Continuando num registo muito positivo…
Em 1981, na revista “Música e Som”, num artigo assinado por Miguel Esteves Cardoso de título “Como ser um crítico de Rock – um guia prático” era recomendado o não abuso excessivo de certas palavras entre as quais “excelente”, a qual devia estar reservada “para gravações discográficas de um destes quatro conjuntos: os Velvet Underground, os Doors, os Talking Heads ou os Joy Division.”
Recordamos os Joy Division (1977-1980), os últimos a entrar neste reduzido grupo dos "excelentes". Passados 35 anos a música dos Joy Division continua relativamente pouco conhecida, não sendo devidamente recordada.
Influenciados pelo “punk” e pela “música electrónica” seriam criadores de uma sonoridade muito própria precursora da “new wave” e com repercussão, em particular, em toda a música da década de 80. Uma batida de bateria muito peculiar e a voz de barítono de Ian Curtis seriam características marcantes e identificadoras do som “Joy Division”. As canções, essas mantêm toda a beleza e estranheza que possuíam à época. O tema que atingiu maior notoriedade é o dilacerante “Love will tears us apart” que agora recuperamos.
“A música Pop é demasiado limitada, está demasiado circunscrita para ir longe. Mas pode ir até aqui. Até «Closer». Até.
E quem for até «Closer» logo verá estar parado num extremo, numa colina outra inalcançável imensidão. É o cabo da Roca do pequeno continente Pop.”
escreveu Miguel Esteves Cardoso em artigo no semanário “O Jornal” em 1982 a propósito do 2º aniversário da edição de “Closer” e da morte de Ian Curtis.
Passados 35 anos fiquemos com os excelentes Joy Division, o excelente tema “The Eternal” do excelente 2º álbum “Closer” publicado em 1980 já após a morte de Ian Curtis.
Joy Division - The Eternal
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