sexta-feira, 1 de julho de 2022

David Bowie - Young Americans

    1975 - Algumas escolhas de Miguel Esteves Cardoso


Miguel Esteves Cardoso até tinha razão 1975 foi o ano menos interessante da década, o ano em que menos discos que consideremos imprescindíveis produziu. Mesmo assim alguns discos que ele não referiu julgo que merecem estar entre as melhores escolhas daquele ano, lembro-me por exemplo de "Rising For the Moon" dos Fairport Convention com a regressada Sandy Denny, "Pampered Menial" o primeiro dos progressivos Pavlov's Dog, "Nadir's Big Chance" de Peter Hammill na sua carreira a solo e paralela aos Van der Graaf Generator, "Pour Down Like Silver" dos saudosos Richard and Linda Thompson ou ainda "Ruth Is Stranger Than Richard" mais uma aventura musical do génio de Robert Wyatt.

Mas o tema centra-se nas escolhas de Miguel Esteves Cardoso e lá encontravam-se dois trabalhos de David Bowie respectivamente "Young Americans" e "Station to Station" (embora este, julgo, seja de 1976), atribui-lhes quatro e três estrelas.


https://www.discogs.com/


Sobre ele dizia: "Uma nova metamorfose, desta vez embrulhada naquilo a que Bowie viria a chamar a sua fase de "soul plástico". Ritmos Disco e porto-riquenhos, entranhadamente americanos, marcam a grande maioria das canções destes dois álbuns. Com uma imagem já completamente diferente (o famoso "thin white duke"), Bowie cultivava uma elegância à América de Nixon e da juventude burguesa metropolitana, abandona toda a visão apocalítica para abraçar uma ortodoxia hiperbólica." concluindo que "embora tenha sido uma das mais prolíferas" era a "fase mais vazia da carreira de Bowie" (lembre-se que o texto de Miguel Esteves Cardoso é de 1980).

Relevante desta fase é a canção que dá título ao álbum "Young Americans", recordemo-la.



David Bowie - Young Americans

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