Tendo como ponto de partida o livro "Os Grandes Criadores de Jazz", já aqui anteriormente referido, vamos proceder à recuperação de alguns cantores do chamado "Jazz Vocal", designação vaga a permitir englobar cantores que vão de Louis Armstrong e o seu scat, a crooners como Frank Sinatra e Johnny Hartman ou ainda formas mais populares, o Gospel de Mahalia Jackson, o Soul de Aretha Franklin, o Funk dos Earth, Wind & Fire, ou o mais recente Rap. As incontornáveis Billie Holiday e Ella Fitzgerald serão, claro, lembradas e também Ray Charles e as aproximações ao Pop de Stevie Wonder.
Começamos com Louis Armstrong (1901-1971).
Neto de uma escrava e filho de uma prostituta, não teve uma infância digna, valeu o gosto pelo canto e pelo cornetim que aprende a tocar num reformatório onde, adolescente, esteve preso por ter disparado uma arma para o ar. É como trompetista que se vai evidenciar e aos 25 anos é já considerado «o maior tocador de trompete do mundo». De acordo com o livro supra citado:
"A partir de meados dos anos 30, o cantor sobrepõe-se ao trompetista e, apesar de um certo descuido na escolha do repertório, consegue transformar a lama em ouro, transfigurando as piores lengalengas."
Possuidor de uma voz rouca e de grande expressividade, populariza o scat (canto sem palavras) e vai conhecer o reconhecimento mundial com "What a Wonderful World", "Hello, Dolly!", "Summertime" ou "When the Saints Go Marching In".
Inovador e virtuoso, quer como trompetista quer como cantor, Louis Armstrong foi dos músicos que mais contribuiu para o desenvolvimento do Jazz. Para o recordar "Dream a Little Dream of Me", uma canção da década de 30, grande êxito nos anos 60 pelos The Mamas and The Papas, interpretada por Louis Armstrong numa versão de 1950.
Louis Armstrong - Dream a Little Dream of Me
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