Soundbreaking
O 4º episódio de “Soundbreaking” dá pelo nome de “Electrificados”.
Faz uma viagem pela música popular desde a introdução da electricidade e respectiva amplificação. Com a electrificação passou a ouvir-se a música mais alto mas também de uma forma diferente, a electricidade passou a ser um meio de transformação e permitiu a expansão da criação musical.
Começa com Charlie Christian e a sua guitarra eléctrica (final dos anos 30), deixando esta de ser um instrumento de fundo, de suporte aos saxofones e trompetes, para ter um lugar de destaque, passa pelo Blues electrificado de Chicago tendo Muddy Waters como um dos seus mais importantes protagonistas, até chegar à introdução do Blues em Inglaterra, primeiro The Rolling Stones, depois os Cream e Jimi Hendrix – o maior tocador de guitarra eléctrica de todos os tempos.
Os sintetizadores no final da década de 60 vieram permitir criar sons a partir do “nada” e expandir as possibilidades sonoras de uma forma incrível. Primeiro de uma forma mais vanguardista, The Who por exemplo, depois de uma forma mais acessível, Stevie Wonder, por exemplo, e depois diversificada, de Donna Summer e a música sintetizada de “I Fell Love”, à provocação de “Satisfaction” pelos Devo, mas também na música ambiente de Brian Eno. Finalmente a chegada do Laptop, “o instrumento popular do nosso tempo”.
Uma boa amostra da electricidade na música popular vem do grupo The Who que amplificaram o som ao ponto de serem, em 1976, considerados “a banda mais ruidosa do mundo”, tendo Roger Daltrey (vocalista) afirmado: “passei grande parte dos anos 60 sem ouvir o que cantava”.
Em 1971, gravam e editam um dos álbuns de maior êxito “Who’s Next” que tinha como faixa de abertura “Baba O’Riley”. Um excelente exemplo dos efeitos da electricidade, quer na amplificação (uma música que se deve ouvir alto) quer na utilização dos sintetizadores bem vincada no início e fim da música.
The Who - Baba O'Riley
Sem comentários:
Enviar um comentário