terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

Petrus Castrus – País Relativo

Entre Novembro de 1972 e Abril de 1973 os Petrus Castrus, já com 2 EP editados, aventuram-se na gravação de um álbum conceptual, de nome “Mestre”, gravado nos conceituados Strawberry Studios (Château d’Hérouville - Paris), lugar onde José Mário Branco tinha gravado os seus 2 primeiros álbuns, aliás ele ainda por lá andava e chega a participar na gravação da faixa “S.A.R.L.” deste 1º LP dos Petrus Castrus.

Para além de algumas letras escritas por João Seixas (baterista do grupo), encontramos poemas de Bocage, Fernando Pessoa, Sophia de Mello Breyner, Alexandre O’Neill e Ary dos Santos e dão a “Mestre” os ingredientes para mais uma sátira à sociedade portuguesa de então. Prolongavam assim um trabalho já iniciado com “Epopeia” da Filarmónica Fraude (1969) e também o álbum homónimo do Quarteto 1111 de 1970; claro que, à semelhança destes, confiscado pela censura. As sonoridades eram, no entanto, mais próximas do Rock Progressivo que então por cá já pesavam nas influências dos grupos nacionais.

 




É, por muitos, considerado um dos melhores discos de Rock progressivo português de todos os tempos e a raridade da edição em vinil é avidamente disputada em leilões na internet chegando a preços superiores a 400 Euros(no ebay o EP “Marasmo” de 1971 encontrava-se também a mais de 400 euros).

 Segue o tema "País Relativo” com letra de  Alexandre O'Neill e música dos irmãos José e Pedro Castro.



Petrus Castrus – País Relativo

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