Da minha meninice lembrava da Maria José Valério a canção "Menina dos Telefones" o seu maior sucesso, um bom exemplo do nacional-cançonetismo por cá dominante.
Segundo a "Enciclopédia da Música em Portgal no Século XX": "O seu repertório abrange a música ligeira e o fado (incluindo o fado-canção e fado-musicado), que interpretou em inúmeros espectáculos em Portugal e no estrangeiro (EUA, África, Brasil) ao longo da sua carreira."
Acabou por ficar conhecida por ser a interprete do hino do Sporting "Marcha do Sporting" que cantou em 1954 em "...festa no Tivoli dedicada ao Sporting Clube de Portugal..."
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Nos primeiros anos da década de 60 o Twist (género de dança com origem nos EUA que acompanhava os novos ritmos do Rock'n'Roll) imperou e todo o mundo dançava o Twist, entretanto muitas canções passaram a incorporar a designação Twist ("The Twist"-1959 de Hank Ballard terá sido a primeira a dar origem ao género). Fizeram-se inclusive concursos para apurar o Rei do Twist como o ocorrido no Teatro Monumental, em Lisboa, em 1963 do qual saiu vencedor Victor Gomes. Quanto às canções, foram muitas as que adoptaram a designação, eis uma lista tendo algumas já recordado:
"Twisting the Twist" - Thilo's Combo
"Twist para Dois" - Zeca do Rock
"Dancemos o Twist" - Paulo Alexandre com Os Telstars
"Let's Twist Again" - Pedro Osório
"Twist Bocage" - Conjunto de Oliveira Muge
Também os cançonetistas mais tradicionais fizeram aproximação ao Twist como por exemplo nas canções:
"Vamos Dançar o Twist" - Paula Ribas
"Twist em Lisboa" - Madalena Iglésias
"O Twist do Tareco" - Zézinha Pereira
"Tômbola Twist" - Maria José Valério
É esta última que hoje se recorda, fazia parte do EP "Rapariga Destravada" e o ano era o de 1962.
Maria José Valério - Tômbola Twist
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