sábado, 30 de novembro de 2019

Roberta Flack - The First Time Ever I Saw Your Face

Canções que se ouviam no ano de 1972


Conheci Roberta Flack em 1972 com a canção "The First Time Ever I Saw Your Face". Mais que suficiente para se ficar a gostar de Roberta Flack, mesmo que não tivesse produzido mais nada.

Mais habituado a ouvir o Rock, naquela época com sons bem mais pesados, e as muitas canções Pop que a nossa rádio se encarregava de passar muito de acordo com o que se vendia lá fora e ocupava os primeiros lugares de vendas, ouvir "The First Time Ever I Saw Your Face" (também ela nº 1 na tabela da Cash Box) apresentava-se como uma nova experiência auditiva. O que era aquilo? O que é que estava a ouvir? Que género musical se tratava?


Capa da edição portuguesa - https://www.discogs.com/


Na altura pensava tratar-se de um original da Roberta Flack, só anos mais tarde soube ser uma versão de uma canção já existente e que eu desconhecia. E mais tarde ainda, ao ouvir a mesma canção no álbum "Moonshine", de 1973, de Bert Jansch é que fiquei a saber que era uma canção Folk inglesa de 1957 composta por Ewan MacColl e Peggy Seeger.
Inúmeras são as versões que esta canção teve, mas algo me diz que não há igual a esta, senão ouçam.

Curiosidade: "The First Time Ever I Saw Your Face" constava, de acordo com a wikipédia, no álbum inicial "First Take" de 1969, terá sido a inclusão da canção na banda sonora do filme "Destinos nas Trevas" (1971) de Clint Eastwood que fez voltar as atenções para ela.




Roberta Flack - The First Time Ever I Saw Your Face

sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Bill Withers - Lean On Me

Canções que se ouviam no ano de 1972


Bill Withers, já teve por aqui passagem aquando do tema "1971 - Algumas escolhas de Miguel Esteves Cardoso" com aquela  que o MEC considerava ter sido o melhor Single do ano com "Ain't

Depois do sucesso do seu primeiro trabalho "Just As I Am" que incluía "Ain't No Sunshine", 1972 viu surgir o álbum "Still Bill" aquele que seria provavelmente o seu melhor álbum. Disco que é simultâneamente acessível e sensível composto de canções que se vai gostando mais quanto mais se as ouve.


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A canção que mais passava na rádio deste 2º álbum era a bem conhecida e agradável "Lean On Me"
De um tempo em que as grandes canções pareciam surgir por todo o lado em todos os géneros musicais recorde-se "Lean On Me"




Bill Withers - Lean On Me

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

America - I Need You

Canções que se ouviam no ano de 1972

1972 foi o ano dos America. Constituídos em Londres mas filhos de forças aéreas americanas situadas em Inglaterra, foram na sua origem um grupo de Folk-Rock, género tão em voga nos dois lados do Atlântico naquela época.

Ainda em 1971 publicam o primeiro LP "America". "A Horse With No Name", a canção que tanto sucesso teve, também foi publicada em Single no final do ano e nas edições seguintes do álbum passou a fazer parte dele. Esta já pode ser encontrada neste blogue. Outra canção de sucesso, editada em Single, agora em 1972, foi "I Need You", também passagem regular em alguns programas da nossa rádio.


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Se bem que gostasse mais de "A Horse With No Name" pois "I Need You" parecia-me mais uma balada Pop  um tanto melosa, tinha, no entanto, os adereços necessários, nomeadamente as harmonias vocais, para nos deixar envolver facilmente.




America - I Need You

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Paul Simon - Mother and Child Reunion

Canções que se ouviam no ano de 1972


Nas minhas deambulações na música popular não têm uma ordem cronológica, pelo contrário posso saltar com facilidade dos anos 50 para os dias actuais de um dia para o outro. De qualquer forma se virmos bem uma boa parte das recordações que aqui trago têm-se centrado nos finais dos anos 60, início dos anos 70. O que não é de admirar pois aqueles anos correspondem aos da minha adolescência quando comecei a interessar-me pela música popular.
Em 1972 tinha 15 anos e andava no 6º ano (actual 10º) do liceu e já há pelo menos 3 anos que ouvia e comprava a melhor música que então se praticava. Amigos mais velhos ajudaram-me a fazer a devida selecção. Na rádio ouvia-se de tudo, do muito bom, em poucos programas, diga-se, ao mais banal e comercial que enchiam as tabelas de vendas. É sem nenhum critério especial, a não ser o de me lembrar de as ouvir na rádio, que avanço para o ano de 1972 no tema "Canções que se ouviam no ano...".  Para os mais velhos espero que seja com satisfação que sigam os próximos Regresso ao Passado onde poderão encontrar algumas canções inesquecíveis e que ainda hoje se ouvem com todo o agrado, para os mais novos oportunidade de tomarem conhecimento com a música que então se ouvia, independentemente da qualidade, e se assim entenderem comparar com com a que hoje se pratica.


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Para começar, começo bem, começo com Paul Simon e o seu "Mother and Child Reunion", editada no início do ano de 1972.
"Paul Simon", o álbum donde foi extraído "Mother and Child Reunion", era o primeiro de Paul Simon após o fim, no ano anterior, do duo Simon and Garfunkel que tinha conquistado toda uma geração. Era pois grande a expectativa quanto a novas gravações, em particular de Paul Simon, o principal compositor.

Genericamente, "Paul Simon" foi bem recebido e eu também o apreciei, no entanto faixas, que se tornaram bastante conhecidas, como "Mother and Child Reunion" e "Me and You Down by the Schoolyard" soavam-me demasiado Pop, a minha preferência ia para temas como "Duncan" mais na linha Folk-Rock que eu mais admirava. Hoje é um prazer voltar a "Mother and Child Reunion".




Paul Simon - Mother and Child Reunion

terça-feira, 26 de novembro de 2019

Sandy Denny – Late November

Os Meses do Ano em Canção


Não posso terminar melhor este tema, desta vez dedicado ao mês de Novembro, do que com Sandy Denny.
O ano de 1971 começa com a notícia do fim dos Fotheringay pelo jornal “Melody Maker”. Estava assim gorada a saída do 2º LP em que estavam a trabalhar (essas gravações só recentemente foram recuperadas e editadas em 2008 como “Fotheringay 2”). Sandy Denny parte então para uma carreira a solo. O ano de 1971 iria dar à luz o primeiro registo individual de Sandy Denny, “The North Star Grassman and the Ravens”.
A qualidade das gravações de Sandy Denny com os Fairport Convention tinha sido devidamente reconhecida pela crítica especializada, a dos Fotheringay também, pese a pouca popularidade por estes obtida. Seria ela, a solo, capaz de manter os níveis anteriormente alcançados?
A análise a “The North Star Grassman and the Ravens” era feita no nº 9 do jornal “a memória do elefante” do seguinte modo:
“Para quem pensou que o álbum Fotheringay representava o limite máximo de Sandy Denny, a sua primeira publicação individual constitui um desmentido quase irreal que confirma e excede todas as potencialidades que já lhe eram conhecidas. The North Star Grassman and the Ravens é o objectivo alcançado e por isso mesmo a sua escuta nos revela um prazer que anteriormente era ainda incompleto (desconhecido melhor dizendo). Esta alteração não significa no entanto que a sua experiência anterior tenha sido esquecida ou desprezada (John the Gun lembra ainda os ex-Fairport Convention). Folclore de raízes ainda mais profundas que o mostrado em Fotheringay, The North Star Grassman and the Ravens é também o convite à reflexão que envolve o todo musical que nos circunda.
… 
The North Star Grassman and the Ravens, a entrega a produções de inexcedível qualidade e o desprezo total pelo comercialismo.”


The North Star Grassman and The Ravens - Deluxe Edition


O álbum é composto por 11 temas dos quais 8 são originais de Sandy Denny, 1 tradicional e 2 versões, uma das quais, como nela era habitual, de um tema de Bob Dylan. O álbum começa com o melancólico "Late November", mais uma canção a revelar a paixão de Sandy Denny por temas marítimos. Curiosidade: na letra não aparece "Late November", o título.

Neste final de Novembro, segue mais um admirável original de Sandy Denny, “Late November”.




Sandy Denny – Late November

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

The National – Mr. November

Os Meses do Ano em Canção

O mês de Novembro para uma banda popular nos tempos de hoje e com presença frequente no nosso país: The National. Do século XXI se relacionarmos popularidade com qualidade The National é com certeza uma das bandas mais bem posicionadas.
Foi ao 4º álbum "The Boxer" (2007) que o grupo atingiu o reconhecimento e consequente fama que se tem prolongado até aos nossos dias. Por cá não há dúvidas, conquistaram o público português, o que não é propriamente um elogio, pois o mesmo acontece com muitas outras bandas de menor interesse. De qualquer forma, neste caso, o apreço que lhes é devido é, em meu entender bem merecido. Veja-se o já esgotado concerto anunciado para o próximo dia 12 de Dezembro, no Campo Pequeno do Tour de lançamento do último álbum "I Am Easy To Find"




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É do 3º álbum "Alligator" de 2005 a escolha para mais uma canção com o mês de Novembro no título, trata-se do tema "Mr. November" que terminava este trabalho. Para os mais velhos, como eu, particularmente interessados nos anos 60 e 70 e que por ventura não conheçam estes The National, ora ouçam "Mr. November. Por vezes a lembrarem, também deste milénio, os Arcade Fire (ou será só impressão minha?).




The National – Mr. November

domingo, 24 de novembro de 2019

Tom Waits – November

Os Meses do Ano em Canção

Tom Waits é um verdadeiro artista. Primeiro conheci Tom Waits pelo álbum duplo "Nightawks at the Diner" de 1975 e logo vi, temos aqui artista e dos bons. Um disco de estúdio com uma pequena audiência dava-nos o ambiente de um clube de Jazz, onde, inclusive, falava com o público. E aquela voz estranha, a mais "fanhosa" que ouvia depois de Bob Dylan, com apenas 26 anos prometia. Como verdadeiro artista, evoluiu, do Jazz para o Blues com passagens pelo vaudeville com o cimento do Rock a consolidar a sua música. Da música para o cinema foi um passo desempenhando normalmente pequenos papéis com Jim Jarmuch, normalmente, por perto. Desde 2011 que não temos, infelizmente, novidades discográficas de Tom Waits.


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"November", a canção que lhe fui buscar para esta passagem de canções com o mês de Novembro em título, pertence ao álbum "The Black Rider" do ano de 1993.
Para os amantes do mês de Novembro, esta é uma grande canção a saborear devidamente, prestem atenção à utilização do serrote musical determinante no ambiente criado para esta canção.




Tom Waits – November

sábado, 23 de novembro de 2019

Morrissey – November Spawned a Monster

Os Meses do Ano em Canção

The Smiths foram uma lufada de ar fresco na música Pop dos anos de 80 a fazer pensar que a Inglaterra tinha encontrado legítimos sucessores dos The Beatles. Entre 1984 e 1987 a esperança existiu em 4 álbuns de originais e 3 de compilações, maioritariamente, de Singles não editados em álbum.

Morrissey era o vocalista e, conjuntamente com Johnny Marr, os principais definidores da orientação musical do grupo. Quer um quer outro encetaram carreiras a solo e no que diz respeito a Morrisey  aquém do que era expectável.


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"November Spawned a Monster" está, infelizmente, entre o menos interessante que Morrisey produziu pós 1987. Arrasta-se, num Pop incaracterístico, para alguns Rock alternativo ou independente, por uns longos 5 minutos, muito, muito longe do que nos tinha habituado na era dos The Smiths.

"November Spawned a Monster" foi editada em Single e data de 1990.




Morrissey – November Spawned a Monster

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Sonny Boy Williamson – November Boogie

Os Meses do Ano em Canção


Nas minhas pesquisas para encontrar composições cujo nome contivesse a palavra "November", encontrei uma de Sonny Boy Williamson, músico de Blues falecido em 1965 com apenas 52 anos e pelo qual já passei alguns Regresso ao Passado.

As gravações que Sonny Boy Williamson nos deixou estão datadas nos anos 50 e 60, tendo nos anos 60 tocado com nomes diversos bem conhecidos do Blues e do Rock, note-se Muddy Waters, Buddy Guy, Memphis Slim, Brian Auger & the Trinity, Jimmi Page, The Yardbirds, Animals. Algumas das gravações só foram editadas depois da sua morte. É o caso da escolha de hoje "November Boogie".


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Foi nos anos 60 que efectuou várias turnés pela Europa, donde saíram álbuns como o que já em tempos referido tendo por acompanhamento os ingleses The Yardbirds.
Foi no ano de 1963 e é também desse ano a gravação de "November Boogie" . Trata-se de uma gravação caseira efectuada em casa do admirador Erik Kost no seu apartamento na Dinamarca e que a publicou em EP em 1966. Na contra-capa escreve o próprio: "This record contains four numbers, recorded on November 5, 1963 in my apartment in Hvidrovre, Copenhagen - two harmonica solos and two vocal numbers. I think it shows Sonny Boy at his very best - a wonderful blues-singer and performer, and one of the best harmonica-players you ever heard."

"November Boogie" era um dos solos de harmónica, a força do Blues na harmónica de Sonny Boy Williamson.




Sonny Boy Williamson – November Boogie

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

The Waterboys – November Tale

Os Meses do Ano em Canção


Nesta passagem por canções com um mês do ano no titulo, desta vez Novembro, encontro uma nos irlandeses The Waterboys. Banda simpática que infelizmente não tenho seguido como parece merecerem. Os anos passam rápido e dou agora conta que The Waterboys de Mike Scott têm já mais de 35 anos e quão distantes são os sons de "The Whole of the Moon", "This Is the Sea" e "Fisherman's Blues".
Entretanto gravaram 15 álbuns (2 dos quais são de Mike Scott a solo) que tanto são catalogados de Post-Punk, de Folk-Rock ou Rock Alternativo ou ainda simplesmente Rock (ver na wikipédia). Parece-me que a faceta Folk-Rock é a mais interessante, mas teria que conhecer a totalidade da obra para uma opinião mais avalizada.




Para encontrar "November Tale" tenho que ir ao álbum "Modern Blues" (2015) o qual depois de audição não deslumbra mas também não desilude, por exemplo riffs de guitarra demasiado convencionais em composições que mereciam melhor tratamento.

Quanto a "November Tale" ficamos com o relato do reencontro de velhos amantes bem interpretado como sempre por Mike Scott, líder incontestado do grupo.




The Waterboys – November Tale

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

José Mário Branco - Margem De Certa Maneira

Faleceu José Mário Branco


Para ir ouvindo através dos tempos...




Do álbum "Ao Vivo em 1997" escolho "Margem de Certa Maneira" que pertencia ao primeiro LP de 1971.

"...
Escorrego na lama do meu passado
Do meu passado presente
Mas não fico na lama desnorteado
Vou ao fundo da lama do outro lado
Do outro lado da mente
Do outro lado da gente
Do lado da gente do outro lado
Do lado da gente que vive de frente
Da gente que vive o futuro presente
..."




José Mário Branco - Margem De Certa Maneira

Guns N’ Roses – November Rain

Os Meses do Ano em Canção


Num género que tem muitos fãs, os Guns N' Roses surgidos em 1985 quando o Hard-Rock já tinha dado os seu melhor. Com origens nos anos 60 teve o seu apogeu na década seguinte, sendo os Rolling Stones, Led Zeppelin, Deep Purple, The Who, alguns dos seus melhores intérpretes. Pessoalmente fiquei por aqui.
A continuação do géneros e outros sub-produtos continuou nos anos 80 com um manancial de bandas que tiveram legiões de seguidores, entre elas estavam os Iron Maiden, Def Lepard, Scorpions, AC/DC, Whitesnake e muitos outros entre os quais os Guns N' Roses, motivo do Regresso ao Passado de hoje.






Se o sucesso se verificou logo ao 1º LP ("Appetite for Destruction" - 1987) será na década de 90 que se verifica a consagração tendo entretanto adoptado por uma sonoridade menos agressiva, nomeadamente com a introdução de teclados. "Use Your Illusion 1" é o primeiro álbum da década (1991)  e nele aparece a balada "November Rain".
As baladas Rock, que se tornaram numa das características dos Guns N' Roses, tiveram boa aceitação pelo grande público e "November Rain" não foi excepção. Para mim algo xaroposa e extensa demais, eis "November Rain".




Guns N’ Roses – November Rain

terça-feira, 19 de novembro de 2019

José Mário Branco - Quando Eu For Grande (Carta aos meus netos)

Faleceu José Mário Branco


O primeiro contacto que tive com a música de José Mário Branco foi em 1971 a 26 de Novembro quando o programa de rádio "Página Um" realizou em directo do cinema Roma a passagem integral do álbum "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades" (claro que sem o José Mário Branco que se encontrava em França).

A última vez que o vi foi a 8 de Setembro de 2018 no Auditório da Biblioteca Almeida Garrett na apresentação do álbum "Inéditos - 1967/1999".

Pelo meio a sua presença constante na minha vida. José Mário Branco, vida e obra, ficará para sempre entre nós.
É impossível esquecer!






José Mário Branco - Quando Eu For Grande (Carta aos meus netos)

José Mário Branco - Queixa Das Almas Jovens Censuradas

Faleceu José Mário Branco


O maior nome da música popular dos últimos 60 anos ( a par de José Afonso faleceu hoje aos 77 anos. Perda irreparável!
Recordemos a sua música para sempre!!!






Do álbum "Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades" de 1971 recorda-se "Queixa Das Almas Jovens Censuradas".



José Mário Branco - Queixa Das Almas Jovens Censuradas

Gram Parsons – November Nights

Os Meses do Ano em Canção


De Julie London para Gram Parsons, da "Torch Song" para o Country-Rock, os dois no universo da música norte-americana.

"Another Side of This Life: The Lost Recordings of Gram Parsons" é um álbum do malogrado Gram Parsons editado somente em 2000 com canções por ele gravadas em 1965-1966. Antes, portanto, de se tornar conhecido integrando The Byrds (1968) e os The Flying Burrito Brothers (1969-1970). Posteriormente iniciaria carreira a solo até à sua morte em 1973 com apenas 26 anos. Figura maior na cena Country norte-americana, o mais importante na criação do Country-Rock tão pouco recordado e valorizado, a não ser por uma minoria, bem gostava que ele fosse mais conhecido.






Nesta gravação o seu estilo ainda está longe do Country, fazendo-se acompanhar somente de viola está nitidamente no espaço do Folk, é nele que encontro "November Nights" uma grande canção por ele escrita. A redescobrir urgentemente: Gram Parsons.




Gram Parsons – November Nights

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Julie London - November Twilight

Os Meses do Ano em Canção


Estamos em Novembro. Retomo o tema "Os Meses do Ano em Canção" para recordar agora algumas composições que têm o mês de Novembro no seu título.

E começo novamente com a Julie London, pois claro, que no seu álbum "Calendar Girl" de 1956 o dedicava aos meses do ano, na realidade eram 13 as canções sendo a última "Thirteenth Month".





Julie London (1926-2000) tinha em "Calendar Girl" o seu 3º de 29 álbuns gravados em estúdio, tendo sido nos anos 50 que se centrou o seu reconhecimento. O seu maior sucesso viria em 1957 com "Cry Me a River", uma lindíssima sentimental canção de amor.
Famosas ficaram algumas capas dos seus discos dos anos 50 onde ela aparece de de uma forma deslumbrante, é o caso da capa de "Calendar Girl" onde surge em 12 fotos à semelhança dos calendários com raparigas sensuais então e ainda usuais.

"November Twilight" é a canção para hoje.


"The branches of the trees are bare.
The smell of burning leaves is in the air.
November twilight steals across my heart.
..."




Julie London - November Twilight

domingo, 17 de novembro de 2019

McGuinness Flint - When I'm Dead and Gone

DISCO MÚSICA & MODA, nº 3 de Março de 1971

Era muito usual, músicos de grupos famosos partirem em novas aventuras com projectos a solo ou noutras formações, são muitos os exemplos. Hoje apresento um, o grupo dava pelo nome de McGuinness Flint.

É deste grupo que o jornal "DISCO MÚSICA & MODA" dá conta em notícia intitulada "Tom McGuiness Fala de McGuiness Flint"  no seu nº 3 de Março de 1971.





Tom McGuinness, guitarrista, pertenceu aos famosos Manfred Mann entre 1964 e 1969, tendo saído do grupo com a intenção de não voltar a tocar, segundo a entrevista deste artigo.

Hughie Flint, baterista, este no grupo John Mayall & The Bluesbreakers de 1964 a 1966, de seguida toca com o músico de Blues Alexis Korner e de seguida no grupo de Blues-Rock Savoy Brown nos anos de 1967-1968.

Na entrevista Tom McGuinness diz que, entretanto, a sua actividade de produtor e manager não passava de uma distracção e que "Foi então que conheci Hughie Flint e ele propôs-me formar um conjunto."
Assim nascia McGuinness Flint que se aguentou como grupo até 1975.
O primeiro Single foi "When I 'm Dead and Gone" editado ainda em 1970 que me lembro muito bem de ouvir na rádio. Não mais a ouvi, agora quase 50 anos passados, a ela volto com alguma nostalgia. Que bom voltar a "When I'm Dead and Gone"!




McGuinness Flint - When I'm Dead and Gone

sábado, 16 de novembro de 2019

Objetivo - Keep Your Love Alive

DISCO MÚSICA & MODA, nº 3 de Março de 1971


"Está prestes a ser lançado pela Decca, nos Estados Unidos, o «single» do conjunto Objectivo que contém a composição «Glory»." lia-se numa rubrica designada "Bastidores" do jornal "DISCO MÚSICA & MODA" assinada por um tal Mycrobius Bastidorum e era uma espécie de mexeriquice  no nosso pequeno mundo musical de 1971.





Era a continuada tentativa de internacionalização da música por cá feita, entre outros era Paulo de Carvalho a cantar em inglês e estes Objectivo pioneiros, por cá no Rock mais progressivo. Ainda em 1970 publicavam o 3º Single aquele que continha "Glory"  sendo a constituição do grupo a seguinte: Zé da Cadela, bateria, Zé Nabo, baixo, Jim Cregan, guitarra e Kevin Hoidale no órgão.

Estando "Glory" já disponível neste blogue, vira-se o disco e no lado B encontra-se "Keep Your Love Alive". Terá o disco sido editado nos EUA?




Objetivo - Keep Your Love Alive

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Peter Green - Hidden Depth

DISCO MÚSICA & MODA, nº 3 de Março de 1971


Numa caixa com o titulo "Telex" davam-se mais de vinte notícias principalmente sobre edições de discos e digressões que estavam ou iam acontecer, o artigo contava do jornal "DISCO MÚSICA & MODA" nº 3 publicado no início do mês de Março de 1971

Entre essas muito pequenas notícias constava o lançamento, pela Warner Bros de um álbum de Peter Green, tratava-se do seu primeiro trabalho em nome próprio.





De Peter Green tem este blogue algumas etiquetas, mas são todas referentes à sua passagem pelos grupos de John Mayall & The Bluesbreakers (1966-1967) e pelos Fleetwood Mac (1967-1970) de que foi elemento fundador.

O primeiro registo a solo surge poucos meses após a sua saída dos Fleetwood Mac e resulta de uma "jam-session" que  a editora aproveitou para editar ainda do ano de 1970. É pois um disco de improviso, difícil de catalogar, que pouco tem a ver com os trabalhos enquanto esteve nos Fleetwood Mac bem como a sua discografia posterior. Pouco representativo, portanto, da obra de Peter Green, um guitarrista que tanto apreciei.




Peter Green - Hidden Depth

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Paulo de Carvalho - Waiting For the Bus

DISCO MÚSICA & MODA, nº 3 de Março de 1971


Anteriormente já dei conta da internacionalização de Paulo de Carvalho no início dos anos 70. Tal ocorreu com a gravação de algumas canções de autoria de Manolo Diaz, músico, compositor e produtor espanhol que fez parte da banda de grande sucesso Aguaviva.

Um texto saído no nº 3 do jornal "DISCO MÚSICA & MODA" de Março de 1971 disso dá conta. Intitulado "Paulo «Monument» de Carvalho"  fica-se a saber que a editora «Monument» ouviu "Walk On the Grass" e que "Ao saber que se tratava de um jovem branco, de nacionalidade portuguesa, a estupefacção transformou-se em interesse imediato", previa-se um contrato de dois anos "actuações pelo mundo inteiro".





Momento alto no início da carreira a solo de Paulo de Carvalho com larga produção discográfica que tenho vindo a recordar sob os mais diversos pretextos. "Walk On the Grass" já se encontra neste blogue, vou ao lado B do Single para recuperar "Waiting For the Bus".




Paulo de Carvalho - Waiting For the Bus

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Elis Regina - Black is Beautiful

DISCO MÚSICA & MODA, nº 3 de Março de 1971


A imagem de rapaz bonzinho, sempre simpático e sorridente, de Roberto Carlos, a mudança musical e de imagem após 1967 (após o álbum "Sgt. Peper Lonely Hearts Club Band" dos The Beatles) de Caetano Veloso e de Gilberto Gil, a frustação de dois cantores Ronnie Von e Cláudio, que eu desconheço, "a imagem criadora de casos" de Elis Regina, os ciúmes que Edu Lobo tinha de Chico Buarque, as mudanças de imagem de Wilson Simonal, a aparência cuidada e as paragens de Jorge Ben, tudo num artigo intitulado "Como Funciona (no Brasil) a Máquina de Fazer Ídolos" que ocupava as páginas centrais do nº 3 do jornal "DISCO MÚSICA & MODA" publicado em Março de 1971.

Trata-se um artigo dedicado à máquina promocional no Brasil e como "... é indispensável uma máquina organizada." pois "De contrário, um cantor ou uma cantora de sucesso podem cair, isto é: desaparecem das paradas de discos, da televisão, e não são mais contratados nem para modestos «shows» de pequenas cidades do interior. O público esquece-os de vez"






Quem nunca se esquece de vez é Elis Regina (1945-1982), essa voz única da música popular brasileira. Discografia longa atendendo a que só gravou durante duas décadas, teve nos anos 70 a sua melhor produção. No ano a que se refere o artigo, 1971, é publicado o álbum "Ela", era o nono álbum, deste disco ficou bem conhecida "Madalena", ou ainda "Os Argonautas" (embora mais conhecida no original de Caetano Veloso), escolho, no entanto, "Black Is Beautiful" que motivou investigação pela polícia política brasileira então sob uma ditadura militar.




Elis Regina - Black is Beautiful

terça-feira, 12 de novembro de 2019

Archie Shepp - Prelude To a Kiss

DISCO MÚSICA & MODA, nº 3 de Março de 1971

Ainda na página dedicada ao Jazz no nº 3 do jornal "DISCO MÚSICA & MODA" de Março de 1971, espaço para um texto intitulado "Que é o Jazz". Artigo, primeiro de uma série, que pretendia ser "... não sobre um qualquer «breve resumo da evolução histórica...», mas antes sobre o próprio conceito de música de jazz...". Trabalho que pretendia abordar os "elementos constitutivos" da essência do Jazz que segundo o autor, José Carlos Monteiro Costa, eram:
1 - O elemento rítmico
2 - A improvisação
3 - O tratamento da matéria sonora.

No primeiro ponto "O elemento rítmico" refere-se ao músico Archie Shepp, actualmente com 82 anos, que em 1969 terá percorrido o norte de África tendo ele então declarado: "Encontrei tuareges e achei-os muito próximo de mim. Foi uma verdadeira revelação, porque não havia diferença entre a sua música e a minha. O ritmo é o mesmo, é «negro».






Archie Shepp, saxofonista com influências de John Coltrane com quem tocou e gravou, fez com ele, em meados dos anos 60, parte da vanguarda do Jazz então praticado. Destacou-se então em gravações como "Four For Trane" (1964), "Fire Music" (1965) ou ainda no disco ao vivo "New Thing at Newport" (1965) a meias com John Coltrane.

É ao álbum "Fire Music" que vou buscar a faixa "Prelude to a Kiss", um tema de Duke Ellington por quem Archie Shepp tinha uma admiração especial.




Archie Shepp - Prelude To a Kiss

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Billie Holiday - Strange Fruit

DISCO MÚSICA & MODA, nº 3 de Março de 1971

O jornal "DISCO MÚSICA & MODA" tinha uma página dedicada ao Jazz, expressão musical que na época era praticamente inexistente em Portugal, na rádio lembro-me dos "Cinco Minutos de Jazz" e não mais.




Neste nº, o jornal trazia um pequena notícia sobre uma "Jam Session" realizada no Club Universitário de Jazz de Lisboa, outra era sobre a "Billie Holiday A Maior Cantora de Sempre".





Ser cantor de Jazz não é fácil, quase que me atrevia a dizer que é a forma de canto mais difícil que existe na música popular. Será no cantar o Jazz que melhor se aplica a ideia de que uma grande voz não faz necessariamente um grande cantor, enquanto que o voz menor pode-o ser.
Esta ideia aplica-se a Billie Holiday (1915-1959) que tendo uma voz modesta, foi uma das maiores cantoras do género senão a maior. Deve-se-lhe a capacidade de transformar e de modelar as canções que interpretava dando-lhes uma emoção e um dramatismo invulgares.
No artigo afirma-se que "... foi a maior cantora de jazz de todos os tempos"  e que "Ninguém cantava como ela as palavras fome e amor...", era ainda uma "Maravilhosa intérprete de poemas, transformava, se necessário, a própria linha melódica para arrancar dos textos o seu sentido mais profundo."


Do álbum "Lady Sings the Blues" escolho "Strange Fruit", uma canção originalmente cantada por ela em 1939, agora na versão de 1956.




Billie Holiday - Strange Fruit

domingo, 10 de novembro de 2019

Ike and Tina Turner - Honky Tonk Women

DISCO MÚSICA & MODA, nº 3 de Março de 1971


Aguaviva, Eric Burdon and the War, Elton John, Julien Clerc, Cat Stevens, Ritchie Havens, The Marmalade, Mungo Jerry, Jair Rodrigues, Ike and Tina Turner o que têm de comum? Muito pouco ou mesmo nada, o ponto de encontro é que participaram no MIDEM ( Marché International du Disque et de l'Edition Musicale) em Janeiro de 1971.

O MIDEM é um certame, que ainda hoje em dia ocorre, dedicado à indústria musical e que se realiza anualmente em Cannes.


 


O artigo que hoje se recorda intitula-se "Midem Os Bons e as «Broncas»" vinha publicado no nº 3 do jornal "DISCO MÚSICA & MODA" de Março de 1971 e relatava-nos as ocorrências naquela feira. A longa actuação de Eric Burdon and the War,  a indignação de Elton John, o sucesso de Jair Rodrigues e a melhor actuação, a de Ike and Tina Turner (no vídeo acima precisamente a actuação do duo no MIDEM-71).






E assim se faz o Regresso ao Passado de hoje, com Ike and Tina Turner e "Honky Tonk Women" (uma canção original dos Rolling Stones), que pertencia ao LP "Come Together" de 1970.




Ike and Tina Turner - Honky Tonk Women

sábado, 9 de novembro de 2019

Fernando Tordo - Aconteceu na Primavera

DISCO MÚSICA & MODA, nº 3 de Março de 1971


Página 6 do nº 3 do jornal "DISCO MÚSICA & MODA" de Março de 1971, vários eram os artigos que a ocupavam, um pequeno texto dava conta de um programa semanal novo de divulgação da "música ligeira moderna" designado "POP 25". Recordo-me bem deste programa que era apresentado pelo José Nuno Martins que se tinha revelado como apresentador dos momentos musicais do "Zip-Zip" em 1969. Infelizmente pouco me recordo do conteúdo do programa que passava uns telediscos e alguns músicos ao vivo, lembro-me de um grupo português (qual?) a interpretar "Empty Pages" dos Traffic, alguém se lembra?




Outro artigo dá-nos conta da ida de Fernando Tordo ao 2º Festival de Bogotá naquele mês de Março, onde iria interpretar duas canções da sua parceria com Ary dos Santos.
 Colaboração histórica que se verificou desde 1968 até 1982, dois anos antes da morte do poeta.






Não faço ideia de quais as canções que interpretou naquele festival, provavelmente uma seria "Cavalo à Solta" grande sucesso e que tinha ficado em 3º lugar no Festival da Canção da RTP acabado de realizar em Fevereiro.

Como de "Cavalo à Solta" já dei a devida atenção, para hoje ficamos com "Aconteceu na Primavera", o lado B do Single que continha "Cavalo à Solta".




Fernando Tordo - Aconteceu na Primavera

sexta-feira, 8 de novembro de 2019

George Harrison - All Things Must Pass

DISCO MÚSICA & MODA, nº 3 de Março de 1971


Sob o título "George Harrison na Hora da Consagração", assinava José Manuel Nunes, o então apresentador do programa de rádio "Página Um", o artigo publicado no nº 3 do jornal "DISCO MÚSICA & MODA" sobre o triplo álbum editado por George Harrison.

Dos quatro ex-Beatles, George Harrison teve em "All Things Must Pass" (1970) o primeiro melhor trabalho após efectivação da separação. Nem Paul McCartney com "McCartney" (1970), nem John Lennon com "John Lennon/Plastic Ono Band" (1970) muito menos Ringo Starr com "Sentimental Journey" (1970) atingiram o nível qualitativo que George Harrison apresentou neste álbum triplo. Como que a necessitar de se libertar das "amarras" da dupla Lennon/McCartney do tempo dos The Beatles, George Harrison, que já vinha a apontar a espaços algumas canções de superior qualidade, ouça-se "While My Guitar Gently Weeps", "Here Comes the Sun" e "Something", apresenta um conjunto de canções originais a rivalizarem com a produção anteriormente assinadas por Lennon/McCartney.




No artigo em questão, José Manuel Nunes, depois de analisar o álbum canção a canção, termina prevendo que "Depois disso resta dizer que «ALL THINGS MUST PASS", embora não seja um disco perfeito, vai ser muito difícil ultrapassar." Estava certo, foi o melhor disco realizado por George Harrison. Dele recordo a faixa que dá nome ao álbum.




George Harrison - All Things Must Pass

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

The Flock - Uranian Sircus

DISCO MÚSICA & MODA, nº 3 de Março de 1971



Tempo houve em que o violino não era um instrumento convencional num grupo de Rock, foi no final dos anos 60 que a sonoridade bem distintiva daquele instrumento fez a sua aparição no universo musical do Rock e do Folk-Rock. Das melhores experiências que então se verificaram já procurei aqui dar algum eco sob o tema "O violino no Rock".

Ocupava uma página o artigo intitulado "O Violino e o «Rock»" que o jornal "DISCO MÚSICA & MODA" dava conta na sua edição nº 3 de Março de 1971. Nele eram referidos alguns dos nomes mais proeminentes na execução do violino nos mais diversos contextos musicais, do Jazz ao Folk. Jerry Goodman (The Flock), Don "Sugar Cane" Harris, Ric Grech (Family), Dave Arbus (East of Eden), Richard Green (Seatrain), John Weider (Family), Darryl Way (Curved Air), Dave Swarbrick (Fairport Convention) eram os nomes então destacados.





Fico logo pelo primeiro, Jerry Goodman, do grupo The Flock. Originários de Chicago navegaram pelas águas agitadas do Jazz-Rock.
"The Flock" (1969) e "Dinosaur Swamps" (1970) foram os LP que deram a conhecer The Flock ao mundo e é a este último que vou buscar a canção que melhor me lembrava "Uranian Sircus", uma estranha mistura de Rock, Jazz e Country e o violino de Jerry Goodman.




The Flock - Uranian Sircus

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Bee Gees - 2 Years On

DISCO MÚSICA & MODA, nº 3 de Março de 1971

Barry, Robin e Maurice Gibb estavam desavindos há mais e um ano, tendo entretanto cada um tentado carreiras a solo. Concluíram que juntos é que estavam bem e que o público o que gostava era das vozes deles juntas. Assim, ainda em 1970, fazem as pazes, e voltam às gravações com o nome que os tornou famosos, Bee Gees.
"O Regresso dos Bee Gees" é o título do artigo que o jornal "DISCO MÚSICA & MODA" nº 3 editado em Março de 1971 traz nas suas páginas e que nos dá conta do retorno dos irmãos Gibb que gerações iriam encantar com as suas canções. O regresso era marcado com um novo Single "Lonely Days", que já anteriormente recordei, e o álbum "2 Years On".






Para quem ainda tem dúvidas sobre o significado de Bee Gees o artigo esclarece.
Escolho a canção título do LP "2 Years On" para matar saudades daqueles tempos, que com os meus 14 anos anos pareciam tão simples e tão puros.




Bee Gees - 2 Years On

terça-feira, 5 de novembro de 2019

José Afonso - Avenida de Angola

DISCO MÚSICA & MODA, nº 3 de Março de 1971


Um pequeno artigo dava conta da atribuição dos Prémios da Casa da Música referentes ao ano de 1970 no que diz respeito às diversas categorias na música feita em Portugal.
Alguns nome que mereceram um prémio foram: Paulo de Carvalho, Teresa Paula Brito. José Manuel Osório, Victor Santos, Thilo Krassman, Rui Mingas e finalmente José Afonso.

A José Afonso, nome imprescindível da melhor música popular portuguesa anterior e posterior ao 25 de Abril de 1974, foi atribuído o "prémio melhor autor de música ligeira". Tal deveu-se ao seu álbum "Traz outro amigo também", mas a atribuição não foi fácil, "Grandes foram as dificuldades encontradas pelo júri para a atribuição do prémio ao melhor autor de música ligeira. O debate foi longo e venceu a maioria...".





"Traz outro amigo também", por várias vezes recordado neste blogue novamente motivo para mais um Regresso ao Passado a José Afonso, desta vez ocasião para "Avenida de Angola"




José Afonso - Avenida de Angola

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Dave Mason & Cass Elliot - Something To Make You Happy

DISCO MÚSICA & MODA, nº 3 de Março de 1971

Estou ainda na segunda página do jornal "DISCO MÚSICA & MODA" nº 3 de Março de 1971. Para além do "TOP 20", ficávamos a saber dos preparativos para a participação da Tonicha no Festival da Eurovisão que se realizaria naquele ano a 3 de Abril, sendo o resto da página ocupado com "Pequenas Notícias".





Nestas pequenas notícias parei numa cujo título é "Mason & Cass: Primeiro disco". Seriam quem eu pensava?, eram efectivamente. Mason era Dave Mason, guitarrista ex-Traffic, Cass era Mama Cass Elliot ex-Mamas and Papas.  Dave Mason, depois da separação dos Traffic (1969) partiu para os Estados Unidos onde foi apresentado a Cass Elliot já em carreira a solo desde 1968.
Confesso que não me lembro desta colaboração de que resultou um só LP de êxito reduzido, nele constava "Something To Make You Happy", a primeira opção para Single e também para o Regresso ao Passado de hoje.




Dave Mason & Cass Elliot - Something To Make You Happy

domingo, 3 de novembro de 2019

José Feliciano - Susie-Q

DISCO MÚSICA & MODA, nº 3 de Março de 1971


Ainda o mesmo Top, para agora nos focarmos no excelente Top 10 de álbuns cá em Portugal.
Note-se a entrada directa para os álbuns dos Emerson, Lake and Palmer (1º álbum), Cat Stevens com "Tea For The Tillerman" e Led Zeppelin com o excelente 3º LP. Repare-se nos três álbuns portugueses entre os 10 mais vendidos, respectivamente "Cantaremos de Adriano Correia de Oliveira, "Canções da Cidade Nova" do Padre Fanhais e "Traz Outro Amigo Também" de José Afonso.

Já passei por maior parte destes álbuns ou pelo menos pelos seus autores excepção para José Feliciano que se encontrava nesta tabela em 4º lugar com o LP "Fireworks".





José Feliciano é um cantor porto-riquenho que ficou conhecido pela sua capacidade de fusão de estilos com o toque latino que lhe era característico, exímio tocador de viola e a sua voz nasalada ajudaram a fazer a sua marca distintiva. Tornou-se bastante popular desde que em 1968 se atreveu a fazer a sua versão de "Light My Fire" dos The Doors, foi aqui que o conheci. Diga-se que não o apreciava muito, achando que comercializava canções de sucesso em proveito próprio. Os anos seguintes foram férteis e muitas canções, muitas delas versões, catapultaram José Feliciano para o sucesso.

"Fireworks" é um álbum de 1970 cheio de versões de temas bem conhecidos. The Beatles, Rolling Stones, Creedence Clearwater Revival, tinham canções revistas ao estilo de José Feliciano que ficaram bem conhecidas na sua versão. Porque já não ouvia há muitos, muitos anos a interpretação de "Susie-Q" por José Feliciano é essa a eleita para audição.




José Feliciano - Susie-Q

sábado, 2 de novembro de 2019

Dave Edmunds - I Hear You Knocking

DISCO MÚSICA & MODA, nº 3 de Março de 1971


A página 2 do nº 3 do jornal "DISCO MÚSICA & MODA" que ontem comecei a recordar trazia o habitual TOP 20 com os Singles e álbuns mais vendidos em Portugal e ainda a tabela de Singles no Reino Unido e EUA. É dar uma vista de olhos e repare-se na qualidade generalizada das diversas tabelas.

Da tabela de Singles destaca-se, quer em Portugal quer na Grã-Bretanha, "My Sweet Lord" de George Harrison a ocupar novamente o 1º lugar. Era merecido este sucesso do ex-Beatles após o fim do grupo. Em 2º lugar, com entrada directa, na tabela portuguesa estava Dave Edmunds com o seu "I Hear You Knocking" e é a escolha para hoje.






Dave Edmunds, galês de origem, é um cantor associado ao Rock'n'Roll e ao Pop-Rock que teve na década de 70 a sua maior projecção. Foi com a canção "I Hear You Knocking" editada em 1970 que o conheci. Foi mais uma das muitas que ouvi no programa de rádio "Página Um" que dava particular atenção às canções que ocupavam as tabelas de vendas nos EUA e Reino Unido e que depois se reflectiam nas tabelas nacionais.

Quanto a "I Hear You Knocking" trata-se de uma versão, já que o original é um Rhythm'n'Blues que data de 1955, na excelente interpretação de Smiley Lewis.




Dave Edmunds - I Hear You Knocking

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

George Harrison - Isn't It A Pity

DISCO MÚSICA & MODA, nº 3 de Março de 1971

Jornal quinzenal editados nos dias 1 e 15 de cada mês, "DISCO MÚSICA & MODA" teve início de publicação em Fevereiro de 1971. Hoje começo com o nº 3 onde o destaque na capa ia para George Harrison e o seu triplo álbum "All Things Must Pass".





Na contra-capa ainda o rescaldo, em publicidade da Philips, do Festival da Canção da RTP daquele ano, para Fernando Tordo e Duarte Mendes destacavam-se alguns apontamentos da crítica.





Para além dos textos musicais que nos próximos dias recordarei, o espaço da moda, duas páginas de "Boutique" onde se fala da Anti-Moda, dos blusões usados procurados na Feira da Ladra e na liberdade da moda em 1971, calções curtinhos, blusas transparentes ...






Musicalmente começo inevitavelmente por George Harrison e a canção que eu na altura mais gostava deste triplo álbum, era "Isn't It A Pity", a primeira versão, que havia duas no álbum.




George Harrison - Isn't It A Pity