Tinha 14 anos quando o álbum "Déjà Vu" dos Crosby, Sttills, Nash & Young
foi publicado e lembro-me como ficava boquiaberto quando ouvia alguma das
faixas que passavam em alguns programas da nossa rádio. A sensação ao ouvi-lo
era de estupefacção, eram, para mim, sonoridades completamente novas, era como
que com o surgimento daquele disco estivesse a assistir a algo de novo, único
até mesmo revolucionário. Vozes únicas em uníssono ou a solo, temas acústicos
simples ou eléctricos sofisticados, uma panóplia de novos sons a descobrir.
O que sentia era contrastante com o parecer de Fernando Cordeiro que assinava
um texto, intitulado "Déjà Vu ou uma música que se vai dessacralizando", no nº
11 da revista "mundo da canção".
O disco já não me provoca as mesmas sensações que em 1970, no entanto,
continuo, tal como quando o li pela primeira vez, a não me rever no artigo que
serve hoje de pretexto para voltar a um dos melhores discos que aquele ano nos
deixou.
"Déjà Vu" a canção que abria o lado B do LP com o mesmo nome parecia ser o que
merecia melhor apreço no texto em questão, afirmava-se:
"«Déjà Vu» - dos melhores temas do LP. Trabalho vocal tecnicamente
engenhoso. Onde o bateria Dallas Taylor, abre a válvula da sua imaginação.
Um tema de Crosby a lembrar do Jazz a Donovan."
Crosby, Stills, Nash & Young - Déjà Vu
Este disco ainda toca aqui por casa (agora em formato cd), recordo-me de o jornal "Disco - Música e Moda", que comprava sempre, publicar o top ten dos álbuns e o "Dejá-Vù" figurar em primeiro lugar. Já o Mundo da Canção adquiria números dispersos, consoante o dinheiro que tinha.
ResponderEliminarUma boa semana!
Esqueci-me de referir a qualidade da capa, no interior só podia estar um grande disco. Infelizmente o meu disco em vinil é dos poucos que não resistiu ao passar dos anos, uma "fritura" irritante entre faixas. Já lá vão 50 anos que me acompanha! Cumprimentos.
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