mundo da canção nº 8 de Julho de 1970
A última letra publicada neste nº 8 da revista "mundo da canção" cabia ao Rock progressivo dos Jethro Tull. "Sweet Dream" era a canção cuja letra era então publicada.
Seguindo uma lógica que era então bastante comum "Sweet Dream" foi somente publicada em Single, não pertencendo, portanto, a nenhum álbum de originais do grupo. Foi gravada durante as sessões de gravação do 2º LP do grupo, "Stand Up", o tal que contem "Boureé", mas não constava no álbum, no final do ano de 1969 era editada em Single tendo tido edição nacional. Encontra-se, portanto, em linha com a produção do grupo naquele período, após a saída de Mick Abrahams e a sua substituição por Martin Barre, inflexão do Blues para um Rock mais pesado. Surgiria pela primeira vez em álbum na conhecida compilação "Living In the Past" em 1972.
Segue "Sweet Dream", espero que sem insónias nem pesadelos, como as provocadas por Ian anderson a fazer de vampiro, no video realizado em 1981.
Jethro Tull - Sweet Dream
Para uns recordações, para outros descobertas. São notas passadas, musicais e não só...
sexta-feira, 31 de maio de 2019
quinta-feira, 30 de maio de 2019
Petula Clark - This Is My Song
mundo da canção nº 8 de Julho de 1970
Petula Clark é uma cantora britânica que conta actualmente com 86 anos e que ainda não se retirou dos palcos, nem das gravações, as quais começaram ainda na década de 40 do século passado, é obra! Tive o privilégio de a poder ver actuar em 2017, em Cropredy, Inglaterra, no Festival de aniversário dos 50 anos dos Fairport Convention e lembro que manifestava uma frescura invejável. Disse ela que era o concerto com maior assistência (cerca de 20 mil pessoas) que ela tinha tido em toda a vida.
Entre as vinte canções que interpretou constava "This Is My Song", canção escrita por Charles Chaplin, de quem ela lembrou os encontros e amizade entre eles, para o seu filme "A Condessa de Hong-Kong". "This Is My Song" tinha então 50 anos e Petula Clark cantou-a como se fosse nos anos 60, um grande momento.
A revista "mundo da canção" no seu nº 8 de Julho de 1970, numa página com a caixa "Êxitos de Ontem" (e só tinham passados 3 anos) publicava a letra de "This Is My Song", mais uma bela recordação, outros tempos, outras músicas!
Petula Clark - This Is My Song
Petula Clark é uma cantora britânica que conta actualmente com 86 anos e que ainda não se retirou dos palcos, nem das gravações, as quais começaram ainda na década de 40 do século passado, é obra! Tive o privilégio de a poder ver actuar em 2017, em Cropredy, Inglaterra, no Festival de aniversário dos 50 anos dos Fairport Convention e lembro que manifestava uma frescura invejável. Disse ela que era o concerto com maior assistência (cerca de 20 mil pessoas) que ela tinha tido em toda a vida.
Entre as vinte canções que interpretou constava "This Is My Song", canção escrita por Charles Chaplin, de quem ela lembrou os encontros e amizade entre eles, para o seu filme "A Condessa de Hong-Kong". "This Is My Song" tinha então 50 anos e Petula Clark cantou-a como se fosse nos anos 60, um grande momento.
A revista "mundo da canção" no seu nº 8 de Julho de 1970, numa página com a caixa "Êxitos de Ontem" (e só tinham passados 3 anos) publicava a letra de "This Is My Song", mais uma bela recordação, outros tempos, outras músicas!
Petula Clark - This Is My Song
quarta-feira, 29 de maio de 2019
Donovan - Hurdy Gurdy Man
mundo da canção nº 8 de Julho de 1970
Figura representativa do movimento hippie dos anos 60 Donovan mantém-se ainda hoje, com os seus 73 ano, em actividade musical, o seu mais recente trabalho dá pelo nome de "Jump In the Line" (Maio de 2019) e é um álbum tributo a Harry Belafonte, cantor Pop norte-americano que se notabilizou na divulgação do Calypso (uma das influências de Donovan).
No entanto, Donovan já não encanta como o fez nos idos anos 60 e 70, perdeu-se muita da magia que ele transportava na sua música simples e eclética que ia do referido Calypso ao Folk psicadélico.
A canção de hoje "Hurdy Gurdy Man" dava nome ao 6º álbum de originais publicado em 1968 e foi gravado num período de forte meditação. Foi nesta época que Donovan passou pela Índia e que com outros músicos, nomeadamente The Beatles, praticou meditação transcendental.
Poema, música e interpretação de Donovan, assim se referia o nº 8 da revista "mundo da canção" de Julho de 1970, onde era publicada a letra de "Hurdy Gurdy Man". Aqui fica esta bela recordação.
Donovan - Hurdy Gurdy Man
Figura representativa do movimento hippie dos anos 60 Donovan mantém-se ainda hoje, com os seus 73 ano, em actividade musical, o seu mais recente trabalho dá pelo nome de "Jump In the Line" (Maio de 2019) e é um álbum tributo a Harry Belafonte, cantor Pop norte-americano que se notabilizou na divulgação do Calypso (uma das influências de Donovan).
No entanto, Donovan já não encanta como o fez nos idos anos 60 e 70, perdeu-se muita da magia que ele transportava na sua música simples e eclética que ia do referido Calypso ao Folk psicadélico.
A canção de hoje "Hurdy Gurdy Man" dava nome ao 6º álbum de originais publicado em 1968 e foi gravado num período de forte meditação. Foi nesta época que Donovan passou pela Índia e que com outros músicos, nomeadamente The Beatles, praticou meditação transcendental.
Poema, música e interpretação de Donovan, assim se referia o nº 8 da revista "mundo da canção" de Julho de 1970, onde era publicada a letra de "Hurdy Gurdy Man". Aqui fica esta bela recordação.
Donovan - Hurdy Gurdy Man
terça-feira, 28 de maio de 2019
Tommy Roe - Stir It Up and Serve It
mundo da canção nº 8 de Julho de 1970
A propósito do tema "Canções que se ouviam no ano de 1969" recordei, em 2016, Tommy Roe e a canção "Dizzy" que então muito se ouvia.
Estava longe de mim a ideia de a ele voltar já que Tommy Roe está muito longe das minhas preferências e a probabilidade de voltar a lembrar-me dele era praticamente nula. Não absolutamente nula que isto de recordar revistas antigas tem as suas surpresas. Pois é, ao folhear a revista mensal de divulgação musical "mundo da canção" que em Julho de 1970 ia no seu nº 8 lá encontrei a letra de mais uma canção de Tommy Roe.
"Stir It Up and Serve It" é o nome da canção e, confesso, não me lembrava de todo e diga-se em abono da verdade não perdi absolutamente nada. De qualquer forma aqui fica "Stir It Up and Serve It", será que alguém se lembrava dela?
Tommy Roe - Stir It Up and Serve It
A propósito do tema "Canções que se ouviam no ano de 1969" recordei, em 2016, Tommy Roe e a canção "Dizzy" que então muito se ouvia.
Estava longe de mim a ideia de a ele voltar já que Tommy Roe está muito longe das minhas preferências e a probabilidade de voltar a lembrar-me dele era praticamente nula. Não absolutamente nula que isto de recordar revistas antigas tem as suas surpresas. Pois é, ao folhear a revista mensal de divulgação musical "mundo da canção" que em Julho de 1970 ia no seu nº 8 lá encontrei a letra de mais uma canção de Tommy Roe.
"Stir It Up and Serve It" é o nome da canção e, confesso, não me lembrava de todo e diga-se em abono da verdade não perdi absolutamente nada. De qualquer forma aqui fica "Stir It Up and Serve It", será que alguém se lembrava dela?
Tommy Roe - Stir It Up and Serve It
segunda-feira, 27 de maio de 2019
Leonard Cohen - Bird on the Wire
mundo da canção nº 8 de Julho de 1970
De um poeta, Bob Dylan no Regresso ao Passado de ontem, para outro poeta Leonard Cohen (1936-2016) infelizmente já desaparecido entre nós, por coincidência no ano em que o outro recebia o Prémio Nobel da Literatura. Também Leonard Cohen era um nome que vinha sendo falado como candidato àquele prémio, o que não veio a acontecer e que reconhecia justiça na atribuição do Nobel a Bob Dylan ao afirmar que era como: "dar uma medalha ao monte Evereste por ser a montanha mais alta".
Os dois acompanharam a minha juventude, mais Leonard Cohen que Bob Dylan, pese Leonard Cohen ter em 1970 somente dois álbuns gravados, muito menos que Bob Dylan já com uma longa discografia, ao longo dos tempos a situação foi gradualmente invertendo-se e neste século ouvia muito mais Bob Dylan que Leonard Cohen.
Os dois apareciam lado a lado nas páginas do nº 8 do "mundo da canção" de Julho de 1970, Bob Dylan com a letra de "All Along the Watchtower", Leonard Cohen com "Bird on the Wire" a sugestão para audição de hoje.
Leonard Cohen - Bird on the Wire
De um poeta, Bob Dylan no Regresso ao Passado de ontem, para outro poeta Leonard Cohen (1936-2016) infelizmente já desaparecido entre nós, por coincidência no ano em que o outro recebia o Prémio Nobel da Literatura. Também Leonard Cohen era um nome que vinha sendo falado como candidato àquele prémio, o que não veio a acontecer e que reconhecia justiça na atribuição do Nobel a Bob Dylan ao afirmar que era como: "dar uma medalha ao monte Evereste por ser a montanha mais alta".
Os dois acompanharam a minha juventude, mais Leonard Cohen que Bob Dylan, pese Leonard Cohen ter em 1970 somente dois álbuns gravados, muito menos que Bob Dylan já com uma longa discografia, ao longo dos tempos a situação foi gradualmente invertendo-se e neste século ouvia muito mais Bob Dylan que Leonard Cohen.
Os dois apareciam lado a lado nas páginas do nº 8 do "mundo da canção" de Julho de 1970, Bob Dylan com a letra de "All Along the Watchtower", Leonard Cohen com "Bird on the Wire" a sugestão para audição de hoje.
Leonard Cohen - Bird on the Wire
domingo, 26 de maio de 2019
Jimi Hendrix - All Along the Watchtower
mundo da canção nº 8 de Julho de 1970
"All Along the Watchtower" é uma conhecida canção de Bob Dylan por ele gravada para o LP "John Wesley Harding" publicado em finais de 1967, era o regresso de Bob Dylan a sonoridades mais acústicas e como tal bem recebido por aqueles que não tinham visto com bons olhos a adesão de Bob Dylan à electrificação da sua música. "All Along the Watchtower" é um clássico que conheceu as mais diversas interpretações, destaco a versão de Neil Young e a mais conhecida de todas a de Jimi Hendrix em 1968.
Esta última, a de Jimi Hendrix, é uma versão impressionante. Eu, que não sou muito dado a gostar de versões, tenho aqui que reconhecer que esta ultrapassou o original. O próprio Bob Dylan reconheceu a qualidade da versão, em entrevista de 1995 (https://www.interferenza.net) à pergunta "How did you feel when you first heard Jimi Hendrix's version of "All Along the Watchtower"?" respondeu "It overwhelmed me, really. He had such talent, he could find things inside a song and vigorously develop them. He found things that other people wouldn't think of finding in there. He probably improved upon it by the spaces he was using. I took license with the song from his version, actually, and continue to do it to this day."
A letra de "All Along the Watchtower" vinha publicada no nº 8 da revista "mundo da canção" que saiu em Julho de 1970 e é a canção que fica para ouvir na versão de Jimi Hendrix. Do Folk-Rock de Bob Dylan para o Hard-Rock de Jimi Hendrix.
Jimi Hendrix - All Along the Watchtower
"All Along the Watchtower" é uma conhecida canção de Bob Dylan por ele gravada para o LP "John Wesley Harding" publicado em finais de 1967, era o regresso de Bob Dylan a sonoridades mais acústicas e como tal bem recebido por aqueles que não tinham visto com bons olhos a adesão de Bob Dylan à electrificação da sua música. "All Along the Watchtower" é um clássico que conheceu as mais diversas interpretações, destaco a versão de Neil Young e a mais conhecida de todas a de Jimi Hendrix em 1968.
Esta última, a de Jimi Hendrix, é uma versão impressionante. Eu, que não sou muito dado a gostar de versões, tenho aqui que reconhecer que esta ultrapassou o original. O próprio Bob Dylan reconheceu a qualidade da versão, em entrevista de 1995 (https://www.interferenza.net) à pergunta "How did you feel when you first heard Jimi Hendrix's version of "All Along the Watchtower"?" respondeu "It overwhelmed me, really. He had such talent, he could find things inside a song and vigorously develop them. He found things that other people wouldn't think of finding in there. He probably improved upon it by the spaces he was using. I took license with the song from his version, actually, and continue to do it to this day."
A letra de "All Along the Watchtower" vinha publicada no nº 8 da revista "mundo da canção" que saiu em Julho de 1970 e é a canção que fica para ouvir na versão de Jimi Hendrix. Do Folk-Rock de Bob Dylan para o Hard-Rock de Jimi Hendrix.
Jimi Hendrix - All Along the Watchtower
sábado, 25 de maio de 2019
Bee Gees - Massachusetts
mundo da canção nº 8 de Julho de 1970
Os irmão Gibb marcavam presença no nº 8 da revista "mundo da canção" publicada em Julho de 1970. Não só na versão recente de Robin Gibb a solo com a letra de "August October", que já teve o seu Regresso ao Passado, como em versão mais recuada com os três irmãos, Barry, Robin e Maurice Gibb, juntos como Bee Gees.
Dois grandes êxitos internacionais vêem neste número publicados as respectivas letras, são "World" e "Massachusetts". As duas canções faziam parte do LP "Horizontal" de 1968, mas tinham já sido publicadas em Single no ano anterior, primeiro "Massachusetts" e depois "World". Foram anos em que os Bee Gees produziram êxitos atrás de êxitos e granjearam grande popularidade em largas camadas da população, Portugal incluído.
Em particular "Massachusetts" foi um super êxito, dos maiores que o grupo teve e que os acompanhou durante várias décadas. Apesar de nunca ter estado nas minha preferências, recorda-se agora com enorme nostalgia.
Bee Gees - Massachusetts
Os irmão Gibb marcavam presença no nº 8 da revista "mundo da canção" publicada em Julho de 1970. Não só na versão recente de Robin Gibb a solo com a letra de "August October", que já teve o seu Regresso ao Passado, como em versão mais recuada com os três irmãos, Barry, Robin e Maurice Gibb, juntos como Bee Gees.
Dois grandes êxitos internacionais vêem neste número publicados as respectivas letras, são "World" e "Massachusetts". As duas canções faziam parte do LP "Horizontal" de 1968, mas tinham já sido publicadas em Single no ano anterior, primeiro "Massachusetts" e depois "World". Foram anos em que os Bee Gees produziram êxitos atrás de êxitos e granjearam grande popularidade em largas camadas da população, Portugal incluído.
Em particular "Massachusetts" foi um super êxito, dos maiores que o grupo teve e que os acompanhou durante várias décadas. Apesar de nunca ter estado nas minha preferências, recorda-se agora com enorme nostalgia.
Bee Gees - Massachusetts
sexta-feira, 24 de maio de 2019
Joni Mitchell - Big Yellow Taxi
mundo da canção nº 8 de Julho de 1970
Passagem por uma das referências maiores da música popular dos últimos 50 anos e uma das minhas preferências de sempre, Joni Mitchell.
Em 1970 Joni Mitchell publica "Ladies of the Canyon" o seu 3º trabalho em discos de longa duração. Sem menosprezar os seus dois primeiros LP, "Song to a Seagull" (1968) e "Clouds" (1969), "Ladies of the Canyon" representa uma evolução e igualmente aumento de sofisticação, o que se iria acentuar em álbuns posteriores, donde saíram temas que se tornaram clássicos, não só dela como de todo o universo da música popular contemporânea. Ouça-se "Morning Morgantown", "Ladies of the Canyon", "Big Yellow Taxi", "Woodstock" e "The Circle Game" para ter uma noção da qualidade e importância de um álbum saído num ano tão rico e com tão boa concorrência como foi o de 1970.
Hoje volto a recordar "Big Yellow Taxi", canção tão marcante do seu longo percurso, cuja letra era transcrita no nº 8 da revista de divulgação musical "mundo da canção" editada em Julho de 1970. Uma canção que irá perdurar através dos tempos.
Joni Mitchell - Big Yellow Taxi
Passagem por uma das referências maiores da música popular dos últimos 50 anos e uma das minhas preferências de sempre, Joni Mitchell.
Em 1970 Joni Mitchell publica "Ladies of the Canyon" o seu 3º trabalho em discos de longa duração. Sem menosprezar os seus dois primeiros LP, "Song to a Seagull" (1968) e "Clouds" (1969), "Ladies of the Canyon" representa uma evolução e igualmente aumento de sofisticação, o que se iria acentuar em álbuns posteriores, donde saíram temas que se tornaram clássicos, não só dela como de todo o universo da música popular contemporânea. Ouça-se "Morning Morgantown", "Ladies of the Canyon", "Big Yellow Taxi", "Woodstock" e "The Circle Game" para ter uma noção da qualidade e importância de um álbum saído num ano tão rico e com tão boa concorrência como foi o de 1970.
Hoje volto a recordar "Big Yellow Taxi", canção tão marcante do seu longo percurso, cuja letra era transcrita no nº 8 da revista de divulgação musical "mundo da canção" editada em Julho de 1970. Uma canção que irá perdurar através dos tempos.
Joni Mitchell - Big Yellow Taxi
quinta-feira, 23 de maio de 2019
The Moody Blues - Question
mundo da canção nº 8 de Julho de 1970
Em 1970 The Moody Blues encontravam-se em crescendo de popularidade e mantinham ainda uma qualidade de composição e interpretação assinaláveis. A formação do grupo permanecia estável e a produção discográfica revelava ainda um bom gosto que iria, no entanto diminuir ao longo da década. 1970 é o ano de "Question of Balance" que afastando-se dos álbuns anteriores, que tinham um formato mais conceptual mas de mais difícil reprodução em palco, privilegiava as canções individualmente.
O tema forte do álbum era a faixa de abertura "Question" ainda hoje muito interpretada em palco pelos sobrantes The Moody Blues.
"Question" era uma das duas letras que a revista "mundo da canção" publicava no seu nº 8 de Julho de 1970. A outra era "Candle of Life" que pertencia ao álbum anterior de 1969, "To Our Children's Children's Children".
A razão de ser da publicação destas duas letras poderá dever-se ao facto de as duas canções terem sido por cá editadas em Single, o álbum "Question of Balance" ainda não tinha saído à data da publicação deste nº do "mundo da canção".
Proponho a audição de "Question", a versão mais longa editada no álbum, uma das canções mais populares dos The Moody Blues.
The Moody Blues - Question
Em 1970 The Moody Blues encontravam-se em crescendo de popularidade e mantinham ainda uma qualidade de composição e interpretação assinaláveis. A formação do grupo permanecia estável e a produção discográfica revelava ainda um bom gosto que iria, no entanto diminuir ao longo da década. 1970 é o ano de "Question of Balance" que afastando-se dos álbuns anteriores, que tinham um formato mais conceptual mas de mais difícil reprodução em palco, privilegiava as canções individualmente.
O tema forte do álbum era a faixa de abertura "Question" ainda hoje muito interpretada em palco pelos sobrantes The Moody Blues.
"Question" era uma das duas letras que a revista "mundo da canção" publicava no seu nº 8 de Julho de 1970. A outra era "Candle of Life" que pertencia ao álbum anterior de 1969, "To Our Children's Children's Children".
A razão de ser da publicação destas duas letras poderá dever-se ao facto de as duas canções terem sido por cá editadas em Single, o álbum "Question of Balance" ainda não tinha saído à data da publicação deste nº do "mundo da canção".
Proponho a audição de "Question", a versão mais longa editada no álbum, uma das canções mais populares dos The Moody Blues.
The Moody Blues - Question
quarta-feira, 22 de maio de 2019
The Beatles - Dig a Pony
mundo da canção nº 8 de Julho de 1970
Mais um motivo para regressar aos The Beatles, sempre The Beatles. A sua presença e importância na música popular em 1970 era ainda muito significativa. Bem sei que a explosão de bons grupos de Rock surgida na segunda metade dos anos 70 lhes retirou algum espaço e o lequee de preferências ficou então mais alargado. Apesar de ser o ano do seu fim, eles deixaram mais um álbum por editar. "Let It Be", canção e álbum seriam editados após o anúncio do fim do grupo e teriam grande sucesso, mas já não tinha o encanto do seu antecessor "Abbey Road" (embora tivesse sido concebido antes deste).
Se bem me lembro a primeira canção conhecida foi "Get Back" ainda em 1969, mas a apresentação do LP é sem dúvida em 1970 com a canção título "Let It Be" que lembro-me de a ter ouvido na primeira vez que passou na nossa rádio.
A revista "mundo da canção" no seu nº 8 de Julho de 1970 continuava com a publicação de letras de canções daquele que foi o grupo mais famoso da música moderna e eram 3 as letras publicadas. Primeiro "Here Comes the Sun" do álbum "Abbey Road" e mais adiante "One After 909" e Dig a Pony", ambas do então recente "Let It Be".
Para ouvir fica "Dig a Pony".
The Beatles - Dig a Pony
Mais um motivo para regressar aos The Beatles, sempre The Beatles. A sua presença e importância na música popular em 1970 era ainda muito significativa. Bem sei que a explosão de bons grupos de Rock surgida na segunda metade dos anos 70 lhes retirou algum espaço e o lequee de preferências ficou então mais alargado. Apesar de ser o ano do seu fim, eles deixaram mais um álbum por editar. "Let It Be", canção e álbum seriam editados após o anúncio do fim do grupo e teriam grande sucesso, mas já não tinha o encanto do seu antecessor "Abbey Road" (embora tivesse sido concebido antes deste).
Se bem me lembro a primeira canção conhecida foi "Get Back" ainda em 1969, mas a apresentação do LP é sem dúvida em 1970 com a canção título "Let It Be" que lembro-me de a ter ouvido na primeira vez que passou na nossa rádio.
A revista "mundo da canção" no seu nº 8 de Julho de 1970 continuava com a publicação de letras de canções daquele que foi o grupo mais famoso da música moderna e eram 3 as letras publicadas. Primeiro "Here Comes the Sun" do álbum "Abbey Road" e mais adiante "One After 909" e Dig a Pony", ambas do então recente "Let It Be".
Para ouvir fica "Dig a Pony".
The Beatles - Dig a Pony
terça-feira, 21 de maio de 2019
The Family Dogg - Sympathy
mundo da canção nº 8 de Julho de 1970
"Sympathy" era uma bonita canção que teve o seu momento de sucesso em 1970. Conheci-a na sua versão original, na interpretação do grupo inglês Rare Bird que existiu nos primeiros anos da década de 70. Gostava dela, tive o Single de prenda quando fiz 15 anos.
No nº 8 da revista "mundo da canção" encontro a letra de "Sympathy", mas com a indicação na interpretação de The Family Dogg, o que me despertou a curiosidade. Confesso que desconhecia, ou na melhor das hipóteses não me lembrava, destes The Family Dogg. Seria a versão original de "Sympathy"?, não, não era pois os Rare Bird estão indicados como autores da letra e música e eu ainda tenho o Single a confirmar.
Pelo que hoje não é com o original que ficamos, mas sim com interpretação do também grupo inglês The Family Dogg que a editou também em 1970. Mais um grupo que não passou a década de 70.
The Family Dogg - Sympathy
"Sympathy" era uma bonita canção que teve o seu momento de sucesso em 1970. Conheci-a na sua versão original, na interpretação do grupo inglês Rare Bird que existiu nos primeiros anos da década de 70. Gostava dela, tive o Single de prenda quando fiz 15 anos.
No nº 8 da revista "mundo da canção" encontro a letra de "Sympathy", mas com a indicação na interpretação de The Family Dogg, o que me despertou a curiosidade. Confesso que desconhecia, ou na melhor das hipóteses não me lembrava, destes The Family Dogg. Seria a versão original de "Sympathy"?, não, não era pois os Rare Bird estão indicados como autores da letra e música e eu ainda tenho o Single a confirmar.
Pelo que hoje não é com o original que ficamos, mas sim com interpretação do também grupo inglês The Family Dogg que a editou também em 1970. Mais um grupo que não passou a década de 70.
The Family Dogg - Sympathy
segunda-feira, 20 de maio de 2019
Robin Gibb - August October
mundo da canção nº 8 de Julho de 1970
Neste nº 8 a revista "mundo da canção" volta a Robin Gibb. Já o tinha feito no nº 5 de Abril com "One Million Years", já aqui recordada, e a ele retorna, agora, com "August October".
Nada mais a dizer para além do que na recordação anterior disse, ou seja Robin Gibb em temporário desentendimento com os restantes irmãos Gibb (Bee Gees) que o levaram a gravar em 1969, e publicar em 1970, o álbum a solo "Robin's Reign".
É também a esse álbum álbum que pertence "August October", a faixa de abertura.
A voz celestial de Robin Gibb para uma canção menos inspirada.
Robin Gibb - August October
Neste nº 8 a revista "mundo da canção" volta a Robin Gibb. Já o tinha feito no nº 5 de Abril com "One Million Years", já aqui recordada, e a ele retorna, agora, com "August October".
Nada mais a dizer para além do que na recordação anterior disse, ou seja Robin Gibb em temporário desentendimento com os restantes irmãos Gibb (Bee Gees) que o levaram a gravar em 1969, e publicar em 1970, o álbum a solo "Robin's Reign".
É também a esse álbum álbum que pertence "August October", a faixa de abertura.
A voz celestial de Robin Gibb para uma canção menos inspirada.
Robin Gibb - August October
domingo, 19 de maio de 2019
Simon and Garfunkel - Baby Driver
mundo da canção nº 8 de Julho de 1970
Simon and Garfunkel marcavam presença regular nas páginas da revista "mundo da canção", em particular no que se refere ao último álbum do duo "Bridge Over Troubled Water" (1970) quando a revista tinha ainda pouco tempo de vida. E no nº 8 da revista de Julho de 1970, lá estão eles não só a com as letras de duas canções como a fechar a revista com a "Ficha mc".
Na ficha os elogios são certeiros ao referir que Paul Simon e Art Garfunkel "formam uma dupla de fuga ao quotidiano americanizado...", que Paul Simon é "o cérebro do duo" e que Art Garfunkel "é sempre o silêncio, a obscuridade, a imprecisão." Ainda o receio do duo "... se deixar inebriar pelos arquifantásticos sonhos da facilidadezinha comercial." Tal não aconteceu, naquele mesmo ano, no auge da popularidade, davam por terminada a parceria e cada um seguiria o seu caminho.
Quanto às letras, eram publicadas "Baby Driver" e "Keep the Customer Satisfied", ambas de Paul Simon, o "cérebro" do duo.
Ambas pertencem ao histórico álbum "Bridge Over Troubled Water", um dos melhores da história da música popular e infelizmente não tão recordado quanto devia ser.
Já lembrei "Keep the Customer Satisfied", ficamos pois com "Baby Driver".
Simon and Garfunkel - Baby Driver
Simon and Garfunkel marcavam presença regular nas páginas da revista "mundo da canção", em particular no que se refere ao último álbum do duo "Bridge Over Troubled Water" (1970) quando a revista tinha ainda pouco tempo de vida. E no nº 8 da revista de Julho de 1970, lá estão eles não só a com as letras de duas canções como a fechar a revista com a "Ficha mc".
Na ficha os elogios são certeiros ao referir que Paul Simon e Art Garfunkel "formam uma dupla de fuga ao quotidiano americanizado...", que Paul Simon é "o cérebro do duo" e que Art Garfunkel "é sempre o silêncio, a obscuridade, a imprecisão." Ainda o receio do duo "... se deixar inebriar pelos arquifantásticos sonhos da facilidadezinha comercial." Tal não aconteceu, naquele mesmo ano, no auge da popularidade, davam por terminada a parceria e cada um seguiria o seu caminho.
Quanto às letras, eram publicadas "Baby Driver" e "Keep the Customer Satisfied", ambas de Paul Simon, o "cérebro" do duo.
Ambas pertencem ao histórico álbum "Bridge Over Troubled Water", um dos melhores da história da música popular e infelizmente não tão recordado quanto devia ser.
Já lembrei "Keep the Customer Satisfied", ficamos pois com "Baby Driver".
Simon and Garfunkel - Baby Driver
sábado, 18 de maio de 2019
Oliver - Jean
mundo da canção nº 8 de Julho de 1970
Do tempo em que canções de filmes constituíam grandes êxitos e preenchiam as tabelas de vendas chega mais uma canção de Oliver, cantor que por aqui já passou a propósito da canção "Good Morning Starshine".
O pretexto hoje é o mesmo ou seja a publicação pela revista "mundo da canção" da letra de mais um sucesso do cantor Pop americano Oliver (1945-2000).
Foi no nº 8 de Julho de 1970 que a letra de "Jean", a canção que hoje se recorda, aparece.
Também na rubrica "mc Notícia" uma referência à edição em Portugal de "Jean":
"Pela etiqueta ZIP-ZIP foi agora lançado no mercado um «single» com duas composições interpretadas por OLIVER. Da composição «Jean» já foram vendidas nos E. U. A. dois milhões de cópias".
"Jean", na versão original de Rod McKuen, faz parte da banda sonora do filme "The Prime of Miss Brodie" de 1969, em Portugal "Os Melhores Anos de Miss Brodie", e foi então nomeada para o prémio de "Melhor Canção Original".
Foi no entanto na versão de Oliver que "Jean" conheceu maior notoriedade chegando aos Top de vendas. Para além da edição em Single estava incluída no álbum "Good Morning Starshine" o primeiro LP de Oliver.
Oliver - Jean
Do tempo em que canções de filmes constituíam grandes êxitos e preenchiam as tabelas de vendas chega mais uma canção de Oliver, cantor que por aqui já passou a propósito da canção "Good Morning Starshine".
O pretexto hoje é o mesmo ou seja a publicação pela revista "mundo da canção" da letra de mais um sucesso do cantor Pop americano Oliver (1945-2000).
Foi no nº 8 de Julho de 1970 que a letra de "Jean", a canção que hoje se recorda, aparece.
Também na rubrica "mc Notícia" uma referência à edição em Portugal de "Jean":
"Pela etiqueta ZIP-ZIP foi agora lançado no mercado um «single» com duas composições interpretadas por OLIVER. Da composição «Jean» já foram vendidas nos E. U. A. dois milhões de cópias".
"Jean", na versão original de Rod McKuen, faz parte da banda sonora do filme "The Prime of Miss Brodie" de 1969, em Portugal "Os Melhores Anos de Miss Brodie", e foi então nomeada para o prémio de "Melhor Canção Original".
Foi no entanto na versão de Oliver que "Jean" conheceu maior notoriedade chegando aos Top de vendas. Para além da edição em Single estava incluída no álbum "Good Morning Starshine" o primeiro LP de Oliver.
Oliver - Jean
sexta-feira, 17 de maio de 2019
John Mayall - Room to Move
mundo da canção nº 8 de Julho de 1970
Não só de êxitos circunstanciais se fazia a revista "mundo da canção". A par da divulgação de sucessos do momento, alguns de qualidade duvidosa, muitos textos, entrevistas e letras de canções de qualidade inegável, algumas das quais relativamente pouco ouvidas por cá, tinham espaço nas páginas da revista que me acompanhou durante muitos anos, tendo os primeiros números me encontrado no despertar para a música popular que então se fazia. O primeiro nº da revista saiu em Dezembro de 1969 tinha eu 13 anos.
Neste nº, que estou agora a recordar, o 8º de Julho de 1970, trazia a letra de uma canção de um músico que cedo aprendi a apreciar, John Mayall.
Multi-instrumentista (harmónica, guitarra, órgão) e uma voz anasalada muito peculiar, John Mayall era desde o meio da década de 60 a expressão maior do Blues branco vindo de Inglaterra. Em 1970 era claramente reconhecido como um dos grandes intérpretes de Blues, hoje com 85 anos é uma verdadeira lenda viva referenciado e venerado pelos amantes do género.
Volto pois a "Room to Move", nunca é demais recordá-la, aqui na versão ao vivo no álbum "The Turning Point".
John Mayall - Room to Move
Não só de êxitos circunstanciais se fazia a revista "mundo da canção". A par da divulgação de sucessos do momento, alguns de qualidade duvidosa, muitos textos, entrevistas e letras de canções de qualidade inegável, algumas das quais relativamente pouco ouvidas por cá, tinham espaço nas páginas da revista que me acompanhou durante muitos anos, tendo os primeiros números me encontrado no despertar para a música popular que então se fazia. O primeiro nº da revista saiu em Dezembro de 1969 tinha eu 13 anos.
Neste nº, que estou agora a recordar, o 8º de Julho de 1970, trazia a letra de uma canção de um músico que cedo aprendi a apreciar, John Mayall.
Multi-instrumentista (harmónica, guitarra, órgão) e uma voz anasalada muito peculiar, John Mayall era desde o meio da década de 60 a expressão maior do Blues branco vindo de Inglaterra. Em 1970 era claramente reconhecido como um dos grandes intérpretes de Blues, hoje com 85 anos é uma verdadeira lenda viva referenciado e venerado pelos amantes do género.
Volto pois a "Room to Move", nunca é demais recordá-la, aqui na versão ao vivo no álbum "The Turning Point".
John Mayall - Room to Move
quinta-feira, 16 de maio de 2019
Tom Jones - Daughter of Darkness
mundo da canção nº 8 de Julho de 1970
Já com meia dúzia de anos de grande popularidade, o galês Tom Jones conseguia atravessar com sucesso os turbulentos anos musicais do segundo lustro dos anos 60. O nº de canções que saíram da potente voz de Tom Jones, e que fizeram eco em muitos dos seus admiradores, foi grande, recordo algumas:
- "It's Not Unusual" e "What's New Pussycat?" (1965)
- "Green, Green Grass of Home" (1966)
- "I'll Never Fall in Love Again" e "I'm Coming Home" (1967)
- "Delilah" e "Help Yourself" (1968)
- "Love Me Tonight" (1969)
Já em 1970 "Daughter of Darkness", a canção para hoje.
A letra de "Daughter of Darkness" vinha publicada na revista "mundo da canção" no seu nº 8 de Julho de 1970, foi editada em Single e fazia parte do LP "I Who Have Nothing".
Tom Jones tem actualmente 78 anos, terá 79 quando se apresentar a 25 de Julho em Cascais no 16º EDPCOOLJAZZ. Uma boa oportunidade para os fãs mais fieis o poderem ver.
Tom Jones - Daughter of Darkness
Já com meia dúzia de anos de grande popularidade, o galês Tom Jones conseguia atravessar com sucesso os turbulentos anos musicais do segundo lustro dos anos 60. O nº de canções que saíram da potente voz de Tom Jones, e que fizeram eco em muitos dos seus admiradores, foi grande, recordo algumas:
- "It's Not Unusual" e "What's New Pussycat?" (1965)
- "Green, Green Grass of Home" (1966)
- "I'll Never Fall in Love Again" e "I'm Coming Home" (1967)
- "Delilah" e "Help Yourself" (1968)
- "Love Me Tonight" (1969)
Já em 1970 "Daughter of Darkness", a canção para hoje.
A letra de "Daughter of Darkness" vinha publicada na revista "mundo da canção" no seu nº 8 de Julho de 1970, foi editada em Single e fazia parte do LP "I Who Have Nothing".
Tom Jones tem actualmente 78 anos, terá 79 quando se apresentar a 25 de Julho em Cascais no 16º EDPCOOLJAZZ. Uma boa oportunidade para os fãs mais fieis o poderem ver.
Tom Jones - Daughter of Darkness
quarta-feira, 15 de maio de 2019
Arrival - Friends
mundo da canção nº 8 de Julho de 1970
Nada de relevante a referir para este Regresso ao Passado. A música Pop de um grupo praticamente desconhecido e ao que constatei de curta duração. Dois relativos sucessos e depois desapareceram como tantos, tantos outros. O grupo dava pelo nome de Arrival, eram ingleses e os dois temas conhecidos são "Friends", a recordação de hoje, e "I Will Survive".
"Friends" foi editado, em 1969, em Single conjuntamente com "Don't Take His Love Away", por cá também teve a sua edição já no ano seguinte.
A letra de "Friends" constava do nº 8 da revista "mundo da canção" com edição em Julho de 1970 e é a razão de agora a recordar. Já tinha sido publicada no nº 5 da revista em Abril, uma repetição, portanto.
Arrival - Friends
Nada de relevante a referir para este Regresso ao Passado. A música Pop de um grupo praticamente desconhecido e ao que constatei de curta duração. Dois relativos sucessos e depois desapareceram como tantos, tantos outros. O grupo dava pelo nome de Arrival, eram ingleses e os dois temas conhecidos são "Friends", a recordação de hoje, e "I Will Survive".
"Friends" foi editado, em 1969, em Single conjuntamente com "Don't Take His Love Away", por cá também teve a sua edição já no ano seguinte.
A letra de "Friends" constava do nº 8 da revista "mundo da canção" com edição em Julho de 1970 e é a razão de agora a recordar. Já tinha sido publicada no nº 5 da revista em Abril, uma repetição, portanto.
Arrival - Friends
terça-feira, 14 de maio de 2019
The Nice - Intermezzo From The Karelia Suite
mundo da canção nº 8 de Julho de 1970
Nas antípodas do Regresso ao Passado de ontem, com o artigo sobre os Up With People, está o de hoje sobre os The Nice. No mesmo nº, o oitavo, da revista "mundo da canção", em páginas seguidas se encontravam os dois textos. Só os títulos já denunciavam ao que vinham, o primeiro "Down! "Up With People" ou o verdadeiro exemplo duma falsa juventude falsamente triunfante" e o segundo "Nice em procura de um som diferente".
São de Tito Lívio as palavras seguintes, com as quais terminava o artigo:
"... os NICE impuseram-se como um dos grupos mais avançados da actual música «pop»."
A prová-lo a discografia que o grupo deixou entre 1967 e 1970, 4 álbuns do melhor Rock Progressivo, obrigatórios para os amantes do género. Os álbuns referidos no texto são respectivamente "Ars Longa, Vita Brevis", o segundo de 1968, e "Nice", o terceiro de 1969, e quando ele foi escrito o grupo já não existia. Keith Emerson já tinha partido e estava na forja o primeiro e muito aclamado álbum dos Emerson, Lake and Palmer.
Do álbum "Ars Longa, Vita Brevis" deixo-vos com "Intermezzo From The Karelia Suite", Sibelius (1865-1957) adaptado aos sons progressistas dos anos 60 do século passado.
The Nice - Intermezzo From The Karelia Suite
Nas antípodas do Regresso ao Passado de ontem, com o artigo sobre os Up With People, está o de hoje sobre os The Nice. No mesmo nº, o oitavo, da revista "mundo da canção", em páginas seguidas se encontravam os dois textos. Só os títulos já denunciavam ao que vinham, o primeiro "Down! "Up With People" ou o verdadeiro exemplo duma falsa juventude falsamente triunfante" e o segundo "Nice em procura de um som diferente".
São de Tito Lívio as palavras seguintes, com as quais terminava o artigo:
"... os NICE impuseram-se como um dos grupos mais avançados da actual música «pop»."
A prová-lo a discografia que o grupo deixou entre 1967 e 1970, 4 álbuns do melhor Rock Progressivo, obrigatórios para os amantes do género. Os álbuns referidos no texto são respectivamente "Ars Longa, Vita Brevis", o segundo de 1968, e "Nice", o terceiro de 1969, e quando ele foi escrito o grupo já não existia. Keith Emerson já tinha partido e estava na forja o primeiro e muito aclamado álbum dos Emerson, Lake and Palmer.
Do álbum "Ars Longa, Vita Brevis" deixo-vos com "Intermezzo From The Karelia Suite", Sibelius (1865-1957) adaptado aos sons progressistas dos anos 60 do século passado.
The Nice - Intermezzo From The Karelia Suite
segunda-feira, 13 de maio de 2019
Up With People - It´s Happening
mundo da canção nº 8 de Julho de 1970
"22,000+ cast members representing 137 Countries since 1965
Up with People has performed over 24,000 shows in 72 countries
367 original songs have been written for Up with People shows Up with People has made
14,000 visits to communities and traveled over 5.5 million miles (9 million kilometers)
Approximately 1.1 billion people have watched an Up with People show live or via radio and/or TV media
Over 800,000 host families have hosted cast members
Up with People cast members have performed more than 3 million hours of Community Action projects in communities around the world
Up with People has performed in 4 Super Bowls and at 6 World Expos"
É assim que os Up With People são apresentados na sua página oficial. A minha memória remete para o tema com o mesmo nome "Up With People" que por cá se ouvia em 1970. Julgo que passaram por cá nesse ano mas não consegui confirmação. As referências aos programas da RTP "Discorama" e "Curto Circuito" no artigo seguinte julgo que o confirmam.
O artigo é, conforme podem ler, arrasador dos Up With People e o que eles falsamente representavam, a verdadeira juventude que há-de garantir a continuidade da essência dos conceitos de vida civilizada e normal.
E assim surgiram em Portugal com a canção tema "Up With People" que foi a mais ouvida. Não "It´s Happening" outra canção que por cá foi editada em EP em 1970 e cuja letra o "mundo da canção" publicava no mesmo número.
Aqui está.
Up With People - It´s Happening
"22,000+ cast members representing 137 Countries since 1965
Up with People has performed over 24,000 shows in 72 countries
367 original songs have been written for Up with People shows Up with People has made
14,000 visits to communities and traveled over 5.5 million miles (9 million kilometers)
Approximately 1.1 billion people have watched an Up with People show live or via radio and/or TV media
Over 800,000 host families have hosted cast members
Up with People cast members have performed more than 3 million hours of Community Action projects in communities around the world
Up with People has performed in 4 Super Bowls and at 6 World Expos"
É assim que os Up With People são apresentados na sua página oficial. A minha memória remete para o tema com o mesmo nome "Up With People" que por cá se ouvia em 1970. Julgo que passaram por cá nesse ano mas não consegui confirmação. As referências aos programas da RTP "Discorama" e "Curto Circuito" no artigo seguinte julgo que o confirmam.
O artigo é, conforme podem ler, arrasador dos Up With People e o que eles falsamente representavam, a verdadeira juventude que há-de garantir a continuidade da essência dos conceitos de vida civilizada e normal.
E assim surgiram em Portugal com a canção tema "Up With People" que foi a mais ouvida. Não "It´s Happening" outra canção que por cá foi editada em EP em 1970 e cuja letra o "mundo da canção" publicava no mesmo número.
Aqui está.
Up With People - It´s Happening
domingo, 12 de maio de 2019
Ten Years After - Love Like a Man
mundo da canção nº 8 de Julho de 1970
Continuando a folhear a revista "mundo da canção" no seu nº 8 de Julho de 1970 chego a uma secção intitulada "Curiosidades" que aparece na página 9 e novamente na 38.
Estou na página 9 onde as curiosidades vão par a previsão de receitas do festival da ilha de Wight, as vendas do álbum "Woodstock" e o filme que se anuncia, as vendas de "It's Five O'clock" dos Aphrodite's Child, a polémica de Georges Ulmer contra a United Artists, a gravação ao vivo dos Crosby, Stills, Nash & Young (seria "4 Way Street" e não "Teach Your Children") e ainda outra sobre os Ten Years After que transcrevo:
"A Decca lançou um «single» em Londres dos TEN YEARS AFTER deveras curioso e original assim, na face A a gravação é feita em 45 r.p.m., enquanto na face B o registo é feito em 33 rotações. Ninguém o havia feito até à data".
Ao que consegui apurar tratou-se efectivamente de uma edição efectuada no Reino Unido da canção "Love Like a Man", grande êxito do grupo naquele ano, e que já tive oportunidade de recordar. No lado A "Love Like a Man" em 45 rpm, é a versão mais curta, no lado B a versão ao vivo no Fillmore East de Bill Graham mais longa, com cerca de 8 minutos, e por isso gravada a 33 1/3 rpm.
Segue "Love Like a Man" , os Ten Years After ao vivo no Fillmore East em 1970.
Ten Years After - Love Like a Man
Continuando a folhear a revista "mundo da canção" no seu nº 8 de Julho de 1970 chego a uma secção intitulada "Curiosidades" que aparece na página 9 e novamente na 38.
Estou na página 9 onde as curiosidades vão par a previsão de receitas do festival da ilha de Wight, as vendas do álbum "Woodstock" e o filme que se anuncia, as vendas de "It's Five O'clock" dos Aphrodite's Child, a polémica de Georges Ulmer contra a United Artists, a gravação ao vivo dos Crosby, Stills, Nash & Young (seria "4 Way Street" e não "Teach Your Children") e ainda outra sobre os Ten Years After que transcrevo:
"A Decca lançou um «single» em Londres dos TEN YEARS AFTER deveras curioso e original assim, na face A a gravação é feita em 45 r.p.m., enquanto na face B o registo é feito em 33 rotações. Ninguém o havia feito até à data".
Ao que consegui apurar tratou-se efectivamente de uma edição efectuada no Reino Unido da canção "Love Like a Man", grande êxito do grupo naquele ano, e que já tive oportunidade de recordar. No lado A "Love Like a Man" em 45 rpm, é a versão mais curta, no lado B a versão ao vivo no Fillmore East de Bill Graham mais longa, com cerca de 8 minutos, e por isso gravada a 33 1/3 rpm.
Segue "Love Like a Man" , os Ten Years After ao vivo no Fillmore East em 1970.
Ten Years After - Love Like a Man
sábado, 11 de maio de 2019
The Who - Go To The Mirror
mundo da canção nº 8 de Julho de 1970
Que dizer? Eram The Who e quando os descobri fiquei a eles ligado por alguns (poucos) bons anos. Conhecia "Happy Jack", "Substitute", "Summertime Blues" mas não tinha a noção da importância e qualidade que estes britânicos que davam pelo nome estranho de The Who tinham.
Foi em 1970 com a audição completa do duplo álbum "Tommy" que dei conta da dimensão que The Who tinham na música popular de então. Era um trabalho de cortar a respiração e que soava diferente do que era habitual ouvir-se. Era uma Ópera-Rock, algo, portanto que extravasava as fronteiras do Rock e que tinha direito a ser considerada uma Ópera!!! Fiquei pois aos meus 14 anos rendido aos The Who. Infelizmente a meio da década já não os suportava, a criatividade tinha-se-lhes esgotado e já não traziam nada de novo, pelo contrário arrastavam-se num Hard-Rock pouco aliciante.
As letras ia-as apanhando aqui e ali, ouvindo o disco com atenção ou, como é o caso de "Go To The Mirror" que vinha na edição nº 8 da revista "mundo da canção" em Julho de 1970. Para quem não conhecer "Tommy" sugere-se a sua audição na integra, darão, com certeza, o tempo por bem empregue. Aqui fica um cheirinho, Go To The Mirror".
The Who - Go To The Mirror
Que dizer? Eram The Who e quando os descobri fiquei a eles ligado por alguns (poucos) bons anos. Conhecia "Happy Jack", "Substitute", "Summertime Blues" mas não tinha a noção da importância e qualidade que estes britânicos que davam pelo nome estranho de The Who tinham.
Foi em 1970 com a audição completa do duplo álbum "Tommy" que dei conta da dimensão que The Who tinham na música popular de então. Era um trabalho de cortar a respiração e que soava diferente do que era habitual ouvir-se. Era uma Ópera-Rock, algo, portanto que extravasava as fronteiras do Rock e que tinha direito a ser considerada uma Ópera!!! Fiquei pois aos meus 14 anos rendido aos The Who. Infelizmente a meio da década já não os suportava, a criatividade tinha-se-lhes esgotado e já não traziam nada de novo, pelo contrário arrastavam-se num Hard-Rock pouco aliciante.
As letras ia-as apanhando aqui e ali, ouvindo o disco com atenção ou, como é o caso de "Go To The Mirror" que vinha na edição nº 8 da revista "mundo da canção" em Julho de 1970. Para quem não conhecer "Tommy" sugere-se a sua audição na integra, darão, com certeza, o tempo por bem empregue. Aqui fica um cheirinho, Go To The Mirror".
The Who - Go To The Mirror
sexta-feira, 10 de maio de 2019
The Move - Curly
mundo da canção nº 8 de Julho de 1970
E eis chegado à música anglo-saxónica então já claramente dominante, pelo menos a nível da juventude que a abraçaram, primeiro com The Shadows, depois com The Beach Boys, The Beatles e muitos, muitos mais que em poucos anos revolucionaram o panorama musical.
Os grupos pululavam por todo o lado, muito em particular no Reino Unido e, do outro lado do Atlântico, nos Estados Unidos, as mais diversas matizes do Rock desenvolviam-se com todo o vigor, do Rock mais Pop ao Rock mais Hard e Progressivo.
Em concreto o final da década de 60, início da de 70, viu florescer inúmeros grupos muitos com êxitos circunstanciais e de curta duração, no final dos anos 70 já ninguém ouvia falar deles. The Move era um desses grupos, lembram-se?
Inseridos no Pop psicadélico The Move produziram meia dúzia de êxitos e depois desapareceram, "Blackberry Way" foi o maior e o que melhor me lembrava, mas também "Night of Fear", "Flowers in the Rain" e ainda "Curly", a proposta para hoje.
"Curly", a letra, vinha publicada nº 8 da revista de "mundo da canção" de Julho de 1970 e tinha sido um sucesso dos The Move no ano anterior, recorde-mo-la.
The Move - Curly
E eis chegado à música anglo-saxónica então já claramente dominante, pelo menos a nível da juventude que a abraçaram, primeiro com The Shadows, depois com The Beach Boys, The Beatles e muitos, muitos mais que em poucos anos revolucionaram o panorama musical.
Os grupos pululavam por todo o lado, muito em particular no Reino Unido e, do outro lado do Atlântico, nos Estados Unidos, as mais diversas matizes do Rock desenvolviam-se com todo o vigor, do Rock mais Pop ao Rock mais Hard e Progressivo.
Em concreto o final da década de 60, início da de 70, viu florescer inúmeros grupos muitos com êxitos circunstanciais e de curta duração, no final dos anos 70 já ninguém ouvia falar deles. The Move era um desses grupos, lembram-se?
Inseridos no Pop psicadélico The Move produziram meia dúzia de êxitos e depois desapareceram, "Blackberry Way" foi o maior e o que melhor me lembrava, mas também "Night of Fear", "Flowers in the Rain" e ainda "Curly", a proposta para hoje.
"Curly", a letra, vinha publicada nº 8 da revista de "mundo da canção" de Julho de 1970 e tinha sido um sucesso dos The Move no ano anterior, recorde-mo-la.
The Move - Curly
quinta-feira, 9 de maio de 2019
Salvatore Adamo - Les Belles Dames
mundo da canção nº 8 de Julho de 1970
Antes de avançar para as canções de expressão anglo-americana, que ocupavam o maior espaço neste nº 8 da revista "mundo da canção" publicado em Julho de 1970 e que tenho vindo a recordar, tempo ainda para uma canção de língua francesa interpretada por Adamo, Salvatore Adamo.
"Les Belles Dames" era a canção, que tanto consegui apurar, que a memória nem tudo lembra, foi publicada pela primeira vez em edição de Single conjuntamente com "Nous N'avons Jamais Parlé D'amour" em 1970, numa altura em que a sua música e o seu género musical eram ultrapassados pela produção Pop-Rock oriundas de Inglaterra e Estados Unidos. Diga-se que não é das canções que ficaram no meu imaginário, muitas outras, todas da década de 60, como "Tombe La Neige", "Vous Permettez, Monsieur ?", "Ton Mon" ou "J'aime" preenchem bons espaços.
De qualquer forma aqui vai mais um retorno a Adamo, desta vez é com "Les Belles Dames" e já íamos no ano de 1970.
Salvatore Adamo - Les Belles Dames
Antes de avançar para as canções de expressão anglo-americana, que ocupavam o maior espaço neste nº 8 da revista "mundo da canção" publicado em Julho de 1970 e que tenho vindo a recordar, tempo ainda para uma canção de língua francesa interpretada por Adamo, Salvatore Adamo.
"Les Belles Dames" era a canção, que tanto consegui apurar, que a memória nem tudo lembra, foi publicada pela primeira vez em edição de Single conjuntamente com "Nous N'avons Jamais Parlé D'amour" em 1970, numa altura em que a sua música e o seu género musical eram ultrapassados pela produção Pop-Rock oriundas de Inglaterra e Estados Unidos. Diga-se que não é das canções que ficaram no meu imaginário, muitas outras, todas da década de 60, como "Tombe La Neige", "Vous Permettez, Monsieur ?", "Ton Mon" ou "J'aime" preenchem bons espaços.
De qualquer forma aqui vai mais um retorno a Adamo, desta vez é com "Les Belles Dames" e já íamos no ano de 1970.
Salvatore Adamo - Les Belles Dames
quarta-feira, 8 de maio de 2019
Patxi Andión - Si La Vés
mundo da canção nº 8 de Julho de 1970
Neste nº 8 da revista "mundo da canção" de Julho de 1970 eram somente duas as letras publicadas de canções da nossa vizinha Espanha, "Penélope" de Joan Manuel Serrat que recordei ontem e "Si La Vés" de Patxi Andión a proposta para hoje.
Penso que a publicação da letra de "Si La Vés" na revista "mundo da canção"naquela data se deve, ao que julgo ser, a primeira publicação como canção principal do Single "Dos Canciones de Amor" naquele ano, pois em álbum só a encontro no LP "Posiblemente" de 1972.
Ainda em início de carreira, o seu primeiro LP data do ano anterior, e relativamente pouco conhecido por cá, embora tivesse sido notada a sua passagem pelo "Zip-Zip" na RTP também em 1969, o "mundo da canção" continuava com a divulgação do que de bom e novo surgia no país vizinho. "Si La Vés" era (é) uma bela canção de amor na voz inconfundível de Patxi Andión.
Patxi Andión - Si La Vés
Neste nº 8 da revista "mundo da canção" de Julho de 1970 eram somente duas as letras publicadas de canções da nossa vizinha Espanha, "Penélope" de Joan Manuel Serrat que recordei ontem e "Si La Vés" de Patxi Andión a proposta para hoje.
Penso que a publicação da letra de "Si La Vés" na revista "mundo da canção"naquela data se deve, ao que julgo ser, a primeira publicação como canção principal do Single "Dos Canciones de Amor" naquele ano, pois em álbum só a encontro no LP "Posiblemente" de 1972.
Ainda em início de carreira, o seu primeiro LP data do ano anterior, e relativamente pouco conhecido por cá, embora tivesse sido notada a sua passagem pelo "Zip-Zip" na RTP também em 1969, o "mundo da canção" continuava com a divulgação do que de bom e novo surgia no país vizinho. "Si La Vés" era (é) uma bela canção de amor na voz inconfundível de Patxi Andión.
Patxi Andión - Si La Vés
terça-feira, 7 de maio de 2019
Joan Manuel Serrat - Penélope
mundo da canção nº 8 de Julho de 1970
Presença assídua nas páginas da revista "mundo da canção" era Joan Manuel Serrat. Por cá tornado conhecido desde a sua vitória, em 1968, com "la-la-la" no festival da TVE para a escolha da canção representante da Espanha no Festival da Eurovisão e a polémica substituição pela Massiel, teve naquele época uma das suas mais férteis produções discográficas. "Ara Que Tinc vint anys" (1967), "Com Ho Fa El Vent" (1968), "Dedicado a Antonio Machado, Poeta" (1969), "Joan Manuel Serrat" (1969) são alguns dos álbuns, ainda dos anos 60, a merecerem uma audição atenta.
A letra reproduzida no nº 8 de Julho de 1970 da revista de divulgação musical "mundo da canção" era "Penélope" e não consegui encontrá-la em nenhum dos álbuns por editados naquela época, julgo pois que terá sido publicada somente em Single como a encontrei em www.discogs.com.
"Penélope" é mais uma das muito bonitas canções que Joan Manuel Serrat então interpretou, foi a canção com que participou no IV Festival internacional da Canção Popular do Rio de Janeiro em 1969.
Joan Manuel Serrat - Penélope
Presença assídua nas páginas da revista "mundo da canção" era Joan Manuel Serrat. Por cá tornado conhecido desde a sua vitória, em 1968, com "la-la-la" no festival da TVE para a escolha da canção representante da Espanha no Festival da Eurovisão e a polémica substituição pela Massiel, teve naquele época uma das suas mais férteis produções discográficas. "Ara Que Tinc vint anys" (1967), "Com Ho Fa El Vent" (1968), "Dedicado a Antonio Machado, Poeta" (1969), "Joan Manuel Serrat" (1969) são alguns dos álbuns, ainda dos anos 60, a merecerem uma audição atenta.
A letra reproduzida no nº 8 de Julho de 1970 da revista de divulgação musical "mundo da canção" era "Penélope" e não consegui encontrá-la em nenhum dos álbuns por editados naquela época, julgo pois que terá sido publicada somente em Single como a encontrei em www.discogs.com.
"Penélope" é mais uma das muito bonitas canções que Joan Manuel Serrat então interpretou, foi a canção com que participou no IV Festival internacional da Canção Popular do Rio de Janeiro em 1969.
Joan Manuel Serrat - Penélope
segunda-feira, 6 de maio de 2019
Caetano Veloso - Irene
mundo da canção nº 8 de Julho de 1970
Ainda mais uma letra em português, mas agora viramo-nos para o outro lado do Atlântico pois o intérprete vem de lá, é Caetano Veloso.
Caetano Veloso era uma figura que começava a ser por cá conhecida nomeadamente através do álbum "Tropicália", verdadeiro manifesto do movimento tropicalista então nascente, em colaboração com Gal Costa, Gilberto Gil, Nara Leão, Tom Zé e Os Mutantes.
Editado em 1969 "Caetano Veloso" (segundo álbum a solo) continua na senda da renovação da música popular brasileira, nele podia-se ouvir, entre outras, a sua versão de "Marinheiro Só", a memorável "Os Argonautas" e a lembrança de hoje "Irene".
A revista "mundo da canção" nº 8 de Julho de 1970 publicava a letra de "Irene", que tanto quanto sei foi escrita quando foi preso em finais de 1968 e terá sido escrita a pensar na sua irmã mais nova Irene.
Caetano Veloso - Irene
Ainda mais uma letra em português, mas agora viramo-nos para o outro lado do Atlântico pois o intérprete vem de lá, é Caetano Veloso.
Caetano Veloso era uma figura que começava a ser por cá conhecida nomeadamente através do álbum "Tropicália", verdadeiro manifesto do movimento tropicalista então nascente, em colaboração com Gal Costa, Gilberto Gil, Nara Leão, Tom Zé e Os Mutantes.
Editado em 1969 "Caetano Veloso" (segundo álbum a solo) continua na senda da renovação da música popular brasileira, nele podia-se ouvir, entre outras, a sua versão de "Marinheiro Só", a memorável "Os Argonautas" e a lembrança de hoje "Irene".
A revista "mundo da canção" nº 8 de Julho de 1970 publicava a letra de "Irene", que tanto quanto sei foi escrita quando foi preso em finais de 1968 e terá sido escrita a pensar na sua irmã mais nova Irene.
Caetano Veloso - Irene
domingo, 5 de maio de 2019
Manuel Freire - Pedra Filosofal
mundo da canção nº 8 de Julho de 1970
Em artigo intitulado "Da Canção como objecto de consumo", Tito Lívio, no nº 8 da revista "mundo da canção", assina um texto onde descortina sobre a música como produto de consumo de satisfação de mercados menos esclarecidos. A canção ao serviço "... de coacção ideológica de uma sociedade de massas." , nada como ler o artigo para se ter uma ideia, se bem que ela atravesse os tempos, de como em 1970 se encarava a música, e a canção em particular, como fenómeno de satisfação das exigências do mercado.
A única canção referida no texto é a "Pedra Filosofal" que nessa altura ganhava mesmo "... dimensão e receptividade junto de um público avesso à canção balada." É verdade, foi uma canção genericamente bem aceite.
A cada um o seu juízo, pretexto para mais um regresso à "Pedra Filosofal" e ao seu autor e interprete Manuel Freire (a letra é do poeta António Gedeão).
Manuel Freire - Pedra Filosofal
Em artigo intitulado "Da Canção como objecto de consumo", Tito Lívio, no nº 8 da revista "mundo da canção", assina um texto onde descortina sobre a música como produto de consumo de satisfação de mercados menos esclarecidos. A canção ao serviço "... de coacção ideológica de uma sociedade de massas." , nada como ler o artigo para se ter uma ideia, se bem que ela atravesse os tempos, de como em 1970 se encarava a música, e a canção em particular, como fenómeno de satisfação das exigências do mercado.
A única canção referida no texto é a "Pedra Filosofal" que nessa altura ganhava mesmo "... dimensão e receptividade junto de um público avesso à canção balada." É verdade, foi uma canção genericamente bem aceite.
A cada um o seu juízo, pretexto para mais um regresso à "Pedra Filosofal" e ao seu autor e interprete Manuel Freire (a letra é do poeta António Gedeão).
Manuel Freire - Pedra Filosofal
sábado, 4 de maio de 2019
Evolução - Aves Que Cantam no Ar
mundo da canção nº 8 de Julho de 1970
Seguindo sonoridades Pop importadas, particularmente de Inglaterra, a revista "mundo da canção" nº 8 relativa a Julho de 1970 dá conta da letra de uma canção de nome "Aves que Cantam no Ar" composta e interpretada por um conjunto denominado Evolução.
Não me lembrava de tal grupo, nem de tal canção, pelo que tive que fazer algumas pesquisas, mas o resultado é muito reduzido, a informação é muito parca. Foi no blogue https://musicasdosanos60.blogspot.com que foi possível encontrar alguma informação relevante.
Fica-se a saber que Evolução não era um grupo, mas sim um duo composto por Manuel Colaço e Alberto Tavares que no ano de 1970 viu publicados 2 EP e cuja música revela influências do Quarteto 1111. Sim, mal ouvi senti a presença do som do Quarteto mas também me lembrou um pouco The Beatles.
"Aves que Cantam no Ar" era a última de quatro canções, todas originais do duo, que compunham o 2º EP naquele ano publicado e é a que segue para recordação.
Evolução - Aves Que Cantam no Ar
Seguindo sonoridades Pop importadas, particularmente de Inglaterra, a revista "mundo da canção" nº 8 relativa a Julho de 1970 dá conta da letra de uma canção de nome "Aves que Cantam no Ar" composta e interpretada por um conjunto denominado Evolução.
Não me lembrava de tal grupo, nem de tal canção, pelo que tive que fazer algumas pesquisas, mas o resultado é muito reduzido, a informação é muito parca. Foi no blogue https://musicasdosanos60.blogspot.com que foi possível encontrar alguma informação relevante.
Fica-se a saber que Evolução não era um grupo, mas sim um duo composto por Manuel Colaço e Alberto Tavares que no ano de 1970 viu publicados 2 EP e cuja música revela influências do Quarteto 1111. Sim, mal ouvi senti a presença do som do Quarteto mas também me lembrou um pouco The Beatles.
"Aves que Cantam no Ar" era a última de quatro canções, todas originais do duo, que compunham o 2º EP naquele ano publicado e é a que segue para recordação.
Evolução - Aves Que Cantam no Ar
sexta-feira, 3 de maio de 2019
Manuel Freire - Pedro o Soldado
mundo da canção nº 8 de Julho de 1970
Para além da capa lhe ser dedicada , também no interior um poema de uma música sua era publicado no nº 8 da revista "mundo da canção" no mês de Julho de 1970. Tratava-se de um poema de Manuel Alegre intitulado "Pedro Soldado" sendo a música e a interpretação de Manuel Freire.
Naquele ano era a "Pedra Filosofal" que mais se ouvia e que o celebrizou, no entanto a revista recua ao seu primeiro EP "Manuel Freire Canta Manuel Freire" de 1968 e publica "Pedro o Soldado", a 4ª canção a compor aquele EP.
"Pedro o Soldado" um dos muitos poemas de Manuel Alegre com referências à guerra colonial de então já tinha uma versão diferente, de 1967, pela voz de Adriano Correia de Oliveira. Em 1968 Manuel Freire a ele voltava com a sua interpretação. Ei-la.
Manuel Freire - Pedro o Soldado
Para além da capa lhe ser dedicada , também no interior um poema de uma música sua era publicado no nº 8 da revista "mundo da canção" no mês de Julho de 1970. Tratava-se de um poema de Manuel Alegre intitulado "Pedro Soldado" sendo a música e a interpretação de Manuel Freire.
Naquele ano era a "Pedra Filosofal" que mais se ouvia e que o celebrizou, no entanto a revista recua ao seu primeiro EP "Manuel Freire Canta Manuel Freire" de 1968 e publica "Pedro o Soldado", a 4ª canção a compor aquele EP.
"Pedro o Soldado" um dos muitos poemas de Manuel Alegre com referências à guerra colonial de então já tinha uma versão diferente, de 1967, pela voz de Adriano Correia de Oliveira. Em 1968 Manuel Freire a ele voltava com a sua interpretação. Ei-la.
Manuel Freire - Pedro o Soldado
quinta-feira, 2 de maio de 2019
José Afonso - Menino d'Oiro
mundo da canção nº 8 de Julho de 1970
A presença de José Afonso nas páginas da revista "mundo da canção" era mais que regular. De alguma forma estava quase sempre lá, neste nº 8 da revista publicado em Julho de 1970 eram duas as letras de canções de José Afonso a serem publicadas: "Menino d'Oiro" e "Maria".
Recuava-se assim no tempo, respectivamente a 1962 e 1964, e recuperava-se canções mais antigas, publicadas então no formato mais comum, o EP.
Referência maior na canção popular portuguesa da segunda metade do século XX, José Afonso renovou e catapultou a música popular para níveis qualitativos superiores, sendo hoje em dia genericamente destacado como o mais influente compositor e interprete daquele período da nossa história. Ele próprio absorveu as mais diversas influências da Canção de Coimbra ao Pop-Rock, passando pela música africana.
Os primeiros sinais de renovação surgem ainda no início da década de 60, nomeadamente no EP "Baladas de Coimbra" (1962), onde constava "Menino d'Oiro". Pode-se ler no intróito do livro "Canta, Amigo, Canta" de João Carlos Callixto: "Em 1960, a "Balada do Outono", de José Afonso, marcou assim o início de uma nova forma de abordar a canção de Coimbra, que seria definitivamente transformada a partir de 1962, quando o EP com "Menino d'Oiro" é publicado."
Sem a guitarra portuguesa, somente com o acompanhamento da guitarra de Rui Pato, eis "Menino d'Oiro".
José Afonso - Menino d'Oiro
A presença de José Afonso nas páginas da revista "mundo da canção" era mais que regular. De alguma forma estava quase sempre lá, neste nº 8 da revista publicado em Julho de 1970 eram duas as letras de canções de José Afonso a serem publicadas: "Menino d'Oiro" e "Maria".
Recuava-se assim no tempo, respectivamente a 1962 e 1964, e recuperava-se canções mais antigas, publicadas então no formato mais comum, o EP.
Referência maior na canção popular portuguesa da segunda metade do século XX, José Afonso renovou e catapultou a música popular para níveis qualitativos superiores, sendo hoje em dia genericamente destacado como o mais influente compositor e interprete daquele período da nossa história. Ele próprio absorveu as mais diversas influências da Canção de Coimbra ao Pop-Rock, passando pela música africana.
Os primeiros sinais de renovação surgem ainda no início da década de 60, nomeadamente no EP "Baladas de Coimbra" (1962), onde constava "Menino d'Oiro". Pode-se ler no intróito do livro "Canta, Amigo, Canta" de João Carlos Callixto: "Em 1960, a "Balada do Outono", de José Afonso, marcou assim o início de uma nova forma de abordar a canção de Coimbra, que seria definitivamente transformada a partir de 1962, quando o EP com "Menino d'Oiro" é publicado."
Sem a guitarra portuguesa, somente com o acompanhamento da guitarra de Rui Pato, eis "Menino d'Oiro".
José Afonso - Menino d'Oiro
quarta-feira, 1 de maio de 2019
Quarteto 1111 - Domingo em Bidonville
mundo da canção nº 8 de Julho de 1970
Constituídos em 1967, o Quarteto 1111 tornou-se até ao final da década um caso sui generis de sucesso no panorama da música Pop portuguesa. Se bem que com influências externas notórias, tinham um estilo muito próprio, inovador, na instrumentação, composição e líricas utilizadas sendo frequentes as referências históricas e também as preocupações sociais que culminaram em 1970 com a publicação do álbum homónimo "Quarteto 1111", tornaram-se rapidamente uma referência musical no relativamente pobre contexto do Pop-Rock nacional.
Quanto a "Quarteto 1111" foi um verdadeiro libelo contra o regime sendo o álbum constituído por canções com conteúdos anti racistas e contra a emigração, teve quase todas as canções censuradas e chegou a ser retirado do mercado. Hoje em dia é um álbum histórico avidamente procurado mas a preços pouco acessíveis.
"Domingo em Bidonville", a canção que vou recordar, lembra a vida dos portugueses emigrados em França e a viver em bairros de lata (bidonville) nos arredores de Paris nos anos 60 e fazia parte desta colecção de canções. É também a letra de "Domingo em Bidonville" que vem transcrita no nº 8 da revista "mundo da canção" que continuava assim a publicação de letras deste álbum. Pese a censura lembro-me de a ouvir na rádio.
Quarteto 1111 - Domingo em Bidonville
Constituídos em 1967, o Quarteto 1111 tornou-se até ao final da década um caso sui generis de sucesso no panorama da música Pop portuguesa. Se bem que com influências externas notórias, tinham um estilo muito próprio, inovador, na instrumentação, composição e líricas utilizadas sendo frequentes as referências históricas e também as preocupações sociais que culminaram em 1970 com a publicação do álbum homónimo "Quarteto 1111", tornaram-se rapidamente uma referência musical no relativamente pobre contexto do Pop-Rock nacional.
Quanto a "Quarteto 1111" foi um verdadeiro libelo contra o regime sendo o álbum constituído por canções com conteúdos anti racistas e contra a emigração, teve quase todas as canções censuradas e chegou a ser retirado do mercado. Hoje em dia é um álbum histórico avidamente procurado mas a preços pouco acessíveis.
"Domingo em Bidonville", a canção que vou recordar, lembra a vida dos portugueses emigrados em França e a viver em bairros de lata (bidonville) nos arredores de Paris nos anos 60 e fazia parte desta colecção de canções. É também a letra de "Domingo em Bidonville" que vem transcrita no nº 8 da revista "mundo da canção" que continuava assim a publicação de letras deste álbum. Pese a censura lembro-me de a ouvir na rádio.
Quarteto 1111 - Domingo em Bidonville
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