quarta-feira, 30 de junho de 2021

Delaney and Bonnie - Piece Of My Heart

 DISCO MÚSICA & MODA, nº 7 de 1 de Maio de 1971


Delaney and Bonnie tem hoje a primeira passagem pelo meu blog.

Delaney and Bonnie foram um simpático duo norte-americano que efectuaram as primeiras gravações já no final dos anos 60 e se mantiveram até 1972 ano em que se separaram. Quando me refiro a este duo não consigo dizer somente Delaney and Bonnie, mas sim Delaney and Bonnie and Friends que foi assim que os conheci. Foi assim, que na realidade pouco depois começaram a assinar pelo facto de nas gravações e concertos constarem uma lista invejável de músicos bem conhecidos como Eric Clapton, Leon Russel, Rita Coolidge, George Harrison, Dave Mason, para citar somente os mais reputados.

O artigo constante no nº 7 de "DISCO MÚSICA & MODA" de Maio de 1971 era a análise do 1º LP "Home" de 1969 que pelos vistos era então cá editado, provavelmente devido ao sucesso que entretanto o duo teve pois na altura já tinham 5 álbuns editados.




"Home" era como então se dizia um disco de "Rhythm'n'Blues de tendência branca", não fosse em "It's been a long time coming", a faixa de abertura, "lembrar um certo estilo de cantar de Janis Joplin". Ou a faixa final "Piece Of My Heart", que teve a sua melhor versão precisamente na voz de Janis Joplin, aqui sem a expressividade que esta imprimia.



Delaney and Bonnie - Piece Of My Heart

terça-feira, 29 de junho de 2021

Ike and Tina Turner - Funkier Than a Mosquito's Tweeter

DISCO MÚSICA & MODA, nº 7 de 1 de Maio de 1971


Este nº 7 do jornal "DISCO MÚSICA & MODA" provoca a terceira passagem por Ike and Tina Turner

Primeiro foi a entrada directa para o 12º lugar, na tabela de vendas de Singles em Portugal,  do disco que tinha na face A essa inesquecível versão de "Proud Mary", depois foi a passagem pelo álbum "Workin' Together" a propósito do artigo que nos falava dos 10 anos de carreira daquele duo americano que tão bem misturava o Rhythm'n'Blues com a energia advinda do Rock.





Na página "Novos Discos" dava-se contra da edição do Single "Proud Mary" que continha no lado B a canção "Funkier Than a Mosquito's Tweeter" que fica assim como a proposta para hoje.

Nesta apreciação, depois de enaltecer "Proud Mary" refere-se a "Funkier Than a Mosquito's Tweeter" como "uma boa faixa" onde se mostrava "o que são as «Ikettes» e Ike Turner na viola elétrica".



Ike and Tina Turner - Funkier Than a Mosquito's Tweeter

segunda-feira, 28 de junho de 2021

Richie Havens - To Give All Your Love Away

 DISCO MÚSICA & MODA, nº 7 de 1 de Maio de 1971


Segunda passagem por Richie Havens (1941-2013) neste nº 7 do jornal "DISCO MÚSICA & MODA" nº 7 de Maio de 1971. Desta vez na página "Novos Discos" divulgava-se a edição do LP "Alarm Clock", um dos trabalhos mais bem conseguidos de Richie Havens que então capitalizava da sua fulgurante passagem por Woodstock em 1969.

Na crítica afirmava-se que Richie Havens "Soa primitivo, descompassado, louco, desafinado, tudo o que se queira, mas é o que se pode dizer fabuloso" e na realidade é um pouco de de tudo isso, acrescentando-se uma genuinidade e uma voz rouca que lhe conferia uma atratividade suplementar.




O álbum abria com a incrível versão de "Here Comes The Sun", ouçam noutro Regresso ao Passado a ele dedicado, e continuava com "To Give All Your Love Away" com "...um jogo vocal sensacional entre ele e o coro". É a minha proposta de audição, espero que gostem, em particular pelos mais novos que porventura aqui passem e dele não tivessem conhecimento.



Richie Havens - To Give All Your Love Away

sábado, 26 de junho de 2021

Audience - Indian Summer

DISCO MÚSICA & MODA, nº 7 de 1 de Maio de 1971


Audience, mais um grupo Rock que começou no final dos anos 60 e terminou no início da década seguinte, quantas é que começaram e terminaram naqueles anos? Sim, elas pululavam por todo o lado com particular enfase no Reino Unido e USA, onde o Pop-Rock atingiu níveis consideráveis de maturidade. Mas há que destrinçar o trigo do joio e temos de reconhecer que muitos dos grupos que surgiram não passaram de moda circunstancial à boleia de outros verdadeiramente inovadores ou pelo menos com menores preocupações comerciais.

Relativamente aos Audience devo dizer que os desconhecia de todo e que portanto não devo fazer juízo definitivo sem o conhecimento da sua relativamente curta obra: 4 álbuns entre 1969 e 1972 e alguns Singles.





Ao ler o pequeno texto que o jornal "DISCO MÚSICA & MODA" publicava, no seu nº 7 de Maio de 1971, relativamente à edição do Single "Indian Summer" também não se fica, nem podia-se ficar, com uma ideia clara sobre um grupo cujo Single acabava por receber nota positiva: "Bom disco...", "De forte impacto sonoro..." e "...nuances instrumentais bem concebidas...".

Resta ouvir "Indian Summer", a cada um o seu juízo,  por mim parece que não perdi grande coisa.



Audience - Indian Summer

Judy Collins - Nightingale I

  DISCO MÚSICA & MODA, nº 7 de 1 de Maio de 1971


O início dos anos 70 foi particularmente fértil musicalmente, todos os géneros musicais do universo popular pareciam florescer e cruzavam-se uns com os outros sugerindo novas propostas que se revelavam novidade para os amantes da música que como eu então na minha adolescência seguia com toda a atenção.

O Folk foi das mais interessantes manifestações que ocorreram e que só teve a ganhar com as influências que absorveu de por exemplo o Rock e o Jazz. Desenvolveram-se assim diversas matizes, entre as quais a americana com nomes tão importantes como Bob Dylan, Joni Mitchell e Judy Collins, é desta última a recordação de hoje.




Do álbum  "Whales & Nightingales" (1970) é extraído um Single publicado por cá em 1971 e que o jornal "DISCO MÚSICA & MODA" dava nota. As canções deste Single eram "Amazing Grace", a qual já recordei mais de uma vez, e "Nightingale I" que o artigo enaltece: "...uma unidade perfeita entre a concepção do arranjo instrumental e do fraseado vocal de Judy. Em «Nightingale I» a verdadeira Judy Collins."

Recordemos!



Judy Collins - Nightingale I

sexta-feira, 25 de junho de 2021

Aretha Franklin - You're All I Need To Get By

 DISCO MÚSICA & MODA, nº 7 de 1 de Maio de 1971


"You're All I Need to Get By" é uma canção Soul escrita pela dupla Ashford & Simpson e gravada pela primeira vez por Marvin Gaye em duo com Tammi Terrell em 1968. Não me recordava do original, a versão que conheci foi a de Aretha Franklin que a editou em Single em 1971 e no mesmo ano na compilação de "Greatest Hits".

O jornal "DISCO MÚSICA & MODA" nº 7 de Maio de 1971 noticiava essa edição e destacava não só o arranjo, "arranjo instrumental diferente do que ela nos tem apresentado", como o coro que a acompanhava, "o seu famoso coro que lhe garante o diálogo e apoio que fizeram de Aretha um caso sério de interpretação".




De uma época em que Aretha Franklin fez uma aproximação à música Pop cantando The Beatles, Simon and Garfunkel, por exemplo, aqui fica uma bonita canção Soul onde ela de facto era rainha. Apreciem, pois, agora, já não há canções destas!



Aretha Franklin - You're All I Need To Get By

quinta-feira, 24 de junho de 2021

Rare Bird - What Do You Want To Know

DISCO MÚSICA & MODA, nº 7 de 1 de Maio de 1971


Para hoje uma primeira passagem pelo grupo inglês Rare Bird. O propósito é a edição, no nosso país, do Single "What Do You Want To Know" que o jornal "DISCO MÚSICA & MODA" publicitava no seu nº 7 em Maio de 1971.

Dos Rare Bird poucos se devem lembrar, a não ser da canção "Sympathy" do ano anterior e que foi na realidade um grande êxito do grupo, mas ficou por aí. Pessoalmente não mais ouvi falar do grupo, ou pelo menos não me recordo de mais nada, nem deste "What Do You Want To Know" editado em Portugal pela Philips ainda com som Mono. O fim chegou em 1975.

Catalogados na área do Rock progressivo tinham uma sonoridade centrada no órgão à semelhança de uns Emerson, Lake and Palmer ou Atomic Rooster, mas, pelo menos para meu gosto, longe daqueles em técnica e inspiração, um som muito baseado em clichés muito repetidos ou como se costuma dizer muita parra pouca uva.




Aqui fica "What Do You Want To Know", um tema pouco interessante para ser editado em Single, "sem grandes esperanças" conforme o texto.



Rare Bird - What Do You Want To Know

quarta-feira, 23 de junho de 2021

Jethro Tull - Cross-Eyed Mary

    DISCO MÚSICA & MODA, nº 7 de 1 de Maio de 1971


Ainda o jornal "DISCO MÚSICA & MODA", edição nº 7 de Maio de 1971, para começar a página "Novos Discos", onde se analisavam alguns dos discos postos à venda no nosso mercado, e o primeiro era o álbum "Aqualung" dos britânicos Jethro Tull.

Deste álbum os primeiros temas que me lembro de ouvir foram "Aqualung" e "My God" que durante muito tempo foram as minhas canções preferidas. Os restantes temas descobri-os melhor quando adquiri o disco (o 2º que tive dos Jethro Tull, o 1º foi "Benefit") e a sensação que tive era que estava na presença de um disco estranho, que quebrava barreiras, e que ia do Rock mais hard, que me estimulava, da época, à simplicidade Folk que me cativava.





Como diz o artigo "Aqualung" era "... simultaneamente difícil, requintado e tremendamente simples" ou seja tinha os requisitos necessários para aos meus 14 anos me seduzir e correr à primeira oportunidade para o comprar. Ainda por cima era um álbum conceptual e a pintura da capa de um mendigo deixava-me preso a admirá-la.

Depois de um mendigo, "Aqualung", seguia-se a prostituta "Cross-Eyed Mary", ei-la.



Jethro Tull - Cross-Eyed Mary

terça-feira, 22 de junho de 2021

Neil Diamond - I am... I said

   DISCO MÚSICA & MODA, nº 7 de 1 de Maio de 1971


"Neil Diamond nasceu em Brooklin (USA) a 24 de Janeiro de 1945, e hoje é considerado uma das maiores máquinas de produzir êxitos.", assim começava o artigo dedicado a Neil Diamond que vinha publicado no nº 7 do jornal "DISCO MÚSICA & MODA".

Não sei se foram memórias que me ficaram da leitura deste artigo quando o jornal saiu, mas o que é certo é que corresponde precisamente à imagem que fui fazendo de Neil Diamond, "um fazedor de êxitos", ora como compositor ou como intérprete. Só que "...Neil tem uma maneira extremamente pessoal de imprimir um cunho comercial a todas as canções", e terá sido isso que me levou a afastar progressivamente deste artista, pese ter continuado a apreciar a sua voz.




Depois de "Sweet Caroline", "Solitary Man", "Soolaimón", "Cracklin' Rosie" ou ainda "He Ain't Heavy, He's My Brother", para citar só alguns dos êxitos então mais recentes de Neil Diamond, era "I am... I said" que se ouvia na rádio e é a que agora se recorda. Apreciem.



Neil Diamond - I am... I said

segunda-feira, 21 de junho de 2021

Richie Havens - Here Comes the Sun

DISCO MÚSICA & MODA, nº 7 de 1 de Maio de 1971


Foi a passagem por Woodstock, em 1969, que projetou Richie Havens para a primeira linha do mundo musical. Tinha, no entanto, já vários álbuns editados, onde se destacavam versões de canções bem conhecidas do universo Rock, Folk e Blues.

Julgo que, se a memória não me atraiçoa, a primeira vez que ouvi Richie Havens foi algures em 1970 onde ele aparece no álbum triplo "Woodstock: Music from the Original Soundtrack and More" a interpretar "Freedom (Motherless Child)", uma improvisação em torno de "Motherless Child", um espiritual negro. Mas onde verdadeiramente fiquei a gostar dele foi em 1971 com o álbum "Alarm Clock" onde surge "Here Comes The Sun", um original de George Harrison do álbum "Abbey Road" dos The Beatles.



"Richie Havens: Quando se toca música todos se sentem envolvidos" era um pequeno artigo que aparecia no jornal "DISCO MÚSICA & MODA", nº 7 em Maio de 1971  e que nos dava a conhecer um pouco do passado de Richie Havens.

É a inesquecível versão de "Here Comes The Sun" que agora recordo. Fiquem bem.



Richie Havens - Here Comes the Sun

domingo, 20 de junho de 2021

Heavy Band - Funky

  DISCO MÚSICA & MODA, nº 7 de 1 de Maio de 1971


Pentágono foi uma formação de Rock de curta duração que existiu no Porto formado por Sousa Pinto (ex-Conjunto Sousa Pinto e ex-Grupo 5) e por onde passaram nomes como Fernando Girão (conhecido por Very Nice, ex-Turma 6, de Braga), Pedro Taveira e António Garcês.

"O grupo interpretava versões de êxitos internacionais (especialmente de grupos como Blood, Sweat and Tears e Chicago Transit Authority), destacando-se como um dos primeiros protagonistas dos emergentes estilos de rock, sobretudo o chamado «rock progressivo» do início da década de 70, juntamente com grupos como Psico, Arte & Ofício, Objectivo e Chinchilas..", lê-se na "Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX".

Os Pentágono eram objecto de artigo, sob o título "Pentágono - Tocar em Bailes para Sobreviver", publicado no nº 7 do jornal "DISCO MÚSICA & MODA" de Maio de 1971.





Nele dizia-se: "Entre os grupos que hoje se deslocam por este país fora, tocando em bailes de Finalistas, ou em concertos, PENTÁGONO é, sem sombra de dúvida, um dos de maior evidência." Insatisfeitos com o facto de tocarem sobretudo em bailes e festas o que os levava a tocar "...uma música desprovida de grande interesse com vista ao nosso desenvolvimento musical."

Antes de opinarem sobre o Quarteto 1111, Pop Five Music Incorporated e Sindicato  afirma-se que os Pentágono iam gravar em Maio e fá-lo-iam em inglês que melhor se adaptava à voz de Fernando Girão. Desconheço qualquer disco por eles gravado e o que é certo é que no final do ano Fernando Girão já se encontrava em Lisboa com os Heavy Band. No ano seguinte, fixados em Angola, gravam dois Singles, do primeiro podemos ouvir o instrumental "Funky". 



Heavy Band - Funky

sábado, 19 de junho de 2021

Stan Getz - I Remember Clifford

 DISCO MÚSICA & MODA, nº 7 de 1 de Maio de 1971


De volta a Stan Getz que, para além de presença principal na capa do nº 7 do jornal "DISCO MÚSICA & MODA", ocupava também as páginas centrais. Numa altura em que, por cá, "...o acessos ao «jazz» só é praticamente possível através do disco..." e que "...só as classes com um certo poder de compra o podem vir a conhecer e procurar" davam-se alguns passos na divulgação da música Jazz, principalmente no meio estudantil, uma população mais aberta "...à música afro-americana...".

Com "A plateia do Coliseu completamente cheia..." realizou-se um Festival integrado na Queima das Fitas onde actuaram, na primeira parte os Contacto, um dos poucos conjuntos portugueses ("...o número daqueles que em Portugal procuram utilizar a linguagem «jazz» cabe nos dedos das mãos...") a aproximar-se da sonoridade jazzística e na segunda parte o saxofonista-tenor americano Stan Getz.






"Acusado por muitos de recorrer à bossa com finalidades meramente lucrativas, defendido energicamente por alguns..." tocou "Chega de Saudade" a que alguém gritou "Toque Jazz" seguindo-se "...uma sussurrante e emotiva versão de «I remember clifford»..."

"I Remember Clifford" um tema em memória do saxofonista Clifford Brown (1930-1956)) na interpretação de Stan Getz.



Stan Getz - I Remember Clifford

sexta-feira, 18 de junho de 2021

Graham Nash - I Used to Be a King

DISCO MÚSICA & MODA, nº 7 de 1 de Maio de 1971


"A América é hoje em dia cenário de uma nova elite pop, um grupo bastante unido de cantores e músicos, que se apoderaram repentinamente do panorama musical", "A este grupo, pleiade de grandes artistas, começa a chamar-se a Aristocracia da Pop Music." lia-se no artigo "Aristocratas do Pop" publicado no jornal "DISCO MÚSICA & MODA" de Maio de 1971 no seu nº 7.

E quem eram esses aristocratas? De acordo com o referido artigo eis alguns dos nomes que poderiam encabeçar a lista: David Crosby, Stephen Stills, Graham Nash, Neil Young, Joni Mitchell, James Taylor, Jerry Garcia, John Sebastian, Bob Dylan, Roger McGuinn...

Um conjunto de artistas que se encontravam na vanguarda da música Pop, diria da área do Folk-Rock, todos eles, ainda hoje referências do que melhor os EUA nos deram naquele género musical, alguns ainda no activo e a recomendarem-se.




Quase todos eles colaboraram uns com os outros nos seus trabalhos individuais, note-se o exemplo de Graham Nash, no artigo referido como Willie Nash, no seu primeiro LP a solo de 1971, "Songs For Beginners". No texto refere a necessidade que sentiu de rever a parte da guitarra e rapidamente telefonou a Jerry Garcia (Grateful Dead) e este disponibilizou-se para a colaboração. Ouça-se "I Used to Be a King" onde, para além da presença de Jerry Garcia com a sua "steel guitar", se pode ouvir ainda Neil Young, David Crosby e John Barbata



Graham Nash - I Used to Be a King

quinta-feira, 17 de junho de 2021

Partridge Family - I Think I Love You

    DISCO MÚSICA & MODA, nº 7 de 1 de Maio de 1971


O final dos anos 60, inicio dos anos 70, foi um período áureo da música popular, onde se desbravaram muitos novos caminhos muitos deles de grande qualidade. Ao longo destes meus Regresso ao Passado tenho tentado dar disso nota, é claro que, de igual modo, a música mais comercial tipo bubblegum também se encontrava, ao virar da esquina, em todo o lado. É o caso de hoje com o grupo The Partridge Family.

Resultado de uma série de TV que existiu entre 1970 e 1974, o grupo The Partridge Family teve grande sucesso na primeira metade dos anos 70, emergindo do grupo David Cassidy (1950-2017) que prosseguiu carreira a solo como cantor Pop e também actor de cinema.




The Partridge Family eram notícia no nº 7 do jornal "DISCO MÚSICA & MODA" que começava por os considerar "...uma versão moderna da tão conhecida Sound of Music [do filme Música no Coração, 1965], que foi nas nossas bilheteiras durante tanto tempo", versão para pior, diria eu e acabava perguntando "...se seria possível em Portugal a existência de um grupo nestes moldes?", para quê?, acrescento eu.

A canção que os tornou conhecidos, pelo menos cá, foi "I Think I Love You" que eu já não ouvia seguramente há mais de 50 anos.



Partridge Family - I Think I Love You

quarta-feira, 16 de junho de 2021

Deniz Cintra - O Guardanapo do Snr. Silva

   DISCO MÚSICA & MODA, nº 7 de 1 de Maio de 1971


"Festival da Juventude de Almada - Nada de Novo na Outra Margem" dava o nome a um artigo sobre o 2º Festival ocorrido em Almada em 1971 e cujo propósito era "Incentivar o aparecimento de novos autores e compositores". Não conseguido, pelos vistos, face à declaração de José Nuno Martins ao afirmar que "...o júri lamenta o nível temático e formal das canções a concurso e deseja que em próxima realização se ultrapasse esse estado geral..."

O certame dividido em três partes, sendo a do meio dedicada ao concurso, teve na primeira parte nomes como Nuno Filipe, Deniz Cintra, Hugo Maia de Loureiro, José Barata Moura, Francisco Naia e ainda José Cheta. Já a última parte contou com nomes como Teresa Paula Brito, Carlos Alberto Moniz, José Almada e José Manuel Osório.




Bem, pelo menos pela lista de convidados parecia haver motivos de interesse, num país onde a raridade de manifestações culturais era a norma. Deniz Cintra era um deles e terá interpretado "O Guardanapo do Snr. Silva", canção editada em Single naquele ano. É com ela que ficamos para acompanhar este artigo.



Deniz Cintra - O Guardanapo do Snr. Silva

terça-feira, 15 de junho de 2021

Joni Mitchell - Woodstock

  DISCO MÚSICA & MODA, nº 7 de 1 de Maio de 1971


Durante a minha vida, dos Estados Unidos da América, Joni Mitchell foi a minha cantora preferida e portanto a que melhor acompanhei ao longo da sua longa carreira. Joni Mitchell, felizmente ainda viva, encontra-se debilitada em recuperação de um aneurisma cerebral ocorrido em 2015.

Tem, entretanto, estado ocupada com a recuperação da sua obra musical, quer a conhecida quer em inéditos. Para já o destaque vai para a publicação no ano passado da caixa com 5 CD, " Joni Mitchell Archives – Vol. 1: The Early Years (1963–1967)" e já para este mês está agendada a edição de "The Reprise Albums (1968–1971)", 4 CD com os primeiros 4 álbuns remasterizados.




No jornal "DISCO MÚSICA & MODA" de Maio de 1971 Joni Mitchell é alvo de um artigo sob o nome "A Autora do Tema «Woodstock»". Quem ler o texto ficará com a ideia que ela esteve no famoso Festival de Woodstock em 1969, "Durante o Festival de Woodstock, Joni Mitchell obteve um dos maiores êxitos quer como compositor quer como intérprete", quando na realidade, devido a compromissos já assumidos, tal não aconteceu. Escreveu a canção "Woodstock", logo a seguir ao Festival e sem lá ter estado terá captado na perfeição o ambiente que lá se viveu.

Três versões, todas de 1970, existem desta canção, todas a merecer a devida audição e já disponíveis neste blogue, a primeira foi dos Crosby, Stills, Nash and Young do famoso LP "Déjà Vu" que foi a que conheci melhor, depois da própria Joni Mitchell para o álbum " Ladies of the Canyon" e a terceira, a belíssima versão dos Matthews Southern Comfort.



Joni Mitchell - Woodstock

segunda-feira, 14 de junho de 2021

Paul Connor - Nobody Loves Me

 DISCO MÚSICA & MODA, nº 7 de 1 de Maio de 1971


Temos que recuar ao grupo de origem angolana Os Rocks dos idos anos 60 para introduzir o intérprete de hoje, Paul Connor.

Eduardo Nascimento, vocalista de Os Rocks, venceu o nosso Festival da Canção em 1967 com a canção "O Vento Levou" e a sua popularidade ajudou a que Os Rocks se tornassem mais conhecidos. É numa passagem destes pela Holanda que estabelecem conhecimento com um músico de nome Paul Connor com origem nas Antilhas Holandesas.

Paul Connor estabeleceu-se na Holanda depois de uma "...visita da Rainha Juliana, da Holanda, da qual resultou um convite real para uma deslocação à Europa.""Em 1966, Paul Connor estava em Amsterdão e aí recebeu o convite dos «Rocks», começando a sua história «portuguesa», lê-se em artigo no jornal "DISCO MÚSICA & MODA" nº 7 de 1971.




Actuou em África integrado em Os Rocks com os quais grava duas canções, "Don't Blame Me" e "Hold My Hand", ainda no mesmo grupo toca na inauguração do novo Casino do Estoril. Em 1971, ainda está em Portugal, e participa no Festival Internacional de Sopot na Polónia. A revista Billboard nº 45, 6 de Novembro de 1971, dá a seguinte notícia sobre o Festival:

"The third day of the Sopot Festival was devoted to "Record Day". For this competition, singers selectede by the respective record companies performed two songs promoted by these companies. The jury - comprising 22 representatives from various European record companies - was asked to assess the value and atractiveness of the program.

The Grand Prix du Disque - Sopot 1971 went to Polydor (Portugal) for the two songs written as well as performed by its representatives, Paul Connor - "Nobody Loves Me", and "I Don't Love You Anymore".

Recorda-se "Nobody Loves Me".



Paul Connor - Nobody Loves Me

domingo, 13 de junho de 2021

David Crosby - Music Is Love

DISCO MÚSICA & MODA, nº 7 de 1 de Maio de 1971


David Crosby tem actualmente 79 anos e prepara-se para editar o seu 8º álbum a solo, "For Free", tendo os 5 últimos álbuns sido editados nos últimos 8 anos, ou seja já na casa dos 70 anos. Gravou pouco a solo ao longo da sua vida, talvez esteja a recuperar algum do tempo perdido. Os meses que passou na prisão, o consumo de drogas e álcool, os problemas graves de saúde que o têm acompanhado, e, acrescente-se, a progressiva incompatibilidade com Stephen Stills, Graham Nash e Neil Young a inviabilizarem, ao que se sabe, qualquer hipótese de reunião do celebérrimo quarteto Crosby, Stills, Nash and Young, tudo isto talvez se esteja a reflectir nesta pressa, natural, de gravar.

A carreira musical de David Crosby teve início nos anos 60 quando fez parte da formação inicial dos The Byrds de boa memória, seguida, no final da década, da formação dos Crosby, Stills and Nash e ainda Crosby, Stills, Nash and Young de muitas saudades.

1971 traria o primeiro e durante muitos anos único, disco a solo de David Crosby. O jornal "DISCO MÚSICA & MODA" no seu nº 7 de Maio de 1971 dava conhecimento, num pequeno texto, da edição e boa recepção que "If I Could Only Remember My Name" estava a ter.




Um álbum que tem vindo a ser recuperado mas que se encontra ainda como um dos discos mais imerecidamente ignorado. Uma pérola da música popular, uma relíquia cuja edição em vinil guardo, há quase 50 anos, com muito carinho.

Curiosidade: o jornal "L'Osservatore Romano", publicado pelo Vaticano, elaborou em 2010 uma lista dos 10 melhores álbuns Pop de sempre e este "If I Could Only Remember My Name" encontrava-se em 2º lugar logo a seguir a "Revolver" dos The Beatles.

Ouça-se "Music Is Love".



David Crosby - Music Is Love

sábado, 12 de junho de 2021

Judy Collins - Farewell to Tarwathie

  DISCO MÚSICA & MODA, nº 7 de 1 de Maio de 1971


"Quem é Judy Collins Mãe de Família e Cantora de Protesto?" assim se apresentava a cantora norte-americana Judy Collins em artigo do jornal "DISCO MÚSICA & MODA" de Maio de 1971 no seu nº 7.

Dela se fica a saber  que era "Alta e morena, olhos azuis, cabelos longos e risco ao meio típico de Joan Baez...". Filha de pai cego que dava espectáculos de música e poesia e que se sentia injustiçado, dizia Judy Collins: "Creio que ele confiou em mim para o vingar, talvez por me dedicar também à música e por me considerar uma estranha e rebelde para com os tempos que o haviam castigado sem piedade...".

Aprendeu a agostar de Woody Guthrie e foi influenciada por Bob Dylan, Phil Ochs e Tom Paxton cantando "... músicas baseadas na agitação social."








Quando este artigo foi publicado o trabalho mais recente de Judy Collins era "Whales & Nightingales" (1970) onde constava a referida "Amazing Grace" "...obra poética de índole vocal, com acompanhamento de coro e digna de atenção", já lha dei em dois Regresso ao Passado de há dois anos atrás. Hoje a atenção vai toda para outro tema do mesmo álbum, "Farewell to Tarwathie", um tradicional adaptado por Judy Collins tendo como fundo o som de baleias.



Judy Collins - Farewell to Tarwathie

sexta-feira, 11 de junho de 2021

The Rolling Stones - Wild Horses

 DISCO MÚSICA & MODA, nº 7 de 1 de Maio de 1971


"Get Yer Ya-Ya's Out! The Rolling Stones in Concert", o álbum ao vivo dos The Rolling Stones de 1970 foi o última gravação efectuada pelo grupo de Mick Jagger para a editora Decca, depois foi a criação de editora própria a  Rolling Stones Records. É disso que nos é dado conta no texto ""Nova Etiqueta Para os Stones" publicado no jornal "DISCO MÚSICA & MODA" no seu nº 7 de Maio de 1971.

"Brown Sugar", o Single, primeiro e "Sticky Fingers", o álbum, logo de seguida foram as primeiras publicações da nova etiqueta ocorridas no mês de Abril de 1971. Lembro-me bem da edição deste álbum, numa altura em que para além do conteúdo musical, as capas tinham uma importância relevante, sendo algumas verdadeiras obras de arte. Era o caso desta, concebida por Andy Warhol, fotografia de umas calças justas com um zipper que corria vendo-se então roupa interior, era bastante ousada para a época, edições posteriores retiraram o zipper que pelos vistos danificava o disco de vinil.




Deste álbum a faixa que eu mais apreciava era "Wild Horses" que tinha sido publicada em primeira mão por The Flying Burrito Brothers no ano anterior. Aqui o original, The Rolling Stones em 1971, uma das músicas mais bonitas que compuseram.



The Rolling Stones - Wild Horses

quinta-feira, 10 de junho de 2021

Ike and Turner - Workin' Together

DISCO MÚSICA & MODA, nº 7 de 1 de Maio de 1971


Aqui estou eu novamente com Ike and Tina Turner, depois de serem motivo de capa no nº 7 do jornal "DISCO MÚSICA & MODA" a página 3 é totalmente ocupada com um artigo intitulado "Ike and Tina Turner Dez Anos de Árdua Carreira".

É verdade, o primeiro álbum deste duo de Rhythm'n'Blues norte americano tinha sido em 1961 e pelo meio um conjunto de edições que os levaram ao reconhecimento internacional. O artigo relata esses tempos e mesmo antes quando Ike Turner ainda sozinho tocou com Sonny Boy Williamson e BB King até conhecer aquela que seria sua mulher Tina Turner. O sucesso maior veio em 1966 com o álbum "River Deep, Mountain High" que teve a produção de Phil Spector, e depois ao fazerem a primeira parte de uma digressão dos The Rolling Stones




Tina Turner foi progressivamente impondo-se com exuberantes exibições em palco e denotando uma voz cada vez mais poderosa, o articulista afirma: "... ela é o espectacular encontro entre a vitalidade vocal de Aretha e a ostensiva sexualidade de Janis Joplin".

Os "Dez anos de árdua carreira" foram-no também sua relação entre os dois que veio a consumar-se em divórcio nos anos 70.

Do álbum "Workin' Together" de 1970 fica-se com o tema título.



Ike and Turner - Workin' Together

quarta-feira, 9 de junho de 2021

CCS - Walking

     DISCO MÚSICA & MODA, nº 7 de 1 de Maio de 1971


E para terminar esta parte das tabelas de vendas, que vinham publicadas no nº 7 do jornal "DISCO MÚSICA & MODA" de Maio de 1971, ficamos com os Singles mais vendidos nos Estados Unidos da América onde "Hot Love" dos ingleses T. Rex ocupavam o primeiro lugar.

Aquela que me chamou a tenção foi "Walking" dos CCS, vamos a ela.




CCS são as iniciais de Collective Consciousness Society, uma formação, infelizmente, pouco conhecida do início dos anos 70 onde pontificava a figura de Alexis Korner uma figura preponderante do British Blues da década anterior. No seu curto repertório, lançaram somente 3 LP, constam versões, a lembrar os Blood, Sweat and Tears, de temas bem conhecidos como por exemplo "Whole Lotta Love", "(I Can't Get No) Satisfaction" e "Living In The Past".

"Walking" é uma canção assinada por Donovan que desconheço se a terá gravado, alguém sabe?, que os CCS editaram em Single no ano de 1971.



CCS - Walking

terça-feira, 8 de junho de 2021

The Jackson 5 - Never Can Say Goodbye

    DISCO MÚSICA & MODA, nº 7 de 1 de Maio de 1971


Nas tabelas de vendas constava ainda neste nº 7 do jornal "DISCO MÚSICA & MODA" as referentes a Singles dos EUA e de Inglaterra, já agora as menos interessantes. Começo pela primeira e note-se, desde já, só haver uma coincidência entre os mais vendidos de um lado e do outro do Atlântico o que não deixa de ser interessante, facto a seguir em próximas tabelas.

Procurem neste vosso Regresso ao Passado e encontrarão já algumas das canções que constam neste Top 10, a primeira que ainda não se encontra é "Never Can Say Goodbye" dos The Jackson 5 que aproveito para o fazer agora.




The Jackson 5 iam já no seu 5º LP, "Maybe Tomorrow" e era lá que se encontrava este "Never Can Say Goobye" também editado em Single.

Uma relação amorosa que parece não dar certo, mas que não consegue ser terminada; é "Never Can Say Goodbye" na voz de uma criança de 12 anos que dava pelo nome de Michael Jackson.



The Jackson 5 - Never Can Say Goodbye

segunda-feira, 7 de junho de 2021

Chicago - Lowdown

   DISCO MÚSICA & MODA, nº 7 de 1 de Maio de 1971


Repare-se agora na tabela de vendas dos álbuns em Portugal e note-se a qualidade dos 10 primeiros lugares. Qualquer um a merecer lugar na história da música popular dos anos 60 e 70, penso que, de alguma forma, já passei por todos eles, sendo assim fico-me logo pelo primeiro lugar, era o 3º LP dos Chicago. E teve logo entrada directa para primeiro lugar pese ser um duplo álbum e portanto ser mais caro o que na altura era significativo (1 LP simples custava 188$50 e um duplo 225$50 se não estou em erro, ou seja cerca de 0,95€ e 1,1€ respectivamente).




"Chicago III" era um grande disco, mas assinalava, pelo menos para mim, o fim da era dourada dos Chicago, era o fim da fase mais criativa que tinham demonstrado.

Um conjunto de composições de síntese do género Jazz-Rock parte delas interligadas e organizadas  de forma a dar origem a 3 suites: "Travel Suite", "An Hour In The Shower" e "Elegy" faziam a delicia da minha juventude ávida de novidades. Entre as canções soltas, chamemos-lhes assim, apreciava: "What Else Can I Say" e "Lowdown"

Recordo "Lowdown".



Chicago - Lowdown

domingo, 6 de junho de 2021

Ike and Tina Turner - Proud Mary

  DISCO MÚSICA & MODA, nº 7 de 1 de Maio de 1971


Continuo a ficar admirado, quando olho para as tabelas de vendas nacionais, da manifesta qualidade que as mesmas revestiam no início dos anos 70. A página 2 do jornal "DISCO MÚSICA & MODA" nº 13 publicado a 1 de Maio de 1971 continha as tabelas referentes aos Singles e EP e aos álbuns mais vendidos e são a prova disso.

Começo pela tabela de Singles e EP que, fora a influência que ainda se fazia sentir do então recente Festival da Eurovisão, apresentava nomes como Janis Joplin, George Harrison, Emerson, Lake and Palmer, Judy Collins, Led Zeppelin, Ike and Tina Turner, John Lennon, Santana... Muita qualidade se encontrava na venda dos discos pequenos de 45 rpm que sendo ainda os mais vendáveis era de se pensar que a música mais comercial deveria predominar. Talvez as condições económicas dos portugueses ajude a encontrar uma explicação para este facto.

Uma boa parte das canções referidas nesta tabela já as recordei tenha sido porque razão foi, é no 12º lugar, entrada directa de Ike and Tina Turner, que encontro o motivo para o Regresso ao Passado de hoje.




A canção é "Proud Mary", um original dos Creedence Clearwater Revival, e que teve nesta versão de Ike and Tina Turner uma expressividade fora do comum e que iria acompanhar Tina Turner ao longo da sua carreira com notáveis interpretações ao vivo.



Ike and Tina Turner - Proud Mary

sábado, 5 de junho de 2021

Stan Getz - Chega de Saudade

 DISCO MÚSICA & MODA, nº 7 de 1 de Maio de 1971


1971, um ano importante na música popular portuguesa e também do Pop-Rock internacional. Os anos 60 já tinham ido mas a sua influência mantinha-se e os primeiros anos da década seriam ainda de grande qualidade na música nova feita sobretudo por jovens mas cujas audiências eram cada vez mais alargadas. Por cá, sempre atrasados nesta matéria e não só, foi um ano particularmente importante com o revitalizar das nossas sonoridades devido ao surgimento de José Mário Branco e Sérgio Godinho e a crescente divulgação musical que se fazia sentir, não só na rádio como na imprensa escrita.

O jornal "DISCO MÚSICA & MODA" tinha surgido no início do ano e a sua edição quinzenal era então um acontecimento, lembre-se que mensalmente havia ainda a revista "mundo da canção" iniciada em Dezembro de 1969.

Esta é a capa do nº 7 do jornal  "DISCO MÚSICA & MODA" com data de 1 de Maio de 1971 e que nos vai acompanhar nos próximos dias para ajudar a recuperar mais uma série de memórias musicais daquele tempo.




O enfoque maior da capa ia para a passagem do músico de Jazz  Stan Getz pela Queima das Fitas do Porto daquele ano, a mostrar a abertura que se começava a ter a sonoridades até então tão pouco divulgadas assim como a descentralização ténue que se iniciava. 

Chamadas para artigos a desenvolver no interior para Ike and Tina Turner, Richie Havens e Neil Diamond.

Começo por recordar Stan Getz na canção "Chega de Saudade", uma Bossa Nova de João Gilberto uma das grandes influências de Stan Getz.



Stan Getz - Chega de Saudade

sexta-feira, 4 de junho de 2021

Melanie - Mr. Tambourine Man

   mundo da canção nº 13 de Dezembro de 1970

E hoje termino a recordação do nº 13 da revista "mundo da canção" que foi editada em Dezembro de 1970. Para o fim fica a "ficha 11"  com que terminava a revista, desta vez dedicada à Melanie, e assim a ela volto.

Fica-se a saber que Melanie, filha de cantora de Jazz, era uma lutadora "... pelos seus ideais..."  e que tinha um "... largo poder de comunicação com o público...". O seu sucesso devia-se à "... vibração com que nos consegue transmitir as suas canções, uma voz com uma garra, um sentir extraordinários...".




Em 1970, com somente 23 anos, era "... sem dúvida uma das maiores vozes de expressão inglesa...". Vários foram os seus sucessos de que já dei conta, para hoje escolhi a sua versão da famosa "Mr. Tambourine Man" de Bob Dylan, aqui tão bem reinterpretada na belíssima voz de Melanie, constava no 1º LP "Born To Be" de 1968.



Melanie - Mr. Tambourine Man

quinta-feira, 3 de junho de 2021

Creedence Clearwater Revival - Travelin' Band

  mundo da canção nº 13 de Dezembro de 1970


Nestas passagens que estou a fazer pelo nº 13 da revista "mundo da canção" editado em Dezembro de 1970 já conclui a parte referente às letras de canções que nele vinham publicadas e ainda alguns textos sobre o estado da arte da música portuguesa de então, faltam ainda alguns poucos textos a referir.

O primeiro dos quais refiro de passagem, "mc Notícia",  onde destaco as referências ao disco "Breve Sumário da História de Deus", 6 canções assinadas por José Jorge Letria e Pedro Barroso que já tive oportunidade de abordar, e ao Single "Let It Roar" de Mike d'Abo, uma figura que um dia hei-de dedicar mais atenção.




Hoje passo para o artigo seguinte dedicado aos Creedence Clearwater Revival sob o título "Creedence Clearwater Revival no limiar possível da comercialidade" ou seja o retomar de uma ideia já vinculada no nº 10 da revista onde se afirmava que os CCR "São o limite máximo admissível na comercialidade musical" conforme ideia da revista "Rolling Stones".




Creedence Clearwater Revival um grupo de grande sucesso que se caracterizou por voltar ao Rock simples das origens com riffs poderosos e bem memorizáveis com um apelo a um incontido gingar do corpo. Grupo simpático, de agrado fácil, que parecia não nutrir a empatia de Tito Lívio que assinava o artigo.

"Os Creedence não são bons instrumentistas mas o todo, simbiose de músicos solistas não-virtuosos resulta num fabricado, com uma sonoridade violenta mas atraente. Que convida a dançar", mais adiante "Os Creedence não dão lugar à improvisação. Tocam o mesmo trecho hoje como há meses atrás" e para terminar "Música agradável, simples mas não vivida, porque aqui não reflexo da vida e dos músicos." 

E agora quem resiste a este "Travelin' Band"?



Creedence Clearwater Revival - Travelin' Band

quarta-feira, 2 de junho de 2021

Bee Gees - First of May

 mundo da canção nº 13 de Dezembro de 1970


Ainda no mês de Maio, sob o tema "Os Meses do Ano em Canção", recordei "First of May" dos Bee Gees e aqui estou eu outra vez com a mesmo canção. A causa vai directa para a revista "mundo da canção" nº 13 de Dezembro de 1970 que reproduzi a letra e também a música deste célebre tema do grupo australiano formado pelos irmãos Gibb.

Também os Bee Gees não se encontravam entre as minhas preferências mais interessado num Rock mais elaborado, os Bee Gees eram demasiado Pop e de agrado comum, mas actualmente reconsidero, ou será pela ligação emocional àqueles tempos?, e onde via facilidade e mau gosto vejo agora simplicidade e elegância e alguma melancolia.




Sem mais delongas voltemos a ouvir "First of May", seja feita justiça, uma bela canção que atrevo-me a dizer já não se fazem hoje em dia.




Bee Gees - First of May

terça-feira, 1 de junho de 2021

Bobby Bloom - Montego Bay

mundo da canção nº 13 de Dezembro de 1970


A vida curta de Bobby Bloom, falecido em 1974 com 28 anos, não permite afirmar categoricamente se ele foi com com a canção "Montego Bay" o que se convencionou chamar de "one-hit wonder" ou seja um cantor que ficou conhecido pelo êxito de uma única canção. Mas tudo leva a crer que sim, nem nos dois álbuns que gravou nem nos vários Singles que editou entre 1965 e 1973, se encontra algo que se equipare em termos de sucesso a esta "Montego Bay" à qual volto depois de já a ter lembrado a propósito do tema "Canções que se ouviam no ano de 1970".




Desta vez o motivo é a revista "mundo da canção" que no seu nº 13 publicado em Dezembro de 1970 trazia a letra de "Montego Bay", canção escrita sobre a cidade jamaicana com o mesmo nome e que foi de consumo rápido no ano de 1970.



Bobby Bloom - Montego Bay