O Jazz conheceu muitas vidas trágicas, a de Billie Holiday (1915-1959) foi uma delas.
Billie Holiday, teve uma infância difícil e muito pobre, ainda criança ouviu muito Bessie Smith e já adolescente começou a cantar em bares e a dar nas vistas aos amantes do Jazz. Descoberta pelo crítico John Hammond grava o primeiro disco com o clarinetista Benny Goodman. Trava amizade com o saxofonista Lester Young que a alcunha de "Lady Day", faz parte da orquestra de Count Basie, faz digressões com a orquestra de Artie Shaw.
Deixou-nos uma longa e excelente discografia onde se destaca o LP, com o mesmo título da sua autobiografia, "Lady Sings the Blues" de 1956.
No início dos anos 40 viciasse em drogas pesadas, das quais não mais se vai ver livre. Escreveu em
"Lady Sings the Blues": "A droga nunca ajudou quem quer que fosse a cantar melhor, nem a tocar melhor um instrumento, nem a fazer melhor seja o que for. É Lady Day quem vos diz isto. Ela já a usou suficientemente para saber o que diz. Se houver aí alguém que me contradiga, perguntem-lhe se ele acha que sabe alguma coisa sobre droga que Lady Day não conheça".
Não possuindo, segundo os especialistas, dotes vocais destacados foi, no entanto, uma das maiores cantoras de Jazz, "Usava sua estranha voz, suave e ríspida, como um trompete.", em "Jazz - das raízes ao rock".
Para nós fica o prazer de imaginar uma negra bonita toda vestida de branco com uma gardénia branca no cabelo a subir ao palco, atirar a cabeça para trás e começar a cantar "Lady Sings The Blues".
Billie Holiday - Lady Sings the Blues
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