Hesitei na escolha do nome para este novo tema que hoje começo. Deveria ser a música Pop-Rock ou somente Pop ou ainda outras tipo a música Ié-Ié, ou a nova música jovem, etc., etc.. Queria que fosse no feminino e de modo a não ser muito restritiva acabou por ficar "A música Pop..." o que permite uma amplitude maior e demonstrativa do que por cá se fazia no feminino.
Como noutros temas o aspecto qualitativo ou os meus gostos pessoais não estão aqui em causa pois caso contrário muito pouco poderia aqui recuperar. O que mais interessa é mostrar o que se produzia no feminino num Portugal atrasado, obscurantista e averso às novidades, neste caso musicais, que internacionalmente floresciam. Como se sabe, prevalecia os cantores e cantoras ligados ao chamado nacional-cançonestimo, tradicionalista e conformista com os valores que o regime fascista impunha.
Mas aqui e ali novas sonoridades começavam a despontar, o Festival da canção da RTP a partir de 1964 contribuiu para isso, tendo os grupos de Pop-Rock dado um empurrão.
A participação feminina era reduzida, muito reduzida, nos grupos de Pop-Rock encontrava-se uma Ana Maria no Conjunto Universitário Hi-Fi e tudo o mais eram cantoras da música ligeira que por vezes se aventuravam numa ou outra canção com um ritmo mais atrevido.
De uma forma aleatória vamos então passar alguns nomes, uma boa parte bem esquecidos, dessa década tão marcante que foram os anos 60. Começo com a Paula Ribas.
http://guedelhudos.blogspot.com/ |
Intitulada (ver wikipédia) a "Raínha do Twist" teve uma longa e diversificada carreira, em termos de gravações deixou discos que vão da música ligeira a versões portuguesas de êxitos internacionais e já agora também versões de canções do José Afonso.
Recordo "Vamos Dançar o Twist" versão de 1963 do original de Chubby Checker, "Let Twist Again" (1961).
Paula Ribas - Vamos Dançar o Twist
Sem comentários:
Enviar um comentário