sexta-feira, 29 de setembro de 2023

Yes – Close To the Edge

 O Rock Progressivo nos anos 70


O Rock Progressivo teve no grupo Yes um dos seus expoentes máximos. Os Yes são um grupo de Rock formado ainda nos anos 60 (1968) em Londres, actualmente ainda no activo mas já sem nenhum dos membros originais, mantem-se Steve Howe. exímio guitarrista e um dos principais definidores da sonoridade do grupo, que ingressou em 1970. Outra figura determinante nos Yes foi o seu vocalista Jon Anderson com a sua voz de tenor parecendo que canta em falsete que a partir de 2008 seguiu carreira a solo.

A escolha de hoje vai para o álbum, por ventura o mais conhecido do grupo, e o tema homónimo "Close to the Edge" (1972) e começamos com um vídeo deste ano ou seja passados 51 anos com Jon Anderson acompanhado por estudantes da Academia de Rock Paul Green. A satisfação de ver gente nova a interpretar "Close to the Edge"!




"Close to the Edge" um tema complexo, repleto de espiritualidade (uma jornada espiritual?) tão bem desenvolvido por um naipe de músicos de excepção. Eis "Close to the Edge" composta por 4 temas: "The Solid Time of Change", "Total Mass Retain", "I Get Up, I Get Down" e "Seasons of Man"   com os seus quase 19 minutos na versão original.



Yes – Close To the Edge

quarta-feira, 27 de setembro de 2023

Emerson, Lake and Palmer - Tarkus

 O Rock Progressivo nos anos 70

Nesta passagem pelo Rock Progressivo a opção foi a escolha de temas longos que, de alguma forma, foram marcantes no melhor período que este género musical teve, ou seja final dos anos 60 e primeira metade dos anos 70.

Deixei para o fim 4 temas que são em meu entender são dos mais relevantes de quão longe o Rock Progressivo levou a música popular. Basta comparar com o estado do Rock dez anos antes e, já agora, constatar como estes temas são hoje apreciados, alguns deles com versões de orquestra, por sectores esclarecidos musicalmente falando, veja-se alguns canais do YouTube onde são apreciados por músicos de formação Clássica.

Vamos então para a escolha de hoje, o grupo é o arrojado trio Emerson, Lake and Palmer que nos primeiros anos da década de 70 se impuseram e granjearam a maior simpatia junto da juventude fazendo a aproximação do Rock à música Clássica e vice-versa.

É evidente, pelo menos para mim, que a surpresa do primeiro álbum, "Emerson, Lake and Palmer" (1970), rapidamente se esgotou e que em 1973 já não mais me interessaram. Mas foi o tempo suficiente para nos deixarem  4 álbuns de referência dentro do Rock Progressivo.

"Tarkus" é o 2º LP do trio e nele constava o tema título que ocupava todo o lado A do disco. Em vídeo versão orquestral, um verdadeiro tributo aos Emerson, Lake and Palmer.



"Tarkus" a representação musical de um ser híbrido de nome "Tarkus" que ameaça o planeta. Deixo-vos com a versão original de mais de 20 minutos composta por 7 partes: "Eruption", "Stones of Years", "Iconoclast", "Mass", "Manticore", "Battlefield" e "Aquatarkus".





Emerson, Lake and Palmer - Tarkus

Jethro Tull – A Passion Play Part 1

O Rock Progressivo nos anos 70


Falar de Rock Progressivo e não lembrar os Jethro Tull é impossível. A discografia inicial dos Jethro Tull pouco tem de Rock Progresssivo, as aproximações eram muito maiores ao Blues-Rock e até ao Folk-Rock que foi sendo gradualmente substituído pelo Rock Progressivo que então dominava uma boa parte dos melhores grupos de Rock ingleses.

Se o Rock Progressivo já era bem patente em discos como "Benefit" (1970) e "Aqualung" (1971) é nos dois álbuns seguintes "Thick as a Brick" (1972) e "Passion Play" (1973) que este vai atingir o clímax. Duas obras ambiciosas com destinos diferentes. Enquanto que "Thick as a Brick" foi muito bem recebido e perdurou nos tempos, "Passion Play" nem por isso, foi considerado, por alguns, de pretensioso e não é tão recordado como o primeiro. Talvez por isso recordo o segundo e dele começo com o tema "The Story of the Hare Who Lost His Spectacles", o tema que fechava e abria os lados A e B do álbum em vinil.



"A Passion Play" era, à semelhança de "Thick as a Brick", composto de duas partes divididas pelo lado A e B do disco. recordo a primeira parte com os seus 23 minutos. Para quem não conhecer, espero que desperte a curiosidade para a audição completa de mais uma boa obra que o Rock Progressivo nos deixou.



Jethro Tull – A Passion Play Part 1

segunda-feira, 25 de setembro de 2023

Pink Floyd - Echoes

O Rock Progressivo nos anos 70


Os Pink Floyd alimentaram e ainda hoje alimentam as maiores discussões sobre a sua música e os seus membros. Qual a importância de Syd Barrett, no grupo somente até 1968, na definição da sonoridade do grupo? E os Pink Floyd depois da saída de Roger Waters (1985) ficaram melhores ou não? E qual o impacto da entrada de David Gilmour, ainda em 1967, e a importância do progressivo controlo da musicalidade do grupo? Deviam ter terminado mais cedo ou prolongar-se mesmo para depois da morte de Richard Wright (2008)?

Enfim, um sem número de questões se podem colocar. Quanto a mim sempre os admirei, mas não posso deixar de afirmar que as minhas preferências vão todas para o período até 1973, ano da realização de "The Dark Side of the Moon", disco incontornável e charneira do reconhecimento do grupo.

Foi em final de 1966 no primeiro dos clubes psicadélicos londrinos, UFO, que os Pink Floyd se deram a conhecer. Foi neste centro underground, ponto de encontro da geração hippie,  que os Pink Floyd  apresentaram a sua música e cuja encenação se coadunava com o sentir psicadélico de então.

Passados 5 anos e 5 álbuns passados os Pink Floyd são já reconhecidos como uma das bandas mais inovadoras da música moderna, mas ainda não atingiam a dimensão que a década de 70 lhes iria proporcionar. Em 1971 é publicado o álbum "Meddle", trabalho onde David Gilmour é o principal compositor, e onde se encontrava "Fearless", o tema que eu tanto gostava e onde se ouvia os fãs do Liverpool a entoar o famoso "You'll Never Walk Alone". Mas também era nele que se encontrava "Echoes" faixa de mais de 23 minutos que ocupava todo lado B.

Imprescindível é este vídeo de "Echoes" do filme concerto "Pink Floyd: Live at Pompeii", excelente!



Para finalmente ficarmos com a versão original. "Echoes" dos Pink Floyd entre o melhor que o Rock Progressivo nos deixou.



Pink Floyd - Echoes

domingo, 24 de setembro de 2023

The Moody Blues – The Night: Nights in White Satin

   O Rock Progressivo nos anos 60


E cá estou eu novamente nos anos 60 quando o meu pensamento inicial era ficar pelos anos 70 no que diz a respeito a temas longos do chamado Rock Progressivo. Não resisti, tive que voltar aos The Moody Blues e ao seu registo histórico "Days Of Future Passed" do remoto ano de 1967. Trabalho ambicioso gravado com The London Festival Orchestra, resposta do grupo ao pedido da editora para gravar uma versão Rock da Sinfonia do Novo Mundo" de Antonín Dvořák, em vez de versão saiu um álbum de originais sobre o ciclo de vida de um dia.

"Nights in White Satin" foi um sucesso enorme e catapultou o grupo para uma vasta audiência. na realidade tratava-se de um tema romântico que fechava o ciclo de um dia e assim terminava o álbum. 

É este tema que podemos ver no clip do álbum "A Night at Red Rocks with the Colorado Symphony Orchestra" gravado ao vivo em 1992.



"Nights in White Satin" era o tema central da composição no original designada "The Night: Nights in White Satin" com mais de 7 minutos cuja audição completa sugiro a seguir.



The Moody Blues – The Night: Nights in White Satin

sábado, 23 de setembro de 2023

Gentle Giant - Nothing at All

  O Rock Progressivo nos anos 70


No Top do Top das minhas bandas preferidas conectadas com o Rock Progressivo encontram-se os Gentle Giant. Grupo fundamental do melhor Rock nas expressões experimental, fusionista e progressiva praticado na década de 70 apresentaram uma sonoridade muito sui generis que apesar da pequena legião de seguidores nunca alcançaram o reconhecimento do grande público, o que, diga-se, não seria fácil. Os 4 primeiros álbuns, que na época adquiri e que ainda os possuo, foram os que me fizeram ficar fã deste grupo que apesar de todas as pressões se tem recusado a voltar a tocar juntos (entretanto um dos três irmãos Shulman, Raymond Shulman, co-fundadores do grupo, faleceu em Março deste ano).

Do primeiro álbum, "Gentle Giant" de 1970, sobressaía o tema "Nothing at All" com os seus mais de 9 minutos e cujo vídeo proponho de seguida.



"Nothing at All" é bem representativa da complexidade que os Gentle Giant vieram introduzir ao Rock, então mais do nunca com uma multiplicidade de novos caminhos que, em particular, os grupos de Rock Progressivo vieram introduzir. "Nothing at All" dos Gentle Giant mais um bom exemplo do rasgar de todas as convenções musicais apresentando uma complexidade instrumental e vocal fora do comum. Segue a versão original completa.



Gentle Giant - Nothing at All

sexta-feira, 22 de setembro de 2023

The Nice - Ars Longa Vita Brevis

 O Rock Progressivo nos anos 60


É sabido que o Rock progressivo alcançou o seu auge nos anos 70, em particular na primeira metade. Mas a sua génese encontra-se na década anterior com grupos como The Moody Blues, Soft Machine, Pink Floyd e os inevitáveis The Nice. Talvez por isso não deve-se ter criados dois temas separando as duas décadas, mas talvez um só, "Rock Progressivo" simplesmente.

Com origem em 1967 (que ano!) tiveram uma duração curta terminando em 1970 realizando três álbuns de estúdio verdadeiramente seminais do género. Não ficaram tão conhecidos quanto deviam, mas para quem gostou dos Emerson, Lake and Palmer (ELP) verificará que os antecedentes de Keith Emerson (1944-2016) se encontram nos The Nice sendo o seu principal mentor sem desprimor para os restantes músicos (Keith "Lee" Jackson, David O'List e Brian Davison). Apesar da qualidade visual e sonora não ser a melhor, não deixo de aconselhar o vídeo seguinte, The Nice ao vivo em 1968.



Neste vídeo pode-se ouvir para além de "America" e "Rondo" a composição "Ars Longa Vita Brevis" que é a minha escolha para hoje. "Ars Longa Vita Brevis" é uma expressão latina que significa "A arte é longa, a vida é curta" e está dividida nos seguintes temas: "Prelude", "1st Movement – Awakening", "2nd Movement – Realisation", "3rd Movement – Acceptance "Brandenburger"" (adaptação do Concerto Brandenburg de J. S. Bach). "4th Movement – Denial" e "Coda – Extension to the Big Note".

Aprecie-se, era o nascer do Rock Progressivo.





The Nice - Ars Longa Vita Brevis

quinta-feira, 21 de setembro de 2023

King Crimson – Lizard

 O Rock Progressivo nos anos 70


Uma das bandas de Rock Progressivo que melhor sobreviveram ao passar dos anos foram os King Crimson, o mesmo que dizer Robert Fripp seu líder de sempre.

Os King Crimson formaram-se em 1968 e com algumas interrupções pelo meio ainda perduram e em meu entender ainda cativam, ouça-se os mais recentes álbuns ao vivo assim como alguns vídeos disponíveis no YouTube.

A produção discográfica em álbuns de estúdio não foi extensa, somente 13 álbuns até ao momento, quase toda ocorrida até aos inícios da década de 80.

É de 1970 a recordação de hoje. Neste ano é publicado o terceiro álbum (e a 3ª formação do grupo) de nome "Lizard" e lembro-me de na altura não ter tido a receptividade dos dois anteriores. Um trabalho mais vanguardista, mais arrojado com aproximações mais evidentes ao Jazz e à música Clássica contou com um conjunto de músicos convidados onde se destacavam Keith Tippett e Jon Anderson.

Nele constava o tema "Lizard" de mais de 23 minutos que ocupava todo o lado B do LP. Começava com "Prince Rupert Awakes" que se pode ver neste interessante vídeo.





"Lizard" um tema ambicioso na obra dos King Crimson, um bom exemplo do melhor Rock Progressivo que abria a década de 70. "Lizard" é assim composta: "Prince Rupert Awakes"; "Bolero – The Peacock's Tale"; "The Battle of Glass Tears" e "Big Top".




King Crimson – Lizard

sábado, 16 de setembro de 2023

Chicago - Ballet for a Girl in Buchannon

 O Rock Progressivo nos anos 70


Os Chicago constituíram uma banda ímpar nos seus primeiros anos de existência. Quem se atreveu a publicar três duplos álbuns, logo no início da carreira, com a relevância que estes tiveram? Três álbuns históricos de fusão do Rock com o Jazz onde se exploraram novas sonoridades que fizeram parte das delícia da minha adolescência. Jazz-Rock mas também o tal Rock Progressivo, exploratório e imprevisível, com longas suites como a que recordo hoje.

"Ballet for a Girl in Buchannon" é uma suite de quase 13 minutos composto por sete temas interligados (donde "Make Me Smile" será o mais conhecido). Apreciem, os Chicago ao vivo, em particular  Terry Kath na guitarra, em 1970.



Com uma mistura de estilos notável do Pop à música Clássica é um trabalho ambicioso com uma complexidade bem interessante a merecer múltiplas audições. Mais uma, agora na versão original do álbum "Chicago" (ou "Chicago II" como ficou conhecido) de 1970.



Chicago - Ballet for a Girl in Buchannon

sexta-feira, 15 de setembro de 2023

Renaissance - Ashes Are Burning

O Rock Progressivo nos anos 70


Da formação original de 1969 já não resta nenhum membro, mas passados tantos anos a sua música ainda anda aí comandados por Annie Haslam que ingressou no grupo em 1971, são os Renaissance. Os Renaissance foram um excelente grupo de Rock Progressivo mas cuja relevância não foi devidamente considerada como por exemplo foi dada a uns Genesis, Pink Floyd, Yes ou King Crimson.

E, no entanto, deviam ser mais falados e ouvidos do que o são. Em particular na década de 70 deixaram 8 álbuns de valor considerável e que merecem ser recuperados. 

Um dos álbuns mais conhecidos foi "Ashes Are Burning" de 1973 cuja canção título ultrapassava os 11 minutos.

Annie Haslam possuía uma voz que eu muito apreciava e meu espanto ao ouvi-la em 2019 novamente a interpretar "Ashes Are Burning" comemorando os 50 anos do grupo. Então com 72 anos rvela uma voz espantosa de fazer arrepiar, como é possível? Testemunhem-no no vídeo seguinte onde os Renaissance com orquestra interpretam "Ashes Are Burning".



Com uma letra enigmática e um som bem característico desta fase dos Renaissance é um prazer voltar a ouvi-los, agora na versão original de 1973. Um bom exemplo do bom Rock Progressivo.



Renaissance - Ashes Are Burning

quarta-feira, 13 de setembro de 2023

Soft Machine - Moon in June

O Rock Progressivo nos anos 70


A designação Rock Progressivo vale o que vale. É mais uma tentativa de catalogar um diverso estilo musical dos muitos que floriram nos anos 60 do século passado. Nos anos 60 exploraram-se intensivamente novos caminhos para a música popular e alguns grupos começaram a abandonar as clássicas canções de 3, 4 minutos para composições bem mais elaboradas e complexas com durações que ultrapassavam facilmente os 10 minutos. É o caso da escolha de hoje, os Soft Machine com "Moon in June".

Começo com uma versão de 12 minutos disponível no YouTube e que diz ser realizada ao vivo no "Blizen Jazz And Pop Festival" que terá ocorrido a 22 de Agosto de 1969. Aqui em formato de trio com  Mike Ratledge no órgão, Hugh Hopper no baixo e Robert Wyatt na bateria e voz.




Depois de termos apreciado ao vivo, ficamos com o mesma tema mas agora na gravação em estúdio, mais desenvolvida, incluída no duplo álbum "Third" publicado em 1970. "Moon in June" foi escrita por Robert Wyatt e manifesta uma complexidade lírica e musical assinalável. Um trabalho muito avançado para quando foi editada, prova do melhor Rock Progressivo que então se desenvolvia.



Soft Machine - Moon in June

segunda-feira, 11 de setembro de 2023

Procol Harum - In Held 'Twas In I

O Rock Progressivo nos anos 70

Retomo o tema "O Rock Progressivo nos anos 70". Com uma particularidade, vou em busca de temas longos que se tornaram, ou deviam ser, uma referência do melhor que este género teve quando esteve no auge ou seja final dos anos 60 e década de 70. Procurarei também acompanhar cada Regresso ao Passado com um vídeo do YouTube que considere significativo para o acompanhamento do tema escolhido com a esperança de que ele não seja removido.

Assim sendo começo pelos Procol Harum e um tema do álbum "Shine On Brightly" editado em 1968 sendo o segundo do grupo. Esse tema é "In Held 'Twas In I" e ocupa mais de 17 minutos.




Para muitos a obra-prima dos Procol Harum com uma complexidade musical e lírica sujeita às mais variadas interpretações. Resumidamente diria que é uma canção que nos leva a questionar o significado da vida com toda a espiritualidade a ela associada.

O tema atingiria uma dimensão ainda maior na versão ao vivo em 1972 no álbum "Procol Harum Live: In Concert with the Edmonton Symphony Orchestra". "In Held 'Twas In I" um dos melhores temas de sempre do Rock Progressivo.





Procol Harum - In Held 'Twas In I

sábado, 9 de setembro de 2023

Bob Dylan - Like a Rolling Stone

mundo da canção


Bob Dylan é um dos maiores autores de sempre de música popular e uma figura ímpar na cultura popular com uma carreira de mais de 6 décadas. Revelou-se nos nos 60 com canções que se tornaram verdadeiros hinos na luta por direitos civis e na luta contra a guerra do Vietname. As letras das canções manifestavam preocupações de ordem política, social e mesmo filosóficas elevando-as a um nível pouco vulgar. O seu trabalho tem sido reconhecido através de prémios que vão desde vários Grammys aos Prémio Pulitzer em 2008 e ao Prémio Nobel em 2016.

A revista "mundo da canção" publicava no seu nº 18 de Maio de 1971 as letras de duas canções, respectivamente "Like a Rolling Stone" e "If Not For You", sendo a primeira a escolha para terminar este da revista.






"Like a Rolling Stone" é uma canção de 1965 e marcava a sua passagem do universo Folk para o Rock ou melhor dizendo fazendo a sua fusão ao que se designou por Folk-Rock. Não podia terminar melhor, "Like a Rolling Stone" uma canção icónica que seria considerada em 2000 e 2010, pela revista "Rolling Stone", a melhor canção se sempre.



Bob Dylan - Like a Rolling Stone

quinta-feira, 7 de setembro de 2023

Elton John - Border Song

  mundo da canção


E para hoje a segunda das três últimas grandes canções com referência no nº 18 da revista "mundo da canção", estávamos em Maio de 1971, recordo.

Depois de "Oye Como Va" dos Santana, para hoje temos Elton John com "Border Song". Elton John encontrava-se então no seu auge, não no que diz respeito a popularidade que foi crescendo ao longo dos anos, mas no que diz respeito a qualidade de composição. Este é pelo menos o meu pensar de quem tanto admirei mas que rapidamente deixei de me interessar com raras excepções.

Em dois anos publicou três álbuns essenciais (aos quais poderemos ainda acrescentar a banda sonora de "Friends" e o álbum ao vivo "17-11-70") na definição da sua sonoridade, foram eles "Elton John" (1970), "Tumbleweed Connection" (1970) e "Madman Across the Water", todos eles com a particularidade de terem Paul Buckmaster nos arranjos orquestrais o que lhes proporcionou originalidade, isto para além da qualidade intrínseca na composição da dupla Elton John, Bernie Taupin




Um bom exemplo encontra-se na canção "Border Song" do álbum "Elton John", uma canção sobre as "fronteiras" entre o social e o espiritual. Recomenda-se!



Elton John - Border Song

sábado, 2 de setembro de 2023

Santana - Oye Como Va

 mundo da canção


Já na recta final da passagem pelo nº 18 da revista "mundo da canção" com data de edição de 20 de Maio de 1971, com as 3 últimas canções. E todas elas bem aconselhadas e boas referências de uma época de constante inovação e de uma criatividade fora do comum.

Começo com Carlos Santana, ou somente Santana, o grupo por ele liderado. Mexicano de origem formou a sua banda na cena musical de S. Francisco decorria o ano de 1966. De lá surgiram um conjunto de bandas de superior qualidade e que ficaram associadas à sonoridade da West Coast. Mas o som dos Santana distinguiu-se de todas as outras, é verdade que estava lá o Rock Psicadélico, o Blues-Rock também mas a originalidade estava na fusão com a música latina feita como ninguém até aí, assim nasceu a expressão Rock Latino quando os Santana publicam em 1969.




Mas seria ao segundo LP, "Abraxas", que espantariam o panorama musical e ganhariam maior notoriedade a uma escala mundial. É deste álbum temas como "Black Magic Woman", "Sampa Pa Ti" ou este "Oye Como Va" cuja simplicidade da letra vinha publicada na revista "mundo da canção".

É de ouvir e depois pedir mais e mais e ira correr ouvir, por exemplo, "Abraxas" por inteiro.



Santana - Oye Como Va