Soundbreaking
O segundo episódio da série “Soundbreaking”, que passou no canal Odisseia, foi sobre o lema “Pintar com o Som” e dá-nos uma bela perspectiva do que um estúdio pode fazer sobre uma determinada música.
George Martin diz a certa altura, começando por se referir a outros tempos, que:
“…um engenheiro de som num estúdio tinha de criar o som o mais real possível. Produzir uma fotografia que fosse precisa.
O estúdio veio mudar isso, bem como o nosso trabalho, porque em vez de tirar uma óptima foto, podíamos começar a pintar uma imagem.
Com overdub e velocidades diferentes, pintamos com som.”
Da simplicidade das primeiras gravações dos The Beatles à produção de “Sgt. Peppers…”, identificada como o “nascimento de uma nova arte” ficamos no ano de 1966, na gravação de “Revolver”, mais concretamente na faixa “Tomorrow Never Knows”.
Dizia George Martin:
“Tomorrow Never Knows” era uma música estranha. Não tinha qualquer harmonia. Baseava-se num som continuo.”
Ficamos ainda a saber que John Lennon queria que a voz soasse como o Dalai Lama a cantar de uma montanha e que sugeriu que o pendurassem, sobre o estúdio, num arnês e o empurrassem, sendo sua voz captada de cada vez que passasse pelo microfone. Eis o que aconteceu segundo Tom Petty: “... o engenheiro Geoff Emerick teve a ideia genial de o ligar a um altifalante rotativo chamado Leslie, que quando acelera cria um som e quando abranda cria outro.”
O efeito Leslie e a utilização de diversos loops, guitarras gravadas a diferentes velocidades parecendo trombetas, o riso de Paul McCartney acelerado a parecer gaivotas, são exemplos de como transformaram “Tomorrow Never Knows” numa canção impossível de reproduzir fora do estúdio.
Giles Martin, filho de George Martin, afirma:
“Estes loops iam tocando e os Beatles, o meu pai e Geoff Emerick mexendo nos faders na altura certa para criar os sons que queriam na mistura.
A mistura de “Tomorrow Never Knows” é uma actuação, não pode ser recriada.”
O estúdio como que era um novo instrumento musical, o estúdio passa a ser um espaço criativo. “Tomorrow Never Knows”, ou a música que The Beatles tinham na cabeça quando consumiam alucinogéneos.
The Beatles – Tomorrow Never Knows
Para uns recordações, para outros descobertas. São notas passadas, musicais e não só...
domingo, 31 de julho de 2016
sábado, 30 de julho de 2016
Joni Mitchell - California
Soundbreaking
O canal Odisseia passou recentemente uma série de 8 episódios designada “Soundbreaking” com o sub-título de "Stories from the Cutting Edge of Recorded Music". No 1º episódio “A Arte de Gravar” as histórias vão de encontro a produtores musicais como, George Martin, Phil Spector, Brian Eno, Daniel Lanois, Rick Rubin, Dr. Dre, Peter Asher.
Este último, produtor de James Taylor e Linda Ronstadt refere, a certa altura, a propósito de uma outra grande cantor, Joni Mitchell: “A Joni sempre fez os seus discos. Tem uma ideia clara do que quer. É uma inventora. Inventa afinações da guitarra como inventa música. E acho que não é possível ser produtor dela.”
A própria Joni Mitchell afirma: “A maioria dos homens naquela altura não recebia instruções de uma mulher. Eram pretensiosos e com a mania das grandezas. Pensava: Se tiver de me submeter, eles matam o meu amor pela música. Então pus no meu contrato que nunca teria um produtor.”
O que se manteve verdade em quase toda a sua longa discografia, algumas das excepções foram partilhadas com o marido Larry Klein.
Do génio de Joni Mitchell saíram algumas das mais belas canções da música popular das últimas décadas, entre elas estava do álbum “Blue” de 1971, “California”, a arte de gravar de Joni Mitchell.
Joni Mitchell - California
O canal Odisseia passou recentemente uma série de 8 episódios designada “Soundbreaking” com o sub-título de "Stories from the Cutting Edge of Recorded Music". No 1º episódio “A Arte de Gravar” as histórias vão de encontro a produtores musicais como, George Martin, Phil Spector, Brian Eno, Daniel Lanois, Rick Rubin, Dr. Dre, Peter Asher.
Este último, produtor de James Taylor e Linda Ronstadt refere, a certa altura, a propósito de uma outra grande cantor, Joni Mitchell: “A Joni sempre fez os seus discos. Tem uma ideia clara do que quer. É uma inventora. Inventa afinações da guitarra como inventa música. E acho que não é possível ser produtor dela.”
A própria Joni Mitchell afirma: “A maioria dos homens naquela altura não recebia instruções de uma mulher. Eram pretensiosos e com a mania das grandezas. Pensava: Se tiver de me submeter, eles matam o meu amor pela música. Então pus no meu contrato que nunca teria um produtor.”
O que se manteve verdade em quase toda a sua longa discografia, algumas das excepções foram partilhadas com o marido Larry Klein.
Do génio de Joni Mitchell saíram algumas das mais belas canções da música popular das últimas décadas, entre elas estava do álbum “Blue” de 1971, “California”, a arte de gravar de Joni Mitchell.
Joni Mitchell - California
sexta-feira, 29 de julho de 2016
"Historial" dos 45 anos do "mundo da canção"
"Historial" é um dossier editado pela revista "mundo da canção" na comemoração dos 45 anos de actividade, ou seja de 1969 a 2015. Dossier que me foi enviado, o que muito prezo, pelo próprio Avelino Torres, fundador e editor da revista.
Datas históricas, importação e distribuição de discos e revistas, a discoteca MC, a edição de discos e de livros, bibliografias, feiras de discos, convívios MC, concertos que tiveram o apoio e colaboração da MC, exposições, a luta pelo Coliseu do Porto, enfim tudo o que se queira saber sobre os 45 anos da revista que nasceu em Dezembro de 1969 e que, como revista, terminou a Junho de 1985, 67 nºs depois.
Para os interessados o "mundo da canção" mora na R. Duque de Saldanha, 97- 4300-464 Porto e em www.mundodacancao.pt
Bee Gees - Tomorrow Tomorrow
mundo da canção nº 1
Não só da publicação de letras da música popular portuguesa, francesa, espanhola e brasileira se fazia o nº 1 da revista "mundo da canção" editada em Dezembro de 1969, também o Pop-Rock de expressão anglo-americana marcava presença. E aqui o leque de opções era bastante alargado, desde letras de Bob Dylan a canções comerciais que inundavam os Top Ten o que de certa forma é explicado por Viriato Teles em artigo datado de Dezembro de 2015 e publicado em "Historial" uma publicação comemorativa dos 45 anos de "mundo da canção". Podia-se ler:
"... se a revista tinha por objectivo divulgar a melhor música que então se fazia, com particular atenção às novas correntes musicais que despontavam no nosso país, e se essas formas de expressão eram particularmente incómodas para o regime vigente, então não havia outra solução que não fosse iludir os polícias do pensamento, fazendo-os crer que a revista tratava essencialmente de temas inócuos - como é suposto ser o entretenimento em geral e as publicações «de variedades» em particular. Assim, uma das maneiras encontradas para despistar os fiscais do espírito consistia, por exemplo, na publicação dos êxitos mais populares da música anglófona (alguns nada inocentes, diga-se de passagem, mas havia sempre a esperança de que o bufo de serviço não fosse bom em línguas estrangeiras), no meio dos quais se misturavam as canções com cabeça, tronco e membros dos nossos melhores criadores."
Talvez assim se entenda melhor a inclusão de letras como "Sugar Sugar" dos The Archies ou "Day Dream" dos Wallace Collection, eis a listas de letras em inglês publicadas nesse nº 1 da histórica revista "mundo da canção":
- The Beatles - Something
- The Beatles - Come Together
- Elvis Presley - In The Ghetto
- Bee Gees - Tomorrow Tomorrow
- Tom Jones - I'll Never Fall In Love Again
- Barry Ryan - The Hunt
- The Rolling Stones - Honky Tonk Women
- Wallace Collection - Day Dream
- The Archies - Sugar Sugar
Recordamos os então já muito populares Bee Gees com "Tomorrow Tomorrow", editada em Single no ano de 1969, ano em que conheceram outros êxitos como "First of May" e "Don't Forget to Remember Me".
Bee Gees - Tomorrow Tomorrow
Não só da publicação de letras da música popular portuguesa, francesa, espanhola e brasileira se fazia o nº 1 da revista "mundo da canção" editada em Dezembro de 1969, também o Pop-Rock de expressão anglo-americana marcava presença. E aqui o leque de opções era bastante alargado, desde letras de Bob Dylan a canções comerciais que inundavam os Top Ten o que de certa forma é explicado por Viriato Teles em artigo datado de Dezembro de 2015 e publicado em "Historial" uma publicação comemorativa dos 45 anos de "mundo da canção". Podia-se ler:
"... se a revista tinha por objectivo divulgar a melhor música que então se fazia, com particular atenção às novas correntes musicais que despontavam no nosso país, e se essas formas de expressão eram particularmente incómodas para o regime vigente, então não havia outra solução que não fosse iludir os polícias do pensamento, fazendo-os crer que a revista tratava essencialmente de temas inócuos - como é suposto ser o entretenimento em geral e as publicações «de variedades» em particular. Assim, uma das maneiras encontradas para despistar os fiscais do espírito consistia, por exemplo, na publicação dos êxitos mais populares da música anglófona (alguns nada inocentes, diga-se de passagem, mas havia sempre a esperança de que o bufo de serviço não fosse bom em línguas estrangeiras), no meio dos quais se misturavam as canções com cabeça, tronco e membros dos nossos melhores criadores."
Talvez assim se entenda melhor a inclusão de letras como "Sugar Sugar" dos The Archies ou "Day Dream" dos Wallace Collection, eis a listas de letras em inglês publicadas nesse nº 1 da histórica revista "mundo da canção":
- The Beatles - Something
- The Beatles - Come Together
- Elvis Presley - In The Ghetto
- Bee Gees - Tomorrow Tomorrow
- Tom Jones - I'll Never Fall In Love Again
- Barry Ryan - The Hunt
- The Rolling Stones - Honky Tonk Women
- Wallace Collection - Day Dream
- The Archies - Sugar Sugar
Recordamos os então já muito populares Bee Gees com "Tomorrow Tomorrow", editada em Single no ano de 1969, ano em que conheceram outros êxitos como "First of May" e "Don't Forget to Remember Me".
Bee Gees - Tomorrow Tomorrow
quinta-feira, 28 de julho de 2016
Gilberto Gil - Aquele Abraço
mundo da canção nº 1
"Ao despedir-se do público brasileiro pouco antes de embarcar para a Europa, Gilberto Gil deixou gravada a sua homenagem. A sua música foi uma explosão de alegria e o Brasil inteiro passou a cantá-la." em "mundo da canção" nº 1 de Dezembro de 1969.
Em 1969, já com Gilberto Gil no exílio, é editado o Single "Aquele Abraço", saído do terceiro álbum e era a homenagem que o músico deixava ao povo brasileiro. É a letra dessa canção que a revista "mundo da canção" então editou conjuntamente com o texto supra.
Gilberto Gil, figura incontornável da música popular brasileira, elemento central, a par de Caetano Veloso, na renovação da música popular brasileira nos anos 60. Essa renovação, denominada "movimento tropicalista" ou "tropicalismo", misturava a tradicional canção brasileira com toda uma série de novas influências, nomeadamente o Rock psicadélico, que não era do agrado do regime militar de então. Em 1969, é editado o 3º LP de Gilberto Gil que teve o seu primeiro grande sucesso, precisamente em "Aquele Abraço".
"Aquele Abraço" gravada, pouco antes de partir para o exílio em Londres, ficaria como um manifesto anti-ditadura e uma despedida ao povo brasileiro. Segue "Aquele Abraço".
Gilberto Gil - Aquele Abraço
"Ao despedir-se do público brasileiro pouco antes de embarcar para a Europa, Gilberto Gil deixou gravada a sua homenagem. A sua música foi uma explosão de alegria e o Brasil inteiro passou a cantá-la." em "mundo da canção" nº 1 de Dezembro de 1969.
Em 1969, já com Gilberto Gil no exílio, é editado o Single "Aquele Abraço", saído do terceiro álbum e era a homenagem que o músico deixava ao povo brasileiro. É a letra dessa canção que a revista "mundo da canção" então editou conjuntamente com o texto supra.
Gilberto Gil, figura incontornável da música popular brasileira, elemento central, a par de Caetano Veloso, na renovação da música popular brasileira nos anos 60. Essa renovação, denominada "movimento tropicalista" ou "tropicalismo", misturava a tradicional canção brasileira com toda uma série de novas influências, nomeadamente o Rock psicadélico, que não era do agrado do regime militar de então. Em 1969, é editado o 3º LP de Gilberto Gil que teve o seu primeiro grande sucesso, precisamente em "Aquele Abraço".
"Aquele Abraço" gravada, pouco antes de partir para o exílio em Londres, ficaria como um manifesto anti-ditadura e uma despedida ao povo brasileiro. Segue "Aquele Abraço".
Gilberto Gil - Aquele Abraço
quarta-feira, 27 de julho de 2016
Chico Buarque - Pedro Pedreiro
mundo da canção nº 1
Do nº 1 da revista "mundo da canção" editada em Dezembro de 1969 já recuperamos as letras então publicadas de músicos portugueses, espanhóis e franceses, oportunidade agora de uma passagem pelo Brasil donde a revista edita duas letras, uma de Chico Buarque de Hollanda e outra de Gilberto Gil.
Chico Buarque, em 1969, era já uma figura bem conhecida do público português.
Dele eram bem populares canções como a"A Banda" (1996), "Pedro Pedeiro" (1966), "Noite dos Mascarados" (1967) ou "Morena dos Olhos d'Água" (1967).
A letra publicada pelo "mundo da canção" é "Pedro Pedreiro".
"Pedro Pedreiro" foi uma das primeiras canções compostas por Chico Buarque e fazia parte do álbum homónimo de 1966. A letra de "Pedro Pedreiro" é tudo menos ingénua, trata da vida de um operário à espera do autocarro para ir para o trabalho, a palavra "esperando" repetida inúmeras vezes remete para os problemas sociais e políticos então existentes no Brasil, aqui, para bom entendedor muitas palavras basta.
Chico Buarque um dos nomes mais importantes de sempre da música popular brasileira, a primeira passagem, por este Regresso ao Passado, com "Pedro Pedreiro".
Chico Buarque - Pedro Pedreiro
Do nº 1 da revista "mundo da canção" editada em Dezembro de 1969 já recuperamos as letras então publicadas de músicos portugueses, espanhóis e franceses, oportunidade agora de uma passagem pelo Brasil donde a revista edita duas letras, uma de Chico Buarque de Hollanda e outra de Gilberto Gil.
Chico Buarque, em 1969, era já uma figura bem conhecida do público português.
Dele eram bem populares canções como a"A Banda" (1996), "Pedro Pedeiro" (1966), "Noite dos Mascarados" (1967) ou "Morena dos Olhos d'Água" (1967).
A letra publicada pelo "mundo da canção" é "Pedro Pedreiro".
"Pedro Pedreiro" foi uma das primeiras canções compostas por Chico Buarque e fazia parte do álbum homónimo de 1966. A letra de "Pedro Pedreiro" é tudo menos ingénua, trata da vida de um operário à espera do autocarro para ir para o trabalho, a palavra "esperando" repetida inúmeras vezes remete para os problemas sociais e políticos então existentes no Brasil, aqui, para bom entendedor muitas palavras basta.
Chico Buarque um dos nomes mais importantes de sempre da música popular brasileira, a primeira passagem, por este Regresso ao Passado, com "Pedro Pedreiro".
Chico Buarque - Pedro Pedreiro
terça-feira, 26 de julho de 2016
Patxi Andión - Manuela
mundo da canção nº 1
Patxi Andión é um destacado cantor espanhol. O período de maior actividade musical corresponde à década de 70, em particular os anos que antecederam a queda do franquismo em Espanha. Desde o álbum inicial, "Retratos" de 1969 até 1978 com "Cancionero Prohibido", estão 10 discos marcantes, donde saíram canções tão conhecidas como "Puedo Inventar", "Como Tu", "Una Dos y Tres", "20 Aniversario","Nos Pasarán la Cuenta", "Samaritana", "Porque Me Duele la Voz", "Habría Que Saberlo", "El Maestro", "Canto", etc..
Possuidor de uma voz inconfundível ficou por cá conhecido logo em 1969 com a passagem pelo programa da RTP "Zip-Zip". À semelhança do nosso José Afonso, José Mário Branco e Sérgio Godinho era possível ouvi-lo na nossa rádio em programas como a "Página Um" que era então uma referência da divulgação de músicas que não passavam tão facilmente noutras programações.
"Manuela", que Patxi Andión grava em 1969 e cuja letra o nº 1 da revista "mundo da canção" transcreve em Dezembro de 1969, é a versão da canção popular republicana "Ay Carmela" dedicada à mulher e à sua participação na guerra civil.
Patxi Andión - Manuela
Patxi Andión é um destacado cantor espanhol. O período de maior actividade musical corresponde à década de 70, em particular os anos que antecederam a queda do franquismo em Espanha. Desde o álbum inicial, "Retratos" de 1969 até 1978 com "Cancionero Prohibido", estão 10 discos marcantes, donde saíram canções tão conhecidas como "Puedo Inventar", "Como Tu", "Una Dos y Tres", "20 Aniversario","Nos Pasarán la Cuenta", "Samaritana", "Porque Me Duele la Voz", "Habría Que Saberlo", "El Maestro", "Canto", etc..
Possuidor de uma voz inconfundível ficou por cá conhecido logo em 1969 com a passagem pelo programa da RTP "Zip-Zip". À semelhança do nosso José Afonso, José Mário Branco e Sérgio Godinho era possível ouvi-lo na nossa rádio em programas como a "Página Um" que era então uma referência da divulgação de músicas que não passavam tão facilmente noutras programações.
"Manuela", que Patxi Andión grava em 1969 e cuja letra o nº 1 da revista "mundo da canção" transcreve em Dezembro de 1969, é a versão da canção popular republicana "Ay Carmela" dedicada à mulher e à sua participação na guerra civil.
Patxi Andión - Manuela
segunda-feira, 25 de julho de 2016
Joaquín Díaz - En El Campo Nascen Flores
mundo da canção nº 1
"Recital" (1967), "Canciones de Navidad" (1968) e "De mi Álbum de Recuerdos" (1969) são os três primeiros LP do músico espanhol Joaquín Díaz. De muito novo Joaquín Díaz se interessou pela cultura tradicional, o que o levou a dedicar-se ao seu estudo e divulgação. Teve um particular interesse pela música tradicional, concretizada numa longa discografia e concertos e conferências realizadas um pouco por todo o lado. Em 1976 retira-se dos palcos para se dedicar à investigação, estudo e difusão da cultura espanhola.
No nº 1 da revista "mundo da canção", de Dezembro de 1969, são editados dois poemas de duas canções por ele gravadas em "De mi Álbum de Recuerdos": "Romance del Conde Olinos" (ver o vídeo) e "En El Campo Nascen Flores" que segue para audição.
Joaquín Díaz - En El Campo Nascen Flores
"Recital" (1967), "Canciones de Navidad" (1968) e "De mi Álbum de Recuerdos" (1969) são os três primeiros LP do músico espanhol Joaquín Díaz. De muito novo Joaquín Díaz se interessou pela cultura tradicional, o que o levou a dedicar-se ao seu estudo e divulgação. Teve um particular interesse pela música tradicional, concretizada numa longa discografia e concertos e conferências realizadas um pouco por todo o lado. Em 1976 retira-se dos palcos para se dedicar à investigação, estudo e difusão da cultura espanhola.
No nº 1 da revista "mundo da canção", de Dezembro de 1969, são editados dois poemas de duas canções por ele gravadas em "De mi Álbum de Recuerdos": "Romance del Conde Olinos" (ver o vídeo) e "En El Campo Nascen Flores" que segue para audição.
Joaquín Díaz - En El Campo Nascen Flores
domingo, 24 de julho de 2016
Joan Manuel Serrat - Tu Nombre Me Sabe a Yerba
mundo da canção nº 1
Regresso ao Passado tem sido predominantemente dedicado à música de expressão anglo-saxónica, mas também da música feita em Portugal, em particular, nos anos 60 e 70, mas também ela maioritariamente de influência anglo-saxónica.
Recentemente fizemos algumas passagens pela canção francesa dos anos 60 na sequência das letras divulgadas no nº 1 da revista "mundo da canção".
O "mundo da canção" vai ser o motivo para novas abordagens, de forma a se ter uma visão mais abrangente da música popular de outras expressões, por exemplo a espanhola e a brasileira.
Também o nº 1, de Dezembro de 1969, da revista "mundo da canção" contemplava uma série de letras de canções da nossa vizinha Espanha, não tão bem conhecida como seria de desejar.
Se por cá se ouvia "Maria Isabel" duns desconhecidos Los Payos ("Ciribiribi, po po pom pom"), já não era tão fácil ouvir um Joan Manuel Serrat, um Joaquim Diaz ou um Patxi Andión.
Todos eles vinham divulgados no referido nº 1 do "mundo da canção", comecemos por Joan Manuel Serrat.
Joan Manuel Serrat ficou em 1968, por cá conhecido, ao ganhar o Festival da Canção Espanhola com a canção "La-la-la", mas substituído no Festival da Eurovisão, face à pretensão de cantar em Catalão, pela Massiel.
"La Paloma" de 1969 é o quarto álbum, o primeiro cantado em espanhol, de Joan Manuel Serrat e foi um tremendo êxito em Espanha. O "mundo da canção" reproduzia, em Dezembro a letra da canção "Tu Nombre Me Sabe a Yerba" e é a proposta de audição.
Joan Manuel Serrat - Tu Nombre Me Sabe a Yerba
Regresso ao Passado tem sido predominantemente dedicado à música de expressão anglo-saxónica, mas também da música feita em Portugal, em particular, nos anos 60 e 70, mas também ela maioritariamente de influência anglo-saxónica.
Recentemente fizemos algumas passagens pela canção francesa dos anos 60 na sequência das letras divulgadas no nº 1 da revista "mundo da canção".
O "mundo da canção" vai ser o motivo para novas abordagens, de forma a se ter uma visão mais abrangente da música popular de outras expressões, por exemplo a espanhola e a brasileira.
Também o nº 1, de Dezembro de 1969, da revista "mundo da canção" contemplava uma série de letras de canções da nossa vizinha Espanha, não tão bem conhecida como seria de desejar.
Se por cá se ouvia "Maria Isabel" duns desconhecidos Los Payos ("Ciribiribi, po po pom pom"), já não era tão fácil ouvir um Joan Manuel Serrat, um Joaquim Diaz ou um Patxi Andión.
Todos eles vinham divulgados no referido nº 1 do "mundo da canção", comecemos por Joan Manuel Serrat.
Joan Manuel Serrat ficou em 1968, por cá conhecido, ao ganhar o Festival da Canção Espanhola com a canção "La-la-la", mas substituído no Festival da Eurovisão, face à pretensão de cantar em Catalão, pela Massiel.
"La Paloma" de 1969 é o quarto álbum, o primeiro cantado em espanhol, de Joan Manuel Serrat e foi um tremendo êxito em Espanha. O "mundo da canção" reproduzia, em Dezembro a letra da canção "Tu Nombre Me Sabe a Yerba" e é a proposta de audição.
Joan Manuel Serrat - Tu Nombre Me Sabe a Yerba
sábado, 23 de julho de 2016
Charles Aznavour - Quand Tu Viens Chez Moi ... Mon Coeur
mundo da canção nº 1
Charles Aznavour, atrevo-me a dizer, é o cantor francês mais conhecido de sempre. Está para a França como Frank Sinatra esteve (ou está) para os Estados Unidos. É, provavelmente, o cantor há mais tempo em actividade, actualmente com 92 anos tem ainda vários concertos em agenda. A 10 de Dezembro próximo actua no Meo Arena em Lisboa!!!
Com uma impressionante discografia que remonta aos anos 40 do século passado alcança pela primeira vez o nº 1 dos Top franceses em Abril de 1956 com a canção "Sur ma vie", nos anos 60 deixou-nos canções imortais como "Tu t'laisses aller", "Il faut savoir", "La mamma", "Et pourtant", "La bohème".
O "mundo da canção" que também dava particular destaque aos grandes nomes da canção francesa publica no nº inaugural da revista em Dezembro de 1969 a letra "Quand Tu Viens Chez Moi ... Mon Coeur", uma canção inicialmente gravada por Charles Aznavour em 1958, provavelmente aqui recuperada a propósito da colectânea "J'aime Charles Aznavour, Vol. 4" editada no ano anterior.
E, claro, é "Quand Tu Viens Chez Moi ... Mon Coeur" que recordamos.
Charles Aznavour - Quand Tu Viens Chez Moi ... Mon Coeur
Charles Aznavour, atrevo-me a dizer, é o cantor francês mais conhecido de sempre. Está para a França como Frank Sinatra esteve (ou está) para os Estados Unidos. É, provavelmente, o cantor há mais tempo em actividade, actualmente com 92 anos tem ainda vários concertos em agenda. A 10 de Dezembro próximo actua no Meo Arena em Lisboa!!!
Com uma impressionante discografia que remonta aos anos 40 do século passado alcança pela primeira vez o nº 1 dos Top franceses em Abril de 1956 com a canção "Sur ma vie", nos anos 60 deixou-nos canções imortais como "Tu t'laisses aller", "Il faut savoir", "La mamma", "Et pourtant", "La bohème".
O "mundo da canção" que também dava particular destaque aos grandes nomes da canção francesa publica no nº inaugural da revista em Dezembro de 1969 a letra "Quand Tu Viens Chez Moi ... Mon Coeur", uma canção inicialmente gravada por Charles Aznavour em 1958, provavelmente aqui recuperada a propósito da colectânea "J'aime Charles Aznavour, Vol. 4" editada no ano anterior.
E, claro, é "Quand Tu Viens Chez Moi ... Mon Coeur" que recordamos.
Charles Aznavour - Quand Tu Viens Chez Moi ... Mon Coeur
sexta-feira, 22 de julho de 2016
Jean Ferrat - Ma France
mundo da canção nº 1
De entre a galeria de grandes nomes que a canção francesa dos anos 60 nos deixou, encontra-se o nome de Jean Ferrat, porventura um dos nomes menos sonante.
Jean Ferrat (1930-2010) cantor, compositor e poeta foi combatente pelos pobres e oprimidos e um combatente pela liberdade. As letras das canções que interpretou manifestavam esse compromisso, na luta por uma sociedade mais justa e menos opressora, mas também cantou canções de amor e musicou Louis Aragon e Frederico Garcia Lorca.
No seu nº 1 a revista "mundo da canção", em Dezembro de 1969, publica os versos de "Ma France" e num pequeno texto Fean Ferrat é apresentado assim:
"É um dos nomes mais válidos da canção francesa mas, ainda pouco conhecido entre nós. Para uma maior divulgação aqui deixamos um dos seus últimos êxitos.
Na realidade val a pena ouvir e sentir os belos poemas que Ferrat nos oferece neste LP Movieplay-Barclay.
Se o volume de pedidos o justificar podemos incluir em futuros números todos os poemas deste acetato."
Seguia-se a letra de "Ma France".
A carreira de Jean Ferrat inicia-se nos anos 50 e é no princípio dos anos 60 que conhece o sucesso com a canção "Ma Môme", segue-se "Nuit et Brouillard" e muitas outras canções como "La Montagne" que o vão colocar entre os grandes intérpretes da canção francesa ao lado de um George Brassens e Léo Ferré.
Em 1969 do álbum "Jean Ferrat" ficamos com a grande canção "Ma France", um verdadeiro hino à França do trabalho e da liberdade, foi proibido de a interpretar na televisão.
Jean Ferrat - Ma France
De entre a galeria de grandes nomes que a canção francesa dos anos 60 nos deixou, encontra-se o nome de Jean Ferrat, porventura um dos nomes menos sonante.
Jean Ferrat (1930-2010) cantor, compositor e poeta foi combatente pelos pobres e oprimidos e um combatente pela liberdade. As letras das canções que interpretou manifestavam esse compromisso, na luta por uma sociedade mais justa e menos opressora, mas também cantou canções de amor e musicou Louis Aragon e Frederico Garcia Lorca.
No seu nº 1 a revista "mundo da canção", em Dezembro de 1969, publica os versos de "Ma France" e num pequeno texto Fean Ferrat é apresentado assim:
"É um dos nomes mais válidos da canção francesa mas, ainda pouco conhecido entre nós. Para uma maior divulgação aqui deixamos um dos seus últimos êxitos.
Na realidade val a pena ouvir e sentir os belos poemas que Ferrat nos oferece neste LP Movieplay-Barclay.
Se o volume de pedidos o justificar podemos incluir em futuros números todos os poemas deste acetato."
Seguia-se a letra de "Ma France".
A carreira de Jean Ferrat inicia-se nos anos 50 e é no princípio dos anos 60 que conhece o sucesso com a canção "Ma Môme", segue-se "Nuit et Brouillard" e muitas outras canções como "La Montagne" que o vão colocar entre os grandes intérpretes da canção francesa ao lado de um George Brassens e Léo Ferré.
Em 1969 do álbum "Jean Ferrat" ficamos com a grande canção "Ma France", um verdadeiro hino à França do trabalho e da liberdade, foi proibido de a interpretar na televisão.
Jean Ferrat - Ma France
quinta-feira, 21 de julho de 2016
Johnny Hallyday - Que Je T'aime
mundo da canção nº 1
Talvez o nome de maior projecção do Pop-Rock francês e um dos que se mantém há mais tempo no activo seja Johnny Halliday. É, com certeza, fora do universo anglo-americano, a maior figura que o Rock conheceu, ficou mesmo conhecido como o Elvis Presley francês.
O seu primeiro nº 1 é em 1960 com "T'aimer Follement" e vai estar na génese do movimento Ié-Ié, do Pop francês, ao editar logo em 1961 o álbum "Salut les Copains". Êxito após êxito, atravessa a década de 60 como figura de proa do Pop-Rock francês, em 1965 casa com Silvie Vartan, a igualmente popular cantora Pop-Rock, com quem vai partilhar o sucesso por mais de uma década.
Com presença regular nos Top, em 1969 encontrava-se, nos meses de Setembro e Outubro, em Nº 1 em França com a canção "Que Je T'aime".
É a letra de "Que Je T'aime" que a revista "mundo da canção" publica no nº 1 em Dezembro do mesmo ano. Johnny Halliday era à época, por cá, um nome bem conhecido, agora, recuamos a 1969 para ouvir "Que Je T'aime".
Johnny Hallyday - Que Je T'aime
Talvez o nome de maior projecção do Pop-Rock francês e um dos que se mantém há mais tempo no activo seja Johnny Halliday. É, com certeza, fora do universo anglo-americano, a maior figura que o Rock conheceu, ficou mesmo conhecido como o Elvis Presley francês.
O seu primeiro nº 1 é em 1960 com "T'aimer Follement" e vai estar na génese do movimento Ié-Ié, do Pop francês, ao editar logo em 1961 o álbum "Salut les Copains". Êxito após êxito, atravessa a década de 60 como figura de proa do Pop-Rock francês, em 1965 casa com Silvie Vartan, a igualmente popular cantora Pop-Rock, com quem vai partilhar o sucesso por mais de uma década.
Com presença regular nos Top, em 1969 encontrava-se, nos meses de Setembro e Outubro, em Nº 1 em França com a canção "Que Je T'aime".
É a letra de "Que Je T'aime" que a revista "mundo da canção" publica no nº 1 em Dezembro do mesmo ano. Johnny Halliday era à época, por cá, um nome bem conhecido, agora, recuamos a 1969 para ouvir "Que Je T'aime".
Johnny Hallyday - Que Je T'aime
quarta-feira, 20 de julho de 2016
Richard Anthony - Les Petits Cochons
mundo da canção nº 1
Continuando, na divulgação dos cantores franceses que tiveram, no nº 1 da revista "mundo da canção" de Dezembro de 1969, a publicação de letras de canções por eles interpretadas, chegamos ao popular Richard Anthony.
Nascido no Cairo, Richard Anthony (1938-2015), atravessou em popularidade várias gerações, tendo gravado mais de 600 canções. Foi ainda na década de 50 que se tornou conhecido nomeadamente com a gravação de "Nouvelle Vague" no ano de 1959. É na década de 60 que vai ter os maiores êxitos, particularmente na adaptação de canções já de sucesso, como por exemplo "J'entends siffler le train" (11 semanas nº 1 em França, em 1962) adaptação de "500 Miles" (tornada popular também em 1962 por Peter Paul and Mary), "Écoute dans le vent" em 1964 (versão de "Blowin' in the Wind" de Bob Dylan) e "Aranjuez mon amour" (inspirado no "Concerto de Aranjuez" de Joaquín Rodrigo)
Sem particular êxito, é de "Les Petits Cochons" a letra que o "mundo da canção" publica no final do ano de 1969. E é a recordação de hoje.
Richard Anthony - Les Petits Cochons
Continuando, na divulgação dos cantores franceses que tiveram, no nº 1 da revista "mundo da canção" de Dezembro de 1969, a publicação de letras de canções por eles interpretadas, chegamos ao popular Richard Anthony.
Nascido no Cairo, Richard Anthony (1938-2015), atravessou em popularidade várias gerações, tendo gravado mais de 600 canções. Foi ainda na década de 50 que se tornou conhecido nomeadamente com a gravação de "Nouvelle Vague" no ano de 1959. É na década de 60 que vai ter os maiores êxitos, particularmente na adaptação de canções já de sucesso, como por exemplo "J'entends siffler le train" (11 semanas nº 1 em França, em 1962) adaptação de "500 Miles" (tornada popular também em 1962 por Peter Paul and Mary), "Écoute dans le vent" em 1964 (versão de "Blowin' in the Wind" de Bob Dylan) e "Aranjuez mon amour" (inspirado no "Concerto de Aranjuez" de Joaquín Rodrigo)
Sem particular êxito, é de "Les Petits Cochons" a letra que o "mundo da canção" publica no final do ano de 1969. E é a recordação de hoje.
Richard Anthony - Les Petits Cochons
terça-feira, 19 de julho de 2016
Michel Polnareff - Tous Les Bateaux... Tous Les Oiseaux
mundo da canção nº 1
Da década de 60 ficou uma lista infindável de intérpretes da canção francesa que o tempo foi afastando entre todos aqueles que mais marcaram a música popular daquela década. A hegemonia crescente da música Pop-Rock anglo-americana veio ajudar a esse afastamento, ou melhor, ao seu esquecimento, pelo menos por cá, pois muito deles mantiveram-se durante décadas, ou mesmo ainda se mantêm, sobretudo em França, em actividade.
A edição de "Historial" dos 45 de actividade do "mundo da canção" lembra-nos alguns que mereceram divulgação na revista:
"Jean Ferrat, Boris Vian, Juliette Gecco, Serge Reggiani, George Brassens, Jacques Brel, Claude Nougaro, George Moustaki, Léo Ferré, Colette Magny e Catherine Ribeiro, entre outros grandes nomes da "Chanson" e da música francesa".
Seja qual for o motivo, ao longo do tempo iremos recordar alguns deles, para já a propósito das letras publicadas no nº 1 da revista "mundo da canção".
Para hoje é a vez de Michel Polnareff.
Michel Polnareff, cantor Pop francês, tendo começado a sua actividade enquanto cantor em 1966, mantém-se ainda hoje em actividade. Logo no primeiro ano alcançou o êxito com duas canções marcantes na sua discografia, "Love Me, Please Love Me" e "La Poupée qui fait non".
Quando em 1969 a revista "mundo da canção" no seu nº 1 publica a letra de "Tous Les Bateaux... Tous Les Oiseaux" era já um artista consagrado.
Já com vários EP e 2 LP gravados, em 1969 é editado o Single que continha "Tous Les Bateaux... Tous Les Oiseaux", em Portugal com " Tout, Tout Pour Ma Chérie" no lado B, era mais um sucesso para Michel Polnareff.
Michel Polnareff - Tous Les Bateaux... Tous Les Oiseaux
Da década de 60 ficou uma lista infindável de intérpretes da canção francesa que o tempo foi afastando entre todos aqueles que mais marcaram a música popular daquela década. A hegemonia crescente da música Pop-Rock anglo-americana veio ajudar a esse afastamento, ou melhor, ao seu esquecimento, pelo menos por cá, pois muito deles mantiveram-se durante décadas, ou mesmo ainda se mantêm, sobretudo em França, em actividade.
A edição de "Historial" dos 45 de actividade do "mundo da canção" lembra-nos alguns que mereceram divulgação na revista:
"Jean Ferrat, Boris Vian, Juliette Gecco, Serge Reggiani, George Brassens, Jacques Brel, Claude Nougaro, George Moustaki, Léo Ferré, Colette Magny e Catherine Ribeiro, entre outros grandes nomes da "Chanson" e da música francesa".
Seja qual for o motivo, ao longo do tempo iremos recordar alguns deles, para já a propósito das letras publicadas no nº 1 da revista "mundo da canção".
Para hoje é a vez de Michel Polnareff.
Michel Polnareff, cantor Pop francês, tendo começado a sua actividade enquanto cantor em 1966, mantém-se ainda hoje em actividade. Logo no primeiro ano alcançou o êxito com duas canções marcantes na sua discografia, "Love Me, Please Love Me" e "La Poupée qui fait non".
Quando em 1969 a revista "mundo da canção" no seu nº 1 publica a letra de "Tous Les Bateaux... Tous Les Oiseaux" era já um artista consagrado.
Já com vários EP e 2 LP gravados, em 1969 é editado o Single que continha "Tous Les Bateaux... Tous Les Oiseaux", em Portugal com " Tout, Tout Pour Ma Chérie" no lado B, era mais um sucesso para Michel Polnareff.
Michel Polnareff - Tous Les Bateaux... Tous Les Oiseaux
segunda-feira, 18 de julho de 2016
Joe Dassin - Les Champs-Elysées
mundo da canção nº 1
Joe Dassin (1938-1980), nascido nos Estados Unidos, foi um cantor francês de particular sucesso nos ano 60 e 70. Em 1969 editou o 3º álbum "Joe Dassin" mas que ficou conhecido como "Les Champs-Elysées" pois continha a canção com esse nome que foi um dos maiores sucessos de Joe Dassin. Deixou 13 álbuns de originais e ficou para sempre ligado à música Pop francesa, teve como principais sucessos, para além de "Les Champs-Elysées", "L'Été indien", e "Et si tu n'existais pas", ambas de 1975.
A revista "mundo da canção" no seu primeiro número de 1969 fazia eco desse sucesso ao publicar a letra de "Les Champs-Elysées".
Na realidade "Les Champs-Elysées" é a versão em francês de uma canção Pop inglesa de nome "Waterloo Road" duns pouco conhecidos Jason Crest. Mas é a versão de Joe Dassin que vai ganhar efectiva notoriedade e é esta que merece ser agora recordada, foi nº 1 em França em Agosto de 1969.
Joe Dassin - Les Champs-Elysées
Joe Dassin (1938-1980), nascido nos Estados Unidos, foi um cantor francês de particular sucesso nos ano 60 e 70. Em 1969 editou o 3º álbum "Joe Dassin" mas que ficou conhecido como "Les Champs-Elysées" pois continha a canção com esse nome que foi um dos maiores sucessos de Joe Dassin. Deixou 13 álbuns de originais e ficou para sempre ligado à música Pop francesa, teve como principais sucessos, para além de "Les Champs-Elysées", "L'Été indien", e "Et si tu n'existais pas", ambas de 1975.
A revista "mundo da canção" no seu primeiro número de 1969 fazia eco desse sucesso ao publicar a letra de "Les Champs-Elysées".
Na realidade "Les Champs-Elysées" é a versão em francês de uma canção Pop inglesa de nome "Waterloo Road" duns pouco conhecidos Jason Crest. Mas é a versão de Joe Dassin que vai ganhar efectiva notoriedade e é esta que merece ser agora recordada, foi nº 1 em França em Agosto de 1969.
Joe Dassin - Les Champs-Elysées
domingo, 17 de julho de 2016
Adamo - A Demain Sur La Lune
mundo da canção nº 1
Gradualmente, ao longo da década de 60, o predomínio da música francesa e italiana foi dando lugar ao domínio avassalador da música anglo-americana. No final da década era esta que se ouvia quase em exclusivo, não é que, por exemplo, a música francesa tivesse desaparecido de todo, mas a realidade é que já não tinha a relevância anterior.
Daí que seja interessante verificar que no "mundo da canção" nº 1 de Dezembro de 1969, as letras de músicas francesas ainda ocupassem um espaço que visto agora à distância se julgava já não ser possível. De canções e autores de inegável qualidade a outras e outros menos interessantes fazia a revista eco divulgando as letras do que então ainda se ouvia da música francesa.
Passemos então em revistas as canções francesas e seus intérpretes que o nº 1 do "mundo da canção" então divulgou. Comecemos pelo Adamo, Salvatore Adamo, que teve na década de 60 o período de ouro da sua carreira. São inúmeras as canções que preenchem o nosso imaginário daquele que talvez tenha sido o mais popular cantor francês e que por cá teve enorme projecção.
A letra da música divulgada é "A Demain Sur La Lune".
Da longa discografia que Adamo já possuía em 1969, ficamos com "A Demain Sur La Lune", editada pouco antes da descida do homem na Lua, uma bela canção que agora sabe tão bem recordar.
Letra, música e interpretação de Adamo.
Adamo - A Demain Sur La Lune
Gradualmente, ao longo da década de 60, o predomínio da música francesa e italiana foi dando lugar ao domínio avassalador da música anglo-americana. No final da década era esta que se ouvia quase em exclusivo, não é que, por exemplo, a música francesa tivesse desaparecido de todo, mas a realidade é que já não tinha a relevância anterior.
Daí que seja interessante verificar que no "mundo da canção" nº 1 de Dezembro de 1969, as letras de músicas francesas ainda ocupassem um espaço que visto agora à distância se julgava já não ser possível. De canções e autores de inegável qualidade a outras e outros menos interessantes fazia a revista eco divulgando as letras do que então ainda se ouvia da música francesa.
Passemos então em revistas as canções francesas e seus intérpretes que o nº 1 do "mundo da canção" então divulgou. Comecemos pelo Adamo, Salvatore Adamo, que teve na década de 60 o período de ouro da sua carreira. São inúmeras as canções que preenchem o nosso imaginário daquele que talvez tenha sido o mais popular cantor francês e que por cá teve enorme projecção.
A letra da música divulgada é "A Demain Sur La Lune".
Da longa discografia que Adamo já possuía em 1969, ficamos com "A Demain Sur La Lune", editada pouco antes da descida do homem na Lua, uma bela canção que agora sabe tão bem recordar.
Letra, música e interpretação de Adamo.
Adamo - A Demain Sur La Lune
sábado, 16 de julho de 2016
Carlos do Carmo - Gaivota
mundo da canção nº 1
Ainda o "mundo da canção" no seu nº 1 de Dezembro de 1969, desta vez para a notícia do regresso de Carlos do Carmo aos discos.
Carlos do Carmo, fadista, então já confirmado, com gravações desde 1963, e que desde cedo apostou na renovação do fado quer na forma de o interpretar quer nos arranjos e orquestrações dos fados que interpretava, continua neste LP o seu percurso de inovação e rejeição do fado mais tradicional e saudosista.
Com uma maneira de cantar o fado diferente, criou um estilo pessoal inconfundível e é hoje um nome de renome internacional, em 2014, ganhou o Grammy de carreira.
Dizia o "mundo da canção" que: "Este acetato há pouco lançado no mercado está a obter grande êxito. Na realidade vale a pena ouvi-lo."
A faixa de abertura do LP era a canção "Gaivota", a prova de que "vale a pena ouvi-lo".
Carlos do Carmo - Gaivota
Ainda o "mundo da canção" no seu nº 1 de Dezembro de 1969, desta vez para a notícia do regresso de Carlos do Carmo aos discos.
Carlos do Carmo, fadista, então já confirmado, com gravações desde 1963, e que desde cedo apostou na renovação do fado quer na forma de o interpretar quer nos arranjos e orquestrações dos fados que interpretava, continua neste LP o seu percurso de inovação e rejeição do fado mais tradicional e saudosista.
Com uma maneira de cantar o fado diferente, criou um estilo pessoal inconfundível e é hoje um nome de renome internacional, em 2014, ganhou o Grammy de carreira.
Dizia o "mundo da canção" que: "Este acetato há pouco lançado no mercado está a obter grande êxito. Na realidade vale a pena ouvi-lo."
A faixa de abertura do LP era a canção "Gaivota", a prova de que "vale a pena ouvi-lo".
Carlos do Carmo - Gaivota
sexta-feira, 15 de julho de 2016
Manuel Freire - Dedicatória
mundo da canção nº 1
Quanto a letras de músicas portuguesas, o nº 1 da revista "mundo da canção" de Dezembro de 1969, terminava com Manuel Freire, um dos mais destacados cantores anti-regime anteriores ao 25 de Abril de 1969. Manuel Freire vai ser presença regular ao longo da vida da revista "mundo da canção".
Quando a revista nº 1 foi editada Manuel Freire tinha 2 EP e 1 Single editados (este último com as 2 primeiras canções do 2º EP dado que a canção " O Sangue Não Dá Flor" tinha sido censurada). Mas é ainda ao 1º EP que a revista vai buscar 2 poemas, respectivamente "Dedicatória" e "Livre".
"Livre" já aqui recordámos e teve enorme importância na luta contra o regime fascista de então, e muito cantada, particularmente, depois do 25 de Abril nos chamados canto livre.
Ficamos com "Dedicatória" que tão boas memórias nos trazem, espero que para todos, bem, para os mais novos a descoberta.
Manuel Freire - Dedicatória
Quanto a letras de músicas portuguesas, o nº 1 da revista "mundo da canção" de Dezembro de 1969, terminava com Manuel Freire, um dos mais destacados cantores anti-regime anteriores ao 25 de Abril de 1969. Manuel Freire vai ser presença regular ao longo da vida da revista "mundo da canção".
Quando a revista nº 1 foi editada Manuel Freire tinha 2 EP e 1 Single editados (este último com as 2 primeiras canções do 2º EP dado que a canção " O Sangue Não Dá Flor" tinha sido censurada). Mas é ainda ao 1º EP que a revista vai buscar 2 poemas, respectivamente "Dedicatória" e "Livre".
"Livre" já aqui recordámos e teve enorme importância na luta contra o regime fascista de então, e muito cantada, particularmente, depois do 25 de Abril nos chamados canto livre.
Ficamos com "Dedicatória" que tão boas memórias nos trazem, espero que para todos, bem, para os mais novos a descoberta.
Manuel Freire - Dedicatória
quinta-feira, 14 de julho de 2016
Tindersticks - Hey Lucinda
Tindersticks no Curtas Vila do Conde
Há 23 anos que seguimos os Tindersticks sem haver sinais de desilusão, é obra!
Estão diferentes do início? claro que estão! Tornaram-se repetitivos e monótonos? claro que não!
Os Tindersticks continuam-nos a surpreender pela sua criatividade e capacidade de inovação sem perderem as características iniciais superando as dificuldades inerentes à saída de Dickon Hinchliffe em 2006. Stuart A. Staples, e a sua voz de barítono, em grande forma.
Neste 6º espectáculo que nos foi dado assistir, aquilo que podemos dizer é que, apesar dos condicionalismos de actuarem num festival de curtas metragens, estando pois sujeitos à projecção dos vídeos que acompanham o último registo do grupo "The Waiting Room", o concerto soube a pouco, ficando-se, claro, à espera de nova passagem onde se possa usufruir de uma abordagem mais completa dos 23 anos de carreira deste excelente grupo inglês.
Segue vídeo alternativo, de "How He Entered", daquele que visualizámos na noite de ontem e do que acompanha o respectivo CD.
Ainda, para nosso consolo, "Hey Lucinda", em dueto com Lhasa de Sela (1972-2010).
Tindersticks - Hey Lucinda
Há 23 anos que seguimos os Tindersticks sem haver sinais de desilusão, é obra!
Estão diferentes do início? claro que estão! Tornaram-se repetitivos e monótonos? claro que não!
Os Tindersticks continuam-nos a surpreender pela sua criatividade e capacidade de inovação sem perderem as características iniciais superando as dificuldades inerentes à saída de Dickon Hinchliffe em 2006. Stuart A. Staples, e a sua voz de barítono, em grande forma.
Neste 6º espectáculo que nos foi dado assistir, aquilo que podemos dizer é que, apesar dos condicionalismos de actuarem num festival de curtas metragens, estando pois sujeitos à projecção dos vídeos que acompanham o último registo do grupo "The Waiting Room", o concerto soube a pouco, ficando-se, claro, à espera de nova passagem onde se possa usufruir de uma abordagem mais completa dos 23 anos de carreira deste excelente grupo inglês.
Segue vídeo alternativo, de "How He Entered", daquele que visualizámos na noite de ontem e do que acompanha o respectivo CD.
Ainda, para nosso consolo, "Hey Lucinda", em dueto com Lhasa de Sela (1972-2010).
Tindersticks - Hey Lucinda
Padre Fanhais - À Saída do Correio
mundo da canção nº 1
Francisco Fanhais, mais conhecido por Padre Fanhais, foi tornado público em 1969 no programa televisivo “Zip-Zip” - boas memórias - e rapidamente fica ligado ao grupo de cantores ditos de intervenção assumidamente anti-regime.
Grava em 1969 o EP “Cantilenas” (muito bom!) (a 4 de Outubro estava há 7 semanas nos top dos mais vendidos) e, em 1970, o LP “Canções da Cidade Nova”. O regime e a igreja não lhe perdoam o atrevimento e é assim proibido (três em um) de exercer o sacerdócio, dar aulas e cantar. Em 1971 vai para França onde se torna militante da LUAR e donde regressa no 25 de Abril.
A revista "mundo da canção", no seu número 1 de Dezembro de 1969, para além de fazer capa com o Padre Fanhais inclui a letra de "À Saída do Correio" por ele musicada e interpretada e que cantou no programa televisivo "Zip-Zip".
Ainda em 1969 saiu o LP "Zip-Zip", colectânea de temas que passaram pelo programa, Rui Mingas, Hugo Maia Loureiro, José Barata Moura, Efe 5 eram alguns deles, e que dava início à editora Zip.
Do Padre Fanhais segue ao vivo no “Zip-Zip” o tema “À Saída do Correio”, a anteceder a apresentação feita pelo Fialho Gouveia. Quem se lembra? Aí vai.
Padre Fanhais - À Saída do Correio
Francisco Fanhais, mais conhecido por Padre Fanhais, foi tornado público em 1969 no programa televisivo “Zip-Zip” - boas memórias - e rapidamente fica ligado ao grupo de cantores ditos de intervenção assumidamente anti-regime.
Grava em 1969 o EP “Cantilenas” (muito bom!) (a 4 de Outubro estava há 7 semanas nos top dos mais vendidos) e, em 1970, o LP “Canções da Cidade Nova”. O regime e a igreja não lhe perdoam o atrevimento e é assim proibido (três em um) de exercer o sacerdócio, dar aulas e cantar. Em 1971 vai para França onde se torna militante da LUAR e donde regressa no 25 de Abril.
A revista "mundo da canção", no seu número 1 de Dezembro de 1969, para além de fazer capa com o Padre Fanhais inclui a letra de "À Saída do Correio" por ele musicada e interpretada e que cantou no programa televisivo "Zip-Zip".
Ainda em 1969 saiu o LP "Zip-Zip", colectânea de temas que passaram pelo programa, Rui Mingas, Hugo Maia Loureiro, José Barata Moura, Efe 5 eram alguns deles, e que dava início à editora Zip.
Do Padre Fanhais segue ao vivo no “Zip-Zip” o tema “À Saída do Correio”, a anteceder a apresentação feita pelo Fialho Gouveia. Quem se lembra? Aí vai.
Padre Fanhais - À Saída do Correio
quarta-feira, 13 de julho de 2016
Paulo de Carvalho/Fluido - A Idade dos Lilazes
mundo da canção nº 1
Nesta passagem pelas letras de músicas portuguesa editadas no nº 1 da revista "mundo da canção" de Dezembro de 1969 chegamos a Paulo de Carvalho.
Lembremos, Paulo de Carvalho saiu dos Sheiks em 1968 e teve até 1970/71 um período bastante interessante. Depois de passagens rápidas pelo Thilo's Combo, e pela formação Banda 4, forma em 1969 os Fluido com quem grava 2 EP e 1 Single que seriam compilados em 1971 no muito bom LP “Paulo de Carvalho”.
Os Fluido associados a uma corrente psicadélica que então começava a influenciar alguns dos conjuntos portugueses, gravavam metade em português e outra metade em inglês, com as interpretações de Paulo de Carvalho a destacarem-se no contexto da época. O EP que agora recordamos é disso exemplo, no lado A dois temas em português e no lado B outros dois em inglês.
A letra publicada no "mundo da canção" era "A Idade dos Lilazes" de Dórdio Guimarães e musicada por Paulo de Carvalho e fazia parte do 2º EP editado em 1969.
Eis então o bonito tema “Idade dos Lilazes”, os arranjos e direcção de orquestra eram do Thilo Krassmann.
Paulo de Carvalho/Fluido - A Idade dos Lilazes
Nesta passagem pelas letras de músicas portuguesa editadas no nº 1 da revista "mundo da canção" de Dezembro de 1969 chegamos a Paulo de Carvalho.
Lembremos, Paulo de Carvalho saiu dos Sheiks em 1968 e teve até 1970/71 um período bastante interessante. Depois de passagens rápidas pelo Thilo's Combo, e pela formação Banda 4, forma em 1969 os Fluido com quem grava 2 EP e 1 Single que seriam compilados em 1971 no muito bom LP “Paulo de Carvalho”.
Os Fluido associados a uma corrente psicadélica que então começava a influenciar alguns dos conjuntos portugueses, gravavam metade em português e outra metade em inglês, com as interpretações de Paulo de Carvalho a destacarem-se no contexto da época. O EP que agora recordamos é disso exemplo, no lado A dois temas em português e no lado B outros dois em inglês.
A letra publicada no "mundo da canção" era "A Idade dos Lilazes" de Dórdio Guimarães e musicada por Paulo de Carvalho e fazia parte do 2º EP editado em 1969.
Eis então o bonito tema “Idade dos Lilazes”, os arranjos e direcção de orquestra eram do Thilo Krassmann.
Paulo de Carvalho/Fluido - A Idade dos Lilazes
terça-feira, 12 de julho de 2016
Luís Cília - É preciso avisar toda a gente
mundo da canção nº 1
Ainda no nº 1 da revista "mundo da canção" editada em Dezembro de 1969, 2 poemas musicados por Luís Cília, "Barca Bela" de Almeida Garrett e "É preciso avisar toda a gente" de João Apolinário. A revista referia-se assim a Luís Cília:
"voz profunda, frágil, nostálgica e sensível com poemas que nos transmitem a esperança, a mensagem do amor, da paz e da comunhão fraternal."
As 2 canções fazem parte do álbum "La Poésie Portugaise de nos jours et de toujours - 1", de 1967, o primeiro de 3 álbuns editados por Luís Cília, em França, na década de 60.
A revista "Vida Mundial" no seu número 1563 de 23 de Maio de 1969 fazia uma pequena alusão a este disco, atribuindo 4 estrelas, muito bom. O álbum não foi editado em Portugal, foi-o em França em 1967 e em Espanha no ano seguinte.
De João Apolinário, poeta, jornalista e combatente anti-fascista, Luís Cília musicou "É preciso avisar toda a gente", "Recuso-me" e "Sei que me espera", recordamos "É preciso avisar toda a gente".
Luís Cília - É preciso avisar toda a gente
Ainda no nº 1 da revista "mundo da canção" editada em Dezembro de 1969, 2 poemas musicados por Luís Cília, "Barca Bela" de Almeida Garrett e "É preciso avisar toda a gente" de João Apolinário. A revista referia-se assim a Luís Cília:
"voz profunda, frágil, nostálgica e sensível com poemas que nos transmitem a esperança, a mensagem do amor, da paz e da comunhão fraternal."
As 2 canções fazem parte do álbum "La Poésie Portugaise de nos jours et de toujours - 1", de 1967, o primeiro de 3 álbuns editados por Luís Cília, em França, na década de 60.
A revista "Vida Mundial" no seu número 1563 de 23 de Maio de 1969 fazia uma pequena alusão a este disco, atribuindo 4 estrelas, muito bom. O álbum não foi editado em Portugal, foi-o em França em 1967 e em Espanha no ano seguinte.
De João Apolinário, poeta, jornalista e combatente anti-fascista, Luís Cília musicou "É preciso avisar toda a gente", "Recuso-me" e "Sei que me espera", recordamos "É preciso avisar toda a gente".
Luís Cília - É preciso avisar toda a gente
segunda-feira, 11 de julho de 2016
Álamos - Peter and Paul
mundo da canção nº 1
Os Álamos foram um grupo de Pop-Rock dos anos 60 dos quais já aqui demos várias notas.
A revista "mundo da canção" logo no nº 1 da revista em Dezembro de 1969, faz eco dos Álamos ao publicar a letra de "Peter and Paul".
Depois de um EP e um Single, os Álamos editam ainda mais um Single, tudo em 1969, onde consta como tema principal "Peter and Paul".
No blog penedosaudade.blogspot.pt de José Veloso (viola-baixo dos Álamos) ficamos a saber que a música é de Rui Ressurreição (piano) e a letra bilingue é iniciada por José Niza no velho café Mandarim (hoje McDonald's) e terminada por sua esposa Isabel Motta.
Em "Biografia do Ié-Ié" o mesmo José Veloso recorda:
“«Peter and Paul» foi, à época, muito pouco escutado. O disco foi muito pouco promovido e os Álamos acabariam nesse mesmo ano.”
Fica a curiosidade de “Peter and Paul” ter sido em 1971 recuperado e gravado por Paulo de Carvalho no LP “Eu, Paulo de Carvalho”.
Álamos - Peter and Paul
Os Álamos foram um grupo de Pop-Rock dos anos 60 dos quais já aqui demos várias notas.
A revista "mundo da canção" logo no nº 1 da revista em Dezembro de 1969, faz eco dos Álamos ao publicar a letra de "Peter and Paul".
Depois de um EP e um Single, os Álamos editam ainda mais um Single, tudo em 1969, onde consta como tema principal "Peter and Paul".
No blog penedosaudade.blogspot.pt de José Veloso (viola-baixo dos Álamos) ficamos a saber que a música é de Rui Ressurreição (piano) e a letra bilingue é iniciada por José Niza no velho café Mandarim (hoje McDonald's) e terminada por sua esposa Isabel Motta.
Em "Biografia do Ié-Ié" o mesmo José Veloso recorda:
“«Peter and Paul» foi, à época, muito pouco escutado. O disco foi muito pouco promovido e os Álamos acabariam nesse mesmo ano.”
Fica a curiosidade de “Peter and Paul” ter sido em 1971 recuperado e gravado por Paulo de Carvalho no LP “Eu, Paulo de Carvalho”.
Álamos - Peter and Paul
domingo, 10 de julho de 2016
José Afonso - Canção de Embalar
mundo da canção nº 1
Continuamos então com o nº 1 da revista "mundo da canção". E continuamos com canções portuguesas das quais a revista divulgava as respectivas letras. Basta chegar à página 10 para encontrar uma das presenças frequentes na revista: José Afonso. Pouco divulgado nos meios de comunicação social, jornais, rádio e TV, José Afonso era uma figura incomoda para o regime então vigente.
O "mundo da canção" transcreve as letras de duas canções, "Natal dos Simples" e "Canção de Embalar", do álbum "Cantares do Andarilho", já de 1968, a par de um texto, transcrito da revista "Vida Mundial" aquando do lançamento do álbum.
Como afirmava o artigo José Afonso, "... infelizmente desconhecido do grande público", "evoluiu, com base na autêntica música popular portuguesa, trazendo até nós, com temas actuais, a balada, a verdadeira voz do povo."
Ainda uma notícia a anunciar o novo LP de José Afonso, "Contos Velhos, Rumos Novos".
Para já, ainda "Cantares do Andarilho" e a bela "Canção de Embalar".
José Afonso - Canção de Embalar
Continuamos então com o nº 1 da revista "mundo da canção". E continuamos com canções portuguesas das quais a revista divulgava as respectivas letras. Basta chegar à página 10 para encontrar uma das presenças frequentes na revista: José Afonso. Pouco divulgado nos meios de comunicação social, jornais, rádio e TV, José Afonso era uma figura incomoda para o regime então vigente.
O "mundo da canção" transcreve as letras de duas canções, "Natal dos Simples" e "Canção de Embalar", do álbum "Cantares do Andarilho", já de 1968, a par de um texto, transcrito da revista "Vida Mundial" aquando do lançamento do álbum.
Como afirmava o artigo José Afonso, "... infelizmente desconhecido do grande público", "evoluiu, com base na autêntica música popular portuguesa, trazendo até nós, com temas actuais, a balada, a verdadeira voz do povo."
Ainda uma notícia a anunciar o novo LP de José Afonso, "Contos Velhos, Rumos Novos".
Para já, ainda "Cantares do Andarilho" e a bela "Canção de Embalar".
José Afonso - Canção de Embalar
sábado, 9 de julho de 2016
Duarte & Ciríaco - Naufrágio
mundo da canção nº 1
Tendo por referência o nº 1 da revista "mundo da canção" editado em Dezembro de 1969, vamos proceder à recuperação de alguns temas da música popular portuguesa, mas também da música espanhola, francesa, brasileira, anglo-americana, etc., cujas letras eram divulgadas por esta revista que tão boas memórias nos deixou.
O índice mostra-nos o conteúdo do nº 1 da revista, que começava, então, um longo percurso.
A primeira letra de uma canção portuguesa surge na página 8, uma música popular dos Açores interpretada por um duo que dava, então, pelo nome de Duarte & Ciríaco.
Duarte & Ciríaco era um duo de açorianos formado, enquanto estudantes, em Coimbra. De curta duração gravaram 2 EP (1969) e um Single (1970). No primeiro EP, intitulado "Nós", destacava-se "Naufrágio", uma canção do folclore açoreano e que foi a mais divulgada (a capa que se vê na foto é do 2º EP e não do 1º onde constava "Naufrágio").
A eles havemos de voltar, para já a recordação de "Naufrágio".
Duarte & Ciríaco - Naufrágio
Tendo por referência o nº 1 da revista "mundo da canção" editado em Dezembro de 1969, vamos proceder à recuperação de alguns temas da música popular portuguesa, mas também da música espanhola, francesa, brasileira, anglo-americana, etc., cujas letras eram divulgadas por esta revista que tão boas memórias nos deixou.
O índice mostra-nos o conteúdo do nº 1 da revista, que começava, então, um longo percurso.
A primeira letra de uma canção portuguesa surge na página 8, uma música popular dos Açores interpretada por um duo que dava, então, pelo nome de Duarte & Ciríaco.
Duarte & Ciríaco era um duo de açorianos formado, enquanto estudantes, em Coimbra. De curta duração gravaram 2 EP (1969) e um Single (1970). No primeiro EP, intitulado "Nós", destacava-se "Naufrágio", uma canção do folclore açoreano e que foi a mais divulgada (a capa que se vê na foto é do 2º EP e não do 1º onde constava "Naufrágio").
A eles havemos de voltar, para já a recordação de "Naufrágio".
Duarte & Ciríaco - Naufrágio
mundo da canção nº1 de 1969
mundo da canção nº 1
As nossas últimas passagens centraram-se num ano particularmente excelente para a música popular, o ano de 1969. É neste ano que nasce no Porto a revista "mundo da canção".
Seriam editados no total 67 números até ao seu términos em Junho de 1985. Ao fim de dois anos de publicação mensal o "mundo da canção" é renovado no visual, o tamanho da revista é aumentado, e o conteúdo é melhorado com mais análise crítica e menos divulgação de letras de canções que andavam nos Top. A publicação deixa de ser tão regular e a 25 de Abril de 1974 estão editados 38 números. A edição é cada vez mais irregular, em 7 anos, ou seja em Dezembro de 1976 estão publicados 47 números. Em 1977 não há qualquer edição que é retomada em Janeiro de 1978, prolongando-se, como se disse, até Junho de 1985 de forma mais ou menos errática.
Terminou a revista mas manteve-se o projecto por outras formas, a "MC Discoteca", o "Festival Intercéltico do Porto", "Festival de Jazz do Porto" eis algumas das iniciativas mais relevantes, estas últimas com Avelino Tavares - fundador da revista - a tentar agora retomar.
Não sei como tomei conhecimento da revista, mas aos meus 14 anos comecei a adquiri-la no quiosque da Casa Reis, em Ovar, onde, provavelmente, não chegava de forma regular. Agora, que tenho a colecção completa, oportunidade de, ao longo do tempo, irmos recuperando esta revista tão significativa na divulgação da música popular.
Começamos pelo nº 1.
Na capa uma fotografia do Padre Fanhais que era a capa do 1º EP, editado em 1969, onde constavam as canções, "Cantilena"/"Juventude"/"Areia da Praia"/"Canção do Vento". A capa indiciava só por si a orientação da revista que no editorial confirmava:
"Os nossos propósitos: No plano nacional divulgar o mais possível todos aqueles que estão lutando para transformar e dar novos rumos à música Portuguesa. Uma nova música Portuguesa simples mas com poesia de conteúdo dirigida a todas as pessoas, para cantar o que se passa na vida, a realidade do quotidiano. Alguém afirmou - "Importante é cantar o que acontece em cada dia, a fome, o sofrimento, os males universais. As pessoas têm que ouvir, têm que saber. Nós dizemos a cantar o que achamos que todos devem saber". A nossa posição fica tomada e tudo faremos para que este movimento de renovação se imponha. A música é a expressão mais importante da reivindicação da juventude de todo o mundo e tu, Jovem de Portugal, tens uma palavra a dizer."
Curiosidade: o primeiro número custava 3$50 (não chega a 0,02€) e o último 50$00 (0,25€).
As nossas últimas passagens centraram-se num ano particularmente excelente para a música popular, o ano de 1969. É neste ano que nasce no Porto a revista "mundo da canção".
Seriam editados no total 67 números até ao seu términos em Junho de 1985. Ao fim de dois anos de publicação mensal o "mundo da canção" é renovado no visual, o tamanho da revista é aumentado, e o conteúdo é melhorado com mais análise crítica e menos divulgação de letras de canções que andavam nos Top. A publicação deixa de ser tão regular e a 25 de Abril de 1974 estão editados 38 números. A edição é cada vez mais irregular, em 7 anos, ou seja em Dezembro de 1976 estão publicados 47 números. Em 1977 não há qualquer edição que é retomada em Janeiro de 1978, prolongando-se, como se disse, até Junho de 1985 de forma mais ou menos errática.
Terminou a revista mas manteve-se o projecto por outras formas, a "MC Discoteca", o "Festival Intercéltico do Porto", "Festival de Jazz do Porto" eis algumas das iniciativas mais relevantes, estas últimas com Avelino Tavares - fundador da revista - a tentar agora retomar.
Não sei como tomei conhecimento da revista, mas aos meus 14 anos comecei a adquiri-la no quiosque da Casa Reis, em Ovar, onde, provavelmente, não chegava de forma regular. Agora, que tenho a colecção completa, oportunidade de, ao longo do tempo, irmos recuperando esta revista tão significativa na divulgação da música popular.
Começamos pelo nº 1.
Na capa uma fotografia do Padre Fanhais que era a capa do 1º EP, editado em 1969, onde constavam as canções, "Cantilena"/"Juventude"/"Areia da Praia"/"Canção do Vento". A capa indiciava só por si a orientação da revista que no editorial confirmava:
"Os nossos propósitos: No plano nacional divulgar o mais possível todos aqueles que estão lutando para transformar e dar novos rumos à música Portuguesa. Uma nova música Portuguesa simples mas com poesia de conteúdo dirigida a todas as pessoas, para cantar o que se passa na vida, a realidade do quotidiano. Alguém afirmou - "Importante é cantar o que acontece em cada dia, a fome, o sofrimento, os males universais. As pessoas têm que ouvir, têm que saber. Nós dizemos a cantar o que achamos que todos devem saber". A nossa posição fica tomada e tudo faremos para que este movimento de renovação se imponha. A música é a expressão mais importante da reivindicação da juventude de todo o mundo e tu, Jovem de Portugal, tens uma palavra a dizer."
Curiosidade: o primeiro número custava 3$50 (não chega a 0,02€) e o último 50$00 (0,25€).
sexta-feira, 8 de julho de 2016
Fairport Convention - Meet on the Ledge
Revelação do ano de 1969 segundo o programa de rádio "Em Órbita"
O ano de 1969 foi o ano Fairport Convention. Depois da entrada de Sandy Denny para o grupo, estes editam ao longo do ano 3 álbuns absolutamente imprescindíveis, a constituírem, hoje, uma referência obrigatória na história do Folk-Rock britânico.
"What We Did In Our Holidays", "Unhalfbricking" e "Liege & Lief" são esses discos. Um conjunto de músicos notáveis tocava temas tradicionais com instrumentação eléctrica moderna, e Sandy Denny interpretava (e compunha) como ninguém mais o fazia. Sandy Denny a maior interprete, de sempre, de música popular.
Nesse ano, o programa "Em Órbita" considera, os referidos 2 primeiros álbuns, respectivamente o 7º e 13º melhores gravações do ano, o terceiro disco, "Liege & Lief", editado somente em Dezembro, vai constar nas listas de 1970.
A par daquelas classificações "Em Órbita" considera também os Fairport Convention o grupo revelação do ano:
"Por mérito próprio, alicerçaram-se a um plano de notoriedade que lhes atribui um papel de relevante interesse na história do «Em Órbita»-1969.
Dois álbuns que atingem em todas as suas faixas um inegável equilíbrio, ficam a testemunhar o esforço de um grupo que, empenhado na redescoberta de uma certa música popular, optou, deliberadamente, por uma sinceridade não especulativa.
Para revelação do de 1969, «Em Órbita» aponta os FAIRPORT CONVENTION"
Ainda do álbum "What We Did In Our Holidays", o incontornável "Meet on the Ledge" um tema de Richard Thompson, na voz Ian Matthews e Sandy Denny.
Fairport Convention - Meet on the Ledge
O ano de 1969 foi o ano Fairport Convention. Depois da entrada de Sandy Denny para o grupo, estes editam ao longo do ano 3 álbuns absolutamente imprescindíveis, a constituírem, hoje, uma referência obrigatória na história do Folk-Rock britânico.
"What We Did In Our Holidays", "Unhalfbricking" e "Liege & Lief" são esses discos. Um conjunto de músicos notáveis tocava temas tradicionais com instrumentação eléctrica moderna, e Sandy Denny interpretava (e compunha) como ninguém mais o fazia. Sandy Denny a maior interprete, de sempre, de música popular.
Nesse ano, o programa "Em Órbita" considera, os referidos 2 primeiros álbuns, respectivamente o 7º e 13º melhores gravações do ano, o terceiro disco, "Liege & Lief", editado somente em Dezembro, vai constar nas listas de 1970.
A par daquelas classificações "Em Órbita" considera também os Fairport Convention o grupo revelação do ano:
"Por mérito próprio, alicerçaram-se a um plano de notoriedade que lhes atribui um papel de relevante interesse na história do «Em Órbita»-1969.
Dois álbuns que atingem em todas as suas faixas um inegável equilíbrio, ficam a testemunhar o esforço de um grupo que, empenhado na redescoberta de uma certa música popular, optou, deliberadamente, por uma sinceridade não especulativa.
Para revelação do de 1969, «Em Órbita» aponta os FAIRPORT CONVENTION"
Ainda do álbum "What We Did In Our Holidays", o incontornável "Meet on the Ledge" um tema de Richard Thompson, na voz Ian Matthews e Sandy Denny.
Fairport Convention - Meet on the Ledge
quinta-feira, 7 de julho de 2016
Crosby, Stills & Nash - Crosby, Stills & Nash
Os 15 melhores álbuns de 1969 segundo o programa de rádio "Em Órbita"
Dificilmente o "Em Órbita" poderia ter feito outra escolha para o melhor álbum de 1969.
A combinação de três diferentes sensibilidades musicais vai produzir um dos discos mais extraordinários que a década de 60 viu nascer. "Crosby, Stills & Nash" é o resultado da junção de três músicos desavindos com as suas origens, David Crosby, Stephen Stills e Graham Nash e é a obra-prima do trio cuja música então tanto nos surpreendeu. Harmonias inauditas perpassavam o melhor disco de Folk-Rock feito até então, permanecendo até hoje como uma referência da criatividade de um trio que não mais conseguiu ultrapassar.
"Crosby, Stills & Nash" é, ainda, um dos melhores primeiros álbuns de sempre de um novo grupo, em 1969 "Em Órbita" reconhecia-o como o melhor disco do ano e fazia o seguinte elogio:
"Um conjunto de três personalidades que marcou de forma decisiva todo o processo sonoro do "Em Órbita" de 1969.
Temas que reflectindo as origens diversas dos seus criadores, constituem exemplos acabados da melhor música popular de sempre.
Notável o perfeito ajustamento na forma de inserção das líricas nas linhas melódicas desenvolvidas, atributo que lhes confere uma das suas mais marcantes características.
Crosby, Stills & Nash, são os responsáveis pelo melhor álbum de 1969."
Já por este álbum tínhamos passado, um dos primeiros que adquiri, segue para audição a faixa composta por Stephen Stills, "Suite: Judy Blues Eyes", uma das faixas escrita a pensar em Judy Collins após uma difícil separação. Eram Crosby, Stills & Nash.
Crosby, Stills & Nash - Suite: Judy Blues Eyes
Dificilmente o "Em Órbita" poderia ter feito outra escolha para o melhor álbum de 1969.
A combinação de três diferentes sensibilidades musicais vai produzir um dos discos mais extraordinários que a década de 60 viu nascer. "Crosby, Stills & Nash" é o resultado da junção de três músicos desavindos com as suas origens, David Crosby, Stephen Stills e Graham Nash e é a obra-prima do trio cuja música então tanto nos surpreendeu. Harmonias inauditas perpassavam o melhor disco de Folk-Rock feito até então, permanecendo até hoje como uma referência da criatividade de um trio que não mais conseguiu ultrapassar.
"Crosby, Stills & Nash" é, ainda, um dos melhores primeiros álbuns de sempre de um novo grupo, em 1969 "Em Órbita" reconhecia-o como o melhor disco do ano e fazia o seguinte elogio:
"Um conjunto de três personalidades que marcou de forma decisiva todo o processo sonoro do "Em Órbita" de 1969.
Temas que reflectindo as origens diversas dos seus criadores, constituem exemplos acabados da melhor música popular de sempre.
Notável o perfeito ajustamento na forma de inserção das líricas nas linhas melódicas desenvolvidas, atributo que lhes confere uma das suas mais marcantes características.
Crosby, Stills & Nash, são os responsáveis pelo melhor álbum de 1969."
Já por este álbum tínhamos passado, um dos primeiros que adquiri, segue para audição a faixa composta por Stephen Stills, "Suite: Judy Blues Eyes", uma das faixas escrita a pensar em Judy Collins após uma difícil separação. Eram Crosby, Stills & Nash.
Crosby, Stills & Nash - Suite: Judy Blues Eyes
quarta-feira, 6 de julho de 2016
Leonard Cohen - Songs From A Room
Os 15 melhores álbuns de 1969 segundo o programa de rádio "Em Órbita"
Estranhamente, a menos que a informação que disponho contenha alguma lacuna, Leonard Cohen ainda não tinha aparecido nas listas do programa "Em Órbita". O seu primeiro LP "Songs of Leonard Cohen", nem nenhuma das canções que o compõem, constam nas classificações dos anos de 1967 e 1968. Difícil de entender, um disco com canções como "Suzanne", "Sisters of Mercy", "So Long, Marianne" e "Hey, That's No Way to Say Goodbye" não figurarem nas listas dos anos anos anteriores.
O ano de 1969 ia ser diferente. Leonard Cohen edita o 2º álbum "Songs from a Room" e entra directamente para o 2º lugar na lista dos melhores álbuns do ano de 1969.
Era o seguinte o texto lido pelo "Em Órbita" referente a este trabalho de Leonard Cohen:
"A maior confirmação do ano de 1969, se é que se tornava necessária uma confirmação.
Um poeta dos maiores.
Manancial inesgotável de imagens transbordantes de pureza mística, que nos oferecem as sombras e os perfumes libertos de uma nunca sonhada experiência alquímica."
A canção que abre o disco é a que normalmente Leonard Cohen interpretava no início dos seus concertos e é uma marca do melhor que Leonard Cohen compôs, é "Bird on the Wire".
Leonard Cohen - Bird on the Wire
Estranhamente, a menos que a informação que disponho contenha alguma lacuna, Leonard Cohen ainda não tinha aparecido nas listas do programa "Em Órbita". O seu primeiro LP "Songs of Leonard Cohen", nem nenhuma das canções que o compõem, constam nas classificações dos anos de 1967 e 1968. Difícil de entender, um disco com canções como "Suzanne", "Sisters of Mercy", "So Long, Marianne" e "Hey, That's No Way to Say Goodbye" não figurarem nas listas dos anos anos anteriores.
O ano de 1969 ia ser diferente. Leonard Cohen edita o 2º álbum "Songs from a Room" e entra directamente para o 2º lugar na lista dos melhores álbuns do ano de 1969.
Era o seguinte o texto lido pelo "Em Órbita" referente a este trabalho de Leonard Cohen:
"A maior confirmação do ano de 1969, se é que se tornava necessária uma confirmação.
Um poeta dos maiores.
Manancial inesgotável de imagens transbordantes de pureza mística, que nos oferecem as sombras e os perfumes libertos de uma nunca sonhada experiência alquímica."
A canção que abre o disco é a que normalmente Leonard Cohen interpretava no início dos seus concertos e é uma marca do melhor que Leonard Cohen compôs, é "Bird on the Wire".
Leonard Cohen - Bird on the Wire
terça-feira, 5 de julho de 2016
The Moody Blues - On the Threshold of a Dream
Os 15 melhores álbuns de 1969 segundo o programa de rádio "Em Órbita"
E chegamos ao Top 3 dos melhores discos do ano de 1969. Para o lugar nº 3 "Em Órbita" vai escolher mais uma obra ímpar, entre o melhor se fazia na música popular, "On the Threshold of a Dream" dos The Moody Blues.
"Moody Blues - recriaram em 1969 o que tão brilhantemente souberam inventar em 1968.
«On the Threshold of a Dream», é um álbum que denuncia o equilíbrio e a certeza atingidos por um grupo, que explora até às suas últimas reservas as potencialidades criadores dos seus elementos.
Dele se desprende a firme determinação de uma obra que, valendo por um todo, se desenvolve em ambiências e climas exóticos que nos conduzem até ao limiar de um sonho fantástico.", era o juízo que a "Em Órbita" fazia a mais este trabalho dos britânicos The Moody Blues.
Recorde-se, era o 2º LP a figurar na lista dos melhores 15 álbuns do ano, "To Our Children's Children's Children" tinha já merecido o 11º lugar.
"On the Threshold of a Dream" era mais um álbum conceptual tendo o sonho como tema central. O disco começa com a leitura de um poema acompanhado por sons electrónicos com Justin Hayward, Graeme Edge e Mike Pinder a recitar diferentes partes do texto sobre o significado da vida, o mundo dominado pela tecnologia e finalmente a contestação a esse mesmo mundo: "I'm more than that! I know I am. At least, I think I must be.". Acaba com uma longa suite: "The Dream"/"Have You Heard (Part 1)"/"The Voyage"/"Have You Heard (Part 2)". Pelo meio um conjunto de belas canções das quais recordamos "Never Comes the Day", a faixa que abria o lado B do LP.
The Moody Blues - Never Comes the Day
E chegamos ao Top 3 dos melhores discos do ano de 1969. Para o lugar nº 3 "Em Órbita" vai escolher mais uma obra ímpar, entre o melhor se fazia na música popular, "On the Threshold of a Dream" dos The Moody Blues.
"Moody Blues - recriaram em 1969 o que tão brilhantemente souberam inventar em 1968.
«On the Threshold of a Dream», é um álbum que denuncia o equilíbrio e a certeza atingidos por um grupo, que explora até às suas últimas reservas as potencialidades criadores dos seus elementos.
Dele se desprende a firme determinação de uma obra que, valendo por um todo, se desenvolve em ambiências e climas exóticos que nos conduzem até ao limiar de um sonho fantástico.", era o juízo que a "Em Órbita" fazia a mais este trabalho dos britânicos The Moody Blues.
Recorde-se, era o 2º LP a figurar na lista dos melhores 15 álbuns do ano, "To Our Children's Children's Children" tinha já merecido o 11º lugar.
"On the Threshold of a Dream" era mais um álbum conceptual tendo o sonho como tema central. O disco começa com a leitura de um poema acompanhado por sons electrónicos com Justin Hayward, Graeme Edge e Mike Pinder a recitar diferentes partes do texto sobre o significado da vida, o mundo dominado pela tecnologia e finalmente a contestação a esse mesmo mundo: "I'm more than that! I know I am. At least, I think I must be.". Acaba com uma longa suite: "The Dream"/"Have You Heard (Part 1)"/"The Voyage"/"Have You Heard (Part 2)". Pelo meio um conjunto de belas canções das quais recordamos "Never Comes the Day", a faixa que abria o lado B do LP.
The Moody Blues - Never Comes the Day
segunda-feira, 4 de julho de 2016
Blood, Sweat and Tears - Blood, Sweat & Tears
Os 15 melhores álbuns de 1969 segundo o programa de rádio "Em Órbita"
Com uma interrupção de apenas 3 anos (entre 1981 e 1984), os Blood, Sweat & Tears formados em 1967 mantêm-se até hoje como um dos grupos de maior sucesso no género de fusão Jazz-Rock. Claro que hoje a formação já não tem nada a ver com a original, nem a magia é a mesma, que essa esgotou-se rapidamente.
Editado em finais de 1968, "Blood, Sweat & Tears", o 2º álbum, é o disco de maior êxito do grupo homónimo.
Já com uma formação diferente da original, nomeadamente na saída de Al Kooper e entrada de David Clayton-Thomas, este "Blood, Sweat & Tears" revela ainda uma originalidade e diversidade que que o vai destacar entre as melhores propostas do ano.
"Em Órbita" reconhece-lhe o valor ao considerá-lo o 4º melhor álbum do ano. Referia-se -lhe assim:
"Música cheia de força, de uma vitalidade viril, e que, apesar de cuidadosamente elaborada, nem por isso perde nada da sua frescura e da sua leveza.
A música dos Blood, Sweat and Tears, reunida num álbum de audição aliciante, é o resultado de uma formação que inclui os «blues», o «jazz», o «western» e o que de bom existe no «rock and roll».
«Blood, Sweat and Tears», para o que se conheceu de melhor em 1969."
Numa amálgama de influências, tornadas coerentes por um colectivo competente, que vão de adaptações de Erik Satie, versões de canções dos Traffic, Laura Nyro, Billie Holiday e alguns originais, assim se fazia este álbum marcante do ano de 1969.
Uma das canções que mais se ouvia era "And When I Die", um original de Laura Nyro, que agora se recorda.
Blood, Sweat and Tears - And When I Die
Com uma interrupção de apenas 3 anos (entre 1981 e 1984), os Blood, Sweat & Tears formados em 1967 mantêm-se até hoje como um dos grupos de maior sucesso no género de fusão Jazz-Rock. Claro que hoje a formação já não tem nada a ver com a original, nem a magia é a mesma, que essa esgotou-se rapidamente.
Editado em finais de 1968, "Blood, Sweat & Tears", o 2º álbum, é o disco de maior êxito do grupo homónimo.
Já com uma formação diferente da original, nomeadamente na saída de Al Kooper e entrada de David Clayton-Thomas, este "Blood, Sweat & Tears" revela ainda uma originalidade e diversidade que que o vai destacar entre as melhores propostas do ano.
"Em Órbita" reconhece-lhe o valor ao considerá-lo o 4º melhor álbum do ano. Referia-se -lhe assim:
"Música cheia de força, de uma vitalidade viril, e que, apesar de cuidadosamente elaborada, nem por isso perde nada da sua frescura e da sua leveza.
A música dos Blood, Sweat and Tears, reunida num álbum de audição aliciante, é o resultado de uma formação que inclui os «blues», o «jazz», o «western» e o que de bom existe no «rock and roll».
«Blood, Sweat and Tears», para o que se conheceu de melhor em 1969."
Numa amálgama de influências, tornadas coerentes por um colectivo competente, que vão de adaptações de Erik Satie, versões de canções dos Traffic, Laura Nyro, Billie Holiday e alguns originais, assim se fazia este álbum marcante do ano de 1969.
Uma das canções que mais se ouvia era "And When I Die", um original de Laura Nyro, que agora se recorda.
Blood, Sweat and Tears - And When I Die
domingo, 3 de julho de 2016
Procol Harum - A Salty Dog
Os 15 melhores álbuns de 1969 segundo o programa de rádio "Em Órbita"
Procol Harum, passagem obrigatória no programa "Em Órbita". Ao 3º álbum produzem a sua melhor obra, "A Salty Dog" é o trabalho mais completo e equilibrado de um grupo com o gosto dividido entre o Blues e a música Clássica a que todos chamaram de Rock Progressivo.
Num trabalho equilibrado, onde a ascendência de Gary Brooker não é ainda absoluta e a partilha de composição e interpretação se faz com Robin Trower e Matthew Fisher, e de manifesto muito bom gosto, ficaram para sempre temas como "Salty Dog", "Boredom", "Wreck Of The Hesperus" e "All This And More".
É este álbum que "Em Órbita" elege para o 5º lugar dos melhores do ano de 1969. Eis o texto referente ao disco:
"Procol Harum atingiram em 1969, e num único álbum, o resultado mais apurado de um esforço que já se prolonga por três anos.
«Salty Dog», é a manifestação da teimosia obstinada de um grupo, que persiste no não abdicar de toda uma forma de praticar música popular.
Um álbum que reúne momentos de extraordinária riqueza, que vão da nostalgia de um «Salty Dog», ao épico fragor de «Wreck of the Hesperus».
"A Salty Dog" já recordámos entre as melhores canções do ano, é agora a vez de "Wreck Of The Hesperus".
Procol Harum - Wreck Of The Hesperus
Procol Harum, passagem obrigatória no programa "Em Órbita". Ao 3º álbum produzem a sua melhor obra, "A Salty Dog" é o trabalho mais completo e equilibrado de um grupo com o gosto dividido entre o Blues e a música Clássica a que todos chamaram de Rock Progressivo.
Num trabalho equilibrado, onde a ascendência de Gary Brooker não é ainda absoluta e a partilha de composição e interpretação se faz com Robin Trower e Matthew Fisher, e de manifesto muito bom gosto, ficaram para sempre temas como "Salty Dog", "Boredom", "Wreck Of The Hesperus" e "All This And More".
É este álbum que "Em Órbita" elege para o 5º lugar dos melhores do ano de 1969. Eis o texto referente ao disco:
"Procol Harum atingiram em 1969, e num único álbum, o resultado mais apurado de um esforço que já se prolonga por três anos.
«Salty Dog», é a manifestação da teimosia obstinada de um grupo, que persiste no não abdicar de toda uma forma de praticar música popular.
Um álbum que reúne momentos de extraordinária riqueza, que vão da nostalgia de um «Salty Dog», ao épico fragor de «Wreck of the Hesperus».
"A Salty Dog" já recordámos entre as melhores canções do ano, é agora a vez de "Wreck Of The Hesperus".
Procol Harum - Wreck Of The Hesperus
sábado, 2 de julho de 2016
The Beatles - Abbey Road
Os 15 melhores álbuns de 1969 segundo o programa de rádio "Em Órbita"
The Beatles têm, em 1969, a pior canção do ano. The Beatles têm, em 1969, um dos melhores álbuns do ano. Foi assim nas classificações do "Em Órbita" relativamente ao ano de 1969. Para o referido programa "The Ballad of John and Yoko" foi a pior canção, já na lista dos álbuns "Abbey Road" vai alcançar o 6º lugar.
"Abbey Road", o último álbum gravado - penúltimo a ser editado - pelos The Beatles é um magnífico disco, a ele volta-se sempre com a maior satisfação.
Era assim que "Em Órbita" considerava "Abbey Road":
"Continuidade tranquila para uma evolução que seria prematuro considerar concluída, «Abbey Road» é a paixão indesmentível por tudo o que é imediatamente belo.
«Abbey Road» - Beatles para ouvir e entender com o coração."
Curiosidade, "Abbey Road" foi o primeiro LP que comprei - melhor, que o meu pai me comprou - no Natal de 1969, se bem me lembro, e ao qual regresso regularmente.
Para o recordar, ficamos pelo princípio, ficamos com "Come Together", que bom!
The Beatles - Come Together
The Beatles têm, em 1969, a pior canção do ano. The Beatles têm, em 1969, um dos melhores álbuns do ano. Foi assim nas classificações do "Em Órbita" relativamente ao ano de 1969. Para o referido programa "The Ballad of John and Yoko" foi a pior canção, já na lista dos álbuns "Abbey Road" vai alcançar o 6º lugar.
"Abbey Road", o último álbum gravado - penúltimo a ser editado - pelos The Beatles é um magnífico disco, a ele volta-se sempre com a maior satisfação.
Era assim que "Em Órbita" considerava "Abbey Road":
"Continuidade tranquila para uma evolução que seria prematuro considerar concluída, «Abbey Road» é a paixão indesmentível por tudo o que é imediatamente belo.
«Abbey Road» - Beatles para ouvir e entender com o coração."
Curiosidade, "Abbey Road" foi o primeiro LP que comprei - melhor, que o meu pai me comprou - no Natal de 1969, se bem me lembro, e ao qual regresso regularmente.
Para o recordar, ficamos pelo princípio, ficamos com "Come Together", que bom!
The Beatles - Come Together
sexta-feira, 1 de julho de 2016
Blitz nº 87 de 1 de Julho de 1986
Jornal "Blitz"
Uma imagem do Clip de "Absolute Beginners" de David Bowie era a capa do nº 87 do jornal "Blitz" de 1986.
- O Ok da página 2 recorda-nos a morte de António Variações, Paul McCartney tem um novo Single "Press" (diga-se de passagem pouco interessante), e João Gilberto edita um álbum ao vivo no Festival de Jazz de Montreaux.
- A página 3 com notícias diversas, um mini-LP dos Waterboys com uma nova versão de "The Whole of the Moon", os Wham acabam, e dois discos de raridades dos The Who entretanto dados como findos.
- Mais pequenas notícias na página 4, o segundo álbum dos Katrina and the Waves e a reedição da colectânea comemorativa dos 20 anos dos The Beatles são notícia.
- Página 5 vai para Jorge Palma - "No fundo sou uma pessoa optimista", é a edição do álbum "Quarto Minguante".
- Página 6 ocupada com um novo projecto musical que se anuncia como "a banda sonora do nosso Portugal", são os RN69 dos quais não nos lembramos nada.
- Página 7 com entrevista a Peter Walmsley, relações internacionais da editora Rough Trade que tanta importância teve nos anos 80.
- Quem se lembra dos The Firm? A página 8, na Busca do Sótão fala-nos dos The Firm, o grupo formado pelo vocalista Paul Rodgers (ex-Free, ex-Bad Company) e o guitarrista Jimmy Page (ex-Yardbirds, ex-Led Zeppelin), estiveram activos entre 1984 e 1986.
- Página 9, sob o título "Os gloriosos anos 50 e os seu debutantes" fala-se dos anos 50 e do filme de Julien Temple "Absolute Beginners". "Na opinião do New Musical Express, Absolute Beginners é a primeira alternativa à imagem estereotipada dos adolescentes dos anos 50 fornecida pelos filmes norte-americanos. Ainda segundo o jornal, ver este filme é como passar num túnel do tempo, voltando anos atrás."
- Páginas centrais "Jovens s.a.r.l." e "Se houvesse lenda e energia" são os artigos para ficarmoa a saber tudo de Absolute Beginners, o filme e a sua banda sonora.
- Na página 12 "Nada tão bom como uma Vespa", ainda os anos 50 para falar da Vespa e ainda de Absolute Beginners: "A figura central de «Absolute Beginners» não é nem Crepe Suzette nem o seu jovem apaixonado, muito menos o empresário ou a estrela: no centro de tudo está a Vespa que percorre as ruas de Londres e que é a garantia de que tudo vai sr possível."
- Adiante com os Pregões e Declarações da página 13.
- Página 14 sob o tíulo de "Como ser Au Pair", não o grupo pós-punk "Au Pairs" mas a profissão «Au Pair» e o relato de experiências de quem a praticou em Londres.
- O Cardápio na página 15 anuncia homenagem a Jim Morrison 15 anos depois da sua morte na Juke Box em Lisboa e nos cinemas lá está Absolute Beginners.
- ZZTop e o novo álbum "Afterburner" ocupam a página 16.
- Página 17, "Este mundo e o Outro" ocupa-se do terceiro álbum dos The Smiths, «The Queen Is Dead».
- Nas páginas 18 e 19, com os Top nacionais e internacionais, nada de significativamente novo. Em Portugal "Bem Bom" de Gal Costa mantém-se em primeiro lugar, em Inglaterra, "Invisible Touch" dos Genesis entra directo para nº 1 e nos EUA Whitney Wouston mantém o primeiro lugar com o álbum homónimo.
- A página 20 vai para quem quiser conhecer Hernâni Miguel, " Sócio, colaborador ou simples agitador de alguns dos mais populares locais de convívio nocturno..."
Uma imagem do Clip de "Absolute Beginners" de David Bowie era a capa do nº 87 do jornal "Blitz" de 1986.
- O Ok da página 2 recorda-nos a morte de António Variações, Paul McCartney tem um novo Single "Press" (diga-se de passagem pouco interessante), e João Gilberto edita um álbum ao vivo no Festival de Jazz de Montreaux.
- A página 3 com notícias diversas, um mini-LP dos Waterboys com uma nova versão de "The Whole of the Moon", os Wham acabam, e dois discos de raridades dos The Who entretanto dados como findos.
- Mais pequenas notícias na página 4, o segundo álbum dos Katrina and the Waves e a reedição da colectânea comemorativa dos 20 anos dos The Beatles são notícia.
- Página 5 vai para Jorge Palma - "No fundo sou uma pessoa optimista", é a edição do álbum "Quarto Minguante".
- Página 6 ocupada com um novo projecto musical que se anuncia como "a banda sonora do nosso Portugal", são os RN69 dos quais não nos lembramos nada.
- Página 7 com entrevista a Peter Walmsley, relações internacionais da editora Rough Trade que tanta importância teve nos anos 80.
- Quem se lembra dos The Firm? A página 8, na Busca do Sótão fala-nos dos The Firm, o grupo formado pelo vocalista Paul Rodgers (ex-Free, ex-Bad Company) e o guitarrista Jimmy Page (ex-Yardbirds, ex-Led Zeppelin), estiveram activos entre 1984 e 1986.
- Página 9, sob o título "Os gloriosos anos 50 e os seu debutantes" fala-se dos anos 50 e do filme de Julien Temple "Absolute Beginners". "Na opinião do New Musical Express, Absolute Beginners é a primeira alternativa à imagem estereotipada dos adolescentes dos anos 50 fornecida pelos filmes norte-americanos. Ainda segundo o jornal, ver este filme é como passar num túnel do tempo, voltando anos atrás."
- Páginas centrais "Jovens s.a.r.l." e "Se houvesse lenda e energia" são os artigos para ficarmoa a saber tudo de Absolute Beginners, o filme e a sua banda sonora.
- Na página 12 "Nada tão bom como uma Vespa", ainda os anos 50 para falar da Vespa e ainda de Absolute Beginners: "A figura central de «Absolute Beginners» não é nem Crepe Suzette nem o seu jovem apaixonado, muito menos o empresário ou a estrela: no centro de tudo está a Vespa que percorre as ruas de Londres e que é a garantia de que tudo vai sr possível."
- Adiante com os Pregões e Declarações da página 13.
- Página 14 sob o tíulo de "Como ser Au Pair", não o grupo pós-punk "Au Pairs" mas a profissão «Au Pair» e o relato de experiências de quem a praticou em Londres.
- O Cardápio na página 15 anuncia homenagem a Jim Morrison 15 anos depois da sua morte na Juke Box em Lisboa e nos cinemas lá está Absolute Beginners.
- ZZTop e o novo álbum "Afterburner" ocupam a página 16.
- Página 17, "Este mundo e o Outro" ocupa-se do terceiro álbum dos The Smiths, «The Queen Is Dead».
- Nas páginas 18 e 19, com os Top nacionais e internacionais, nada de significativamente novo. Em Portugal "Bem Bom" de Gal Costa mantém-se em primeiro lugar, em Inglaterra, "Invisible Touch" dos Genesis entra directo para nº 1 e nos EUA Whitney Wouston mantém o primeiro lugar com o álbum homónimo.
- A página 20 vai para quem quiser conhecer Hernâni Miguel, " Sócio, colaborador ou simples agitador de alguns dos mais populares locais de convívio nocturno..."
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