segunda-feira, 25 de julho de 2022

Procol Harum - Broken Barricades

  a memória do elefante


Tinha 15 anos quando os Procol Harum publicaram "Broken Barricades". Decorria o ano de 1971 e era já o 5º álbum do grupo. "Broken Barricades" foi cá pouco divulgado e não tinha nenhum tema tão forte como "A Whiter Shade of Pale", "Homburg", "A Salty Dog" e "Nothing That I Didn't Know" mas mesmo assim gostava imenso de temas como "Luskus Delph" e "Broken Barricades". De qualquer forma penso que o melhor dos Procol Harum já tinha passado pese o sucesso que ainda viriam a ter com "Grand Hotel" em 1973.

Gostava imenso dos Procol Harum e em memória desses tempos não resisti a ir vê-los ao Coliseu do Porto em Abril de 2019 onde pontificava a figura carismática de Gary Brooker (1945-2022), o único da formação inicial.





O primeiro artigo que li sobre os Procol Harum terá sido o publicado no nº 3 do jornal "a memória do elefante" que fazia uma análise crítica do grupo através dos álbuns até então editados. E concluía relativamente a "Broken Barricades": " A sua última obra em álbum, «Broken Barricades», confirma até certo ponto estes receios. O bom gosto e os arranjos cuidados mantêm-se, e por momentos (raramente) cremos ter encontrado os «velhos» Procol Harum por exemplo, na faixa «Broken Barricades»; contudo, é evidente um declínio de inspiração e mesmo uma certa tendência para a auto-cópia. A menos que se operem novas transformações no seio dos Procol Harum, eles ingressarão provavelmente no rol dos grupos de qualidade média."

Acertada esta apreciação, aproveitemos agora a oportunidade e vamos ouvir precisamente "Broken Barricades", ainda entre o melhor que os Procol Harum nos deixaram.



Procol Harum - Broken Barricades

2 comentários:

  1. Obrigado por recordar um artigo meu, caro Armindo, sinto-me lisonjeado. Eu escrevia malzinho, era muito enfático e adjectivante, mas acho que transmitia o entusiasmo que naquela época a música me transmitia. E os Procol Harum, justiça lhes seja feita, continuam uma das excepções no panorama pobre da música popular, com canções que perduram e sabe bem reescutar. Abraço à anos 70 !

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  2. Não escrevia "malzinho", escrevia de acordo com os preceitos da época. E com um sentido crítico que hoje em dia parece ter-se perdido. Grato pela sua participação neste meu simples "Regresso ao Passado". Um grande abraço e volte sempre.

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