sábado, 29 de fevereiro de 2020

Vince Taylor - Brand New Cadillac

mundo da canção nº 10 de Setembro de 1970


Num pequeno artigo Tito Lívio dá a sua visão de 3 décadas de Rock. Intitulado "O Rock (ex)pressão de uma época" o artigo é publicado no nº 10 da revista "mundo da canção" e sintetiza a evolução do Rock desde a sua origem nos anos 50 "como reacção contra uma música convencional", "como um grito no meio da convencionalidade e banalidade quase geral da música ligeira", até 1970 onde "o actual rock - o renascido ou revival perdeu muito da sua agressividade e pureza iniciais." Finalmente o Rock não era mais que a fonte, o início "...onde grupos como Chicago Transit Authority e os Creedence Clearwater Revival vão beber um novo estilo...".






Entre os ídolos iniciais cita Bill Haley, Elvis Presley, Chuck Berry e Vince Taylor, sendo este último a recordação escolhida para hoje.

Vince Taylor (1939-1991) foi um cantor de Rock'n'Roll nascido em Inglaterra, mas é ainda adolescente, na Califórnia, que se interessa pelo fenómeno do Rock e começa a cantar. De regresso a Inglaterra forma o grupo que o acompanhará The Playboys e efectua as primeiras gravações.
É ainda da década de 50 a escolha de hoje, "Brand New Cadillac" tida como um dos primeiros discos de Rock'n'Roll em Inglaterra.
Curiosamente The Clash incluíram "Brand New Cadillac" num dos mais famosos álbuns Punk-Rock "London Calling" (1979), ou seja a necessidade de tempos a tempos voltar "às origens".




Vince Taylor - Brand New Cadillac

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

The Beach Boys - Cotton Fields

mundo da canção nº 10 de Setembro de 1970

Na recta final da passagem pelo nº 10 da revista "mundo da canção" tempo ainda para destacar algumas das rubricas que ele continha, por exemplo o "Tiro Pela Direita" em contra-ponto com outra, que por sinal não constava neste nº, que era "Tiro Pela Esquerda". Na primeira relevava-se o menos interessante na segunda o que se considerava o melhor, a associação política é evidente.





Neste "Tiro Pela Direita" fazia parte "Cotton Fields" canção dos The Beach Boys editada em Portugal em EP, integrava o LP "20/20" publicado em 1969. Dizia o texto:
"desenterra-se uma velha receita de música folclórica. Prepara-se a massa estrutural; juntam-se-lhe com cuidado uns sons de vida próprios para tal e adiciona-se à mistura assim obtida umas vozes certinhas a fazerem uma bonita sinfonia vocal. Vai à aprovação do magnata da respectiva casa discográfica e serve-se acompanhado de muitos rótulos (sempre decorativos), se possível, de uma anti-sociedade de consumo."
Exagerada, em meu entender e a esta distância, esta apreciação que se fazia desta versão do velho tema gravada por Lead Belly em 1940 e desenterrada em 1969 pelos The Beach Boys, mas também pelos Creedence Clearwater Revival, diga-se que prefiro a versão destes últimos.




The Beach Boys - Cotton Fields

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Three Dog Night - Mama Told Me Not To Come

mundo da canção nº 10 de Setembro de 1970


O ano de 1970 foi impressionante para mim. A quantidade de grupos e cantores que conheci naquele ano é admirável, dificilmente encontro outro ano que iguale aquele. A que se deve tal facto? Vários factores contribuíram para tal: primeiro a minha idade, fiz 14 anos naquele ano e o meu interesse pela música popular vinha em crescendo nos últimos anos, não só pelo que em casa ouvia, como pelas amizades mais velhas que tinha que ajudaram a moldar o meu gosto, segundo alguns programas de rádio que então ouvia e que já diversas vezes referi como a "Página Um" e o "Em Órbita", mas também a "23ª Hora" e o "Espaço 3P" (Produções Publicitárias Portuguesas) (lembro-me bem das emissões em directo que ao final da tarde eram feitas em estúdio móvel em todo o país), entre outros. Também importante foi o surgimento em final do ano anterior, com publicação mensal, da revista "mundo da canção" que, aos poucos tenho vindo a recordar. Finalmente,e talvez a razão mais importante, 1970 foi um ano particularmente bom quer no surgimento de novos intérpretes, quer na afirmação ou consagração de outros que se vinham a revelar na segunda metade dos anos 60. A diversidade era grande, desde ao Pop mais comercial ao Rock underground de mais difícil acesso, dava para todos os gostos.





A escolha de hoje, longe das minhas primeiras preferências, revelou-me para mim naquele ano com a canção "Mama Told Me Not To Come", eram os americanos Three Dog Night, grupo de Rock formado em 1967. Revelaram-se para mim, e para meio mundo, com esta invulgar canção que hoje volto a recordar. Era um original de Randy Newman e a letra estava publicada na revista "mundo da canção" nº 10 de Setembro de 1970.




Three Dog Night - Mama Told Me Not To Come

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Ray Stevens - Everything Is Beautiful

mundo da canção nº 10 de Setembro de 1970

Comediante e produtor musical Ray Stevens foi também compositor e intérprete tendo gravado uma longa discografia que teve o seu início ainda nos anos 50 do século passado.
Para a história ficam algumas canções que, principalmente nos Estados Unidos, foram bem sucedidas. Já recordei "Along Came Mary", mas também podia referir "Misty", "The Streak" ou ainda, talvez a mais conhecida, a recordação de hoje "Everything Is Beautiful".




Era esta a letra reproduzida na revista "mundo da canção" no seu nº 10 editada em Setembro de 1970.
"Everything Is Beautiful" valeu-lhe o Grammy de melhor interpretação Pop masculina no ano de 1971.




Ray Stevens - Everything Is Beautiful

terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Hotlegs - Neanderthal Man

mundo da canção nº 10 de Setembro de 1970


Pese o êxito que a canção de hoje teve, o grupo que a suportou pouco tempo durou, diria que assim como apareceu assim desapareceu, a canção é "Neanderthal Man" e o grupo dava pelo nome de Hotlegs. É daquelas que não se esquece, não que seja de qualidade superior, mas sim pela originalidade que então apresentava, soava diferente. Fruto de algum acaso pois sabe-se agora ocorreu do teste de gravação de novos equipamentos, entre improvisos e experimentação, tinha uma batida pesada da bateria e um canto repetitivo, por vezes pouco audível e uma letra praticamente inexistente: "I´m a neanderthal man, you're a neanthertal girl, Let's make neantherthal love in this neantherthal world", e é tudo.
Era o que vinha publicado neste nº 10 da revista "mundo da canção" que agora recordo.




Êxito em 1970, em 1971 já não existiam, entretanto estavam na origem dos 10cc com outra longevidade e outras recordações, "I'm Not In Love" lembram-se?




Hotlegs - Neanderthal Man

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Cliff Richard - Goodbye Sam, Hello Samantha

mundo da canção nº 10 de Setembro de 1970


Cliff Richard foi um dos pioneiros do Rock'n'Roll no Reino Unido, é anterior a The Beatles, as gravações iniciais datam de 1958 tendo "Move It", acompanhado pelos The Drifters, sido o seu primeiro sucesso, já o recordei.
Lembro-me de ainda criança, teria talvez 7 anos, ouvir "The Young Ones" pois os meus pais tinham o EP  (edição portuguesa julgo de 1963) que fazia parte do filme com o mesmo nome e que por cá teve o nome de "Uma Rapariga Nos Teus Braços". Tinham também o EP "Wonderful Life" e que fazia parte da banda sonora do filme também com o mesmo nome tendo cá a designação "Dançando ao Sol". São sons que não mais se esquecem, mas naqueles tempos rapidamente substituídos pelos The Beatles.




Em 1970 Cliff Richard era uma estrela Pop, mas algumas das suas canções eram de menor gosto para não dizer mesmo pirosas. Era o caso do tema de hoje "Goodbye Sam Hello Samantha" cuja letra constava na revista "mundo da canção" no seu nº 10. Miguel Esteves Cardoso no texto "O Livro Negro da música Pop: os piores de '70" classificava ano a ano as piores canções da década atribuindo uma, duas três bostas e ainda um balde para as piores de todas, "Goddbye Sam, Hello Samantha" tinha, vá lá, uma bosta.

A solo ou com seu grupo de sempre, The Shadows, Cliff Richard vai na sexta década de carreira e comemora este ano os seus 80 anos com a anunciada tournée em Inglaterra "The Great 80 Tour".




Cliff Richard - Goodbye Sam, Hello Samantha

domingo, 23 de fevereiro de 2020

Tindersticks - Take Care In Your Dreams

Concerto Tindersticks - Casa da Música - 22 de Fevereiro de 2020

Como o vinho do Porto, quanto mais velhos melhores.
Ontem, oportunidade para voltar os Tindersticks, desta mais uma vez na Casa da Música. É o 8º, nas minhas contas, concerto a que assisto e, garanto, com renovado interesse.




Não foi desta que desiludiram, bem pelo contrário, fizeram um concerto sóbrio, elegante a mostrar que passados 28 anos da sua formação continuam a ser das propostas mais interessantes do Rock alternativo. Diria mesmo que desde os anos 90 não encontro outro grupo que me encham as medidas como estes Tindersticks agora talvez menos "orquestrais", menos rebuscados, mas de uma aparente simplicidade inebriante.







O concerto revisitou temas bem conhecidos do público como "Another Night In" do inesquecível "Curtains" (1997) ou o ainda mais distante "Her" do álbum inicial (1993), tão bem recebidos pelo público, até à quase totalidade do mais recente registo "No Treasure but Hope" (2019) do qual se ouviu "The Amputees", "Pinky In The Daylight", "Carousel", "See My Girls", "Tough Love", "For The Beauty", "The Old Man's Gait", "Trees Fall" e finalmente "Take Care In Your Dreams", que tão bem se integram no reportório, como se lá estivessem sempre.
Refira-se também "Willow" da última colaboração com a realizadora Claire Denis para o filme "High Life"






Despediram-se com "Take Care In Your Dreams". Voltem sempre.




Tindersticks - Take Care In Your Dreams

The Kinks - Lola

mundo da canção nº 10 de Setembro de 1970

Havia um conjunto de canções dos The Kinks que eu em 1970 já conhecia: "Tired of Waiting for You", "A Well Respected Man", "Dedicated Follower of Fashion", "Sunny Afternoon", "Death of a Clown", "Shangri-La" eram algumas delas. Poderia não as associar todas a este excelente e conceituado grupo britânico mas conhecia-as da nossa rádio, muito provavelmente de programas como  "Em Órbita" e "Página Um". Mas é de 1970 que me lembro perfeitamente da sua edição a canção a que volto hoje novamente, "Lola".





Sem perceber da ambiguidade implícita na letra sobre quem era realmente Lola (um travesti) adorava a música que passava, naquele ano, regularmente na nossa rádio. Ainda hoje é uma canção incrível, daquelas que apetece dizer, já não se fazem canções assim.
A letra constava no nº 10 da revista "mundo da canção" editada no mês de Setembro de 1970.




The Kinks - Lola

sábado, 22 de fevereiro de 2020

Donovan - Riki Tiki Tavi

mundo da canção nº 10 de Setembro de 1970

A edição em CD do álbum "Open Road" (1970), o seu 8º trabalho de originais, publicado por Donovan em 1970, trás um folheto onde se pode ler: "There was always an inner strength to Donovan that made him much more important artist than a product of passing fashions".

Sim, a música de Donovan não foi uma moda passageira. Pese eu ter perdido contacto com a sua música a partir de 1973, só pontualmente ouvi algo por ele produzido após aquele ano, sem dúvida que os 11 álbuns de estúdio que gravou entre 1965 e 1973 foram mais que suficientes para o colocar a um nível que poucos conseguem alcançar e perdurar na história da música popular.

Em 1970 Donovan encontrava-se no auge da sua carreira, do simples Folk inicial, depois um período mais psicadélico e finalmente um Folk-Rock mais declarado. Com "Open Road" abre as portas ao Celtic-Rock (ouça-se "Celtic-Rock" que rotulou aquele género) e é, infelizmente em meu entender, um dos discos menos considerados daquele período. Eu sempre gostei dele e ouvi-o vezes sem conta, primeiro em vinil depois na edição já tardia em CD (2000).





Dele foi extraído o Single com "Riki Tiki Tavi", canção que hoje volto a recordar. A letra vinha publicada no nº 10 da revista "mundo da canção", estávamos em Setembro de 1970.




Donovan - Riki Tiki Tavi

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

The Dave Clark Five - Everybody Get Together

mundo da canção nº 10 de Setembro de 1970


Na sequência que tenho estado a seguir ao recordar o nº 10 da revista "mundo da canção" de Setembro de 1970, devia ir para os Mungo Jerry  e o seu "In The Summertime" onde a letra vinha publicada. Dado já dela ter dado conta como a pior canção do ano de 1970, julgo ser desnecessário a ela voltar e passo em frente para algo mais interessante.






Com uma actividade intensa no período de 1964 a 1970, The Dave Clark Five foi um grupo inglês de Pop-Rock com particular sucesso naquele período. Ficaram para sempre canções como "Glad All Over", "Bits and Pieces", entre os originais e mais conhecidas, ou ainda a versão de "Get Together", então mudada para "Everybody Get Together".

Lembro que "Get Together" é um original de Dino Valenti que teve grande sucesso na versão dos The Youngbloods (1967 e 1969), assim como pelos Jefferson Airplane (1966, aqui designada "Let's Get Together"), a minha preferida. As duas encontram-se nos meus Regresso ao Passado.

Acrescente-se agora a dos The Dave Clark Five do ano de 1975, depois comparem e revelem a v. preferida.




The Dave Clark Five - Everybody Get Together

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Leonard Cohen - The Old Revolution

mundo da canção nº 10 de Setembro de 1970

Em 1970 Leonard Cohen era já uma figura bem conhecida da música Folk norte-americana apesar de à data só ter 2 álbuns publicados, respectivamente "Songs of Leonard Cohen" (1967) e "Songs From a Room" (1969). Dois álbuns extraordinários que me fizeram logo fã da sua música e "Songs of Love and Hate" ainda estava para vir, aí fiquei rendido.

Presença regular nas páginas do "mundo da canção", o nº 10 daquela revista saída em Setembro de 1970 trazia a letra de "The Old Revolution", uma bela canção que abria o lado B do segundo LP.





Não é fácil, mas, por vezes, procuro alhear-me de tudo e tentar ouvir alguma música como se estivesse no ano em que ela foi publicada e a estivesse a ouvir pela primeira vez e quando tal é bem sucedido são momentos únicos e indescritíveis. É o que acontece quando volto a Leonard Cohen e aos seus discos mais antigos.
"The Old Revolution" é mais uma preciosidade, entre muitas, que Leonard Cohen nos deixou, será para ouvir pelos tempos fora e enquanto houver memória daqueles anos iniciais para os reviver com toda a intensidade.




Leonard Cohen - The Old Revolution

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

The Marmalade - Rainbow

mundo da canção nº 10 de Setembro de 1970


The Marmalade foi um conjunto escocês com sucesso maior entre os anos de 1968 e 1972.  O êxito verificou-se mais nos Singles publicados do que nos poucos álbum editados naquele período.
A canção que mais terá ficado no ouvido e que se tornou um clássico da música Pop daqueles anos foi "Reflections of My Life" (1969). A sucessora foi a canção que hoje recordo "Rainbow" (1970) mas que não atingiu a notoriedade da anterior.





A letra de "Rainbow", numa linha mais Folk que o Pop de "Reflections of My Life", vinha transcrita no nº 10 da revista "mundo da canção" editada em Setembro do ano de 1970.

Progressivamente deixei de ouvir falar dos The Marmalade: mudanças frequentes na sua formação, em 1972 cai o "The" e ficam somente Marmalade, entretanto o seu tempo já tinha passado.




The Marmalade - Rainbow

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Simon and Garfunkel - Why Don't You Write Me

mundo da canção nº 10 de Setembro de 1970

Verdadeiro caso de popularidade bem merecida foi o duo norte-americano Simon and Garfunkel. Como poucos tiveram a seu devido tempo o melhor reconhecimento por largas camadas da população, mesmo para além da juventude, conciliando a fama que tiveram com a qualidade inquestionável da música que praticavam.

O álbum "Bridge Over Troubled Water" (1970) é a prova do acima referido, um disco excelente, incomum e intemporal que teve um sucesso enorme mais que merecido. Um dos melhores dos anos 70, começava bem a década.





Dele já dei conta com várias recordações de canções magníficas que preenchiam o disco. Hoje volto a "Why Don't You Write Me", pois era a letra transcrita nº 10 da revista "mundo da canção" que tinha saído em Setembro de 1970.




Simon and Garfunkel - Why Don't You Write Me

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Free - All Right Now

mundo da canção nº 10 de Setembro de 1970


Hoje em dia é difícil de encontrar canções que frequentem os Top ao nível do que acontecia na minha juventude. Penso que já terei dito algures neste blogue que a relação qualidade vs comercial era muito melhor na década de 60, início de 70 do que actualmente. Poder-se-á sempre argumentar que é uma questão de gosto e aí nada feito, cada um fica com a sua opinião.
Não é que naqueles tempos aquela relação fosse constante, havia, claro, altos e baixos, mas na mediania mantenho que a relação é claramente favorável a um passado cada vez mais longínquo e consequentemente com cada vez menos pessoas a lembrar-se dele. Espero que estes meus Regresso ao Passado permitam, um dia, quem sabe, poder ser testemunho disso.

A escolha de hoje encontra-se na tal mediania, havia bem pior mas também não é propriamente de deslumbrar, andou nas tabelas de Top no ano de 1970 e a letra vinha publicada no nº 10 da revista "mundo da canção" decorria o mês de Setembro daquele ano. Trata-se de "All Right Now" do grupo de Rock inglês Free.





Já a tinha recordado na versão longa do álbum, hoje fica a versão mais pequena editada em Single e que era a que mais se ouvia na rádio.
Refrão fácil, rapidamente fica no ouvido, mas poderosa na vocalização de Paul Rodgers e na guitarra de Paul Kossoff. A propósito Paul Rodgers ocupou o lugar de Freddy Mercury nos Queen de 2004 a 2009.




Free - All Right Now

domingo, 16 de fevereiro de 2020

Cat Stevens - Lady D'Arbanville

mundo da canção nº 10 de Setembro de 1970

"Mona Bone Jakon", publicado em 1970, era o 3º LP de Cat Stevens, mas para mim foi como se fosse o primeiro, ignorava os dois anteriores, excepção para a canção "Matthew and Son" que a conhecia mas não a identificava como dele sendo. De 1970 a 1974 tive por Cat Stevens um fraquinho, ou seja foram seis discos que conheci muito bem e que constavam entre as minhas preferências. Um amigo meu, já falecido, chamava-me mesmo "Cats", depois de numa aula de Física-Química do antigo 6º ano (actual 10º), já não me lembro a propósito de quê a professora ter ficado admirada de eu conhecer e gostar de Cat Stevens. Tinha então 15 anos e os álbuns "Tea for the Tillerman" e "Teaser and the Firecat" já tinham sido publicados.

Mas voltemos a "Mona Bone Jakon" que ainda não atingia a qualidade dos dois seguintes e onde se destacava "Lady D'Arbanville".
Ouvi muito esta canção triste que Cat Stevens escreveu sobre a sua namorada de então Patti D'Arbanville e que também serviu de inspiração para uma outra bem mais conhecida, "Wild World".




Com nostalgia recordo uma vez mais esta canção cuja letra vinha reproduzida na revista "mundo da canção" no seu nº 10 de Setembro de 1970.




Cat Stevens - Lady D'Arbanville

sábado, 15 de fevereiro de 2020

Joe Cocker - The Letter

mundo da canção nº 10 de Setembro de 1970


A primeira vez que ouvi falar de Joe Cocker (1944-2014) foi muito provavelmente com a sua versão de "With a Little Help from My Friends" do álbum homónimo e inicial de 1969. Naquele tempo, então jovem adolescente, não era muito dado a versões, regra geral preferia os originais e achava, na minha ingenuidade, que quem cantava canções de outros tinha menor qualidade e aproveitava-se do sucesso que essas canções tinham tido. Não era o caso, logo gostei daquela voz estranha, vigorosa e rugosa que apresentava, não conhecia ainda a forma pouco convencional com que esbracejava enquanto actuava, e, claro, não mais esqueci esta versão.

No entanto, para ficar rendido àquela tão peculiar voz, que mais parecia um negro a cantar, tive que ouvir o disco seguinte, ou seja o duplo ao vivo "Mad Dogs & Englishmen". Foi com canções como "Delta Lady", "She Came in Through the Bathroom Window", mas sobretudo com "The Letter" que passei a incluir Joe Cocker na minha lista de preferidos. Não sei se injustamente mas rapidamente o deixei de seguir nas suas múltiplas edições discográficas e quando ele voltou à ribalta nos anos 80, nomeadamente com "Up Where We Belong" já os meus interesses eram outros.





Tudo isto veio-me à memória a propósito da revisão que tenho vindo a fazer da revista "mundo da canção", neste caso concreto ao nº 10 de Setembro de 1970 onde a letra de "The Letter" vinha publicada. Já não é novidade neste meu blogue, mas nunca é demais voltar a ouvir "The Letter", uma versão e das boas.




Joe Cocker - The Letter

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

The Who - Summertime Blues

mundo da canção nº 10 de Setembro de 1970

"Summertime Blues" é um tema de Rock'n'Roll, original de Eddie Cochran (1938-1960) publicado em 1958. Tem sido desde então objecto das mais diversas versões, sendo a que hoje aqui trago a que era referida na revista "mundo da canção" no seu nº 10 de Setembro de 1970, ou seja a versão dos The Who.
Já neste blogue a tinha referido pois corresponde à versão publicada pelos The Who em 1970 e cujo Single eu adquiri naquele ano.





Depois do sucesso de "Tommy", a ópera-Rock publicada pelos The Who e que os colocou, com o respectivo reconhecimento, noutro patamar da música Rock, procuraram algo mais pesado e para isso publicaram um álbum ao vivo com capa a parecer um bootleg e que também já dei conta. "Live at Leeds", gravado no refeitório da Universidade de Leeds, é hoje um disco histórico e uma das melhores gravações ao vivo da história do Rock e uma referência obrigatória do Hard-Rock.
Dele foi publicado o Single com "Summertime Blues" e ainda a canção "Heaven and Hell" gravada em estúdio e não editada em álbum.

Ora ouça-se "Summertime Blues" como se estivéssemos em 1970.




The Who - Summertime Blues

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Blood, Sweat & Tears - The Battle

mundo da canção nº 10 de Setembro de 1970


Continuo com o nº 10 da revista "mundo da canção" editado em Setembro de 1970. Numa época em que por cá a divulgação escrita da música moderna era escassa o "mundo da canção" era uma lufada de ar fresco no âmbito da imprensa escrita.
Desde quase o seu início que na minha terra natal, Ovar, no quiosque do srº Reis, eu com os meus 13, 14 anos procurava mensalmente o último nº da revista. Este foi um, de alguns, que sobreviveu no tempo e por isso dele me lembro melhor que outros.

Blood, Sweat and Tears era um dos grupos visados neste nº do "mundo da canção", ocupava uma página, uma parte com a letra de "Fire and Rain", original de James Taylor, e a outra parte com um texto assinado por Arnaldo Jorge Silva que passava em revista o então 3º LP do grupo.




Disco que teve uma larga divulgação na nossa rádio, onde se podia ouvir não só "Fire and Rain" mas também "Hi-De-Ho" de Carole King, "Lucretia MacEvil", esta de David Clayton-Thomas então o vocalista, ou ainda "He´s a Runner" da Laura Nyro.

Um excelente disco, mas onde as composições originais escasseiam. Recordo "The Battle" (Fire and Rain" já consta neste blogue), um original do grupo que segundo o texto "...a maior parte do público desconhece." Verdade para os Blood, Sweat and Tears e muitos mais.




Blood, Sweat & Tears - The Battle

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

The Beatles - Piggies

mundo da canção nº 10 de Setembro de 1970


Por mais de uma vez que já recordei "Love Like a Man" dos Ten Years After, cuja letra vinha na revista nº 10 do "mundo da canção", pelo que fico pela transcrição da letra e passo à frente.




The Beatles é o passo em frente. The Beatles já tinha terminado, mas a sua música, essa ia manter-se através dos tempos e ainda hoje são uma referência mais que obrigatória na revolução musical, e não só, ocorrida nos anos 60.





A revista "mundo da canção" continuava a publicar letras das canções, mais recentes ou não, do grupo. Neste nº 10 editado em Setembro de 1970 são duas as letras escolhidas, respectivamente "Piggies" de George Harrison e pertencente ao álbum do duplo "White Album" de 1968 e "Help" do LP homónimo de 1965.
E não ficava por aqui, 3 páginas à frente e mais duas letras de canções retiradas, agora, do último álbum publicado pelos The Beatles, "Let It Be" (1970), eram "For You, Blue" e "I Me Mine", as duas de George Harrison.





Hoje, não resisto a "Piggies", o Pop barroco dos The Beatles, que bom!




The Beatles - Piggies

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Fleetwood Mac - The Green Manalishi

mundo da canção nº 10 de Setembro de 1970


Peter Green é um guitarrista, cantor e compositor de Blues-Rock que pertenceu à formação dos Fleetwood Mac e neles esteve de 1967 a 1970. Ou seja esteve nos Fleetwood Mac na fase que eu mais aprecio antes das entradas femininas de Christine McVie, primeiro, e depois de Stevie Nicks em que passaram para uma sonoridade mais Soft-Rock, mais acessível e comercial.

Foram três os LP em que Peter Green participou, "Fleetwood Mac" (1968), "Mr. Wonderful" (1968) e "Then Play On" (1969).






Já em 1970, antes da sua saída do grupo, Peter Green compôs "The Green Manalishi" depois de um sonho sob efeito de alucinogénios. A canção foi editada em Single, não pertencendo a qualquer álbum de estúdio. Uma grande canção dos Fleetwood Mac. A letra vinha publicada no nº 10 da revista "mundo da canção".




Fleetwood Mac - The Green Manalishi

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Crosby, Stills, Nash and Young - Ohio

mundo da canção nº 10 de Setembro de 1970

A primeira passagem pela música anglo-saxónica neste nº 10 da revista de divulgação musical "mundo da canção" de Setembro de 1970 vai para os Crosby, Stills, Nash and Young.
1970 foi o ano da revelação deste extraordinário quarteto com uma obra singular que deu pelo nome de "Déjà Vu". De alguma forma qualquer um dos elementos constituintes deste grupo eram já conhecidos, a solo, em trio ou noutras formações tão relevantes como os Buffalo Springfield e The Hollies. Mas foi este disco que aos meus 14 anos me deixou completamente fascinado pois estava a ouvir algo completamente diferente do que eu conhecia até então.
A canção de hoje, "Ohio", não fazia farte deste disco mas foi publicada em Single também em 1970 e muito provavelmente só a conheci no ano seguinte na versão ao vivo que integrava o não menos bom "4 Way Street".






"Ohio" é uma canção de protesto escrita por Neil Young e é tida como uma das melhores de sempre no género, refere-se, concretamente, à morte de 4 estudantes em Kent, Ohio, que se encontravam em protesto contra o bombardeamento do Cambodja pelas tropas americanas. O protesto iria alastrar-se por todo o país contra a intervenção dos Estados Unidos no Vietname e a favor do fim da guerra.




Crosby, Stills, Nash and Young - Ohio

domingo, 9 de fevereiro de 2020

Víctor Manuel - El Abuelo Vítor

mundo da canção nº 10 de Setembro de 1970

Depois da passagem por canções em língua portuguesa referidas no nº 10 da revista "mundo da canção" publicada em Setembro de 1970, passagem rápida pela nossa vizinha Espanha, desta feita presente com uma única canção. Dá pelo nome de "El Abuelo Vítor" sendo letra e música de Víctor Manuel.
Confesso que não conhecia ou pelo menos não me lembrava de todo deste autor que hoje é objecto deste Regresso ao Passado. Socorro-me pois exclusivamente de informação disponível na internet.

Nascido nas Astúrias em 1947 desde cedo manifestou tendência para o canto imitando quando pequeno o Joselito, quem dele se lembra?, é a meio dos anos 60 que efectua as primeiras gravações e no final da década aparece pela primeira vez na televisão e grava Singles que se tornaram em êxitos.





Entre eles encontra-se "El Mendigo"/"La Romeria" e também a escolha de hoje "El Abuelo Vítor" dedicado ao avô que faleceria pouco depois. É sempre tempo para se descobrir mais um nome  da música espanhola que como tantos outros foi sujeito a censura pela ditadura de Franco então em vigor.




Víctor Manuel - El Abuelo Vítor

sábado, 8 de fevereiro de 2020

Caetano Veloso - Atrás do Trio Eléctrico

mundo da canção nº 10 de Setembro de 1970

1969. A música popular brasileira em pleno processo de transformação e em alta criatividade. Muitos eram os seus mentores e Caetano Veloso era um deles. Liderou mesmo o movimento do tropicalismo incorporando na música tradicional brasileira influências como o Rock psicadélico e experimental. As raízes continuavam lá no seu Brasil mais profundo.
Tal importância ficou registada nos diversos álbuns que ele gravou naquela época quer a solo quer em companhia como por exemplo em "Tropicalia ou Panis et Circencis" (1968) com Gal Costa, Nara Leão, Gilberto Gil, Os Mutantes e Tom Zé.





Em 1969 edita "Caetano Veloso", segundo trabalho a solo, onde encontro "Atrás do Trio Eléctrico".
Era esta canção que via a sua letra ser publicada na revista "mundo da canção", nº 10, de Setembro de 1970 e que tenho vindo a recordar. Segue "Atrás do Trio Eléctrico" uma canção bem carnavalesca com pesadas guitarras oriundas do Rock.




Caetano Veloso - Atrás do Trio Eléctrico

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Maria Bethânia - Com Açúcar, Com Afecto

mundo da canção nº 10 de Setembro de 1970

Mais de 50 anos tem actualmente a carreira de Maria Bethânia que continua a ser uma das grandes vozes da música popular brasileira. Em 1970 era já bem conhecida no Brasil e, não só, tinha já gravados três LP  de estúdio e dois álbuns ao vivo.

Maria Bethânia faz parte de um conjunto reduzido de artistas brasileiros que aprendi a gostar quando muito novo e aos quais volto sempre que posso, para além dela cito Caetano Veloso, Elis Regina, Chico Buarque, Milton Nascimento e Ney Matogrosso.





Nas páginas da revista "mundo da canção" nº 10 de Setembro de 1970 era publicada a letra da canção "Com Açúcar, Com Afecto" uma belíssima canção composta por Chico Buarque. Das várias versões desta canção destaco duas que foram as que melhor conheci: do álbum "Chico Buarque & Maria Bethânia ao Vivo" (1975) e a do álbum "Maria Bethânia ao Vivo" (1970).

É esta última que fica para a audição de hoje.




Maria Bethânia - Com Açúcar, Com Afecto

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Gal Gosta - Saudosismo

mundo da canção nº 10 de Setembro de 1970

Passagem obrigatória pela música popular brasileira era concretizada neste nº 10 da revista "mundo da canção" com a presença de Gal Costa, Maria Bethânia e Caetano Veloso, que bela representação!, e ainda um artigo intitulado "O yé-yé de Roberto e a música de Gil, Caetano e Gal".

De Gal Costa vinha a publicação da letra de "Saudosismo", na realidade uma canção de Caetano Veloso por ele gravada, em EP, com Os Mutantes em 1969, e que ela inseriu no seu primeiro álbum a solo, "Gal Costa", no mesmo ano.




Disco marcante do tropicalismo (movimento artístico, sobretudo musical, que misturava a música popular brasileira com correntes mais vanguardistas estrangeiras do mundo do Pop e do Rock que subtilmente se colocava na luta contra o obscurantismo então vigente na sociedade brasileira), é ainda hoje tão agradável de se ouvir.
E então este "Saudosismo" é mesmo uma doçura na voz de Gal Costa! Que saudades, da música que não da situação política que se vivia lá e cá.




Gal Gosta - Saudosismo

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Evolução - Pescador que os Ventos Leva

mundo da canção nº 10 de Setembro de 1970


Evolução era o nome de um duo, do qual não tinha a mínima memória, não fosse ter descoberto as suas músicas algures na internet e agora as referências que encontrei na revista "mundo da canção" e ter-me-iam passado completamente ao lado.

Sabe-se que publicaram 2 EP no ano de 1970 e que eram constituídos por originais do duo. O site www.discogs.com coloca-os na género do Rock Psicadélico.





É, novamente, do 2º EP que a revista "mundo da canção" publica no seu nº 10 em Setembro de 1970 a letra da música "O Pescador", ou como consta na capa do EP "Pescador que os Ventos Leva"




Falta dizer que o duo era formado por Manuel Colaço e Alberto Tavares que assinaram a totalidade das canções gravadas. Segue "Pescador que os Ventos Leva".




Evolução - Pescador que os Ventos Leva

terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

José Afonso - Tecto na Montanha

mundo da canção nº 10 de Setembro de 1970


Presença mais que frequente nesta revista, José Afonso marcava mais uma vez presença neste nº 10 do "mundo da canção" com a publicação da letra da canção "Tecto na Montanha".






Depois de passar quatro ano em Moçambique, José Afonso regressa a Portugal em 1967, impedido pelo regime de Salazar de continuar a sua carreira de professor vê-se na obrigação de, para além de dar explicações, procurar continuar no mundo da música. Tarefa que não foi fácil de concretizar, pois muitas foram as portas que se lhe fecharam. Foi no Porto na editora Orfeu de Arnaldo Trindade que a oportunidade se concretizou num contrato discográfico.

Em sequência José Afonso grava o álbum "Cantares de Andarilho" que seria publicado em 1968.
Um disco magnífico, ainda com o acompanhamento simplificado de Luís Pato na viola, donde saíram canções que ficaram a fazer parte do nosso cancioneiro como por exemplo "Canção de Embalar" e "Vejam Bem", sem falar no "Natal dos Simples".
Num disco com alguns temas baseados no nosso folclore, "Tecto na Montanha" é mais um das muito belíssimas composições de autoria do próprio José Afonso. Ouvir, ouvir, ouvir...




José Afonso - Tecto na Montanha

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Duo Orpheu - Adeus Velha Amada

mundo da canção nº 10 de Setembro de 1970

Maria Teresa Horta escritora e poetisa actualmente com 82 anos foi colaboradora da revista "mundo da canção" no seu início. Em anteriores Regresso ao Passado já lembrei algumas entrevistas por ela efectuadas, agora, neste nº 10 que recordo, sob o título "«Duo Orpheu» Na Engrenagem dos Festivais da Canção? Dois Jovens procuram realizar-se..." ela  assina a entrevista feita a Manuel José Soares e a Victor Manuel Leitão, elementos do duo, o motivo de hoje.

Entrevista que anda em torno da participação do Duo Orpheu no Festival da Figueira da Foz que ia na sua décima edição e que era visto como um certame conservador onde portanto não se enquadraria a música por eles feita em busca de um rejuvenescimento da música dita ligeira então vigente. Festival do qual sairiam vencedores com a canção "Poema da Noite".






O disco mais recente era o EP que continha a canção com que naquele ano participaram noutro festival, o da RTP  e que tinham ficado classificados num modesto oitavo lugar. A canção era "Adeus Velha Amada" composta por José Alberto Diogo e Pedro Osório tendo este assegurado a direcção musical.




Duo Orpheu - Adeus Velha Amada

domingo, 2 de fevereiro de 2020

José Almada - Hóspede

mundo da canção nº 10 de Setembro de 1970


José Almada não passou despercebido às páginas da revista "mundo da canção", a primeira vez foi no seu nº 10 a Setembro de 1970 com a publicação da letra da canção "Hóspede" que fazia parte do EP "Mendigos" e também do LP "Homenagem".




José Almada marco importante da nossa melhor música popular dos primeiros anos da década de 70. Fica a lamentação de não ter sido mais extensa a sua discografia daquela época, pois, em particular o álbum "Homengem"  é do mais puro e genuíno que me foi dado conhecer naqueles anos e estou a compará-lo com o que então nomes como José Afonso, José Mário Branco e Sérgio Godinho realizaram. Um prazer novas audições deste LP único.


LP, edição Zip-Zip , de 1970, ref: COM 104/L





Um disco importante, quase esquecido, e que urgia ser reabilitado com uma boa edição em CD. "Hóspede", o tema de hoje, já tinha sido objecto de recordação minha, não é demais nova audição.




José Almada - Hóspede

sábado, 1 de fevereiro de 2020

Antoine - Pas Adieu

mundo da canção nº 10 de Setembro de 1970


Desculpa para mais umas não sei quantas revisitações da música popular nacional, e não só, dos anos 60 e também de 1970 este nº 10 da revista "mundo da canção" que de tempos a tempos vou buscar aos meus arquivos.
Neste nº começo pelo artigo assinado pelo Tito Lívio intitulado "Amor Novo - Caminho ou Esperança Nova", artigo esse centrado na publicação por Luís Rego do Single que continha as canções "Amor Novo" e "Quadras Populares". Manifesta-se o artigo a favor da primeira com adjectivos como arrebatadora e intensa para logo considerar a segunda "o reverso da medalha", relevando o "... desajustamento existente entre o tema poético e a expressão musical correspondente...".






Luís Rego, lembre-se, encontrava-se emigrado em França desde o início dos anos 60 e lá constituiu o grupo Les Problèmes, posteriormente designado Les Charlots, e serviam de suporte ao cantor Antoine.
É de 1966 o primeiro álbum do grupo "Antoine rencontre les Problèmes" e é nele que consta a canção "Ballade à Luis Rego, prisonnier politique" escrita pelo grupo pouco depois de Luís Rego ter sido feito prisioneiro pela PIDE quando entrou em Portugal com os restantes Les Problèmes para actuarem no Teatro Monumental em Lisboa.





Quer o Single referido, quer "Ballade à Luis Rego, prisonnier politique", este sob a forma de vídeo, já se encontram disponíveis neste blogue pelo que escolho uma canção do 1º LP dos Les Problèmes com música de Luís Rego e letra de Gérard Filipelli, "Pas Adieu" é a canção.




Antoine - Pas Adieu