quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Manuel Freire - Livre


A novidade do ano de 1968 na música popular portuguesa chamava-se Manuel Freire.
Manuel Freire vinha juntar-se aos cantores de protesto já com percurso reconhecido, José Afonso, Adriano Correia de Oliveira e Luís Cília.
Manuel Freire inicia-se nas gravações, no ano de 1968, com a edição de 2 EP: "Manuel Freire Canta Manuel Freire" e "Trovas Trovas Trovas".
Este último seria apreendido pela PIDE pela canção, manifestamente antiguerra colonial, de sua autoria "O Sangue não dá Flôr" ("Poisa a espingarda, irmão/que o sangue não dá flor").





O primeiro EP é composto por quatro emblemáticas canções: "Dedicatória", "Livre", "Eles" e "Pedro o Soldado". Com letra de Carlos de Oliveira e música do próprio Manuel Freire "Livre" vai-se tornar mais um hino, então muito popular,  na resistência ao fascismo.

"Não há machado que corte
a raíz ao pensamento
Não há morte para o vento
não há morte

Se ao morrer o coração
morresse a luz que lhe é querida
sem razão seria a vida
sem razão

Nada apaga a luz que vive
Num amor num pensamento
Porque é livre como o vento
Porque é livre."



Manuel Freire - Livre

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