrativo de uma sonoridade mais pesada que por cá então se começava a ouvir e a produzir. Do EP de 1969 também já lembrámos "A Place In The Sky", continuamos neste EP.
Num anúncio da revista Plateia para o Reveillon de 1969 no Teatro Monumental eram os Objectivo assim apresentados:
“Um conjunto moderno que constituirá seguramente uma agradável surpresa. Eles são quatro. Como sinais particulares, distinguíveis à vista desarmada, podemos assinalar longas cabeleiras e uma maneira excêntrica de vestir. A sua linha musical situa-se ao nível das mais moderna criações «Pop» internacionais tendo, no entanto, sentido melódico acessível a todo o público.”
Moderno, melódico, acessível segue “At Death's Door”, um original (Mário Guia) dos Objectivo, em 1969.
Objectivo -At Death's Door
sábado, 26 de agosto de 2017
Conjunto ZOO - Baby, Come Back
Os conjuntos portugueses nos anos 60 tinham regra geral pouca duração, os estudos, a Guerra no Ultramar, as dificuldades económicas ditavam normalmente o fim das muitas experiências musicais então ocorridas. Não sei qual terá sido a razão do fim do Conjunto ZOO (1967-1970), por onde passou o Guilherme Inês, mais tarde dos Beatnicks, Chinchilas, Objectivo e, já nos anos 80, nos Salada de Frutas, só sei que deixaram um interessante EP gravado em 1969 com 4 faixas de versões de temas mais ou menos conhecidos na época.
Comecemos pelo texto da contra-capa:
"Não há muito, meia dúzia de rapazes enviaram o seguinte telegrama :
«SENHOR COMANDANTE CHEFE N. A. S. A. STOP UNITED STATES OF AMERICA STOP OFERECEMO-NOS DAR PRIMEIRO ESPECTÁCULO LUA APÓS CHEGADA PRIMEIROS ASTRONAUTAS STOP CONJUNTO ZOO"
Da N. A. S. A. ninguém deu sequer resposta à tão singular mas bem amável oferta desse tal desconhecido Conjunto ZOO. Foi pelo menos pouco cortês, o senhor Comandante Chefe, faltando às mais elementares regras de civilidade e etiqueta e, o que é pior e mais grave, privando os primeiros astronautas a porem pé na Lua, talvez, do curioso espectáculo de música pop que graciosamente se lhes oferecia. Mas perdoa-se-lhe a indelicadeza, porque em boa verdade o pobre comandante deve mesmo andar na Lua e também porque, ao fim e ao cabo, «quem cala, consente». Temos assim que o ZOO, mais dia menos dia, há-de ir à Lua. Que é como quem diz: há-de ir longe.
Para tal, nem lhe falta audácia — leram o texto de telegrama, não leram? Nem lhe escasseia o metal sonante — várias centenas de contos estão traduzidas no instrumental e aparelhagem de melhor qualidade e mais caros do país, no que se refere evidentemente a agrupamentos similares.
Nem, principalmente e para terminar, é alheio ao conjunto o talento interpretativo —ele aí fica bem demonstrado no seu primeiro disco. Oiçam, por exemplo, «Baby, come back» e digam depois se os primeiros visitantes da Lua não poderiam perder um grande espectáculo?
P. S. — Quando sair o próximo disco deste conjunto, tentaremos explicar a origem do seu nome — ZOO — e daremos para os interessados o nome dos seis jovens que o constituem. —F. A.”
Da veracidade do telegrama não faço ideia, verdadeira é a versão de “Baby, Come Back”.
Mas primeiro vamos ao original dos The Equals gravado em 1966 e grande êxito em 1968.
Agora, sim, o Conjunto ZOO e “Baby, Come Back”.
Conjunto ZOO - Baby, Come Back
Comecemos pelo texto da contra-capa:
"Não há muito, meia dúzia de rapazes enviaram o seguinte telegrama :
«SENHOR COMANDANTE CHEFE N. A. S. A. STOP UNITED STATES OF AMERICA STOP OFERECEMO-NOS DAR PRIMEIRO ESPECTÁCULO LUA APÓS CHEGADA PRIMEIROS ASTRONAUTAS STOP CONJUNTO ZOO"
Da N. A. S. A. ninguém deu sequer resposta à tão singular mas bem amável oferta desse tal desconhecido Conjunto ZOO. Foi pelo menos pouco cortês, o senhor Comandante Chefe, faltando às mais elementares regras de civilidade e etiqueta e, o que é pior e mais grave, privando os primeiros astronautas a porem pé na Lua, talvez, do curioso espectáculo de música pop que graciosamente se lhes oferecia. Mas perdoa-se-lhe a indelicadeza, porque em boa verdade o pobre comandante deve mesmo andar na Lua e também porque, ao fim e ao cabo, «quem cala, consente». Temos assim que o ZOO, mais dia menos dia, há-de ir à Lua. Que é como quem diz: há-de ir longe.
Para tal, nem lhe falta audácia — leram o texto de telegrama, não leram? Nem lhe escasseia o metal sonante — várias centenas de contos estão traduzidas no instrumental e aparelhagem de melhor qualidade e mais caros do país, no que se refere evidentemente a agrupamentos similares.
Nem, principalmente e para terminar, é alheio ao conjunto o talento interpretativo —ele aí fica bem demonstrado no seu primeiro disco. Oiçam, por exemplo, «Baby, come back» e digam depois se os primeiros visitantes da Lua não poderiam perder um grande espectáculo?
P. S. — Quando sair o próximo disco deste conjunto, tentaremos explicar a origem do seu nome — ZOO — e daremos para os interessados o nome dos seis jovens que o constituem. —F. A.”
Da veracidade do telegrama não faço ideia, verdadeira é a versão de “Baby, Come Back”.
Mas primeiro vamos ao original dos The Equals gravado em 1966 e grande êxito em 1968.
Agora, sim, o Conjunto ZOO e “Baby, Come Back”.
Conjunto ZOO - Baby, Come Back
sexta-feira, 25 de agosto de 2017
Pop Five Music Incorporated - The Weight
E vamos à 6ª passagem pelos Pop Five Music Incorporated.
As saídas, em finais de 1969, do TóZé Brito (para o Quarteto 1111) e de David Ferreira, e a entrada do Miguel Graça Moura, marcam dois períodos bem distintos na vida dos Pop Five Music Incorporated (1967-1972). De um grupo predominantemente de versões de êxitos do pop-rock anglo-americano, para um grupo que passou a privilegiar os originais com um sonoridade progressivamente mais hard-rock (ouçam-se os Singles gravados nos estúdios da Pye, em Londres, em 1971).
Já em Janeiro de 1970 Luís Varela (guitarra) afirmava na revista «mundo da canção»:
“O nosso repertório é o mais progressivo que conheço (quem toca King Crimson, Jeff Beck, Chicago, Keef Hartley, Blood Sweat and Tears, Renaissance, etc, no nosso país?). Sempre evitámos a música bubblegum e agora, mais do que nunca, preocupamo-nos em satisfazer o nosso interesse na heavy music, nas correntes mais adiantadas da música pop mundial.”
A opção de escolha fica, entre originais (alguns menos inspirados) e versões de canções (algumas, na época, por cá pouco divulgadas), para esta última. Recuamos ao 2ºEP de 1969 e ao tema “The Weight”, um original do excelente grupo The Band, grupo que para além de ter sido conhecido como suporte a Bob Dylan, teve um conjunto de gravações originais de muito bom gosto.
The Band terminaram em 1976 com o famoso concerto de despedida, gravado por Martin Scorsese, “The Last Waltz”, e é a este concerto que vamos buscar “The Weight” (gravado originalmente em 1968) aqui com a colaboração dos The Staple Singers.
A não desmerecer, em anexo “The Weight” pelos portuenses Pop Five Music Incorporated.
Pop Five Music Incorporated - The Weight
As saídas, em finais de 1969, do TóZé Brito (para o Quarteto 1111) e de David Ferreira, e a entrada do Miguel Graça Moura, marcam dois períodos bem distintos na vida dos Pop Five Music Incorporated (1967-1972). De um grupo predominantemente de versões de êxitos do pop-rock anglo-americano, para um grupo que passou a privilegiar os originais com um sonoridade progressivamente mais hard-rock (ouçam-se os Singles gravados nos estúdios da Pye, em Londres, em 1971).
Já em Janeiro de 1970 Luís Varela (guitarra) afirmava na revista «mundo da canção»:
“O nosso repertório é o mais progressivo que conheço (quem toca King Crimson, Jeff Beck, Chicago, Keef Hartley, Blood Sweat and Tears, Renaissance, etc, no nosso país?). Sempre evitámos a música bubblegum e agora, mais do que nunca, preocupamo-nos em satisfazer o nosso interesse na heavy music, nas correntes mais adiantadas da música pop mundial.”
A opção de escolha fica, entre originais (alguns menos inspirados) e versões de canções (algumas, na época, por cá pouco divulgadas), para esta última. Recuamos ao 2ºEP de 1969 e ao tema “The Weight”, um original do excelente grupo The Band, grupo que para além de ter sido conhecido como suporte a Bob Dylan, teve um conjunto de gravações originais de muito bom gosto.
The Band terminaram em 1976 com o famoso concerto de despedida, gravado por Martin Scorsese, “The Last Waltz”, e é a este concerto que vamos buscar “The Weight” (gravado originalmente em 1968) aqui com a colaboração dos The Staple Singers.
A não desmerecer, em anexo “The Weight” pelos portuenses Pop Five Music Incorporated.
Pop Five Music Incorporated - The Weight
quinta-feira, 24 de agosto de 2017
Quarteto 1111 - Partindo-se
Já evoquei o conjunto Quarteto 1111 e o José Cid variadas vezes. Aqui vai mais uma.
Pouco mais terei a dizer sobre a importância que tiveram na renovação da música Pop no final dos anos 60, início de 70. Resta ir recuperando temas que são sempre fonte de deleite e que nos transportam para outros bons tempos. Entre eles está uma canção que surgiu no 2º EP de 1968 ( O EP da “Balada Para D. Inês” – 3º lugar no Festival da Canção da RTP) e dava pelo nome de “Partindo-se” e é uma bela composição de José Cid com letra de João Roiz de Castelo Branco, cavaleiro nobre português, fidalgo da Casa Real, cortesão e poeta humanista de acordo com a wikipédia.
Ficamos então com uma poesia medieval tão habilmente musicada pelo José Cid, que bela canção!:
Senhora, partem tão tristes
meus olhos por vós, meu bem,
que nunca tão tristes vistes
outros nenhuns por ninguém.
Tão tristes, tão saudosos,
tão doentes da partida,
tão cansados, tão chorosos,
da morte mais desejosos
cem mil vezes que da vida.
Partem tão tristes os tristes,
tão fora d' esperar bem,
que nunca tão tristes vistes
outros nenhuns por ninguém.
Ora ouçam.
Quarteto 1111 - Partindo-se
Pouco mais terei a dizer sobre a importância que tiveram na renovação da música Pop no final dos anos 60, início de 70. Resta ir recuperando temas que são sempre fonte de deleite e que nos transportam para outros bons tempos. Entre eles está uma canção que surgiu no 2º EP de 1968 ( O EP da “Balada Para D. Inês” – 3º lugar no Festival da Canção da RTP) e dava pelo nome de “Partindo-se” e é uma bela composição de José Cid com letra de João Roiz de Castelo Branco, cavaleiro nobre português, fidalgo da Casa Real, cortesão e poeta humanista de acordo com a wikipédia.
Ficamos então com uma poesia medieval tão habilmente musicada pelo José Cid, que bela canção!:
Senhora, partem tão tristes
meus olhos por vós, meu bem,
que nunca tão tristes vistes
outros nenhuns por ninguém.
Tão tristes, tão saudosos,
tão doentes da partida,
tão cansados, tão chorosos,
da morte mais desejosos
cem mil vezes que da vida.
Partem tão tristes os tristes,
tão fora d' esperar bem,
que nunca tão tristes vistes
outros nenhuns por ninguém.
Ora ouçam.
Quarteto 1111 - Partindo-se
quarta-feira, 23 de agosto de 2017
Victor Gomes - My Prayer
“Lisboa ficava tomada de assalto quando, nesse fabuloso Teatro Monumental, no mesmo cartaz em que o saudoso Vasco Morgado apresentava as maiores e mais belas produções marcantes das melhores décadas dos palcos portugueses, entre as luzes que anunciavam Laura Alves, Vasco Santana, António Silva, Costinha, Villaret, onde desfilavam Sammy Davis e Duke Ellington, Aznavour e Ella Fitzgerald, Sylvie Vartan e Hallyday, Alberto Cortez e Bécaud, Grande Otelo e Sandie Shaw, o trompete fascinante de Louis Armstrong, no mesmo tablado pisado entre ovações sem conta por Eunice Muñoz. Paulo Renato, Max, Amália, Milú, Simone, entrava um rapaz magro e nervoso, liana louca que se transfigurava aos primeiros acordes musicais para, no comando dos seus Gatos Negros, friccionar a serenidade, inocular frenesim e paixão, interpretando os mais modernos ritmos que surgiam pelo mundo.”
Assim começa o texto da capa interior do CD editado em 1993 intitulado “O Regresso do Rei do Rock”. Era o Victor Gomes e Os Gatos Negros!
Victor Gomes chega a Lisboa (vindo de Angola) em 1963 onde obtém um enorme sucesso. Do Blog Ié-Ié as palavras do próprio Victor Gomes:
“Quando cheguei a Portugal, em 1963, já havia o Zeca do Rock, o Joaquim Costa, o Nelo do Twist, o Fernando Conde, mas não cantavam o rock original, cantavam umas coisas em português. Fui o primeiro a cantar rock em inglês. O Daniel Bacelar cantava umas baladas. Eu é que trouxe a energia do rock, a rebeldia e os blusões de cabedal pretos, à americana.”
Entre concursos, espectáculos e o cinema se fez a trajectória de Victor Gomes até 1967, altura da gravação de um único EP já, entretanto, aqui recuperado. Desse mesmo EP, gravado não com os Gatos Pretos, mas sim com Os Siderais, chega a vez de “My Prayer” êxito dos The Platters em 1956.
Agora, “My Prayer” por Victor Gomes e Os Siderais.
Victor Gomes - My Prayer
Assim começa o texto da capa interior do CD editado em 1993 intitulado “O Regresso do Rei do Rock”. Era o Victor Gomes e Os Gatos Negros!
Victor Gomes chega a Lisboa (vindo de Angola) em 1963 onde obtém um enorme sucesso. Do Blog Ié-Ié as palavras do próprio Victor Gomes:
“Quando cheguei a Portugal, em 1963, já havia o Zeca do Rock, o Joaquim Costa, o Nelo do Twist, o Fernando Conde, mas não cantavam o rock original, cantavam umas coisas em português. Fui o primeiro a cantar rock em inglês. O Daniel Bacelar cantava umas baladas. Eu é que trouxe a energia do rock, a rebeldia e os blusões de cabedal pretos, à americana.”
Entre concursos, espectáculos e o cinema se fez a trajectória de Victor Gomes até 1967, altura da gravação de um único EP já, entretanto, aqui recuperado. Desse mesmo EP, gravado não com os Gatos Pretos, mas sim com Os Siderais, chega a vez de “My Prayer” êxito dos The Platters em 1956.
Agora, “My Prayer” por Victor Gomes e Os Siderais.
Victor Gomes - My Prayer
terça-feira, 22 de agosto de 2017
Quinteto Académico - Abdulah
Existiu quase toda a década de 60 (1961-1969), por ele passaram várias dezenas de músicos, contrariamente à generalidade dos conjuntos de então não abraçaram os sons Ié-Ié e os seus elementos abriram-se a outras influências menos comuns, pincelas de Jazz e Soul. Foi o Quinteto Académico, mais tarde Quinteto Académico + 2.
Depois de já termos recordado “Winchester Cathedral” e “Reach Out I'll Be There” , ambas do 2º EP de 1967, recuamos mais um pouco e vamos ao 1º EP gravado em 1966, na contra-capa lia-se:
“Se normalmente um disco representa a consagração de um conjunto, existe no Quinteto Académico uma excepção a tal regra: um conjunto já consagrado enceta agora a sua carreira no mundo do disco. Sem nunca se ter preocupado com alardes de publicidade, a ascensão do Quinteto Académico tem-se caracterizado pela segurança de cada passo e solidez em cada estágio. Nessa linha de conduta e desfrutando indubitavelmente de uma posição cimeira na panorâmica dos conjuntos portugueses, só agora a exigência que sempre caracterizou os seus elementos (são eles os mais implacáveis juízes de si próprios) permitiu a gravação em disco de algumas das suas interpretações.
No caso presente incluem-se quatro composições que traduzem a versatilidade e ecletismo deste grupo. Ao lado de «Abdulah», o mais recente shake de sua autoria, surge um espiritual negro, «Michael» uma kwela em que sobressai a originalidade do instrumento solista — uma ocarina — que lhe empresta um sabor exótico, rematando por uma interpretação parodiada, de inspiração clássica, de um ritmo actual: o let kiss.
Não nos restam quaisquer dúvidas. O Quinteto Académico gravou um disco em todos os aspectos válido; um disco que pela diversidade de estilos, domínio de vozes e originalidade de orquestração (nada menos de 14 instrumentos intervieram na gravação), se destina, decerto, a agradar a todos os apreciadores de autêntica música.”
Do ecletismo deste EP escolhi o instrumental “Abdulah”, único original do conjunto. Ora, vamos lá, ouvir “Abdulah”, um “shake” como então se dizia.
Quinteto Académico - Abdulah
Depois de já termos recordado “Winchester Cathedral” e “Reach Out I'll Be There” , ambas do 2º EP de 1967, recuamos mais um pouco e vamos ao 1º EP gravado em 1966, na contra-capa lia-se:
“Se normalmente um disco representa a consagração de um conjunto, existe no Quinteto Académico uma excepção a tal regra: um conjunto já consagrado enceta agora a sua carreira no mundo do disco. Sem nunca se ter preocupado com alardes de publicidade, a ascensão do Quinteto Académico tem-se caracterizado pela segurança de cada passo e solidez em cada estágio. Nessa linha de conduta e desfrutando indubitavelmente de uma posição cimeira na panorâmica dos conjuntos portugueses, só agora a exigência que sempre caracterizou os seus elementos (são eles os mais implacáveis juízes de si próprios) permitiu a gravação em disco de algumas das suas interpretações.
No caso presente incluem-se quatro composições que traduzem a versatilidade e ecletismo deste grupo. Ao lado de «Abdulah», o mais recente shake de sua autoria, surge um espiritual negro, «Michael» uma kwela em que sobressai a originalidade do instrumento solista — uma ocarina — que lhe empresta um sabor exótico, rematando por uma interpretação parodiada, de inspiração clássica, de um ritmo actual: o let kiss.
Não nos restam quaisquer dúvidas. O Quinteto Académico gravou um disco em todos os aspectos válido; um disco que pela diversidade de estilos, domínio de vozes e originalidade de orquestração (nada menos de 14 instrumentos intervieram na gravação), se destina, decerto, a agradar a todos os apreciadores de autêntica música.”
Do ecletismo deste EP escolhi o instrumental “Abdulah”, único original do conjunto. Ora, vamos lá, ouvir “Abdulah”, um “shake” como então se dizia.
Quinteto Académico - Abdulah
segunda-feira, 21 de agosto de 2017
Keepers - I Don't Want To Be a Liar Again
Regressado de Cropredy, do festival do 50º aniversário dos Fairport Convention e enquanto preparo alguma informação sobre este evento, mais algumas recuperações, algumas pouco conhecidas, do Pop-Rock nacional dos anos 60.
Já recuperámos Os Keepers, conjunto português com 3 EP editados nos anos de 1967/8, na versão desastrada de “Light my Fire” dos The Doors.
A informação sobre eles é muito pouca, eu diria proporcional à qualidade manifestada nas gravações. Na edição de 14 de Maio de 1968 da revista Plateia era possível ler sob o título "Os «Keepers» têm agora seis elementos”:
“Cotado entre os mais categorizados conjuntos portugueses quer pela edição de discos, quer pelas suas actuações na TV e em casinos de norte a sul do país, «Os Keepers» acabam de dar mais um passo para virem a disputar o primeiríssimo lugar entre os conjuntos de ritmos modernos.
Se a qualidade é por vezes mais importante do que a quantidade, esta é também fundamental quando se quer ir mais longe e mais além. Daí a decisão do director do conjunto, Vítor Hub, de acrescentar mais uma unidade - o organista Joaquim Salvado, de 19 anos - à anterior composição de «Os Keepers». Este elemento participou já da gravação do último disco do conjunto, verdadeiro êxito em todas as estações de rádio e nas discotecas. Trata-se de uma gravação que inclui o 1.º e o 2.º prémio do Festival da Eurovisão de 1968 — «La, la, la» e «Congratulations» — e ainda a canção jugoslava «Um dia» na versão portuguesa de Paulo Machado. Completa o disco a composição original de Paulo Machado, escrita especialmente para os «Keepers» intitulada «I Dont want to be aliar again».
O êxito deste disco levou a marca R.R. a solicitar nova gravação aos «Keepers», para sair dentro de 30 dias. Entretanto, «Os Keepers» preparam-se para aparecer em dois programas da televisão — «Riso e Ritmo» e «TV Clube» — e para actuarem no Casino Estoril. Durante o próximo Verão, o conjunto deve ser contratado para atracção exclusiva da «Ronda», no Estoril.”
O disco referido no texto era a 2ª gravação do conjunto com 3 interpretações sofríveis de canções do Festival da Eurovisão. A 4ª canção é um original a soar a Beach Boys, mas nem por isso melhor que as outras, de nome “I Don't Want To Be a Liar Again”.
Os Keepers - I Don't Want To Be a Liar Again
Já recuperámos Os Keepers, conjunto português com 3 EP editados nos anos de 1967/8, na versão desastrada de “Light my Fire” dos The Doors.
A informação sobre eles é muito pouca, eu diria proporcional à qualidade manifestada nas gravações. Na edição de 14 de Maio de 1968 da revista Plateia era possível ler sob o título "Os «Keepers» têm agora seis elementos”:
“Cotado entre os mais categorizados conjuntos portugueses quer pela edição de discos, quer pelas suas actuações na TV e em casinos de norte a sul do país, «Os Keepers» acabam de dar mais um passo para virem a disputar o primeiríssimo lugar entre os conjuntos de ritmos modernos.
Se a qualidade é por vezes mais importante do que a quantidade, esta é também fundamental quando se quer ir mais longe e mais além. Daí a decisão do director do conjunto, Vítor Hub, de acrescentar mais uma unidade - o organista Joaquim Salvado, de 19 anos - à anterior composição de «Os Keepers». Este elemento participou já da gravação do último disco do conjunto, verdadeiro êxito em todas as estações de rádio e nas discotecas. Trata-se de uma gravação que inclui o 1.º e o 2.º prémio do Festival da Eurovisão de 1968 — «La, la, la» e «Congratulations» — e ainda a canção jugoslava «Um dia» na versão portuguesa de Paulo Machado. Completa o disco a composição original de Paulo Machado, escrita especialmente para os «Keepers» intitulada «I Dont want to be aliar again».
O êxito deste disco levou a marca R.R. a solicitar nova gravação aos «Keepers», para sair dentro de 30 dias. Entretanto, «Os Keepers» preparam-se para aparecer em dois programas da televisão — «Riso e Ritmo» e «TV Clube» — e para actuarem no Casino Estoril. Durante o próximo Verão, o conjunto deve ser contratado para atracção exclusiva da «Ronda», no Estoril.”
O disco referido no texto era a 2ª gravação do conjunto com 3 interpretações sofríveis de canções do Festival da Eurovisão. A 4ª canção é um original a soar a Beach Boys, mas nem por isso melhor que as outras, de nome “I Don't Want To Be a Liar Again”.
Os Keepers - I Don't Want To Be a Liar Again
quarta-feira, 9 de agosto de 2017
Férias com Fairport's Cropredy Convention 2017
Este ano faz 50 anos que o histórico grupo de Folk-Rock inglês Fairport Convention se formou.
A 10, 11 e 12 realiza-se o festival Fairport's Cropredy Convention na pequena vila de Cropredy cuja primeira realização data de 1976. Portanto nada melhor que aproveitar as férias e conjugá-las com este evento, cujo cartaz é o seguinte.
As expectativas maiores vão para o 2º e 3º dias onde se destaca:
- Petula Clark, com a bonita idade de 84 anos ainda pisa os palcos e está activa em termos discográficos. Será que vamos ouvir "Downtown"?
- Richard Thompson, membro fundador dos Fairport Convention onde permaneceu de 1967 a 1971. Músico ímpar na cena folk-rock desde os anos 60 até hoje, foi galardoado em 2011 Officer of the Order of the British Empire pelo serviço prestado à música. É a expectativa maior e a concretização de um desejo, ver Richard Thompson ao vivo.
- Morris On, é um colectivo de músicos que teve a primeira aparição em 1972 com um disco com a mesma designação. Na génese do projecto Morris On está Ashley Huchings membro fundador do Fairport Convention onde esteve de 1967 a 1969.
- Judy Dyble's Band of Perfect Strangers, banda actual de Judy Dyble, cantora da formação inicial dos Fairport Convention, deu a voz no primeiro LP do grupo, sendo substituída em 1968 pela saudosa Sandy Denny.
- Plainsong, formação intermitente de Ian Matthews (ou Iain Matthews). Ian Matthews, voz inconfundível, fez parceria com Sandy Denny nos anos de 1968 e 1969. Neste ano partiu para carreira a solo e não só formando excelentes grupos como os Matthews Southern Confort e os Plainsong do magnífico álbum "In Search of Amelia Earhart" de 1972.
- Fairport Convention & Friends, a fechar o festival os actuais Fairport Convention numa actuação prevista de 3 horas, onde Simon Nicol é a única presença da formação inicial e por onde deverão passar, para além dos amigos, muitos dos músicos que integraram este colectivo. Esperamos homenagem aos desaparecidos Trevor Lucas, Dave Swarbrick, Martin Lamble e a incontornável Sandy Denny.
Agora é tempo de pegar nos bilhetes...
... e partir em direcção a Cropredy. Até breve.
Tempo ainda para voltar a ouvir "Meet on the Ledge", uma canção de Richard Thompson de 1968, na voz estão Sandy Denny e Ian Matthews.
Fairport Convention - Meet on the Ledge
A 10, 11 e 12 realiza-se o festival Fairport's Cropredy Convention na pequena vila de Cropredy cuja primeira realização data de 1976. Portanto nada melhor que aproveitar as férias e conjugá-las com este evento, cujo cartaz é o seguinte.
As expectativas maiores vão para o 2º e 3º dias onde se destaca:
- Petula Clark, com a bonita idade de 84 anos ainda pisa os palcos e está activa em termos discográficos. Será que vamos ouvir "Downtown"?
- Richard Thompson, membro fundador dos Fairport Convention onde permaneceu de 1967 a 1971. Músico ímpar na cena folk-rock desde os anos 60 até hoje, foi galardoado em 2011 Officer of the Order of the British Empire pelo serviço prestado à música. É a expectativa maior e a concretização de um desejo, ver Richard Thompson ao vivo.
- Morris On, é um colectivo de músicos que teve a primeira aparição em 1972 com um disco com a mesma designação. Na génese do projecto Morris On está Ashley Huchings membro fundador do Fairport Convention onde esteve de 1967 a 1969.
- Judy Dyble's Band of Perfect Strangers, banda actual de Judy Dyble, cantora da formação inicial dos Fairport Convention, deu a voz no primeiro LP do grupo, sendo substituída em 1968 pela saudosa Sandy Denny.
- Plainsong, formação intermitente de Ian Matthews (ou Iain Matthews). Ian Matthews, voz inconfundível, fez parceria com Sandy Denny nos anos de 1968 e 1969. Neste ano partiu para carreira a solo e não só formando excelentes grupos como os Matthews Southern Confort e os Plainsong do magnífico álbum "In Search of Amelia Earhart" de 1972.
- Fairport Convention & Friends, a fechar o festival os actuais Fairport Convention numa actuação prevista de 3 horas, onde Simon Nicol é a única presença da formação inicial e por onde deverão passar, para além dos amigos, muitos dos músicos que integraram este colectivo. Esperamos homenagem aos desaparecidos Trevor Lucas, Dave Swarbrick, Martin Lamble e a incontornável Sandy Denny.
Agora é tempo de pegar nos bilhetes...
... e partir em direcção a Cropredy. Até breve.
Tempo ainda para voltar a ouvir "Meet on the Ledge", uma canção de Richard Thompson de 1968, na voz estão Sandy Denny e Ian Matthews.
Fairport Convention - Meet on the Ledge
terça-feira, 8 de agosto de 2017
Os Kriptons
Da música feita nas ex-províncias ultramarinas na década de 60 já tivemos vários exemplos: Os Rocks (Angola), Night Stars, Os Inflexos e Os Impacto, Conjunto Renato Silva e Os Rebeldes (todos de Moçambique).
Chegou a vez de Os Kriptons de Angola e o único EP por eles editado em 1965.
Com 4 faixas,”Paula”,”SO4H2”, "Billy Boom” e “Manga Madura”, respectivamente,um slow, uma bossa nova, uma cavalgada e um twist.
Eis o texto da contra capa do EP:
“O conjunto "Os Kriptons" é composto por:
DINITO (António José Diamantino) — 16 anos — viola — solista — Um jovem que vive a música pela música. Compositor inspirado, é a alma do conjunto.
CARSS (Carlos Alberto Sanches) — 20 anos — viola baixo — Calmo e descontraído. Compõe linda música romântica.
GILIMA (Gil Azevedo Lima) — 17 anos — viola de ritmo — Tem ritmo na ponta dos dedos.
TONI (António Veloso) — 18 anos — baterista — De estilo pessoal inconfundível impõe-se como dos melhores bateristas de Angola.
Este conjunto que se apresentou pela primeira vez em Outubro de 1964 no N'GOLA cine, de Luanda, rapidamente se impôs pela qualidade musical das suas interpretações e pelos originais que rapidamente se popularizam. É conhecido como o "conjunto da musicalidade" e é já um dos mais populares de Angola.”
Deste “conjunto da musicalidade” ficamos com a cavalgada, ou seja “Billy Boom”.
Os Kriptons - Billy Boom
Chegou a vez de Os Kriptons de Angola e o único EP por eles editado em 1965.
Com 4 faixas,”Paula”,”SO4H2”, "Billy Boom” e “Manga Madura”, respectivamente,um slow, uma bossa nova, uma cavalgada e um twist.
Eis o texto da contra capa do EP:
“O conjunto "Os Kriptons" é composto por:
DINITO (António José Diamantino) — 16 anos — viola — solista — Um jovem que vive a música pela música. Compositor inspirado, é a alma do conjunto.
CARSS (Carlos Alberto Sanches) — 20 anos — viola baixo — Calmo e descontraído. Compõe linda música romântica.
GILIMA (Gil Azevedo Lima) — 17 anos — viola de ritmo — Tem ritmo na ponta dos dedos.
TONI (António Veloso) — 18 anos — baterista — De estilo pessoal inconfundível impõe-se como dos melhores bateristas de Angola.
Este conjunto que se apresentou pela primeira vez em Outubro de 1964 no N'GOLA cine, de Luanda, rapidamente se impôs pela qualidade musical das suas interpretações e pelos originais que rapidamente se popularizam. É conhecido como o "conjunto da musicalidade" e é já um dos mais populares de Angola.”
Deste “conjunto da musicalidade” ficamos com a cavalgada, ou seja “Billy Boom”.
Os Kriptons - Billy Boom
segunda-feira, 7 de agosto de 2017
Os Rebeldes - Murder by Contract
Mais uma vez de regresso às ex-colónias para recordar mais um conjunto dos anos 60: Os Rebeldes.
Não Os Rebeldes de Angola por onde passou o Fausto Bordalo Dias, que esses não deixaram qualquer gravação, mas Os Rebeldes de Moçambique que em 1966 editaram um único EP.
O EP é composto por 4 temas, a saber: "Tiro Liro" (Popular), "Quando Verrá l’inverno" (cantado em italiano), "Tchin Tchin" (Cantado em francês – original de Richard Antony), "Murder by Contract" (musical do filme com o mesmo nome de 1958).
Francisco Casanova assinava o seguinte texto da contra-capa:
“Conheci-os há relativamente pouco tempo, quando começaram a frequentar a CASANOVA LIMITADA, (Discoteca da cidade).
A sua extraordinária popularidade, deve-se a um segredo que vive com eles, “SIMPLICIDADE" verdadeiros campeões de simpatia, estes 4 estudantes têm procurado como verdadeiros titãs, extrair simultâneamente as melhores notas nos seus estudos e dos seus instrumentos.
Armando Claro, é o vocalista e viola baixo.
Francisco Pires, é o viola solo, sendo já um bom intérprete, depois vem a seguir o Jorge Cortez, viola ritmo e vocalista dos números gravados, terminando com Cabrita Alves, que sabe marcar o compasso na sua bateria.
Estes são os quatro "REBELDES", de quem sinto especial prazer em apresentar, dado que a sua rebeldia tem dois significados, que o público beirense reconhece e admira: MÚSICA E SIMPATIA.”
A escolha vai para a última faixa, “Murder by Contract”.
Os Rebeldes - Murder by Contract
Não Os Rebeldes de Angola por onde passou o Fausto Bordalo Dias, que esses não deixaram qualquer gravação, mas Os Rebeldes de Moçambique que em 1966 editaram um único EP.
O EP é composto por 4 temas, a saber: "Tiro Liro" (Popular), "Quando Verrá l’inverno" (cantado em italiano), "Tchin Tchin" (Cantado em francês – original de Richard Antony), "Murder by Contract" (musical do filme com o mesmo nome de 1958).
Francisco Casanova assinava o seguinte texto da contra-capa:
“Conheci-os há relativamente pouco tempo, quando começaram a frequentar a CASANOVA LIMITADA, (Discoteca da cidade).
A sua extraordinária popularidade, deve-se a um segredo que vive com eles, “SIMPLICIDADE" verdadeiros campeões de simpatia, estes 4 estudantes têm procurado como verdadeiros titãs, extrair simultâneamente as melhores notas nos seus estudos e dos seus instrumentos.
Armando Claro, é o vocalista e viola baixo.
Francisco Pires, é o viola solo, sendo já um bom intérprete, depois vem a seguir o Jorge Cortez, viola ritmo e vocalista dos números gravados, terminando com Cabrita Alves, que sabe marcar o compasso na sua bateria.
Estes são os quatro "REBELDES", de quem sinto especial prazer em apresentar, dado que a sua rebeldia tem dois significados, que o público beirense reconhece e admira: MÚSICA E SIMPATIA.”
A escolha vai para a última faixa, “Murder by Contract”.
Os Rebeldes - Murder by Contract
domingo, 6 de agosto de 2017
Os Inflexos - Uma Velha Foi à Feira
Das ex-colónias já recordámos alguns conjuntos dos anos 60 onde os sons do Rock então dominante eram influência evidente: Os Rocks, Night Stars, Os Inflexos foram alguns deles.
Os Inflexos pela importância que tiveram no período da sua existência, de 1966 a 1971 têm agora nova recuperação.
Deles já ouvimos, do único EP gravado na África do Sul, a muito má versão de “Ob-La-Di Ob-La-Da” dos The Beatles.
Nessas mesmas sessões de gravação um tema original de nome “You're Much Too Proud” nunca chegou a ser editado e pode agora ser conhecido através do clip do Youtube.
A música mais conhecida de Os Inflexos é, no entanto, “Uma Velha Foi à Feira”, a faixa de abertura do lado B do EP do ano de 1969 (estranho um EP a 33 rpm, não?), aqui fica.
Os Inflexos - Uma Velha Foi à Feira
Os Inflexos pela importância que tiveram no período da sua existência, de 1966 a 1971 têm agora nova recuperação.
Deles já ouvimos, do único EP gravado na África do Sul, a muito má versão de “Ob-La-Di Ob-La-Da” dos The Beatles.
Nessas mesmas sessões de gravação um tema original de nome “You're Much Too Proud” nunca chegou a ser editado e pode agora ser conhecido através do clip do Youtube.
A música mais conhecida de Os Inflexos é, no entanto, “Uma Velha Foi à Feira”, a faixa de abertura do lado B do EP do ano de 1969 (estranho um EP a 33 rpm, não?), aqui fica.
Os Inflexos - Uma Velha Foi à Feira
sábado, 5 de agosto de 2017
Guitarras de Fogo - Seguirei o Sol
Só editaram um disco EP e já por aqui passaram, eram os Guitarra de Fogo.
Formaram-se no início da década de 60, actuavam no intervalo do filme “Uma Rapariga nos Teus Braços” de Cliff Richard, andaram pelo Concurso Ié-Ié no Teatro Monumental, passaram pela RTP.
O disco gravado à pressa é muito eclético, 2 faixas de inspiração africana, um tema de Chuck Berry (Memphis) e ainda uma versão em português de “I’ll Follow the Sun”, uma canção de Lennon/McCartney do álbum “Beatles for Sale” de 1964.
Recordemos “I’ll Follow the Sun” numa interpretação de Paul McCartney em 2005.
De volta ao EP dos Guitarra de Fogo que, recorda José Lourenço, baterista do conjunto, em "Biografia do Ié-Ié" de Luís Pinheiro de Almeida, “Gravámos nos Estúdios da Valentim em Paço de Arcos, mas só nos deram duas horas. O disco é mau. Ainda tentámos evitar que ele saísse, mas não foi possível.”
Não é efectivamente de qualidade que se recomende, mas, se não tivesse saído, como é que agora recordávamos “Seguirei o Sol”? Ora aí vai.
Guitarras de Fogo - Seguirei o Sol
Formaram-se no início da década de 60, actuavam no intervalo do filme “Uma Rapariga nos Teus Braços” de Cliff Richard, andaram pelo Concurso Ié-Ié no Teatro Monumental, passaram pela RTP.
O disco gravado à pressa é muito eclético, 2 faixas de inspiração africana, um tema de Chuck Berry (Memphis) e ainda uma versão em português de “I’ll Follow the Sun”, uma canção de Lennon/McCartney do álbum “Beatles for Sale” de 1964.
Recordemos “I’ll Follow the Sun” numa interpretação de Paul McCartney em 2005.
De volta ao EP dos Guitarra de Fogo que, recorda José Lourenço, baterista do conjunto, em "Biografia do Ié-Ié" de Luís Pinheiro de Almeida, “Gravámos nos Estúdios da Valentim em Paço de Arcos, mas só nos deram duas horas. O disco é mau. Ainda tentámos evitar que ele saísse, mas não foi possível.”
Não é efectivamente de qualidade que se recomende, mas, se não tivesse saído, como é que agora recordávamos “Seguirei o Sol”? Ora aí vai.
Guitarras de Fogo - Seguirei o Sol
sexta-feira, 4 de agosto de 2017
Os Plutónicos com Gino Garrido - Goodbye, My Love
Mais algumas passagem pelo Pop-Rock nacional dos anos 60 para recordarmos nomes, alguns deles completamente esquecidos, que deixaram de alguma forma a sua marca, nem que fosse na gravação de um único Single ou EP, na relativa curta história do Pop-Rock (muitas vezes mais Pop que Rock) daquela década.
Muitos foram os nomes que por aqui já passaram, o de hoje faz a primeira aparição. Os Plutónicos é a designação do grupo e estariam em 1977 na génese dos A Ferro e Fogo.
Socorrendo-me de Aristides Duarte no seu livro "Memórias do Rock Português" ficamos a saber:
"Pertencentes à mesma geração dos Sheiks, Chinchilas, Conjunto Mistério e outros, Os Plutónicos formaram-se em 1962, na Pontinha. Começaram por ser um conjunto de baile que tocava os êxitos do momento para as pessoas dançarem.
Uma das suas formações era composta por Zé Pimentel (guitarra), Vítor Alves (guitarra), Gino Garrido (voz), António Fernando (baixo) e Vítor Capela (bateria). Esta formação chegou a gravar um EP, com alguns temas cantados em português. Gino Garrido era, aliás, um vocalista bastante conhecido no meio musical da época."
O EP editado em 1967 continha uma faixa em inglês e as restantes três em português. Ficamos com o tema de Gino Garrido "Goodbye, My Love".
Os Plutónicos com Gino Garrido - Goodbye, My Love
Muitos foram os nomes que por aqui já passaram, o de hoje faz a primeira aparição. Os Plutónicos é a designação do grupo e estariam em 1977 na génese dos A Ferro e Fogo.
Socorrendo-me de Aristides Duarte no seu livro "Memórias do Rock Português" ficamos a saber:
"Pertencentes à mesma geração dos Sheiks, Chinchilas, Conjunto Mistério e outros, Os Plutónicos formaram-se em 1962, na Pontinha. Começaram por ser um conjunto de baile que tocava os êxitos do momento para as pessoas dançarem.
Uma das suas formações era composta por Zé Pimentel (guitarra), Vítor Alves (guitarra), Gino Garrido (voz), António Fernando (baixo) e Vítor Capela (bateria). Esta formação chegou a gravar um EP, com alguns temas cantados em português. Gino Garrido era, aliás, um vocalista bastante conhecido no meio musical da época."
O EP editado em 1967 continha uma faixa em inglês e as restantes três em português. Ficamos com o tema de Gino Garrido "Goodbye, My Love".
Os Plutónicos com Gino Garrido - Goodbye, My Love
quinta-feira, 3 de agosto de 2017
Bob Dylan - Wigwam
mundo da canção nº 4
De "Mixed up confusion" a "I Could Have Told You" vão 55 anos de distância, vão 38 álbuns de estúdio, vão de um Bob Dylan inconformado e irreverente de "Bob Dylan" interprete de Folk e Blues a um Bob Dylan Pop-Star de "Triplicate" interprete de canções clássicas americanas da primeira metade do século XX. Sempre avançado no tempo. Bob Dylan, um caso à parte na história da música popular.
Em Março de 1970, o nº 4 da revista "mundo da canção" publicava na última página a ficha nº 3 dedicada a Bob Dylan, onde se podia ler: "A maneira de compreender Dylan é ouvi-lo. Ouvi-lo com cuidado. Escutar uma canção de cada vez, tocando-a numerosas vezes até que fique bem dentro de nós."
Nessa altura, Bob Dylan estava em estúdio a efectuar as gravações do menos bem acolhido "Self Portrait". Um duplo LP pró-Country que a crítica estranhou mas que hoje se ouve com muito agrado, de canções tradicionais a canções originais assim se fazia este subestimado disco.
Depois da consagração total na ilha de Wight", Dylan edita em 1970 "Self Portrait" (que incluía 4 faixas gravadas ao vivo em Wight), um disco, segundo Jesús Ordovas no livro "Bob Dylan", de "reconciliação e auto-aceitação". Um disco onde "Os críticos americanos começavam a falar de conformismo e estabilidade", mas "Muitos consideram que o seu Auto-retrato é uma das mais belas obras de arte da música contemporânea americana". Terminando ao afirmar que "... Auto-retrato abria um infinito leque de possibilidades para o futuro"
Entre os originais constava a "estranha peça musical" "Wigwam", gravado precisamente em Março de 1970.
Para ouvir "numerosas vezes", eis "Wigwam".
Bob Dylan - Wigwam
De "Mixed up confusion" a "I Could Have Told You" vão 55 anos de distância, vão 38 álbuns de estúdio, vão de um Bob Dylan inconformado e irreverente de "Bob Dylan" interprete de Folk e Blues a um Bob Dylan Pop-Star de "Triplicate" interprete de canções clássicas americanas da primeira metade do século XX. Sempre avançado no tempo. Bob Dylan, um caso à parte na história da música popular.
Em Março de 1970, o nº 4 da revista "mundo da canção" publicava na última página a ficha nº 3 dedicada a Bob Dylan, onde se podia ler: "A maneira de compreender Dylan é ouvi-lo. Ouvi-lo com cuidado. Escutar uma canção de cada vez, tocando-a numerosas vezes até que fique bem dentro de nós."
Nessa altura, Bob Dylan estava em estúdio a efectuar as gravações do menos bem acolhido "Self Portrait". Um duplo LP pró-Country que a crítica estranhou mas que hoje se ouve com muito agrado, de canções tradicionais a canções originais assim se fazia este subestimado disco.
Depois da consagração total na ilha de Wight", Dylan edita em 1970 "Self Portrait" (que incluía 4 faixas gravadas ao vivo em Wight), um disco, segundo Jesús Ordovas no livro "Bob Dylan", de "reconciliação e auto-aceitação". Um disco onde "Os críticos americanos começavam a falar de conformismo e estabilidade", mas "Muitos consideram que o seu Auto-retrato é uma das mais belas obras de arte da música contemporânea americana". Terminando ao afirmar que "... Auto-retrato abria um infinito leque de possibilidades para o futuro"
Entre os originais constava a "estranha peça musical" "Wigwam", gravado precisamente em Março de 1970.
Para ouvir "numerosas vezes", eis "Wigwam".
Bob Dylan - Wigwam
quarta-feira, 2 de agosto de 2017
The Rolling Stones - You Can't Always Get What You Want
mundo da canção nº 4
Um tema que ainda por aqui não passou e que particularmente gosto. É "You Can't Always Get What You Want" dos The Rolling Stones que agora lembramos.
Era a letra desta canção que, em Março de 1970, a revista "mundo da canção" publicava no seu nº 4.
"You Can't Always Get What You Want" fazia parte do excelente "Let It Bleed" de 1969, assim terminava a década e o melhor dos The Rolling Stones também.
Em "The Rolling Stones" de Philippe Bas-Rabérin, edição de Dezembro de 1981, pode-se ler: "A clareza de execução que domina em grande parte «Beggars banquet» encontra-se também em «Let it bleed», onde o domínio e qualidade sonoros são talvez os mais perfeitos do conjunto de discos gravados pelos Rolling Stones." e mais adiante "Mas é «You can't always get what you want» que confere ao álbum a sua dimensão final. Os sessenta elementos do London Bach Choir apresentam o tema com uma pureza de dicção britânica, dando assim à intervenção de Jagger o peso de um incidente de estúdio."
De notar ainda a presença de Al Kooper nos teclados e na trompa inicial e de Madeleine Bell nos coros.
"You Can't Always Get What You Want", uma referência entre o melhor que The Rolling Stones nos deixaram.
The Rolling Stones - You Can't Always Get What You Want
Um tema que ainda por aqui não passou e que particularmente gosto. É "You Can't Always Get What You Want" dos The Rolling Stones que agora lembramos.
Era a letra desta canção que, em Março de 1970, a revista "mundo da canção" publicava no seu nº 4.
"You Can't Always Get What You Want" fazia parte do excelente "Let It Bleed" de 1969, assim terminava a década e o melhor dos The Rolling Stones também.
Em "The Rolling Stones" de Philippe Bas-Rabérin, edição de Dezembro de 1981, pode-se ler: "A clareza de execução que domina em grande parte «Beggars banquet» encontra-se também em «Let it bleed», onde o domínio e qualidade sonoros são talvez os mais perfeitos do conjunto de discos gravados pelos Rolling Stones." e mais adiante "Mas é «You can't always get what you want» que confere ao álbum a sua dimensão final. Os sessenta elementos do London Bach Choir apresentam o tema com uma pureza de dicção britânica, dando assim à intervenção de Jagger o peso de um incidente de estúdio."
De notar ainda a presença de Al Kooper nos teclados e na trompa inicial e de Madeleine Bell nos coros.
"You Can't Always Get What You Want", uma referência entre o melhor que The Rolling Stones nos deixaram.
The Rolling Stones - You Can't Always Get What You Want
terça-feira, 1 de agosto de 2017
Ray Stevens - Along Came Jones
mundo da canção nº 4
Entre o menos interessante que este nº 4 da revista "mundo da canção" saído em Março de 1970 publicou encontrava-se o Regresso ao Passado de ontem com os Ohio Express, R. G. Greaves com a letra de "Take a Letter Maria" que passámos à frente e a recordação de hoje, trata-se de "Along Came Jones" de um tal Ray Stevens (juntemos ainda uma página gasta com a fotografia de Peter Holm, o cantor sueco conhecido pelo sucesso de "Monia").
Quanto a Ray Stevens, dispõe de uma longa carreira como cantor Pop e comediante norte-americano, remontando aos anos 50 as suas primeiras gravações.
"Along Came Jones" é um original dos The Coasters do final dos anos 50, aqui na divertida versão de Ray Stevens de 1969.
Ray Stevens - Along Came Jones
Entre o menos interessante que este nº 4 da revista "mundo da canção" saído em Março de 1970 publicou encontrava-se o Regresso ao Passado de ontem com os Ohio Express, R. G. Greaves com a letra de "Take a Letter Maria" que passámos à frente e a recordação de hoje, trata-se de "Along Came Jones" de um tal Ray Stevens (juntemos ainda uma página gasta com a fotografia de Peter Holm, o cantor sueco conhecido pelo sucesso de "Monia").
Quanto a Ray Stevens, dispõe de uma longa carreira como cantor Pop e comediante norte-americano, remontando aos anos 50 as suas primeiras gravações.
"Along Came Jones" é um original dos The Coasters do final dos anos 50, aqui na divertida versão de Ray Stevens de 1969.
Ray Stevens - Along Came Jones
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