Cinco minutos de Jazz
Mais uma passagem pelo 1º boletim "Cinco minutos de Jazz" que o programa de rádio com o mesmo nome começou a publicar gratuitamente com envio para casa em Novembro de 1973.
Começo por recordar um texto assinado por Carlos Madeira sobre "O Mercado (?) do Disco em Lisboa" onde começava a poder-se encontrar algumas gravações de catálogos até então não acessíveis, era o caso da editora ESP "... a primeira editora a gravar algumas das principais obras do que veio a ser conhecido por Free Jazz ou New Thing." O artigo que continuava nos nºs seguintes terminava chamando a atenção para o preço "simplesmente proibitivo" de 188$50 (menos de 1€).
Um outro texto assinado por José Nuno Miranda, "A Quem Serve o Festival a Nós ou a Eles?!...", tece críticas ao Festival de Jazz de Cascais que em 1973 ia para a sua terceira realização. O "...1º Festival de Cascais tomou foros de acontecimento...", o 2º foi "... uma grande sombra do seu antecessor" e antevia para o 3º "...erros e pontos fracos que podem obstar a um verdadeiro sucesso artístico, já quer o financeiro é garantido." Num país tão pouco dado a manifestações culturais do gabarito que estes Festivais tiveram parece que estas críticas correspondem a desentendimentos de uma certa elite lisboeta do que à real qualidade que os Festivais tiveram (pelo que li, não por lá ter estado).
Finalmente o destaque para hoje, o grupo Art Ensemble of Chicago (ainda hoje existente) formados em 1969 e que apresentavam um Jazz vanguardista com forte presença das sopros e percussões. Estiveram em evidência nas noites de 26, 27 e 28 de Novembro de 1973 com o álbum ao vivo "Bap-Tizum" do ano anterior.
Ouça-se "Oouffnoon".
Art Ensemble of Chicago - Oouffnoon
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