domingo, 31 de outubro de 2021

The Guess Who - No Sugar Tonight/New Mother Nature

mundo da canção nº 14 de Janeiro de 1971


Originários do Canadá The Guess Who foi uma banda, entre muitas que proliferaram nos anos 60, a tocar um Rock com influências Pop e também do Blues.

De sucesso mediano destacou-se a canção mais conhecida do grupo "American Woman" que eu bem apreciava. Mas, por cá, pouco mais chegou de relevante e a meio da década de 70 The Guess Who já não existiam.

"American Woman" deu nome ao álbum editado em 1970 e foi o último com o seu líder Randy Bachman que em 1973 formaria os bem sucedidos Bachman-Turner Overdrive. Nele constava também a canção "No Sugar Tonight" que é a recordação de hoje.




A revista "mundo da canção" publicava a letra de "No Sugar Tonight" no seu nº 14 de Janeiro de 1971 e é uma daquelas canções de que não tenho memória. Na edição em álbum ela funciona em "medley" com "New Mother Nature" sendo esta a versão que aqui fica para audição.



The Guess Who - No Sugar Tonight/New Mother Nature

sábado, 30 de outubro de 2021

Melanie - Caroline in My Mind

   mundo da canção nº 14 de Janeiro de 1971


Já passei algumas das canções mais emblemáticas de Melanie que se centraram em relativamente poucos anos, diria de 1969 a 1972, outras espera ainda um dia vir a recordar. Para já mantenho-me em 1970 e no álbum "Candles In The Rain" recheado de canções de sucesso.

Pena é que as suas excelentes capacidades interpretativas não tivessem, a partir daí, pautado por um reportório mais cuidado e uma produção mais categorizada e com certeza que teríamos memórias mais alargadas desta Melanie, também conhecida por Melanie Safka. Assim apesar de continuar no activo a sua carreira foi perdendo intensidade e, pessoalmente, não mais a ouvi. Resta continuar a ouvir os álbuns dos anos de ouro e "Candles In The Rain" é um deles.




Aqui estão as letras de "What Have They Done to My Song Ma" e "Caroline in My Mind", as duas do álbum de 1970, e que eram publicadas na revista "mundo da canção" nº 14. Altura para voltar a ouvir "Caroline in My Mind", um original de James Taylor já por ele editado no seu álbum inicial de 1968.



Melanie - Caroline in My Mind

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Blood, Sweat and Tears - Spinnin' Wheel

  mundo da canção nº 14 de Janeiro de 1971


Em 1968 foi publicado o 2º LP dos Blood, Sweat and Tears provavelmente o melhor álbum do grupo. Denominava-se somente "Blood, Sweat and Tears" e seguiu-se ao não menos bom, pelo menos para mim, álbum inicial "Child Is Father to the Man" também daquele ano ainda com Al Kooper. Era a estreia de David Clayton-Thomas como vocalista principal e que iria ficar como uma marca bem marcante na sonoridade dos Blood, Sweat and Tears. O Jazz-Rock era o som predominante e foram um dos melhores neste género musical que dava então os primeiros passos.

"Blood, Sweat and Tears" era um disco feito sobretudo de versões e nele destacavam-se canções como "Smiling Phases" (Traffic), "And When I Die" (Laura Nyro), "You've Made Me So Very Happy" (Brenda Holloway), mas também sobressaía o original de David Clayton-Thomas "Spinnin' Wheel"  que abria o lado B do disco.




Publicava a revista "mundo da canção" nº 14 do início de 1971 duas letras de canções atrás referidas, "And When I Die" e "Spinnin' Wheel". Recordo mais uma vez esta última, grande interpretação e arranjo também, outros tempos, outras músicas...



Blood, Sweat and Tears - Spinnin' Wheel

quinta-feira, 28 de outubro de 2021

Simon and Garfunkel - Bridge of Troubled Water

 mundo da canção nº 14 de Janeiro de 1971


Canais há no Youtube que mostram as primeiras reacções, na maioria de jovens, que dizem desconhecer a música, boa parte delas feitas nos passados anos 60 e 70, à qual vão reagir. Por vezes fico em dúvida da genuinidade das apreciações e se não existe algo de pré-fabricado nestes canais, tanto mais que muitas das canções que são apreciadas são comuns aos diversos canais. Seja como for, a maior parte é feita por jovens que, conhecessem ou não as canções, ainda não tinham nascido quando elas surgiram.

Um dos temas mais recorrentes é "Bridge Over Troubled Water" de Simon and Garfunkel, para mim ainda a melhor gravação de 1970. E é ver as respostas, algumas delas efectivamente impressionantes, a esta canção chegando em alguns casos a virem as lágrimas aos olhos. E eu pergunto-me que canções existem actualmente ou mesmo nos anos mais recentes que provoquem reacções semelhantes? Na realidade não existem.

E fico contente ao constatar que pertenci a uma geração que tão boa música produziu ao ponto de ainda seduzir a juventude de hoje. 

Sempre considerei "Bridge Over Troubled Water" uma canção fora de série e ainda hoje me emociono ao ouvi-la, sem dúvidas uma canção a perdurar através dos tempos.




Era a pauta musical de "Bridge Over Troubled Water" que vinha publicada no nº 14 da revista "mundo da canção", uma pequena maravilha da música popular.



Simon and Garfunkel - Bridge of Troubled Water

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

The Beatles - Michelle

mundo da canção nº 14 de Janeiro de 1971


The Beatles eram presença continuada na revista "mundo da canção", neste nº 14 mais uma vez eram publicadas letras de canções do grupo de Liverpool que encantou a minha meninice e que ameaça  prolongar-se por muitas gerações. É por isso com todo o prazer que a eles volto para a recordação de mais uma canção.




 Eram então publicadas duas letras, repectivamente "Michelle" e "Girl", as duas pertencentes a esse excelente álbum que alterou o rumo da música popular, "Rubber Soul" de 1965. Considerado um disco seminal na evolução do Pop-Rock para sonoridades mais complexas que, por exemplo, o movimento psicadélico iria rapidamente introduzir.

Se eu prefiro "Girl" foi no entanto "Michelle" que sobressaiu e que se tornou em mais um grande êxito do grupo. Ainda só a tinha recordado na versão dos portugueses The Sheiks no ano de 1966, ouça-se agora o original.



The Beatles - Michelle

terça-feira, 26 de outubro de 2021

John Sebastian - I Had a Dream

  mundo da canção nº 14 de Janeiro de 1971


John Sebastian foi um nome importante na música norte-americana principalmente nos anos 60 do século passado. Particularmente conhecida ficou o grupo The Lovin' Spoonful de que foi o principal mentor. Alguns dos sucessos do grupo como ""Summer In The City", "Six O'Clock" e "Daydream" já podem encontrar nestes meus Regresso ao Passado. São decisivos os anos de 1966 e 1967 onde está concentrada a maior parte da discografia dos The Lovin' Spoonful sendo John Sebastian para além de multi-instrumentista e vocalista, o principal compositor do grupo.




Um relato sucinto da actividade deste músico nos anos 60 vinha publicada no nº 14 da revista "mundo da canção" numa altura em que John Sebastian vivia "ora em New York ora na Califórnia rodeado de jovens e veteranos músicos."

Embora gravado em 1968, o primeiro LP a solo, "John B. Sebastian", surge em 1970 e nele constava este "I Had a Dream" que agora sugiro para audição.



John Sebastian -  I Had a Dream

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Mungo Jerry - Maggie

 mundo da canção nº 14 de Janeiro de 1971


Não pensei ter que voltar aos Mungo Jerry, sempre os considerei no nível mais baixo da música popular, canções de Pop fácil para consumo rápido num qualquer Verão da adolescência, assim eram as canções deste grupo britânico. Do Reino Unido vinha o melhor mas também o pior e estes Mungo Jerry encontravam-se entre os mais desqualificados na explosão musical que então se conheceu.

Lembro-me muito bem do sucesso único que tiveram com "In The Summertime" e da tentativa de réplica que se lhe seguiu com "Maggie" mas que passou despercebida em maior parte dos Top de vendas.







O n 14 da revista "mundo da canção" publicava a letra de "Maggie" que, confesso, já não me recordava de todo. Passados estes anos todos Ray Dorset, vocalista e guitarrista do grupo, é o único que se mantem da formação inicial.



Mungo Jerry - Maggie

domingo, 24 de outubro de 2021

Elvis Presley - I've Lost You

  mundo da canção nº 14 de Janeiro de 1971


Em 1970 o tempo de Elvis Presley já tinha passado. A oferta era tanta e tão boa que, para quem tinha 14 anos como eu, Elvis Presley não passava de uma figura de quando eu tinha nascido e que tinha estado na génese do Rock'n'Roll. Daí que a música de Elvis Presley nunca estivesse no centro das minhas atenções, fui conhecendo, despreocupadamente, à medida que o tempo passada, na rádio ouvia raramente uma canção dele ou então na televisão nalgum dos filmes que ele protagonizou.






"I've Lost You", editada em 1970 para o LP "That's the Way It Is", é mais uma canção que não me recordo de ter ouvido à data da sua publicação, a mostrar os dotes  vocais de Elvis Presley numa interpretação gravada ao vivo. Já, no mesmo ano, "I've Lost You" tinha sido publicada por Ian Matthews no seu primeiro LP após a saída dos Fairport Convention, no álbum "Matthews' Southern Comfort" e é sem dúvida a minha preferida.

A letra de "I've Lost You" vinha publicada na revista "mundo da canção" no seu nº 14 e referia-se à versão de Elvis Presley e é com ela que ficamos.



Elvis Presley - I've Lost You

sábado, 23 de outubro de 2021

The Rattles - The Witch

 mundo da canção nº 14 de Janeiro de 1971


E aconteceu mais uma vez. Por vezes tropeço numa canção da minha juventude que não conhecia de todo, é o caso de hoje.

The Rattles, fico agora a saber, eram (e são) uma banda alemã formada em 1960 e pelo que pude constatar o seu sucesso circunscreveu-se à Alemanha com excepção da canção "The Witch" que andou nos Top do Reino Unido e Estados Unidos da América.




De alguma forma a canção cá chegou, provavelmente terá sido editada, pois a revista "mundo da canção" publicava no seu nº 14 a respectiva letra, note-se a sonoridade bem condizente com os sons Hard-Rock que começavam então a proliferar.



The Rattles - The Witch

sexta-feira, 22 de outubro de 2021

Ringo Starr - Beaucoups of Blues

 mundo da canção nº 14 de Janeiro de 1971


Ringo Starr tem actualmente 81 anos e ao que consta com um aspecto e preparação física invejáveis. Talvez a continuação nas lides musicais ajudem, como provam as regulares gravações que vem efectuando (é de 2021 o mais recente trabalho o EP "Zoom In" que conta com a colaboração do velho amigo Paul McCartney e também outras figuras do mundo Pop como Eric Burdon, Lenny Kravitz e Sheryl Crow entre outros). Na realidade os seus trabalhos a solo nunca me fizeram perder muito tempo muito menos adquiri-los nem os recentes nem os mais antigos.




Os mais antigos datam de 1970, ano em que, terminada a era The Beatles, publicou os dois primeiros álbuns respectivamente "Sentimental Journey" e "Beaucoups of Blues". É neste último que consta a canção com o mesmo nome e cuja letra vinha publicada no nº 13 da revista "mundo da canção" que tenho vindo a recordar.

Numa toada Country, que parecia ajustar-se bem às limitações evidentes, aqui fica novamente "Beaucoups of Blues",  é Ringo Starr.



Ringo Starr - Beaucoups of Blues

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Neil Young - After the Gold Rush

mundo da canção nº 14 de Janeiro de 1971


Se há artista dos idos anos 60 que ainda ouço com regularidade, esse é Neil Young. Quem diria que em 2021 ele ainda se manteria em grande actividade, não só a recuperar os seus arquivos, este ano já publicou três álbuns, como em novas gravações, foi agora anunciado para Dezembro "Barn" com os eternos e fiéis Crazy Horse.

Mas o que me traz hoje aqui é um disco de 1970, o 3º a solo, de nome "After the Gold Rush" e a canção que lhe dá o título. A letra vinha publicada no nº 14 da revista "mundo da canção" do início de 1971.




É um álbum pelo qual nutro uma particular simpatia, não fosse ter sido o primeiro que dele adquiri e que ainda hoje possuo em excelente estado de conservação, trata-se de uma edição portuguesa de 1970 com a ref: REP 44088 e custou-me na altura, actualizando o preço para Euros, 1,75 €.

De toda a produção discográfica de Neil Young "After the Gold Rush" continua a ser um dos meus discos preferidos, talvez por não haver amor como o primeiro...

Segue o tema título. sem duvidas uma grande canção.





Neil Young - After the Gold Rush

quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Fifth Dimension - One Less Bell to Answer

mundo da canção nº 14 de Janeiro de 1971


Continuo a folhear o nº 14 da revista "mundo da canção" e chego a uma página com a publicação e uma miscelânea de letras de canções ora vejam, Neil Young, The Rattles, Ringo Starr e The Fifth Dimension. Para hoje a recordação destes últimos.

The Fifth Dimension foi um quinteto vocal norte-americano, entre o Pop e o Rhythm'n'Blues, existente de 1966 a 1975. Depois o grupo foi conhecendo sucessivas alterações, mantem-se até aos dias hoje com Florence LaRue como único elemento da formação original.

Tiveram sucesso com temas como " Up, Up and Away" e "Aquarius/Let the Sunshine In" que já aqui recordei ou ainda versões de canções de Laura Nyro que tão bem popularizaram como "Wedding Bell Blues", "Stoned Soul Picnic", e "Save the Country".




Não me recordava deste "One Less Bell to Answer" que The Fifth Dimension publicaram em 1970 extraído do LP "Portrait". Para quem gostar do género...



Fifth Dimension - One Less Bell to Answer

terça-feira, 19 de outubro de 2021

Aguaviva - Mía Es La Voz

 mundo da canção nº 14 de Janeiro de 1971


Os espanhóis Aguaviva tiveram em Portugal, por parte de sectores mais esclarecidos política e musicalmente, uma calorosa recepção. O texto de Tito Lívio no nº 14 da revista "mundo da canção" assim o atesta.

"Poetas andaluces de ahora" foi o álbum (e a canção) que melhor foi conhecido e que os projectaram por cá. Tanto quanto consegui apurar actuaram no Teatro Villaret a 14 do Outubro de 1970 (já passaram mais de 41 anos!) e segundo Tito Lívio "AGUAVIVA foi um dos mais extraordinários espectáculos de music-hall que viramos por cá". Também passaram pela nossa RTP no programa "Curto-Circuito" (tentativa de continuação do sucesso alcançado pelo programa "Zip-Zip" em 1969 e por onde passaram para além dos Aguaviva nomes como Gal Costa, Barbara, Patxi Andión e Paco Ibanez).

"...a simbiose perfeita entre a palavra e a música..." era neste texto enaltecida considerando que "O grande mérito de AGUAVIVA está na superação dos velhos esquemas espartanos e severos (estafados e pobres) de um Paco Ibanez (em Espanha) ou de um Adriano Correia de Oliveira (entre nós) em que à poesia era atribuído um papel primordial, relegando a música para um segundo plano..."






Do álbum inicial "Cada Vez Más Cerca" (1970) recordo "Mía Es La Voz", texto de León Filipe e música de Manolo Diaz.



Aguaviva - Mía Es La Voz

segunda-feira, 18 de outubro de 2021

Chicago - Does Anybody Really Know What Time Is It?

mundo da canção nº 14 de Janeiro de 1971



Um dos discos que mais ouvi na minha juventude foi o disco homónimo do grupo americano Chicago, que também ficou conhecido por "Chicago II" pela razão óbvia de se tratar do 2º registo deste grupo pioneiro na fusão do Rock com o Jazz. Era à semelhança do primeiro, e do terceiro, um disco duplo que nem por isso deixou de ser um sucesso enorme de vendas, foi um dos primeiros discos que adquiri.

Foi o sucesso deste disco que levou muitos a descobrir o primeiro "Chicago Transit Authority" e que levou o grupo a extrair dele "Does Anybody Really Know What Time Is It?" e a publicá-la em Single em finais de 1970.







Talvez por isso a revista "mundo da canção" tenha publicado no primeiro nº de 1971 a letra da canção escrita e interpretada por Robert Lamm, um dos fundadores do grupo e ainda na constituição actual dos Chicago. Mais uma oportunidade para reouvir estas sonoridades já tão distantes, mas sempre tão cativantes do Jazz-Rock do final dos anos 60.



Chicago - Does Anybody Really Know What Time Is It?

domingo, 17 de outubro de 2021

Santana - Black Magic Woman

mundo da canção nº 14 de Janeiro de 1971


Há um conjunto de canções que são bem definidoras da criatividade que pairava no ar nos anos 60 e 70 do século passado. Diria mesmo que são canções das quais nos sentimos orgulhosos, como se nos pertencessem, de terem surgido na nossa juventude. Canções que perduram no tempo e que verifico, veja-se os canais que proliferam do Youtube de jovens a descobrir as canções daquelas décadas, não existir actualmente paralelo.

Uma dessas canções é "Black Magic Woman", um original de Peter Green ( 1946-2020) primeiramente gravada pelos Fleetwood Mac em 1968 e sucesso maior em 1970 na versão ímpar dos Santana.




A letra vinha publicada no nº 14 da revista "mundo da canção" e assim justifica mais uma passagem por esta canção, nunca é demais.



Santana - Black Magic Woman

sábado, 16 de outubro de 2021

Fernando Tordo - The Windmills of Your Mind

 mundo da canção nº 14 de Janeiro de 1971


Deste nº 14 da revista "mundo da canção" esta é a última passagem pela música portuguesa e mais uma passagem por Fernando Tordo. O motivo é o último texto da revista a "mc Ficha" no seu nº 12 desta vez dedicado precisamente a Fernando Tordo.

Nela se passa em revista a ainda curta mas já recheada carreira de Fernando Tordo, desde 1966 onde "estreou-se como vocalista dos DELTONS" à então mais recente participação no "VIII Grande Prémio TV da Canção" com «Cavalo à Solta»".

Não me recordo bem mas, pelos vistos, "Tordo, um dos nossos melhores músicos, não está «dentro das simpatias» de grande grande parte do público, pelas suas habituais declarações desassombradas".




Recordo-me muito bem da canção de hoje "The Windmills of Your Mind" na voz de Dusty Springfield de 1969, no mesmo ano Fernando Tordo gravava a sua versão naquele que foi o segundo disco da sua carreira a solo.



Fernando Tordo - The Windmills of Your Mind

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Vieira da Silva - Canção do Dia Imaginado

mundo da canção nº 14 de Janeiro de 1971


Vieira da Silva foi um nome importante da nossa música popular de índole trovadoresca sobretudo antes do 25 de Abril de 1974 onde podemos encontrar três discos EP cujas canções eram de sua autoria. Com influência evidente do fado de Coimbra onde estudou teve participação activa, seguindo as pisadas de Adriano Correia de Oliveira e José Afonso, na renovação do panorama musical do final doa anos 60 início da década de 70.

Já depois do 25 de Abril é director da revista de divulgação musical "mundo da canção" e é precisamente nesta revista no seu nº 14 de 1971 que encontramos publicada a letra da recordação de hoje "Canção do Dia Imaginado".




Pertencia ao seu 3º EP onde também se encontravam "Do Menino Que Foi Jovem", "Canto da Hora Chegada" e "Canção do Amor Difícil".



Vieira da Silva - Canção do Dia Imaginado

quarta-feira, 13 de outubro de 2021

Fernando Lopes Graça - Barcas Novas

   mundo da canção nº 14 de Janeiro de 1971


Mais música portuguesa na revista "mundo da canção" de Janeiro de 1971.

Primeiro um texto sobre os EFE 5 e o seu último trabalho, pela descrição acredito que se trate do Single com as canções "Baleizão" e "Lira" e que não consegui arranjar, a ser considerado "Um dos melhores discos do ano".



 Seguia-se a página designada "recortes" que correspondia a um texto publicado no "Diário de Lisboa" na secção "Poplarucho" sobre a produção discográfica nacional de 1970.




"...a gravação mais séria do ano..." era a consideração que o articulista fazia ao disco "Oito Canções das Barcas Novas" de Fernando Lopes Graça, destaques maiores iam para José Afonso com "Traz Outro Amigo Também" e para a gravação do Padre Fanhais "Canções da Cidade Nova". 

Oportunidade para volta a Fernando Lopes Graça e ouvir "Barcas Novas" um dos oito temas que compunham este disco. A letra é da escritora Fiama Hasse Pais Brandão, no piano Olga Prats e na voz Celeste Lino.



Fernando Lopes Graça - Barcas Novas

terça-feira, 12 de outubro de 2021

Duarte & Ciríaco - Este Parte, Aquele Parte

  mundo da canção nº 14 de Janeiro de 1971


Continuo a folhear a revista "mundo da canção" no seu nº 14 onde encontro um artigo intitulado "Olhai Senhores... Esta Televisão de Outras Eras..." onde se traça o panorama dos programas televisivos de variedades. Do "Zip-Zip" e "Curto-Circuito" que eram a excepção e por onde passou alguma da nova música ligeira nacional aos bafientos "Tele-Ritmo" e "TV-Clube" adversos "...a tudo quanto de novo e de positivo se experimenta entre nós". Interessante pensar no que é o panorama musical dos múltiplos canais hoje existentes, será a situação muito melhor?




Mais à frente outra página dedicada à música por cá feita, um EP da Irmã Maria Humberta, música de intervenção de característica religiosa, um Single de Duarte & Círíaco, a 3ª proposta deste duo de índole Folk, e ainda um EP do retrógrado Valério Silva, "nova música, a mesma face" mesmo que com a colaboração de José Cid




De qualidade menor o Regresso ao Passado de hoje, mesmo assim fico com o Duarte & Ciríaco e a canção "Este Parte,  Aquele Parte", canção que no mesmo ano foi também gravada por Adriano Correia de Oliveira sob o nome "Cantar de Emigração", bem melhor conseguida e mais conhecida.

De qualquer modo eis "Este Parte, Aquele Parte" no que seria a última gravação do duo Duarte & Círiaco.



Duarte & Ciríaco - Este Parte, Aquele Parte

segunda-feira, 11 de outubro de 2021

Carlos Alberto Moniz - Ponha Aqui o Seu Pezinho

 mundo da canção nº 14 de Janeiro de 1971


Carlos Alberto Moniz deu-se a conhecer nos écrans ao publico português em 1969 no programa televisivo "Zip-Zip", em 1970, depois de ser o responsável pelos arranjos de três canções do álbum "Cantaremos" de Adriano Correia de Oliveira, realiza o seu primeiro disco em nome próprio.

"Açores" é o nome do EP editado em finais de 1970 e que continha quatro temas do cancioneiro açoriano, a saber: "São Macaio", "O Caracol", "Ponha Aqui o Seu Pezinho" e "O Sol".




É este disco que o nº 14 da revista "mundo da canção" dá a conhecer em texto assinado por Arnaldo Jorge Silva considerando que "... Carlos Alberto Moniz é um caso de intuição e gosto musical" mas que o disco é "... inoperante, mas coerente, com canções simples de linhas melódicas acessíveis, mas sem instrumentais que lhes deem um cunho de actualização...".

"Ponha Aqui o Seu Pezinho" é bem revelador de uma pobreza instrumental conforme revelava o texto, aqui vai.



Carlos Alberto Moniz - Ponha Aqui o Seu Pezinho

domingo, 10 de outubro de 2021

José Afonso - Verdes São os Campos

mundo da canção nº 14 de Janeiro de 1971


1970 foi um ano em crescendo na nossa música popular. Tal facto vinha já a acontecer nos últimos anos da década de 60 e iria culminar no ano de 1971, o ano de viragem e um marco na nova canção portuguesa.

São de 1970 discos tão importantes como "Epopeia" da Filarmónica Fraude, "Quarteto 1111" do Quarteto 1111, "Cantaremos" de Adriano Correia de Oliveira, "Canções da Cidade Nova" do Padre Fanhais e o mais importante de todos "Traz Outro Amigo Também" de José Afonso.

"Traz Outro Amigo Também", gravado em Londres, representa, não só na obra de José Afonso, mas genericamente em todo o panorama da música popular nacional, o que de mais evoluído se tinha produzido até então abrindo caminho para a colaboração seguinte com José Mário Branco e a realização da obra prima que viria ser "Cantigas do Maio" (1971).



Era ainda o álbum "Traz Outro Amigo Também" que a revista "mundo da canção" divulgava no seu nº 14 em Janeiro/Fevereiro de 1971. Primeiro num texto de Tito Lívio que embora o considere inferior a trabalhos anteriores é "O melhor LP do ano..." destacando a voz de José Afonso "...dramática, vibrante, arrebatada, trágica, indignada, profética."




Publicava ainda a letra de uma das suas canções, "Verdes São os Campos" - e não "Verdes São os Anos" - uma canção "...com características balada-folk".



José Afonso - Verdes São os Campos

sábado, 9 de outubro de 2021

Adriano Correia de Oliveira - Saudade Pedra Espada

  mundo da canção nº 14 de Janeiro de 1971


Continuo na música popular portuguesa, para a qual a revista "mundo da canção" deu o seu contributo ao divulgá-la não só com textos críticos sobre o estado da mesma, assim com a publicação de letras de canções mais ou menos conhecidas.

Adriano Correia de Oliveira, sem ser dos cantores mais conhecidos de então era, no entanto um dos mais importantes, diria que, a par de José Afonso,  grande responsável pela modernização do fado de Coimbra bem como, é inevitável não fugir à designação, da dita música de intervenção.




Eram do seu último álbum "Cantaremos", de 1970, as duas letras que então vinham publicadas, respectivamente "Saudade Pedra Espada" e "Lágrima de Preta". Esta última tratava-se de uma música do próprio com base em poema de António Gedeão, quanto a "Saudade Pedra Espada" tratava-se de um poema de Manuel Alegre com música de Roberto Machado.

"Lágrima de Preta" já aqui pode ser ouvida pelo que proponho "Saudade Pedra Espada", uma das menos conhecidas deste álbum.



Adriano Correia de Oliveira - Saudade Pedra Espada

sexta-feira, 8 de outubro de 2021

Amália Rodrigues - Natal dos Simples

 mundo da canção nº 14 de Janeiro de 1971


Quer se queira, quer não, seja correcto ou não, a imagem e a música de Amália Rodrigues, o fado, ficaram ligadas ao antigo regime derrubado em Abril de 1974, enquanto a figura e a música de José Afonso, tradicional e de intervenção, ficaram associadas à luta contra o fascismo anterior ao 25 de Abril.

Hoje em dia é redutor tal associação tão simplista de duas figuras tão importantes, quer se goste, quer não, da história recente da nossa música popular. Mas a visão que se tinha deste dois cantores foi durante muito tempo aquela que descrevi. Leia-se o texto seguinte de Arnaldo Jorge Silva e que vinha publicado no nº 14 da revista "mundo da canção" intitulado "D. Amália canta Zeca Afonso".




O pretexto é a edição de um disco, penso que era um Single, onde Amália cantava duas canções de José Afonso, "Natal dos Simples" e "Balada do Sino". E o texto não abonava nada a favor da Amália Rodrigues, bem pelo contrário: "Nada mais oportuno do que cantar Zeca Afonso. E aí é que é mesmo misturar alhos com bugalhos...", "...vocalmente o disco está mal servido. Amália canta o «Natal dos Simples» com uma frieza, uma pseudo-distinção que é de confranger.", "Disco que incondicionalmente bem pode ser o pior do ano...", etc., etc.. O melhor é mesmo lê-lo.

Bem, em comparações, tenho que confessar, as versões da Amália Rodrigues ficam muito longe das de José Afonso.

Ouçam este "Natal dos Simples" da Amália Rodrigues, bem insonsa na realidade, e o "Natal dos Simples" de José Afonso aqui já disponibilizado.



Amália Rodrigues - Natal dos Simples

quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Fernando Tordo - Cavalo à Solta

mundo da canção nº 14 de Janeiro de 1971

Conforme referi ontem, este nº da revista "mundo da canção", trazia um suplemento "com apontamentos críticos por parte da equipa MC" ao Festival RTP da Canção que ia em 1971 na sua 8ª edição.
As opiniões são genericamente muito críticas, em particular em relação à canção vencedora, "Menina" interpretada pela Tonicha, considerada estar "ao nível do nacional-cançonetismo", mas, mesmo assim divergentes quanto à qualidade global do Festival. Desde "Pior ainda que o VII Grande Prémio. Pior quando parecia impossível sê-lo" na opinião de Tito Lívio à da Maria Tereza Horta ao dizer "Mais um Festival da Canção... por sinal até o melhor de todos."

Vale a pena a leitura das páginas seguintes que constituíam o suplemento indicado.











 
Consensual parecia ter sido a opinião de qual a melhor canção, "Cavalo à Solta " de Fernando Tordo e da melhor interpretação, Paulo de Carvalho com "Flor sem Tempo", respectivamente classificadas em 3º e 2º lugar.

A minha preferência ia e vai para "Cavalo à Solta" de Fernando Tordo que volto a recordar.




Fernando Tordo - Cavalo à Solta

quarta-feira, 6 de outubro de 2021

EFE 5 - Rosa, Roseira

mundo da canção nº 14 de Janeiro de 1971


Começo hoje a recordação de mais um nº da revista "mundo da canção" com data de edição de 20/01/1971, mas que na realidade só terá visto a luz do dia em meados de Fevereiro, passo a explicar.

A capa é dedicada ao "VIII Grande Prémio TV da Canção" com fotografia para os EFE 5, um grupo vocal participante no dito certame. 




O editorial alusivo ao Festival é explícito ao identificar as linhas escritas como anteriores ao referido Festival, apresentando-o com de "Juventude+Esperança" mas afirmando, desde logo, "que este será melhor que o transacto... pois as parelhas «consagrados e veteranos» autores não estarão presentes." Juventude, portanto, num concurso em que era dominante o "...bafiento ambiente da canção portuguesa."

O mesmo editorial acrescenta que esta edição tinha um suplemento totalmente dedicado ao "Festival da Canção Portuguesa". Ora o Festival só se realizou a 11 de Fevereiro pelo que este nº do "mundo da canção" só poderia ter vindo para a rua depois daquela data.

Relembro os participantes e respectiva classificação:

1º - Tonicha - "Menina"
2º - Paulo de Carvalho - "Flor sem Tempo"
3º - Fernando Tordo - "Cavalo à Solta"
4º - Hugo Maia de Loureiro - "Crónica de um Dia"
5º - Intróito - "Palavras Abertas"
6º - EFE 5 - "Rosa, Roseira"
7º - Daphne - "Verde Pino"
8º - Duarte Mendes - "Adolescente"
9º - Lenita Gentil - "Anda Ver o Sol"


Recordo os EFE 5, já com Carlos Alberto Moniz no elenco, e a sua participação com "Rosa, Roseira"



EFE 5 - Rosa, Roseira

terça-feira, 5 de outubro de 2021

Julie London - This October

 Os Meses do Ano em Canção


Nesta primeira passagem por canções com o mês de Outubro no título termino com alguém que foi mais longe do que qualquer outra e que de uma assentada só publicuo um álbum onde todas as canções se referiam a um mês do ano o qual constava no respectivo nome, refiro-me a Julie London.

Julie London tem sido, por isso, passagem assídua sempre que abordo canções com um mês na sua designação, recorro-me ao álbum "Calendar Girl" editado no ano em que nasci, 1956.


https://www.dailymotion.com/


A canção dá pelo nome "This October" e foi escrita propositadamente para este LP pelo actor e futuro marido Bobby Troup.

Neste dia de Outubro ficamos com a simpática Julie London e "This October".

"I'm in the mood for this October
I found an Indian Summer man
And that's why
I'm in the mood for this October
I plan to love him all I can..."





Julie London - This October

segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Judy Dyble – Grey October Day

Os Meses do Ano em Canção


Judy Dyble (1949-2020) foi uma cantora inglesa que ficou mais conhecida por ter feito parte da formação inicial dos Fairport Convention e com eles ter gravado o 1º LP do grupo. seguiu-se um duo com Jackie McAuley (ex-Them) de nome Trade Horne com gravação única de 1970, uma pérola de nome "Morning Way", esquecida e recuperada em 2008. Pelo meio ainda nota para a formação Giles, Giles and Fripp, percursores dos King Crimson, de que fez parte.

Depois foi um longo interregno até voltar, já neste milénio, às lides musicais com regularidade de que resultaram felizmente um conjunto de gravações, entre 2004 e 2020, algumas das quais bem reveladores das qualidades vocais e também de composição de uma Judy Dyble entre o Folk e o Prog-Rock a lembrar os King Crimson.

A canção de hoje, "Grey October Day", pertence ao álbum "Talking With Strangers", talvez o seu melhor trabalho, de 2009, que contou com a colaboração de nomes como Ian McDonald, Robert Fripp e Pat Mastelotto (King Crimson), Simon Nicol (Fairport Convention), Jacqui McShee (Pentangle) e Celia Humphris (Trees)


Edição, em CD, norueguesa com a ref:TERMOCD006


Tive a felicidade de a ver em 2017 em Cropredy no 50º aniversário dos Fairport Convention tendo ela participado quer no concerto final juntamente com os Fairport Convention mas também em nome próprio acompanhada pela Band of Perfect Strangers. Ainda uma simpática conversa quando me autografou alguns gravações com os Fairport Convention.

Neste mês de Outubro recordar "Grey October Grey" na voz linda da saudosa Judy Dyble.



Judy Dyble – Grey October Day

domingo, 3 de outubro de 2021

James Taylor – October Road

Os Meses do Ano em Canção


E, passados alguns dias, cá volto novamente a James Taylor. O pretexto é o mesmo, ou seja, "Os Meses do Ano em Canção", há dias era o mês de Setembro, agora é o mês de Outubro. O álbum é o mesmo, "October Road", que abria com "September Grass" e continuava com a escolha para hoje a faixa que dava nome ao álbum, precisamente "October Road".


https://www.discogs.com/


Um álbum com um conjunto de canções que não desmereciam estar em qualquer dos grandes trabalhos dos anos 70, por exemplo, vão ao álbum de 1970 "Sweet Baby James" e substituam "Country Road" por esta "October Road" e o resultado funcionaria perfeitamente bem.

A ajustar-se aos dias outonais destes primeiros dias de Outubro, relaxem-se e ouçam "October Road".



James Taylor – October Road

sábado, 2 de outubro de 2021

Roy Harper - October The Twelfth

  Os Meses do Ano em Canção

Les Cousins era um clube londrino, situado no Soho, que ficou famoso nos anos 60 e por onde passaram e se cruzaram muitos dos melhores intérpretes do Folk então em pleno (re)florescimento. Tanto britânicos com norte-americanos por lá tocaram músicos britânicos como Bert Jansch, John Renbourn, Davy Graham, Al Stewart, Ralph McTell (que tive a oportunidade de ver ao vivo em 2017), Roy Harper, Sandy Denny, para citar somente alguns e também americanos como Paul Simon, Jackson C. Frank e Tom Paxton.

Grande época onde se desenvolveu o Folk-Rock, um dos géneros musicais que eu ainda hoje mais admiro.


https://www.discogs.com/


Roy Harper estreou-se lá em 1965 e no ano seguinte editava o primeiro LP, "Sophisticated Beggar". Actualmente com 80 anos é reconhecido e venerado por uma pequena legião de fãs entre os quais se encontram músicos bem conhecidos como Jimmy Page, Robert Plant, Pete Townshend, Kate Bush, Ian Anderson mas também por outros mais recentes como os Fleet Foxes e Joanna Newsom.

É no álbum "Sophisticated Beggar", ainda muito longe do Roy Harper dos anos 70 que nos deixou trabalhos tão importantes como "Stormcock" (1971) e "Bullinamingvase" (1977) e onde se notam influências que sugerem os Incredible String Band e também Donovan, que vou encontrar a canção de hoje "October The Twelfth".

E assim continuo neste mês de Outubro com esta introspectiva "October The Twelfth".



Roy Harper - October The Twelfth

sexta-feira, 1 de outubro de 2021

U2 - October

 Os Meses do Ano em Canção


Provavelmente irei contra a opinião de muitos seguidores dos U2, em particular os seus fãs incondicionais, mas, para mim, os U2 esgotaram-se rapidamente e no final dos anos 80 já não tinha gozo em os ouvir. Ou seja gostei enquanto eles surgiram como renovadores do Rock pós Punk e desliguei quando o som que os caracterizava se estandardizou e ou abordaram sonoridades baseadas na electrónica pouco inspiradas e interessantes, ouça-se "POP".

Dito isto, reservo-me então aos primeiros LP do grupo e para hoje, dado o tema, retorno a "October" do álbum homónimo de 1981.



Edição portuguesa de 1981 com a ref: 5204 185, preço: 1€


Bono disse de "October": "'October'...it's an image. We've been through the 60s, a time when things were in full bloom. We had fridges and cars, we sent people to the moon and everyone thought how great mankind was. And now, as we go through the 70s and 80s, it's a colder time of the year. It's after the harvest. Trees are stripped bare...", dá para reflectir. E em que mês nos encontraremos agora?

Para o primeiro dia de Outubro de 2021, eis "October", foi há 40 anos e eram os U2.



U2 - October