Em 1970 o Quarteto 1111 era o melhor conjunto Pop-Rock português no activo.
Eram sem dúvida os mais criativos e os que juntavam temáticas bem nacionais ao
som Rock moderno internacionalmente dominante (infelizmente a Filarmónica Fraude que navegava nas mesmas águas tiveram duração muito curta e já tinham
terminado).
O Quarteto 1111 vinha já de 1967 e tinha provas mais que dadas com num
conjunto de composições verdadeiramente ímpares para a época, ouça-se "A Lenda
De El-Rei D. Sebastião" (1967), "Balada Para D. Inês", "Partindo-se", "Dona
Vitória", "Meu Irmão" (todas de 1968) e também "Nas Terras Do Fim Do Mundo"
(1969). Mas é no ano de 1970 que o melhor do Quarteto 1111 se superou ao
realizar o LP homónimo, um trabalho de fôlego que lhes valeu a censura do
regime ao abordar os temas da guerra colonial e da emigração.
Não bastasse o LP editado, o ano de 1970 ainda vê a publicação de um novo
Single com as canções "Todo o Mundo e Ninguém" e "É Tempo de Pensar em Termos
de Futuro", temas escritos por José Cid e TóZé Brito, este último oriundo dos
portuenses Pop Five Music Incorporated em substituição de Mário Rui Terra
(baixo) entretanto mobilizado para a guerra no Ultramar.
Quarteto 1111 - É Tempo de Pensar em Termos De Futuro
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