sexta-feira, 3 de junho de 2022

GAC - A Cantiga É uma Arma

 

Depois de José Afonso e Sérgio Godinho falta José Mário Branco naqueles que num ano sobrecarregado como foi o de 1975 não gravou nenhum álbum a título individual. No caso do José Mário Branco a sua actividade andou muito ao redor do GAC (Grupo de Acção Cultural) por ele formado no ano anterior. O grupo estava constituído como cooperativa (Vozes na Luta) e utilizava, como descreve a "Enciclopédia da Música Popular em Portugal no Século XX", "a música como meio de propaganda ideológica, a sua actividade exerceu-se fundamentalmente em torno de fábricas, quartéis, piquetes de luta, ocupações, empresas em autogestão, unidades colectivas de produção, comissões de moradores, campanhas eleitorais, comícios, greves e manifestações". Melhor descrição do ambiente musical naquele ano era difícil.




É em 1975 que o GAC publica o seu primeiro trabalho, o álbum "A Cantiga É uma  Arma" onde os temas são quase todos de autoria de José Mário Branco. A música, essa tinha um estrutura simples, bastante acessível alinhada com a ideologia da Revolução Popular defendida pela então UDP (União Democrática Popular). Embora muito datado possuía arranjos bem elaborados, sobretudo nas vozes, e abria caminho para o seu sucessor o fundamental "Pois Canté!!".

Para ouvir o tema título "A Cantiga É uma Arma" que José Mário Branco continuou a interpretar ao vivo por muitos e bons anos.



GAC - A Cantiga É uma Arma

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