Mais um grupo da Califórnia, mais concretamente de S. Francisco, tiveram o seu início em 1965, são os Big Brother and the Holding Company.
A formação que iria ficar para a história é a de 1966-1968 onde pontificou a presença da cantora Janis Joplin. É com Janis Joplin (1943-1970) que a sonoridade do grupo se define, mistura do Rock psicadélico do grupo com a voz impressionante de Blues de Janis Joplin, e que são efectuadas as primeiras gravações. No vídeo a canção "Coo-Coo" do 1º álbum onde Janis Joplin só começa a cantar depois dos primeiros 3 minutos.
Para já ficamos no ano de 1967 e no primeiro registo desta excelente banda da West Coast, a eles ou a ela havemos de voltar.
"Down On Me" é uma canção tradicional dos anos 20 do século passado e tornada popular na versão de Janis Joplin com os Big Brother and the Holding Company, foi gravada no verão de 1967 e fazia parte do 1º e homónimo álbum do grupo.
Big Brother and the Holding Company - Down On Me
Para uns recordações, para outros descobertas. São notas passadas, musicais e não só...
terça-feira, 31 de março de 2015
segunda-feira, 30 de março de 2015
Country Joe and the Fish - Love
Na longa lista de grupos da West Coast o destaque, hoje, vai para Country Joe and the Fish.
O ano de 1965 vê aumentar a contestação à guerra do Vietname. É neste contexto de crescente repúdio pela participação dos EUA na guerra do Vietname que o conjunto Country Joe and the Fish é formado. Country Joe McDonald e Barry "The Fish" Melton vão ser o núcleo central e dar o nome ao grupo; num curto espaço de tempo, entre manifestações e protestos anti guerra, o duo Folk inicial dá origem ao grupo de Folk-Rock psicadélico com a mesma designação: Country Joe and the Fish.
Em 1967 gravam o 1º LP com a designação "Electric Music for the Mind and Body" e é apontado como sendo uma das primeiras manifestação do Rock psicadélico vindo de S. Francisco. Estão presentes nos famosos festivais de Monterey em 1967 e Woodstock em 1969.
Para audição a escolha vai para "Love" do acima referido 1º álbum, era o início do Rock psicadélico.
Country Joe and the Fish - Love
O ano de 1965 vê aumentar a contestação à guerra do Vietname. É neste contexto de crescente repúdio pela participação dos EUA na guerra do Vietname que o conjunto Country Joe and the Fish é formado. Country Joe McDonald e Barry "The Fish" Melton vão ser o núcleo central e dar o nome ao grupo; num curto espaço de tempo, entre manifestações e protestos anti guerra, o duo Folk inicial dá origem ao grupo de Folk-Rock psicadélico com a mesma designação: Country Joe and the Fish.
Em 1967 gravam o 1º LP com a designação "Electric Music for the Mind and Body" e é apontado como sendo uma das primeiras manifestação do Rock psicadélico vindo de S. Francisco. Estão presentes nos famosos festivais de Monterey em 1967 e Woodstock em 1969.
Para audição a escolha vai para "Love" do acima referido 1º álbum, era o início do Rock psicadélico.
Country Joe and the Fish - Love
domingo, 29 de março de 2015
Grateful Dead - Good Morning Little School Girl
Nos EUA os anos de 1966/7 viram nascer novo movimento underground que ficou conhecido como "Movimento Hippie".
A Beat Generation (anos 50 início dos anos 60) de Jack Kerouac, Allen Ginsberg e William S. Borroughs vai dar origem a meio da década de 60 ao "Movimento Hippie" que a juventude americana abraçou e que se generalizou um pouco por todo o mundo.
O movimento adopta um estilo de vida comunitário de contestação dos valores em vigor, defende o amor livre e a não-violência, "love and peace" torna-se o lema.
Em 1967 o movimento tem um dos seus pontos altos ao concentrar em S. Francisco 100000 hippies no que ficou conhecido pelo "Summer Of Love" ("If you're going to San Francisco, Be sure to wear some flowers in your hair...", dizia a canção de Scott McKenzie).
A música Pop-Rock fazia parte da cultura hippie ("Já que os hippies reivindicam esta música, ela por sua vez, declarou-se pertença deles. Os Beatles e os Stones, considerados como os leaders da pop music, tornaram-se os «mestres» da geração florida." em POPMUSIC-ROCK) e é neste período que vão surgir novos grupos que vão marcar uma época e caracterizar uma região: a West Coast. A lista é grande, citando os mais conhecidos:
Grateful Dead, Jefferson Airplane, Quicksilver Messenger Service, Country Joe and The Fish, Big Brother and The Holding Company, The Doors, Mothers of Invention, Love, The Byrds, Iron Butterfly são alguns dos nomes incontornáveis.
Formados em 1965 os californianos Grateful Dead tiveram uma carreira de 30 anos até à morte do seu líder Jerry Garcia (1942-1995). Musicalmente eram uma amálgama de influências, eram claramente um grupo de fusão com sinais evidentes de Rock, Folk, Jazz e Blues. Cultivavam a improvisação, em particular nas actuações ao vivo, em longos temas a valer-lhes a designação de Jam Band.
Em 1967 gravam o primeiro LP "The Grateful Dead" e é dele a escolha para esta primeira passagem pelos Grateful Dead. "Good Morning Little School Girl" um standard dos Blues original de Sonny Boy Williamson.
Grateful Dead - Good Morning Little School Girl
A Beat Generation (anos 50 início dos anos 60) de Jack Kerouac, Allen Ginsberg e William S. Borroughs vai dar origem a meio da década de 60 ao "Movimento Hippie" que a juventude americana abraçou e que se generalizou um pouco por todo o mundo.
O movimento adopta um estilo de vida comunitário de contestação dos valores em vigor, defende o amor livre e a não-violência, "love and peace" torna-se o lema.
Em 1967 o movimento tem um dos seus pontos altos ao concentrar em S. Francisco 100000 hippies no que ficou conhecido pelo "Summer Of Love" ("If you're going to San Francisco, Be sure to wear some flowers in your hair...", dizia a canção de Scott McKenzie).
A música Pop-Rock fazia parte da cultura hippie ("Já que os hippies reivindicam esta música, ela por sua vez, declarou-se pertença deles. Os Beatles e os Stones, considerados como os leaders da pop music, tornaram-se os «mestres» da geração florida." em POPMUSIC-ROCK) e é neste período que vão surgir novos grupos que vão marcar uma época e caracterizar uma região: a West Coast. A lista é grande, citando os mais conhecidos:
Grateful Dead, Jefferson Airplane, Quicksilver Messenger Service, Country Joe and The Fish, Big Brother and The Holding Company, The Doors, Mothers of Invention, Love, The Byrds, Iron Butterfly são alguns dos nomes incontornáveis.
Formados em 1965 os californianos Grateful Dead tiveram uma carreira de 30 anos até à morte do seu líder Jerry Garcia (1942-1995). Musicalmente eram uma amálgama de influências, eram claramente um grupo de fusão com sinais evidentes de Rock, Folk, Jazz e Blues. Cultivavam a improvisação, em particular nas actuações ao vivo, em longos temas a valer-lhes a designação de Jam Band.
Em 1967 gravam o primeiro LP "The Grateful Dead" e é dele a escolha para esta primeira passagem pelos Grateful Dead. "Good Morning Little School Girl" um standard dos Blues original de Sonny Boy Williamson.
Grateful Dead - Good Morning Little School Girl
sábado, 28 de março de 2015
Love - Alone again or
Um dos melhores discos da história da música popular foi protagonizado por um grupo de nome Love e foi gravado no melhor de todos os anos: 1967.
O álbum dá pelo nome de “Forever Changes” e é uma obra-prima. Folk, Rock Psicadélico com música mexicana e clássica à mistura, precursor de Rock Progressivo e da Ópera Rock, ele é como a revista Rolling Stones terá dito “indescritivelmente essencial”.
Os Love foram um grupo californiano que integraram o movimento psicadélico de meados dos anos 60. O grupo era liderado por Arthur Lee (raridade nessa altura, um negro liderar uma banda de Rock) e o álbum foi concebido como sendo o último pois Lee, então com 22 anos, pensava estar próximo o seu fim ("When I did that album, I thought I was going to die at that particular time, so those were my last words", disse Arthur Lee). Tal só viria a acontecer em 2006 depois de uma vida consumida entre drogas, violência e prisão. Felizmente, em 2003 Arthur Lee deixou-nos em DVD o Concerto no Royal Festival Hall onde reproduziu todo o álbum “Forever Changes”. Imperdível!
Agora o vídeo de “Alone Again Or” a faixa de abertura de “Forever Changes”, os Love ao vivo em 2004 no programa de Jools Holland.
“Yeah, said it's all right I won't forget
All the times I've waited patiently for you
And you'll do just what you choose to do
And I will be alone again tonight my dear”
Já neste milénio “Alone Again Or” viria a ser recuperada pelos muito interessantes Calexico (grupo também californiano, herdeiro da sonoridade dos Love com forte influência mexicana a lembrar, por vezes, Carlos Santana de outros tempos). Quanto à versão dos Calexico sem atingir o esplendor do original tem um toque de modernidade com relevo para as partes acústicas.
Para audição final, o original dos Love no ano de 1967.
Love - Alone again or
Os Love foram um grupo californiano que integraram o movimento psicadélico de meados dos anos 60. O grupo era liderado por Arthur Lee (raridade nessa altura, um negro liderar uma banda de Rock) e o álbum foi concebido como sendo o último pois Lee, então com 22 anos, pensava estar próximo o seu fim ("When I did that album, I thought I was going to die at that particular time, so those were my last words", disse Arthur Lee). Tal só viria a acontecer em 2006 depois de uma vida consumida entre drogas, violência e prisão. Felizmente, em 2003 Arthur Lee deixou-nos em DVD o Concerto no Royal Festival Hall onde reproduziu todo o álbum “Forever Changes”. Imperdível!
Agora o vídeo de “Alone Again Or” a faixa de abertura de “Forever Changes”, os Love ao vivo em 2004 no programa de Jools Holland.
“Yeah, said it's all right I won't forget
All the times I've waited patiently for you
And you'll do just what you choose to do
And I will be alone again tonight my dear”
Já neste milénio “Alone Again Or” viria a ser recuperada pelos muito interessantes Calexico (grupo também californiano, herdeiro da sonoridade dos Love com forte influência mexicana a lembrar, por vezes, Carlos Santana de outros tempos). Quanto à versão dos Calexico sem atingir o esplendor do original tem um toque de modernidade com relevo para as partes acústicas.
Para audição final, o original dos Love no ano de 1967.
Love - Alone again or
sexta-feira, 27 de março de 2015
The Beach Boys - Good Vibrations
Nos anos 60 o Velho Continente tinha The Beatles, a América tinha The Beach Boys.
A rivalidade entre eles é sobejamente conhecida e envolveu alguns dos discos mais importantes da história da música popular.
The Beatles – Em 1965 editam o seu 6º álbum de originais, “Rubber Soul”.
The Beach Boys – Brian Wilson líder e compositor afirma: “tenho que gravar um álbum tão bom ou melhor que “Rubber Soul””. Em 1966, iam já no 11º álbum e lançam a obra-prima que foi “Pet Sounds”.
The Beatles – No mesmo ano respondem com o muito aclamado “Revolver”.
The Beach Boys - Ainda em 1966 Brian Wilson está hiper criativo e The Beach Boys gravam o tema “Good Vibration” que seria unanimemente considerada uma das melhores (há quem a considere mesmo a melhor) canções de todos os tempos. Juntamente com Van Dyke Parks, inicia o ambicioso projecto de nome “SMILE” que pretendia ser uma obra de grande fôlego, muito americana e radicalmente diferente de tudo o que então se fazia elevando a música Rock a novos patamares. Seria uma espécie de Sinfonia Pop ou, como alguém lhe chamou, uma “Sinfonia adolescente a Deus”. No entanto os desentendimentos com os restantes elementos da banda rapidamente surgem pois estes não acompanham as ideias musicais de Brian que consideram: “é criativo demais”. Simultâneamente Brian Wilson começou a ter distúrbios mentais.
The Beatles - Começam as sessões de gravação de “Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band” com o reconhecimento mais tarde por parte de Paul McCartney que “Pet Sounds” tinha sido “A nossa inspiração para Sgt. Pepper’s …”. No início das sessões gravam “Strawberry Fields for Ever” (que acabaria por não ser incluída no álbum).
The Beach Boys - Brian Wilson ao ouvir “Strawberry Fields for Ever” afirma “Nunca ouvi nada assim na vida”, “eles já fizeram o que eu queria fazer com “SMILE””;
The Beatles – Em 1967 a resposta foi esmagadora, editam “Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band” e foi o êxito que se conhece.
The Beach Boys – O estado de saúde de Brian degrada-se, tem mesmo um colapso nervoso e desiste de “SMILE”. Progressivamente afastou-se dos restantes The Beach Boys e da música até que 37 anos passados, Brian Wilson, que nunca recuperou mentalmente na totalidade, é encorajado a retomar “SMILE” e em 2004, por entre constantes receios de mais uma vez Brian Wilson não conseguir terminar, “SMILE” é finalmente editado. A primeira audição pública tinha que ser no Velho Continente, foi no Royal Festival Hall em Londres em 2004 com Paul McCartney na assistência, claro. A resposta a “Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band” estava finalmente consumada. Para “SMILE” todos os superlativos são válidos e a audição/visualização de “Heroes and Villains” é imperdível.
“SMILE” começa com “Heroes & Villains” e termina com “Good Vibrations”. E é com as boas vibrações, as de 1966, e The Beach Boys que por agora ficamos.
The Beach Boys - Good Vibrations
A rivalidade entre eles é sobejamente conhecida e envolveu alguns dos discos mais importantes da história da música popular.
The Beatles – Em 1965 editam o seu 6º álbum de originais, “Rubber Soul”.
The Beach Boys – Brian Wilson líder e compositor afirma: “tenho que gravar um álbum tão bom ou melhor que “Rubber Soul””. Em 1966, iam já no 11º álbum e lançam a obra-prima que foi “Pet Sounds”.
The Beatles – No mesmo ano respondem com o muito aclamado “Revolver”.
The Beach Boys - Ainda em 1966 Brian Wilson está hiper criativo e The Beach Boys gravam o tema “Good Vibration” que seria unanimemente considerada uma das melhores (há quem a considere mesmo a melhor) canções de todos os tempos. Juntamente com Van Dyke Parks, inicia o ambicioso projecto de nome “SMILE” que pretendia ser uma obra de grande fôlego, muito americana e radicalmente diferente de tudo o que então se fazia elevando a música Rock a novos patamares. Seria uma espécie de Sinfonia Pop ou, como alguém lhe chamou, uma “Sinfonia adolescente a Deus”. No entanto os desentendimentos com os restantes elementos da banda rapidamente surgem pois estes não acompanham as ideias musicais de Brian que consideram: “é criativo demais”. Simultâneamente Brian Wilson começou a ter distúrbios mentais.
The Beatles - Começam as sessões de gravação de “Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band” com o reconhecimento mais tarde por parte de Paul McCartney que “Pet Sounds” tinha sido “A nossa inspiração para Sgt. Pepper’s …”. No início das sessões gravam “Strawberry Fields for Ever” (que acabaria por não ser incluída no álbum).
The Beach Boys - Brian Wilson ao ouvir “Strawberry Fields for Ever” afirma “Nunca ouvi nada assim na vida”, “eles já fizeram o que eu queria fazer com “SMILE””;
The Beatles – Em 1967 a resposta foi esmagadora, editam “Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band” e foi o êxito que se conhece.
The Beach Boys – O estado de saúde de Brian degrada-se, tem mesmo um colapso nervoso e desiste de “SMILE”. Progressivamente afastou-se dos restantes The Beach Boys e da música até que 37 anos passados, Brian Wilson, que nunca recuperou mentalmente na totalidade, é encorajado a retomar “SMILE” e em 2004, por entre constantes receios de mais uma vez Brian Wilson não conseguir terminar, “SMILE” é finalmente editado. A primeira audição pública tinha que ser no Velho Continente, foi no Royal Festival Hall em Londres em 2004 com Paul McCartney na assistência, claro. A resposta a “Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band” estava finalmente consumada. Para “SMILE” todos os superlativos são válidos e a audição/visualização de “Heroes and Villains” é imperdível.
“SMILE” começa com “Heroes & Villains” e termina com “Good Vibrations”. E é com as boas vibrações, as de 1966, e The Beach Boys que por agora ficamos.
The Beach Boys - Good Vibrations
quinta-feira, 26 de março de 2015
Os Impacto - Sunshine of Your Love
Mais um retorno ao Rock que se fazia nas então colónias portuguesas, voltemos a Moçambique.
Após a gravação do EP “Ob-la-di-Ob-la-da”, que já aqui recuperámos, divergências no conjunto Os Inflexos levaram à formação de Carlos Nelson & Os Inflexos e o sobrante adoptou o nome de Os Impacto.
Dados a interpretar os mais diversos êxitos da época de "Whole Lotta Love" a "Love Me Tender", atreveram-se mesmo a tocar “Sunshine Of Your Love” dos Cream.
E aqui fica o pretexto para recuperar os Cream. Lembremos pois os Cream, o primeiro super grupo da história do Rock com uma formação de luxo: Ginger Baker, Jack Bruce (1943-2014) e Eric Clapton, os melhores na época, respectivamente na bateria, baixo e guitarra, no concerto de despedida no Royal Albert Hall em 1968.
Ou se pretenderem o mesmo tema, o mesmo grupo, o mesmo local mas 37 anos depois no regresso de os Cream.
(Eric Clapton num dos riffs mais poderosos do Rock)
Numa versão, sem a força do original, e muito suavizada pela presença constante do órgão ficam aqui Os Impacto e o arrojo de interpretarem os Cream. Este tema foi gravado ao vivo no Hotel Girassol em Lourenço Marques em 1969 e está disponível no blog "musicasdosanos60".
Os Impacto - Sunshine of Your Love
Após a gravação do EP “Ob-la-di-Ob-la-da”, que já aqui recuperámos, divergências no conjunto Os Inflexos levaram à formação de Carlos Nelson & Os Inflexos e o sobrante adoptou o nome de Os Impacto.
Dados a interpretar os mais diversos êxitos da época de "Whole Lotta Love" a "Love Me Tender", atreveram-se mesmo a tocar “Sunshine Of Your Love” dos Cream.
E aqui fica o pretexto para recuperar os Cream. Lembremos pois os Cream, o primeiro super grupo da história do Rock com uma formação de luxo: Ginger Baker, Jack Bruce (1943-2014) e Eric Clapton, os melhores na época, respectivamente na bateria, baixo e guitarra, no concerto de despedida no Royal Albert Hall em 1968.
Ou se pretenderem o mesmo tema, o mesmo grupo, o mesmo local mas 37 anos depois no regresso de os Cream.
(Eric Clapton num dos riffs mais poderosos do Rock)
Numa versão, sem a força do original, e muito suavizada pela presença constante do órgão ficam aqui Os Impacto e o arrojo de interpretarem os Cream. Este tema foi gravado ao vivo no Hotel Girassol em Lourenço Marques em 1969 e está disponível no blog "musicasdosanos60".
Os Impacto - Sunshine of Your Love
quarta-feira, 25 de março de 2015
Os Inflexos - Ob-la-di-Ob-la-da (Verdes Anos)
Continuamos em África.
Depois dos Night Stars, mais um grupo de Moçambique: Os Inflexos.
Ao que parece Os Inflexos fizeram furor em bailes de finalistas dispondo de equipamento sonoro e de luz pouco vulgar nesse tempo e naqueles lugares. Ora leiam (do blog “Um Voo Cego A Nada …”):
“A 8 de Novembro de 1969 realizou-se, no Clube do Niassa, o Baile de Finalistas 69/70 do Liceu Almirante Gago Coutinho de Nampula: Os "Inflexos" trouxeram da capital, luzes, estroboscópios, órgão Hammond, toda uma parafernália nunca vista, e, entre outras, duas músicas que tocaram vezes sem conta nessa noite e tarde seguinte. As músicas que mais sentimos, foram, "Time Is Tight" dos Booker T & MG's e "Man Of The World", um original dos Fleetwood Mac”.
Gravaram em 1969 um único EP e na contra-capa constava:
“Moçambique está de parabéns! O agrupamento número um de música moderna daquela Provincia Portuguesa do Índico gravou o seu primeiro disco. O Conjunto “OS INFLEXOS” é composto por um grupo de jovens, disposto a lançar o seu estilo próprio. E neste seu primeiro disco apenas uma das canções é a versão Portuguesa de um grande êxito internacional. As outras, são criações suas. O êxito é a sua maior ambição. Mas isso dependerá, única e simplesmente, de todos vós!”
O grande êxito internacional é “Ob-la-di-Ob-la-da” dos The Beatles e a versão de Os Inflexos (gravada na África do Sul), é para ouvir só em momentos de boa disposição e descontração total. O nome ficou, “Ob-La-Di Ob-La-Da (Verdes Anos) ”.
Se “Ob-la-di-Ob-la-da” é dos temas menos interessantes dos The Beatles que dizer destes “Verdes Anos …”!
Os Inflexos - Ob-La-Di Ob-La-Da (Verdes Anos)
Depois dos Night Stars, mais um grupo de Moçambique: Os Inflexos.
Ao que parece Os Inflexos fizeram furor em bailes de finalistas dispondo de equipamento sonoro e de luz pouco vulgar nesse tempo e naqueles lugares. Ora leiam (do blog “Um Voo Cego A Nada …”):
“A 8 de Novembro de 1969 realizou-se, no Clube do Niassa, o Baile de Finalistas 69/70 do Liceu Almirante Gago Coutinho de Nampula: Os "Inflexos" trouxeram da capital, luzes, estroboscópios, órgão Hammond, toda uma parafernália nunca vista, e, entre outras, duas músicas que tocaram vezes sem conta nessa noite e tarde seguinte. As músicas que mais sentimos, foram, "Time Is Tight" dos Booker T & MG's e "Man Of The World", um original dos Fleetwood Mac”.
Gravaram em 1969 um único EP e na contra-capa constava:
“Moçambique está de parabéns! O agrupamento número um de música moderna daquela Provincia Portuguesa do Índico gravou o seu primeiro disco. O Conjunto “OS INFLEXOS” é composto por um grupo de jovens, disposto a lançar o seu estilo próprio. E neste seu primeiro disco apenas uma das canções é a versão Portuguesa de um grande êxito internacional. As outras, são criações suas. O êxito é a sua maior ambição. Mas isso dependerá, única e simplesmente, de todos vós!”
O grande êxito internacional é “Ob-la-di-Ob-la-da” dos The Beatles e a versão de Os Inflexos (gravada na África do Sul), é para ouvir só em momentos de boa disposição e descontração total. O nome ficou, “Ob-La-Di Ob-La-Da (Verdes Anos) ”.
Se “Ob-la-di-Ob-la-da” é dos temas menos interessantes dos The Beatles que dizer destes “Verdes Anos …”!
Os Inflexos - Ob-La-Di Ob-La-Da (Verdes Anos)
terça-feira, 24 de março de 2015
Night Stars - Eu Sei
De Os Rocks de Angola para os Night Stars em Moçambique.
Em 1966 Moçambique teve a sua representação no “Grande Concurso Ié-Ié” no Teatro Monumental. Eram os Night Stars. Os Night Stars ficaram em 3º lugar, atrás de Os Rocks de Angola e de Os Claves cá do continente (Estranha esta classificação, não? Portugal, Angola, Moçambique …).
Grupo com grande popularidade em Lourenço Marques, já tinham 2 EP gravados antes do Concurso.
É no 3º EP gravado em Lisboa que aparece o tema “Eu sei” que sugiro para audição. “Eu sei” é uma versão de “I’ll Be Back” dos The Beatles do álbum de 1964 “Hard Day’s Night”. The Beatles na dianteira da globalização estavam em todo o lado.
Na contra capa do EP lia-se:
“Sucesso extraordinário em todas as actuações na Metrópole, comprovando a sua inegável categoria, o Conjunto “Night Stars” interpretando maravilhosamente a composição “EU SEI” conquistou não só o público Lisboeta, bem como o prémio da melhor interpretação de uma Música Portuguesa. Este segundo* E.P. agora gravado em Lisboa com o patrocínio da Discoteca da Companhia Ultramarina do Comércio Lda. em Lourenço Marques, demonstra uma vez mais, as possibilidades dos cinco jovens que formam o Conjunto “Night Stars”. Um êxito será concerteza este novo disco, já que reúne todas as condições para incontestavelmente enriquecer a sua discoteca.”
(* na realidade 3º EP – o primeiro tinha sido gravado na Holanda)
Sem grande arrojo, mas sem comprometer, aqui vai “Eu sei” (reparar na capa, o que é que lá está que era proibido por cá?).
Night Stars - Eu Sei
Em 1966 Moçambique teve a sua representação no “Grande Concurso Ié-Ié” no Teatro Monumental. Eram os Night Stars. Os Night Stars ficaram em 3º lugar, atrás de Os Rocks de Angola e de Os Claves cá do continente (Estranha esta classificação, não? Portugal, Angola, Moçambique …).
Grupo com grande popularidade em Lourenço Marques, já tinham 2 EP gravados antes do Concurso.
É no 3º EP gravado em Lisboa que aparece o tema “Eu sei” que sugiro para audição. “Eu sei” é uma versão de “I’ll Be Back” dos The Beatles do álbum de 1964 “Hard Day’s Night”. The Beatles na dianteira da globalização estavam em todo o lado.
Na contra capa do EP lia-se:
“Sucesso extraordinário em todas as actuações na Metrópole, comprovando a sua inegável categoria, o Conjunto “Night Stars” interpretando maravilhosamente a composição “EU SEI” conquistou não só o público Lisboeta, bem como o prémio da melhor interpretação de uma Música Portuguesa. Este segundo* E.P. agora gravado em Lisboa com o patrocínio da Discoteca da Companhia Ultramarina do Comércio Lda. em Lourenço Marques, demonstra uma vez mais, as possibilidades dos cinco jovens que formam o Conjunto “Night Stars”. Um êxito será concerteza este novo disco, já que reúne todas as condições para incontestavelmente enriquecer a sua discoteca.”
(* na realidade 3º EP – o primeiro tinha sido gravado na Holanda)
Sem grande arrojo, mas sem comprometer, aqui vai “Eu sei” (reparar na capa, o que é que lá está que era proibido por cá?).
Night Stars - Eu Sei
segunda-feira, 23 de março de 2015
Eduardo Nascimento - Stop, Please Don't Cry
Eduardo Nascimento. Lembram-se dele?
Eduardo Nascimento pertencia ao conjunto angolano Os Rocks e em 1967 é convidado a participar no Festival da Canção e acaba vencedor com a canção "O Vento Mudou". “O vento mudou, ela não voltou, as aves partiram, as folhas caíram…”, o amor que não se cumpriu.
Revelava-se um Eduardo Nascimento com um vozeirão e, ao mesmo tempo, um nervosismo enorme.
Relembremos “O Vento Mudou”, aqui no Festival da Eurovisão em Viena.
Na sequência do Festival da Canção, Eduardo Nascimento gravou um EP onde constava, para além de “O Vento Mudou”, esta outra, agora escolhida: “Stop, Please Don't Cry”. Escrita pela mesma dupla de “O Vento Mudou”, Nuno Nazareth Fernandes e João Magalhães Pereira, com Eduardo Nascimento a manifestar, claramente, maior segurança a cantar em inglês do que em português. Como se diz na gíria futebolística “com uma margem de progressão enorme”, de Eduardo Nascimento nunca mais se ouviu falar.
Eduardo Nascimento - Stop, Please Don't Cry
Eduardo Nascimento pertencia ao conjunto angolano Os Rocks e em 1967 é convidado a participar no Festival da Canção e acaba vencedor com a canção "O Vento Mudou". “O vento mudou, ela não voltou, as aves partiram, as folhas caíram…”, o amor que não se cumpriu.
Revista Celulóide - Nº 111, Março de 1967 |
Revelava-se um Eduardo Nascimento com um vozeirão e, ao mesmo tempo, um nervosismo enorme.
Relembremos “O Vento Mudou”, aqui no Festival da Eurovisão em Viena.
Na sequência do Festival da Canção, Eduardo Nascimento gravou um EP onde constava, para além de “O Vento Mudou”, esta outra, agora escolhida: “Stop, Please Don't Cry”. Escrita pela mesma dupla de “O Vento Mudou”, Nuno Nazareth Fernandes e João Magalhães Pereira, com Eduardo Nascimento a manifestar, claramente, maior segurança a cantar em inglês do que em português. Como se diz na gíria futebolística “com uma margem de progressão enorme”, de Eduardo Nascimento nunca mais se ouviu falar.
Eduardo Nascimento - Stop, Please Don't Cry
domingo, 22 de março de 2015
Os Rocks - I Put A Spell On You
Nos anos 60 o Rock’n’roll espalhou-se pelos 4 cantos do mundo. Também nas nossas ex-colónias o fenómeno se fez sentir, particularmente em Angola e Moçambique. Em 1962 formou-se em Luanda um conjunto denominado Os Rocks que tiveram lá e cá o seu devido reconhecimento. Chegaram mesmo a ganhar o Prémio da Impressa para melhor Conjunto de 1966 (em Angola). Na contra capa do 1º EP podia-se ler:
"Considerado o melhor agrupamento de Angola, percorreram esta nossa província, actuando centenas de vezes em festas, espectáculos e programas de rádio. Já em 1962 se haviam deslocado à Metrópole onde se exibiram com êxito na “Ronda” ao lado do Conjunto de THILO'S COMBO. A Televisão contou com a sua presença também nessa altura. Regressando a Angola foi a vez de começar a recolher os troféus ganhos em todos os festivais em que colaboraram, finalizando por ser reconhecidos como "os melhores de Angola de 1966”, pela Imprensa e Rádio Angolanas. Presentes pela 2.ª vez na Metrópole para a final do Concurso “Yé-Yé” foram incontestàvelmente os vencedores do certame como teve ocasião de verificar quem a ele assistiu. A sua classificação em 2.° lugar deu aso a ruidosas manifestações de descontentamento, perante a decisão do júri."
(o primeiro lugar foi para Os Claves)
No 1º EP de 1966 aparece o tema agora selecionado: “I Put A Spell On You”, uma música bem conhecida com dezenas de versões sendo as mais lembradas, dos Creedence Clearwater Revival, da Nina Simone e dos Them (de Van Morrison). O original, que já aqui recordámos, é de 1957 de Screamin Jay Hawkins e é dele o vídeo “louco” que se segue.
Quanto a esta versão de Os Rocks é bem agradável de se ouvir com uma muito boa interpretação do vocalista que por cá ganharia, em 1967, o Festival da Canção. Quem é? é o Eduardo Nascimento, descubram-no na fotografia da capa, que interpretou "O Vento Levou".
Os Rocks - I Put A Spell On You
"Considerado o melhor agrupamento de Angola, percorreram esta nossa província, actuando centenas de vezes em festas, espectáculos e programas de rádio. Já em 1962 se haviam deslocado à Metrópole onde se exibiram com êxito na “Ronda” ao lado do Conjunto de THILO'S COMBO. A Televisão contou com a sua presença também nessa altura. Regressando a Angola foi a vez de começar a recolher os troféus ganhos em todos os festivais em que colaboraram, finalizando por ser reconhecidos como "os melhores de Angola de 1966”, pela Imprensa e Rádio Angolanas. Presentes pela 2.ª vez na Metrópole para a final do Concurso “Yé-Yé” foram incontestàvelmente os vencedores do certame como teve ocasião de verificar quem a ele assistiu. A sua classificação em 2.° lugar deu aso a ruidosas manifestações de descontentamento, perante a decisão do júri."
(o primeiro lugar foi para Os Claves)
No 1º EP de 1966 aparece o tema agora selecionado: “I Put A Spell On You”, uma música bem conhecida com dezenas de versões sendo as mais lembradas, dos Creedence Clearwater Revival, da Nina Simone e dos Them (de Van Morrison). O original, que já aqui recordámos, é de 1957 de Screamin Jay Hawkins e é dele o vídeo “louco” que se segue.
Quanto a esta versão de Os Rocks é bem agradável de se ouvir com uma muito boa interpretação do vocalista que por cá ganharia, em 1967, o Festival da Canção. Quem é? é o Eduardo Nascimento, descubram-no na fotografia da capa, que interpretou "O Vento Levou".
Os Rocks - I Put A Spell On You
sábado, 21 de março de 2015
Conjunto Mistério - America
O Regresso ao Passado de volta à música feita em Portugal nos anos 60...
O bem conhecido “West Side Story” é um filme musical de 1961. Venceu 10 Óscares entre os quais o de melhor banda sonora assinada por Leonard Bernstein, que nos habituámos a ver, quando pequenos, nos famosos “Concertos para Jovens”. A popularidade da banda sonora foi grande em particular os temas “Maria” e “America”.
(E não se fica com vontade de rever “West Side Story”?)
A primeira abordagem nacional (que tenha conhecimento) a West Side Story vai para o Conjunto Mistério que em 1964 fizeram a sua versão do tema “America” (que regalo!), mas muito longe do fulgor do original. Segue em anexo versão do Conjunto Mistério (aqui com o Fernando Concha do duo Os Conchas).
Conjunto Mistério - America
O bem conhecido “West Side Story” é um filme musical de 1961. Venceu 10 Óscares entre os quais o de melhor banda sonora assinada por Leonard Bernstein, que nos habituámos a ver, quando pequenos, nos famosos “Concertos para Jovens”. A popularidade da banda sonora foi grande em particular os temas “Maria” e “America”.
(E não se fica com vontade de rever “West Side Story”?)
A primeira abordagem nacional (que tenha conhecimento) a West Side Story vai para o Conjunto Mistério que em 1964 fizeram a sua versão do tema “America” (que regalo!), mas muito longe do fulgor do original. Segue em anexo versão do Conjunto Mistério (aqui com o Fernando Concha do duo Os Conchas).
Conjunto Mistério - America
sexta-feira, 20 de março de 2015
The Kinks - Tired of Waiting for You
Esta breve passagem pelos meados dos anos 60 na Grã-Bretanha teria grave lacuna se não fossem referenciados os The Kinks.
Formados em 1963 foram um caso raro de qualidade e longevidade, pese terem tido diversas formações os irmãos Dave e Ray Davies mantiveram o grupo até 1996. Não alcançaram a popularidade dos The Beatles, nem a longevidade dos The Rolling Stones, mas não lhes ficou atrás em criatividade. Foram um dos mais importantes grupos dos anos 60 e fizeram parte da chamada British Invasion, inicialmente conotados com o Rhythm'n'Blues rapidamente o abandonaram evoluindo para uma sonoridade própria, muito britânica, facilmente identificável.
Estamos no ano de 1964 e The Kinks atingem o 1º lugar do Reino Unido com "You Really Got Me", para muitos a canção percursora de sonoridade futuras mais pesadas como o Hard-Rock ou mesmo o Punk. Pelo caminho ficaram álbuns fundamentais como "Something Else by The Kinks", "The Kinks Are the Village Green Preservation Society" ou "Arthur (Or the Decline and Fall of the British Empire) ".
De 1965, já aqui foi recordada na versão portuguesa do Conjunto Mistério, ficamos agora com o original de "Tired Of Waiting For You", 1º lugar nas tabelas inglesas, eram The Kinks.
The Kinks - Tired of Waiting for You
Formados em 1963 foram um caso raro de qualidade e longevidade, pese terem tido diversas formações os irmãos Dave e Ray Davies mantiveram o grupo até 1996. Não alcançaram a popularidade dos The Beatles, nem a longevidade dos The Rolling Stones, mas não lhes ficou atrás em criatividade. Foram um dos mais importantes grupos dos anos 60 e fizeram parte da chamada British Invasion, inicialmente conotados com o Rhythm'n'Blues rapidamente o abandonaram evoluindo para uma sonoridade própria, muito britânica, facilmente identificável.
Estamos no ano de 1964 e The Kinks atingem o 1º lugar do Reino Unido com "You Really Got Me", para muitos a canção percursora de sonoridade futuras mais pesadas como o Hard-Rock ou mesmo o Punk. Pelo caminho ficaram álbuns fundamentais como "Something Else by The Kinks", "The Kinks Are the Village Green Preservation Society" ou "Arthur (Or the Decline and Fall of the British Empire) ".
De 1965, já aqui foi recordada na versão portuguesa do Conjunto Mistério, ficamos agora com o original de "Tired Of Waiting For You", 1º lugar nas tabelas inglesas, eram The Kinks.
The Kinks - Tired of Waiting for You
quinta-feira, 19 de março de 2015
Small Faces - All or Nothing
Estamos a meio da década de 60. O nº de novos grupos a surgir na cena britânica é crescente em quantidade e qualidade, foram os The Who, The Animals, os Them, The Pretty Things, Manfred Mann, The Yardbirds, The Spencer Davis Group, The Kinks, The Moody Blues; foram os Small Faces de Steve Marriott que agora recupero.
Formados em 1965, conectados inicialmente com o Rhythm'n'Blues, rapidamente abraçaram sonoridades Pop e Rock que iriam ficar testemunhadas em 4 LP no período de 1966 a 1968. Em apenas 4 anos, do primeiro Single "Whatcha Gonna Do About It" (a lembrar The Who e o movimento Mod) de 1965 a "Lazy Sunday" de 1968, os Small Faces deixaram uma marca, na música Mod e no Pop Psicadélico, que os mantêm como dos mais referenciados e aclamados daquele período.
A saída de Steve Marriott em 1969, para formar os Humble Pie, e a entrada de Ronnie Wood e Rod Stewart dava origem aos Faces que conhecemos até 1975.
Para já são ainda os Small Faces e "All or Nothing", decorria a o ano de 1966, que agora lembramos.
Small Faces - All or Nothing
Formados em 1965, conectados inicialmente com o Rhythm'n'Blues, rapidamente abraçaram sonoridades Pop e Rock que iriam ficar testemunhadas em 4 LP no período de 1966 a 1968. Em apenas 4 anos, do primeiro Single "Whatcha Gonna Do About It" (a lembrar The Who e o movimento Mod) de 1965 a "Lazy Sunday" de 1968, os Small Faces deixaram uma marca, na música Mod e no Pop Psicadélico, que os mantêm como dos mais referenciados e aclamados daquele período.
A saída de Steve Marriott em 1969, para formar os Humble Pie, e a entrada de Ronnie Wood e Rod Stewart dava origem aos Faces que conhecemos até 1975.
Para já são ainda os Small Faces e "All or Nothing", decorria a o ano de 1966, que agora lembramos.
Small Faces - All or Nothing
quarta-feira, 18 de março de 2015
Manfred Mann - Pretty Flamingo
Manfred Mann, de nome verdadeiro Manfred Sepse Lubowitz, é um músico nascido, em 1940, na África do Sul. No início dos anos 60 muda-se para o Reino Unido onde vai formar o grupo com o mesmo nome, Manfred Mann.
Teclista, músico de Jazz de formação, vai conquistar os Top com um estilo Pop e influências do Rhythm'n'Blues. Logo em 1964, depois do sucesso de "5-4-3-2-1" os Manfred Mann atingem o primeiro lugar com "Do Wah Diddy Diddy". Os anos seguintes vão ser recheados de êxitos com canções que marcaram uma época e que são facilmente reconhecíveis como "Pretty Flamingo", "Ha! Ha! Said the Clown" ou "Mighty Queen"
Manfred Mann mantem-se ainda em actividade com a sua Manfred Mann's Earth Band iniciada em 1971, pelo meio 2 importantes discos de fusão Rock-Jazz como Manfred Mann Chapter Three nos anos de 1969 e 1970.
Ficamos com "Pretty Flamingo", para os mais velhos, uma boa recordação, para os mais novos talvez a descoberta de Manfred Mann e o som por ele praticado em 1966.
Manfred Mann - Pretty Flamingo
Teclista, músico de Jazz de formação, vai conquistar os Top com um estilo Pop e influências do Rhythm'n'Blues. Logo em 1964, depois do sucesso de "5-4-3-2-1" os Manfred Mann atingem o primeiro lugar com "Do Wah Diddy Diddy". Os anos seguintes vão ser recheados de êxitos com canções que marcaram uma época e que são facilmente reconhecíveis como "Pretty Flamingo", "Ha! Ha! Said the Clown" ou "Mighty Queen"
Manfred Mann mantem-se ainda em actividade com a sua Manfred Mann's Earth Band iniciada em 1971, pelo meio 2 importantes discos de fusão Rock-Jazz como Manfred Mann Chapter Three nos anos de 1969 e 1970.
Ficamos com "Pretty Flamingo", para os mais velhos, uma boa recordação, para os mais novos talvez a descoberta de Manfred Mann e o som por ele praticado em 1966.
Manfred Mann - Pretty Flamingo
terça-feira, 17 de março de 2015
The Spencer Davis Group - Gimme Some Lovin'
Do meio da década de 60 mais um excelente grupo da Grã-Bretanha, The Spencer Davis Group. Formado em 1963 dele se evidenciaram os nomes de Spencer Davis e Steve Winwood, este último, a revelar qualidades impares na voz e composição, teria o seu período mais criativo a partir de 1967 nos ainda melhores Traffic e ainda no supergrupo de curta duração (1969) Blind Faith.
The Spencer Davis Group atingiram o 1º lugar do Top Inglês pela primeira vez em 1965 com o já aqui recordado "Keep On Running" (a propósito da versão do conjunto português Os Claves); em 1966 novo nº 1 com "Somebody Help Me" com Steve Winwood na voz principal e guitarra.
Ainda em 1966 outro enorme êxito, agora com a assinatura de Steve Winwood, "Gimme Some Lovin'" fica como mais uma das canções a marcar os anos 60 e é a nº 247 das 500 melhores canções de sempre da revista Rolling Stone. Antes de abandonar The Spencer Davis Group, Steve Winwood ainda assinou o êxito "I'm a Man" em 1967.
Depois foi o sucesso que se conhece com a formação dos saudosos Traffic, um dos grupos mais criativos na fusão de influências tão diversas do Folk ao Jazz e ao Rock. Por agora é ainda com The Spencer Davis Group e o seu "Gimme Some Lovin'" que ficamos.
The Spencer Davis Group - Gimme Some Lovin'
The Spencer Davis Group atingiram o 1º lugar do Top Inglês pela primeira vez em 1965 com o já aqui recordado "Keep On Running" (a propósito da versão do conjunto português Os Claves); em 1966 novo nº 1 com "Somebody Help Me" com Steve Winwood na voz principal e guitarra.
Ainda em 1966 outro enorme êxito, agora com a assinatura de Steve Winwood, "Gimme Some Lovin'" fica como mais uma das canções a marcar os anos 60 e é a nº 247 das 500 melhores canções de sempre da revista Rolling Stone. Antes de abandonar The Spencer Davis Group, Steve Winwood ainda assinou o êxito "I'm a Man" em 1967.
Depois foi o sucesso que se conhece com a formação dos saudosos Traffic, um dos grupos mais criativos na fusão de influências tão diversas do Folk ao Jazz e ao Rock. Por agora é ainda com The Spencer Davis Group e o seu "Gimme Some Lovin'" que ficamos.
The Spencer Davis Group - Gimme Some Lovin'
segunda-feira, 16 de março de 2015
The Animals - Don't Let Me Be Misunderstood
1964 vê formar-se mais um dos grandes conjuntos da década de 60,The Animals. À frente do grupo ir-se-iam destacar 2 músicos Alan Price no órgão e Eric Burdon na voz, então considerada a voz branca mais negra. Fizeram parte da British Invasion com os discos a terem, à semelhança dos The Beatles e The Rolling Stones, edições diferenciadas na Grã-Bretanha e nos EUA.
O primeiro grande êxito foi a bem conhecida versão de "The House of the Rising Sun", nº 1 nos dois lados do Atlântico, canção folk de origem não precisa, já anteriormente gravada, nomeadamente, por Bob Dylan e Nina Simone.
Em 1965 novo grande êxito com mais uma versão, agora é o tema "Don't Let Me Be Misunderstood" original negro na interpretação de Nina Simone em 1964. Mas foi a versão dos The Animals que ficou universalmente conhecida e que é agora recuperada.
As qualidades interpretativas de Eric Burdon são notórias e continuar-se-iam a evidenciar ao longo de longa carreira, nos The Animals, em Eric Burdon and The Animals, Eric Burdon and The War ou a solo.
Uma nota para a vinda do conjunto a Portugal ainda em 1965, foi a 7 de Dezembro, no Teatro Monumental, em Lisboa. Coisa rara um grupo com a projeção dos The Animals virem a Portugal no auge da popularidade.
The Animals - Don't Let Me Be Misunderstood
domingo, 15 de março de 2015
The Who - My Generation
A meio da década de 60, enquanto nos Estados Unidos o Folk-Rock dava cartas, na Grã-Bretanha o Rhythm'n'Blues continuava a influenciar a maioria dos novos grupos. Mais ou menos, todos sofreram essa influência: The Who, The Animals, The Yardbirds, The Kinks, Small Faces, Spencer Davis Group foram alguns deles.
É com The Who que começamos. Formados em 1964 o quarteto era constituído por Roger Daltrey - vocalista, Pete Townshend - guitarrista e principal compositor, John Entwistle (1944-2002) - baixista e Keith Moon (1946-1978) - baterista, os dois primeiros mantêm ainda o grupo em actividade. De 1964 a 1978 transformaram o Rock e foram uma das mais influentes bandas do género.
Se Roger Daltrey e Pete Townshend são normalmente os mais destacados (razões óbvias, vocalista e principal autor), os The Who não teriam o êxito que tiveram não fosse a descrição de John Entwistle ("pela transposição do papel rítmico para a guitarra-baixo") e a criatividade e exuberância de Keith Moon ("Keith Moon modificou a abordagem da bateria rock graças à prática constante de rufos nos tambores-baixo, nos tímbalos, na tarola e nos címbalos."), citações em POPMUSIC-ROCK. John Entwistle e Keith Moon estão entre os melhores baixistas e bateristas, respectivamente, de sempre.
No primeiro álbum "My Generation" estavam as raízes do som que viria a caracterizar o futuro sucesso dos The Who e muitos outros grupo de Rock e Hard-Rock. De "Please, Please, Please" e "I Don't Mind" de James Brown às restantes faixas da autoria de Pete Townshend com relevo para "The Kids Are Alright" e " My Generation".
People try to put us d-down (Talkin' 'bout my generation)
Just because we g-g-get around (Talkin' 'bout my generation) Things they do look awful c-c-cold (Talkin' 'bout my generation) I hope I die before I get old (Talkin' 'bout my generation)
The Who - My Generation
É com The Who que começamos. Formados em 1964 o quarteto era constituído por Roger Daltrey - vocalista, Pete Townshend - guitarrista e principal compositor, John Entwistle (1944-2002) - baixista e Keith Moon (1946-1978) - baterista, os dois primeiros mantêm ainda o grupo em actividade. De 1964 a 1978 transformaram o Rock e foram uma das mais influentes bandas do género.
Se Roger Daltrey e Pete Townshend são normalmente os mais destacados (razões óbvias, vocalista e principal autor), os The Who não teriam o êxito que tiveram não fosse a descrição de John Entwistle ("pela transposição do papel rítmico para a guitarra-baixo") e a criatividade e exuberância de Keith Moon ("Keith Moon modificou a abordagem da bateria rock graças à prática constante de rufos nos tambores-baixo, nos tímbalos, na tarola e nos címbalos."), citações em POPMUSIC-ROCK. John Entwistle e Keith Moon estão entre os melhores baixistas e bateristas, respectivamente, de sempre.
No primeiro álbum "My Generation" estavam as raízes do som que viria a caracterizar o futuro sucesso dos The Who e muitos outros grupo de Rock e Hard-Rock. De "Please, Please, Please" e "I Don't Mind" de James Brown às restantes faixas da autoria de Pete Townshend com relevo para "The Kids Are Alright" e " My Generation".
People try to put us d-down (Talkin' 'bout my generation)
Toda a angústia da adolescência em "My Generation". É com ela que ficamos.
The Who - My Generation
sábado, 14 de março de 2015
The Mamas and The Papas - California Dreamin'
A meio da década de 60 The Mamas and The Papas tornaram-se um dos grupos do, então nascente, Folk-Rock, mais populares.
O ano de 1965 não chegaria ao fim sem que fosse editado o primeiro Single dos The Mamas and The Papas, formados por John Philips, Michelle Philips, Denny Doherty and Cass Elliot, 4 vozes harmoniosas, que iriam, em poucos anos, obter êxitos que foram marcantes na sonoridade dos anos 60.
"Go Where You Gonna Go", o 1º Single, rapidamente seria "substituído", e bem, por "California Dreamin'" que tinham também gravado como suporte vocal de Barry McGuire.
The Mamas and The Papas gravaram e actuaram entre 1965 e 1968 e ainda em 1971 tendo deixado 5 LP de estúdio. Michelle Philips é actualmente a única com vida e muito cedo trocou a música pelo cinema.
"California Dreamin'" ficou para sempre como um ícone de uma geração e da música feita na Costa Oeste dos Estados Unidos ou o perpetuar do "mito edénico da Califórnia" (em POPMUSIC-ROCK).
The Mamas and The Papas - California Dreamin'
O ano de 1965 não chegaria ao fim sem que fosse editado o primeiro Single dos The Mamas and The Papas, formados por John Philips, Michelle Philips, Denny Doherty and Cass Elliot, 4 vozes harmoniosas, que iriam, em poucos anos, obter êxitos que foram marcantes na sonoridade dos anos 60.
"Go Where You Gonna Go", o 1º Single, rapidamente seria "substituído", e bem, por "California Dreamin'" que tinham também gravado como suporte vocal de Barry McGuire.
The Mamas and The Papas gravaram e actuaram entre 1965 e 1968 e ainda em 1971 tendo deixado 5 LP de estúdio. Michelle Philips é actualmente a única com vida e muito cedo trocou a música pelo cinema.
"California Dreamin'" ficou para sempre como um ícone de uma geração e da música feita na Costa Oeste dos Estados Unidos ou o perpetuar do "mito edénico da Califórnia" (em POPMUSIC-ROCK).
The Mamas and The Papas - California Dreamin'
sexta-feira, 13 de março de 2015
Neil Young - A história definitiva da sua carreira musical
"Neil Young - A história definitiva da sua carreira musical" é um livro de Johnny Rogan editado pela Assírio e Alvim em 1983 com uma tiragem de 4000 exemplares. É o nº 7 da colecção Rei Lagarto.
279 páginas contam-nos a história de Neil Young desde o nascimento no Canadá em 1945 até 1981. Diz Johnny Rogan na introdução:
"Durante as minhas viagens tive a felicidade de poder ouvir para cima de 140 horas de música de Young ao vivo não comercializada, incluindo o nº espantoso de 1400 canções tocadas em palco ao longo dos últimos 15 anos."
O último capítulo do livro dá por título "Estará Young Preparado para os Anos 80?"
Não só esteve para os anos 80 como para os 90, os 00 e os 10 do novo século. o que mostra quão prematuro foi no título do livro constar "A história definitiva", aliás a última frase do livro "Sempre insatisfeito, Young não mostra sinais de pretender abdicar da sua individualidade teimosa e obsessiva que o tornou numa das poucas estrelas do Rock verdadeiramente intrigantes." (no epílogo a propósito do então último álbum de Neil Young "Re-ac-tor") deixava tudo em aberto.
Quem se atreverá a uma história definitiva de Neil Young?
279 páginas contam-nos a história de Neil Young desde o nascimento no Canadá em 1945 até 1981. Diz Johnny Rogan na introdução:
"Durante as minhas viagens tive a felicidade de poder ouvir para cima de 140 horas de música de Young ao vivo não comercializada, incluindo o nº espantoso de 1400 canções tocadas em palco ao longo dos últimos 15 anos."
O último capítulo do livro dá por título "Estará Young Preparado para os Anos 80?"
Não só esteve para os anos 80 como para os 90, os 00 e os 10 do novo século. o que mostra quão prematuro foi no título do livro constar "A história definitiva", aliás a última frase do livro "Sempre insatisfeito, Young não mostra sinais de pretender abdicar da sua individualidade teimosa e obsessiva que o tornou numa das poucas estrelas do Rock verdadeiramente intrigantes." (no epílogo a propósito do então último álbum de Neil Young "Re-ac-tor") deixava tudo em aberto.
Quem se atreverá a uma história definitiva de Neil Young?
Buffalo Springfield - Nowadays Clancy Can't Even Sing
Existiram no curto período de 1966-1968 e constituíram umas das mais interessantes apostas do Folk-Rock norte-americano. Eram os Buffalo Springfield de Richie Furay, Stephen Stills, Neil Young, Dewey Martin e Bruce Palmer.
"Com uma diversificada experiência musical, o quinteto parecia ser potencialmente o grupo mais ecléctico a emergir na Costa Oeste, desde a formação dos Byrds."
Ainda em 1966 Chris Hillman dos The Byrds "vendo o enorme potencial dos Buffalo" assegura-lhes uma série de concertos no famoso Whisky A Go Go.
"Logo a seguir às primeiras noites, começou a correr em Hollywood que um conjunto fora do vulgar estava a actuar no Whisky."
"David Crosby, que na altura também fazia parte dos Byrds, relembra esses primeiros espectáculos no Whisky:
«Conheci o Neil no Whisky, uma vez que Chris Hillman aí me levou para o ouvir. Achei que ele era mesmo bom. Podia cantar melhor, mas tocava extremamente bem guitarra. Ele e o Stills faziam um dueto de guitarras , na minha opinião, fantástico. Nowadays Clancy Can't Even Sing e coisas assim - era bestial.»"
(citações do livro "Neil Young - A História Definitiva da sua Carreira Musical" de Johnny Rogan.)
David Crosby, Stephen Stills e Neil Young viriam a encontrar-se no final da década num dos quartetos mais famosos de sempre: Crosby, Stills, Nash & Young
Para já ficamos com os Buffalo Springfield iniciais e recordamos "Nowadays Clancy Can't Even Sing", canção escrita por Neil Young.
Buffalo Springfield - Nowadays Clancy Can't Even Sing
"Com uma diversificada experiência musical, o quinteto parecia ser potencialmente o grupo mais ecléctico a emergir na Costa Oeste, desde a formação dos Byrds."
Ainda em 1966 Chris Hillman dos The Byrds "vendo o enorme potencial dos Buffalo" assegura-lhes uma série de concertos no famoso Whisky A Go Go.
"Logo a seguir às primeiras noites, começou a correr em Hollywood que um conjunto fora do vulgar estava a actuar no Whisky."
"David Crosby, que na altura também fazia parte dos Byrds, relembra esses primeiros espectáculos no Whisky:
«Conheci o Neil no Whisky, uma vez que Chris Hillman aí me levou para o ouvir. Achei que ele era mesmo bom. Podia cantar melhor, mas tocava extremamente bem guitarra. Ele e o Stills faziam um dueto de guitarras , na minha opinião, fantástico. Nowadays Clancy Can't Even Sing e coisas assim - era bestial.»"
(citações do livro "Neil Young - A História Definitiva da sua Carreira Musical" de Johnny Rogan.)
David Crosby, Stephen Stills e Neil Young viriam a encontrar-se no final da década num dos quartetos mais famosos de sempre: Crosby, Stills, Nash & Young
Para já ficamos com os Buffalo Springfield iniciais e recordamos "Nowadays Clancy Can't Even Sing", canção escrita por Neil Young.
Buffalo Springfield - Nowadays Clancy Can't Even Sing
quinta-feira, 12 de março de 2015
The Lovin' Spoonful - Daydream
O Folk-Rock nascido em 1965 tendo Bob Dylan e The Byrds como principais protagonistas rapidamente se expandiu. O acrescento da guitarra eléctrica, a introdução da bateria e a amplificação generalizada foram responsáveis que antigos e novos músicos originariamente Folk engrossassem a fileira e a popularidade do Rock. Ficando somente no novo continente, eis algumas das primeiras e obrigatórias referências: Simon and Garfunkel, The Mamas and The Papas, Buffalo Springfield, The Lovin' Spoonful, Peter,Paul and Mary, The Beach Boys, Leonard Cohen, Joni Mitchell, Jim Croce e Judy Collins.
John B. Sebastian, oriundo do ambiente Folk de Greenwich Village, cantor, multi-instrumentista (guitarra, harmónica, piano,...) forma em 1965 The Lovin' Spoonful que iria ter êxito assinalável e ficar conectado à resposta americana à "Bristish invasion". De raiz Folk rapidamente evoluíram para sonoridades mais Pop gravando sucessos que ficaram como marca dos anos 60, estou a lembrar-me de "Do You Believe In Magic", "Summer In The City" e "Daydream", as mais conhecidas.
John B. Sebastian, oriundo do ambiente Folk de Greenwich Village, cantor, multi-instrumentista (guitarra, harmónica, piano,...) forma em 1965 The Lovin' Spoonful que iria ter êxito assinalável e ficar conectado à resposta americana à "Bristish invasion". De raiz Folk rapidamente evoluíram para sonoridades mais Pop gravando sucessos que ficaram como marca dos anos 60, estou a lembrar-me de "Do You Believe In Magic", "Summer In The City" e "Daydream", as mais conhecidas.
The Lovin' Spoonful, com John B. Sebastian, durou até 1968. A partir de 2000 fazem parte do museu Rock and Roll Hall of Fame.
Porque há já muitos anos que não ouvia "Daydream", aqui vai..., estávamos no ano de 1966.
The Lovin' Spoonful - Daydream
Porque há já muitos anos que não ouvia "Daydream", aqui vai..., estávamos no ano de 1966.
The Lovin' Spoonful - Daydream
quarta-feira, 11 de março de 2015
Daniel Bacelar - O Tema Dos Gentlemen
Daniel Bacelar (o Ricky Nelson português) tem tido aqui uma passagem regular: "Fui louco por ti" (1960 - o tal 1º disco de Rock português), "Um Mundo Sem Amor" (1965 - 5º EP) e "Nunca" (versões de 1960 e 2010).
Vejamos como é que Daniel Bacelar, em artigo da revista "Colecção Cinema" (retirado do blog "Ié-Ié"), era na época apresentado:
"É um jovem discreto e educado, mentalmente muito distante das fúrias do "rock" e das histerias do "twist". Tem vinte anos de idade e dirige um conjunto cujos componentes são todos mais novos do que ele."
(Pela idade deve referir-se ao "Conjunto Os Gentlemen" com quem grava 3 EP entre 1963 e 1965)
Precisamente de 1963 (do 3º EP) a música "O Tema dos Gentlemen" é a que vamos agora recordar. É um instrumental muito, muito à moda dos The Shadows, evidentemente, e é do mais interessante que se consegue encontrar desta altura (distante das fúrias do Rock e das histerias do Twist).
Daniel Bacelar - O Tema Dos Gentlemen
(Pela idade deve referir-se ao "Conjunto Os Gentlemen" com quem grava 3 EP entre 1963 e 1965)
Precisamente de 1963 (do 3º EP) a música "O Tema dos Gentlemen" é a que vamos agora recordar. É um instrumental muito, muito à moda dos The Shadows, evidentemente, e é do mais interessante que se consegue encontrar desta altura (distante das fúrias do Rock e das histerias do Twist).
Daniel Bacelar - O Tema Dos Gentlemen
terça-feira, 10 de março de 2015
Conjunto Jorge Machado - Rock'n'Roll Rag
Não há fome que não dê em fartura. Encontrar um tema de Rock’n’roll gravado nos anos 50 em Portugal já é um achado (Shegundo Galarza & Seu Conjunto - Rock And Roll - Ritmo Sobre Teclas), pois aqui vai mais um.
Também em 1956, talvez o primeiro português a utilizar numa gravação o termo Rock’n’Roll, o conhecido Conjunto Jorge Machado grava o tema “Rock’n’Roll Rag”. Confessa Daniel Bacelar no blog “IÉ-IÉ” em comentário a esta gravação do Conjunto Jorge Machado: “Portanto quando vêm dizer que o Rock'n'Roll iniciou-se em Portugal comigo os Conchas ou o Zeca, não é verdade, antes de nós houve muita gente a quem devemos prestar a nossa homenagem pois tiveram a coragem em aparecer com aquela "música de malucos" como os conservadores da época chamavam a este novo estilo musical.”
Jorge Machado foi pianista, director de orquestra e compositor e ficou conhecido pela sua presença habitual na RTP, desde os Festivais da RTP da Canção até a programas como “Passeio dos Alegres” e a “Cornélia”. Deixou uma extensa discografia. Neste registo, por entre Boleros, Passo Dobles e Fados Slow aparece o dito “Rock’n’roll Rag”.
Conjunto Jorge Machado - Rock'n'Roll Rag
Também em 1956, talvez o primeiro português a utilizar numa gravação o termo Rock’n’Roll, o conhecido Conjunto Jorge Machado grava o tema “Rock’n’Roll Rag”. Confessa Daniel Bacelar no blog “IÉ-IÉ” em comentário a esta gravação do Conjunto Jorge Machado: “Portanto quando vêm dizer que o Rock'n'Roll iniciou-se em Portugal comigo os Conchas ou o Zeca, não é verdade, antes de nós houve muita gente a quem devemos prestar a nossa homenagem pois tiveram a coragem em aparecer com aquela "música de malucos" como os conservadores da época chamavam a este novo estilo musical.”
Jorge Machado foi pianista, director de orquestra e compositor e ficou conhecido pela sua presença habitual na RTP, desde os Festivais da RTP da Canção até a programas como “Passeio dos Alegres” e a “Cornélia”. Deixou uma extensa discografia. Neste registo, por entre Boleros, Passo Dobles e Fados Slow aparece o dito “Rock’n’roll Rag”.
Conjunto Jorge Machado - Rock'n'Roll Rag
segunda-feira, 9 de março de 2015
Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX
Mais um volume, o 2º, da obra de referência, Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX, vai da letra C à L.
Shegundo Galarza & Seu Conjunto - Rock And Roll - Ritmo Sobre Teclas
O disco “Os Caloiros da Canção” de 1960 gravado a meias pelo Daniel Bacelar e Os Conchas é apontado na generalidade da literatura sobre a história da música popular em Portugal como sendo a primeira gravação de Rock’n’Roll (ou Ié-Ié, ou Pop-Rock) por cá feita. Até a Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX afirma: “Este fonograma constitui a primeira edição comercial portuguesa de canções representativas dos novos estilos da música pop.”
A mim sempre me pareceu que se tratava mais de música ligeira com influências tímidas de Neil Sedaka e Pat Boone, pelo que fiquei na expectativa de encontrar algo que fosse mais de encontro aos sons atrevidos que o rock’n’roll dos anos 50 trazia.
Até que encontrei uma gravação de um LP português de 1956 onde constava um tema de nome “Rock And Roll - Ritmo Sobre Teclas”, que me prendeu a atenção, e “voilà”, qual “Fui louco por ti”, qual “Oh Carol”, aqui sim ouvem-se os ritmos frenéticos de Litle Richard e Chuck Berry.
A gravação era do bem conhecido pianista e director de orquestra Shegundo Galarza.
Shegundo Galarza (1924-2003) era de origem basca e radicou-se em Portugal em 1949 tendo deixado uma longa discografia.
"A partir do final da década de 50 foi amplamente mediatizado no âmbito da música ligeira como director de orquestra e arranjador, sobretudo através de programas televisivos." em Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX.
As memórias vão para os programas da RTP onde ele e o seu conjunto apareciam frequentemente, mas também para a passagem nos bailes de Verão na praia do Furadouro.
Fiquemos, então com “Rock And Roll - Ritmo Sobre Teclas” e os primeiros sons de Rock’n’roll “made in Portugal”.
Shegundo Galarza & Seu Conjunto - Rock And Roll - Ritmo Sobre Teclas
A mim sempre me pareceu que se tratava mais de música ligeira com influências tímidas de Neil Sedaka e Pat Boone, pelo que fiquei na expectativa de encontrar algo que fosse mais de encontro aos sons atrevidos que o rock’n’roll dos anos 50 trazia.
Até que encontrei uma gravação de um LP português de 1956 onde constava um tema de nome “Rock And Roll - Ritmo Sobre Teclas”, que me prendeu a atenção, e “voilà”, qual “Fui louco por ti”, qual “Oh Carol”, aqui sim ouvem-se os ritmos frenéticos de Litle Richard e Chuck Berry.
A gravação era do bem conhecido pianista e director de orquestra Shegundo Galarza.
Shegundo Galarza (1924-2003) era de origem basca e radicou-se em Portugal em 1949 tendo deixado uma longa discografia.
"A partir do final da década de 50 foi amplamente mediatizado no âmbito da música ligeira como director de orquestra e arranjador, sobretudo através de programas televisivos." em Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX.
As memórias vão para os programas da RTP onde ele e o seu conjunto apareciam frequentemente, mas também para a passagem nos bailes de Verão na praia do Furadouro.
Fiquemos, então com “Rock And Roll - Ritmo Sobre Teclas” e os primeiros sons de Rock’n’roll “made in Portugal”.
Shegundo Galarza & Seu Conjunto - Rock And Roll - Ritmo Sobre Teclas
domingo, 8 de março de 2015
Charlotte Gainsbourg - Heaven Can Wait
“Filho de Peixe Sabe Nadar” é um ditado que em termos musicais nem sempre é para levar à letra, ou seja, encontramos exemplos
para todos os gostos. Desde filhos que aprenderam mal (ou nem jeito tinham) a “nadar” e que se não fosse o nome dos pais afundar-se-iam às primeiras “braçadas”, àqueles que no mínimo igualaram os pais (ou mesmo ultrapassaram os referidos em qualidade, popularidade) e que de certeza sobreviriam, por mais encapelado que fosse o mar, independentemente da ajuda dos ditos pais.
Vejamos alguns exemplos:
Nome Pai(s)
Julian Lennon John Lennon
James McCartney Paul McCartney
Dhani Harrison George Harrison
Zak Starkey Richard Starkey (Ringo Starr)
Teddy Thompson Richard Thompson
Shanna Morrison Van Morrison
Dweezil Zappa Frank Zappa
Jacob Dylan Bob Dylan
Rufus Wainwright Kate MacGarrigle e Loudon Wainwright III
Martha Wainwright Kate MacGarrigle e Loudon Wainwright III
Jason Bonham John Bonham (baterista dos Led Zeppelin)
Joe Sumner Gordon Sumner (Sting)
Charlotte Gainsbourg Serge Gainsgourg e Jane Birkin
O início da carreira musical de Charlotte Gainsbourg começa em 1984, quando, com apenas 12/13 anos, grava com o pai Serge Gainsbourg o polémico e provocante “Lemon Incest”(Clip impossível nos dias de hoje), um tema que ela continua a cantar nos tempos actuais.
Actualmente, é tão ou mais conhecida na sua carreira cinematográfica como na de cantora. Musicalmente percorre caminhos na área do rock alternativo, indo o destaque de hoje para o reconhecido álbum “IRM” de 2009 produzido pelo famoso Beck.
O tema escolhido vai para “Heaven Can Wait”. Aqui, filha de peixe sabe nadar …
Charlotte Gainsbourg - Heaven Can Wait
Vejamos alguns exemplos:
Nome Pai(s)
Julian Lennon John Lennon
James McCartney Paul McCartney
Dhani Harrison George Harrison
Zak Starkey Richard Starkey (Ringo Starr)
Teddy Thompson Richard Thompson
Shanna Morrison Van Morrison
Dweezil Zappa Frank Zappa
Jacob Dylan Bob Dylan
Rufus Wainwright Kate MacGarrigle e Loudon Wainwright III
Martha Wainwright Kate MacGarrigle e Loudon Wainwright III
Jason Bonham John Bonham (baterista dos Led Zeppelin)
Joe Sumner Gordon Sumner (Sting)
Charlotte Gainsbourg Serge Gainsgourg e Jane Birkin
O início da carreira musical de Charlotte Gainsbourg começa em 1984, quando, com apenas 12/13 anos, grava com o pai Serge Gainsbourg o polémico e provocante “Lemon Incest”(Clip impossível nos dias de hoje), um tema que ela continua a cantar nos tempos actuais.
Actualmente, é tão ou mais conhecida na sua carreira cinematográfica como na de cantora. Musicalmente percorre caminhos na área do rock alternativo, indo o destaque de hoje para o reconhecido álbum “IRM” de 2009 produzido pelo famoso Beck.
O tema escolhido vai para “Heaven Can Wait”. Aqui, filha de peixe sabe nadar …
Charlotte Gainsbourg - Heaven Can Wait
sábado, 7 de março de 2015
Jane Birkin - Serge Gainsbourg - Jane B.
“Je t’aime… moi non plus”, de Serge Gainsbourg e Jane Birkin, provocou escândalo em muitos países da Europa e por cá parece que chegou mesmo a ser proibida de passar na nossa rádio. Recordo-me, no entanto, de a ouvir em alguns programas de rádio pelo que devia depender das estações. Quanto ao disco, esse encontrava-se à venda pelo que seriam contradições de uma censura pouco inteligente.
No lado B do Single aparece a canção “Jane B.” que evidentemente passou despercebido face ao sucesso de “Je t’aime… moi non plus”. A bela “Jane B.” baseada num belo prelúdio de Chopin.
No lado B do Single aparece a canção “Jane B.” que evidentemente passou despercebido face ao sucesso de “Je t’aime… moi non plus”. A bela “Jane B.” baseada num belo prelúdio de Chopin.
E agora, toda a melancolia de "Jane B." com Jane Birkin na voz.
Jane Birkin - Serge Gainsbourg - Jane B.
Jane Birkin - Serge Gainsbourg - Jane B.
sexta-feira, 6 de março de 2015
Serge Gainsbourg & Brigitte Bardot - Bonnie and Clyde
Em 1967 teve enorme êxito o filme “Bonnie & Clyde”, a história romanceada de 2 gangsters representados por Warren Beatty e Faye Dunaway. Lembro-me perfeitamente do êxito e da polémica que gerou, muito novo, não o cheguei a ver (a classificação era, de certeza, para maiores de 18 anos) pois era então considerado de extrema violência. O próprio realizador Arthur Penn dizia (revista “Celulóide” Nº 122 de Fevereiro de 1968): “Na América do Norte vivemos uma sociedade que se baseia na violência. Por isso não vejo nenhuma razão para não fazer filmes sobre a violência”.
O filme iria também ser fonte de inspiração de canções de grande sucesso. Quem não se lembra de “The Ballad of Bonnie and Clyde”, grande êxito de Georgie Fame em 1968.
Outras houve, de menor êxito, mas nem por isso de menor interesse, o que nos leva novamente a Serge Gainsbourg & Brigitte Bardot. É verdade, também em 1968 Serge Gainsbourg compõe e grava ainda com Brigitte Bardot o seu “Bonnie & Clyde” (curiosidade: a letra é baseada num poema da real Bonnie Parker escrito algumas semanas antes de ser morta).
A paixão por Brigitte Bardot estava perto do fim, em breve Serge iria encontrar essa jovem cantora e actriz e não menos bela Jane Birkin. Mas desta vez é ainda com a BB e “Bonnie & Clyde” que ficamos.
Serge Gainsbourg & Brigitte Bardot - Bonnie and Clyde
O filme iria também ser fonte de inspiração de canções de grande sucesso. Quem não se lembra de “The Ballad of Bonnie and Clyde”, grande êxito de Georgie Fame em 1968.
Outras houve, de menor êxito, mas nem por isso de menor interesse, o que nos leva novamente a Serge Gainsbourg & Brigitte Bardot. É verdade, também em 1968 Serge Gainsbourg compõe e grava ainda com Brigitte Bardot o seu “Bonnie & Clyde” (curiosidade: a letra é baseada num poema da real Bonnie Parker escrito algumas semanas antes de ser morta).
A paixão por Brigitte Bardot estava perto do fim, em breve Serge iria encontrar essa jovem cantora e actriz e não menos bela Jane Birkin. Mas desta vez é ainda com a BB e “Bonnie & Clyde” que ficamos.
Serge Gainsbourg & Brigitte Bardot - Bonnie and Clyde
quinta-feira, 5 de março de 2015
Blitz nº 18 de 5 de Março de 1985
Jornal "Blitz"
Mais um nº do jornal Blitz a fazer 30 anos. É o nº 18 de 5 de Março de 1985.
Na capa uma fotografia de Brian Eno.
- Nas páginas 2 e 3 ocupadas com notícias pequenas lembramos que Vitorino deu os primeiros concertos no Coliseu de Lisboa a 16 e 17 de Março; Tina Turner vence os Grammy de, melhor cantora Pop e melhor cantora Rock; em algumas discotecas de Lisboa podia-se adquirir "Dance On Fire", um vídeo-documentário sobre The Doors.
- Nas páginas 4 e 5, quase exclusivamente preenchidas com anúncios, ficamos a saber que o próximo álbum de Sting tem a participação de Brandford Marsalis.
- Na página 6 Go-Go é um novo estilo musical derivado do Hip-Hop, "uma nova alegria de celebração soul", pelos vistos circunscreveu-se a Washington DC.
- Na página 7 artigo sobre Brian Eno "Do «Art-Rock» à Música Ambiental". Percurso de Brian Eno desde o início dos anos 70 com identificação Da discografia a solo e com os Roxy Music, participações, colaborações e produções.
- Páginas centrais exclusivas para Brian Eno, num interessante artigo de Ricardo Saló, "O Silêncio é de Oiro".
- Página 10, "Busca no Sótão" é ocupada com James Taylor, "Das Tentativas de Suicídio ao Rock In Rio".
- Página 11, dedicada aos habituais "Pregões e Declarações": "A verdade jamais triunfa mas os seus adversários acabam por morrer" é uma das frases.
- Passo à frente as páginas 12 e 13 para saber na página 14 que "Por Este Rio Acima" do Fausto tinha sido posto à venda. O interesse maior vai para o artigo sobre os excelentes Working Week e o Maxi-Single "Venceremos" de 1984.
- Finalmente na página 15 as tabelas dos mais vendidos, em Portugal, assim com nos EUA, o LP mais vendido é "Make It Big" dos Wham!, já em Inglaterra a música é outra The Smiths entram directos para o 1º lugar com "Meat Is Murder".
- Página 16 com fotografia de Luís Filipe Barros e o anúncio do programa "Ondas Luisianas" na Rádio Comercial.
Mais um nº do jornal Blitz a fazer 30 anos. É o nº 18 de 5 de Março de 1985.
Na capa uma fotografia de Brian Eno.
- Nas páginas 2 e 3 ocupadas com notícias pequenas lembramos que Vitorino deu os primeiros concertos no Coliseu de Lisboa a 16 e 17 de Março; Tina Turner vence os Grammy de, melhor cantora Pop e melhor cantora Rock; em algumas discotecas de Lisboa podia-se adquirir "Dance On Fire", um vídeo-documentário sobre The Doors.
- Nas páginas 4 e 5, quase exclusivamente preenchidas com anúncios, ficamos a saber que o próximo álbum de Sting tem a participação de Brandford Marsalis.
- Na página 6 Go-Go é um novo estilo musical derivado do Hip-Hop, "uma nova alegria de celebração soul", pelos vistos circunscreveu-se a Washington DC.
- Na página 7 artigo sobre Brian Eno "Do «Art-Rock» à Música Ambiental". Percurso de Brian Eno desde o início dos anos 70 com identificação Da discografia a solo e com os Roxy Music, participações, colaborações e produções.
- Páginas centrais exclusivas para Brian Eno, num interessante artigo de Ricardo Saló, "O Silêncio é de Oiro".
- Página 10, "Busca no Sótão" é ocupada com James Taylor, "Das Tentativas de Suicídio ao Rock In Rio".
- Página 11, dedicada aos habituais "Pregões e Declarações": "A verdade jamais triunfa mas os seus adversários acabam por morrer" é uma das frases.
- Passo à frente as páginas 12 e 13 para saber na página 14 que "Por Este Rio Acima" do Fausto tinha sido posto à venda. O interesse maior vai para o artigo sobre os excelentes Working Week e o Maxi-Single "Venceremos" de 1984.
- Finalmente na página 15 as tabelas dos mais vendidos, em Portugal, assim com nos EUA, o LP mais vendido é "Make It Big" dos Wham!, já em Inglaterra a música é outra The Smiths entram directos para o 1º lugar com "Meat Is Murder".
- Página 16 com fotografia de Luís Filipe Barros e o anúncio do programa "Ondas Luisianas" na Rádio Comercial.
Serge Gainsbourg & BB - Je T'aime Mois Non Plus
Para hoje mais um retorno a Serge Gainsbourg.
Desta vez para o incontornável “Je t’aime moi non plus“.
Como que a culminar a libertação sexual ocorrida na década Serge grava em 1969 com Jane Birkin a polémica e erótica canção “Je t’aime moi non plus“. De seguida o vídeo com o casal tendo por fundo “Je t’aime moi non plus“:
No entanto, esta não foi a versão original do tema. Reza a história que um dia BB (Brigitte Bardot, nem mais) terá pedido a Serge Gainsboug para escrever a mais bela canção de amor, tendo daí resultado “Je t’aime moi non plus“. Serge e Brigitte chegam mesmo a efectuar em 1968 a gravação que não viu a luz do dia por BB a ter considerado demasiado audaciosa (só nos anos 80 seria editada). Já conhecíamos os ais e os uis de Jane Birkin, vamos agora ficar com os suspiros da Brigitte Bardot. E agora a escolha, BB ou JB (a música, claro!).
Serge Gainsbourg & BB - Je T'aime Mois Non Plus
Como que a culminar a libertação sexual ocorrida na década Serge grava em 1969 com Jane Birkin a polémica e erótica canção “Je t’aime moi non plus“. De seguida o vídeo com o casal tendo por fundo “Je t’aime moi non plus“:
No entanto, esta não foi a versão original do tema. Reza a história que um dia BB (Brigitte Bardot, nem mais) terá pedido a Serge Gainsboug para escrever a mais bela canção de amor, tendo daí resultado “Je t’aime moi non plus“. Serge e Brigitte chegam mesmo a efectuar em 1968 a gravação que não viu a luz do dia por BB a ter considerado demasiado audaciosa (só nos anos 80 seria editada). Já conhecíamos os ais e os uis de Jane Birkin, vamos agora ficar com os suspiros da Brigitte Bardot. E agora a escolha, BB ou JB (a música, claro!).
Serge Gainsbourg & BB - Je T'aime Mois Non Plus
quarta-feira, 4 de março de 2015
Bert Jansch - Needle of Death
Neil Young tem sido nos últimos anos paladino da qualidade sonora na gravação/reprodução. São disso testemunho a preocupação na reedição da sua discografia em “Blue Ray” e a cuidada recuperação e edição de concertos por ele efectuados dos anos 60 e 70. Mais recentemente tornaram-se polémicas as suas afirmações sobre os leitores de mp3 (máximo 320 kbps) afirmando que só dão 5% da qualidade original das músicas e mesmo os CD (1411,2 kbps) que não vão além de 15%. Está à frente do projecto “Pono” leitor digital (a ser lançado ainda este ano com o lema “ WE’RE LETTING MUSIC CHANGE YOU. WE’RE NOT CHANGING MUSIC.“) que permitirá a leitura de ficheiros digitais não comprimidos e portanto sem perda de qualidade. A polémica está instalada!
Em 2014 Neil Young editou o álbum “A Letter Home”, onde recupera temas de Phil Ochs, Tim Hardin, Bert Jansch e outros. Eis que… surpresa! O disco foi gravado em Lo-Fi (baixa qualidade) numa cabine Voice-O-Graphs de 1947 (cabines instaladas na rua que permitiam a gravação da voz em vinil). O próprio site de Neil Young adianta ser “A Letter Home” um conjunto de canções gravadas numa antiga tecnologia electro-mecânica recuperando a essência de algo que se poderia ter perdido para sempre.
Na altura fiquei baralhado com esta aparente incoerência e ainda não me rendi a “A Letter Home”, pese a crónica de João Lisboa no Expresso de 13 de Junho de 2014 vir tranquilizar este desassossego ao afirmar:
“Contradição? Nada disso. Em ambos os casos, o que o motiva é a demanda de uma certa pureza e autenticidade primordiais…” esperemos que esteja certo.
Bem, na busca “de uma certa pureza e autenticidade primordiais” fui recuperar o original de “Needle of Death” de Bert Jansch (1943-2011) outra das minhas preferências de sempre.
Bert Jansch (1943-2011) guitarrista e compositor escocês tido, já hoje, como lendário na síntese, diria perfeita, do Folk e do Blues, grava em 1965 o primeiro álbum onde consta “Needle of Death”. Um álbum que faz parte de “1001 Albums You Must Hear Before You Die”, sem dúvida!
Bert Jansch - Needle of Death
Em 2014 Neil Young editou o álbum “A Letter Home”, onde recupera temas de Phil Ochs, Tim Hardin, Bert Jansch e outros. Eis que… surpresa! O disco foi gravado em Lo-Fi (baixa qualidade) numa cabine Voice-O-Graphs de 1947 (cabines instaladas na rua que permitiam a gravação da voz em vinil). O próprio site de Neil Young adianta ser “A Letter Home” um conjunto de canções gravadas numa antiga tecnologia electro-mecânica recuperando a essência de algo que se poderia ter perdido para sempre.
Na altura fiquei baralhado com esta aparente incoerência e ainda não me rendi a “A Letter Home”, pese a crónica de João Lisboa no Expresso de 13 de Junho de 2014 vir tranquilizar este desassossego ao afirmar:
“Contradição? Nada disso. Em ambos os casos, o que o motiva é a demanda de uma certa pureza e autenticidade primordiais…” esperemos que esteja certo.
Bem, na busca “de uma certa pureza e autenticidade primordiais” fui recuperar o original de “Needle of Death” de Bert Jansch (1943-2011) outra das minhas preferências de sempre.
Bert Jansch (1943-2011) guitarrista e compositor escocês tido, já hoje, como lendário na síntese, diria perfeita, do Folk e do Blues, grava em 1965 o primeiro álbum onde consta “Needle of Death”. Um álbum que faz parte de “1001 Albums You Must Hear Before You Die”, sem dúvida!
Bert Jansch - Needle of Death
terça-feira, 3 de março de 2015
Peter, Paul and Mary - Puff, the Magic Dragon
Em 1963 ouvia-se Elvis Presley e o seu “I Can’t Fall in Love With You”, Ray Charles e “I Can’t Stop Loving You”, Andy Williams e “Can’t Get Use to Losing You”, Roy Orbison e “Blue Bayou” e muitos outros, entretanto, praticamente esquecidos, mas à época bem populares, como por exemplo: Del Shannon, Bryan Hyland, The Shirelles, The Crystals, The Ventures.
Mas os sinais mais importantes do ano de 1963 vinham, do lado de cá do Atlântico, dos The Beatles (2 álbuns), do lado de lá, dos The Beach Boys (logo com 3 álbuns), de Bob Dylan e ainda de um trio que faria as delícias da música folk na década de 60: os Peter, Paul and Mary. Depois de terem conhecido o êxito em 1962 com o primeiro álbum homónimo, no ano seguinte apareceria o segundo álbum “Moving” e nele um tema inesquecível, absolutamente incontornável e que atingiu enorme popularidade: “Puff, the Magic Dragon”.
À memória de Mary Travers (1936-2009), que tanta saudade deixou, aqui vai, mais de 50 anos de encantamento.
Peter, Paul and Mary - Puff, the Magic Dragon
Mas os sinais mais importantes do ano de 1963 vinham, do lado de cá do Atlântico, dos The Beatles (2 álbuns), do lado de lá, dos The Beach Boys (logo com 3 álbuns), de Bob Dylan e ainda de um trio que faria as delícias da música folk na década de 60: os Peter, Paul and Mary. Depois de terem conhecido o êxito em 1962 com o primeiro álbum homónimo, no ano seguinte apareceria o segundo álbum “Moving” e nele um tema inesquecível, absolutamente incontornável e que atingiu enorme popularidade: “Puff, the Magic Dragon”.
À memória de Mary Travers (1936-2009), que tanta saudade deixou, aqui vai, mais de 50 anos de encantamento.
Peter, Paul and Mary - Puff, the Magic Dragon
segunda-feira, 2 de março de 2015
Barry McGuire - Eve Of Destruction
"No espaço de alguns meses - a partir de Março de 1965 - apareceram Subterranean Homesick Blues, Like A Rolling Stone e os LP Bringing It All Back Home, Highway 61 Revisited de Bob Dylan, Mrs. Tambourine Man e o LP com o mesmo nome dos Byrds, Eve Of Destruction de Barry McGuire, Satisfaction dos Rolling Stones, Help, Day Tripper/We Can Work It Out e o LP Rubber Soul dos Beatles. Indicavam não só uma profunda mudança musical, como também a integração (catarsis) na Pop Music das reivindicações radicais." em POPMUSIC-ROCK.
"Eve Of Destruction" de Barry McGuire é a recuperação para hoje. Barry McGuire (1935-) cantor norte-americano ficou para sempre ligado à canção "Eve Of Destruction". Rezam de 1961 as primeiras gravações de Barry McGuire, mas será em 1965 que inesperadamente alcança o sucesso com a gravação de "Eve Of Destruction".
"The Eastern world, it is explodin',
Violence flarin', bullets loadin'.
You're old enough to kill, but not for votin',
You don't believe in war -- but what's that gun you're totin'?
An' even the Jordan river has bodies floatin'.
But you tell me, over and over and over again, my friend,
Ah, you don't believe we're on the eve of destruction..."
Há quantos anos não ouvia "Eve of Destruction"! Andava quase perdido na memória, é altura de a resgatar.
Barry McGuire - Eve Of Destruction
"Eve Of Destruction" de Barry McGuire é a recuperação para hoje. Barry McGuire (1935-) cantor norte-americano ficou para sempre ligado à canção "Eve Of Destruction". Rezam de 1961 as primeiras gravações de Barry McGuire, mas será em 1965 que inesperadamente alcança o sucesso com a gravação de "Eve Of Destruction".
"The Eastern world, it is explodin',
Violence flarin', bullets loadin'.
You're old enough to kill, but not for votin',
You don't believe in war -- but what's that gun you're totin'?
An' even the Jordan river has bodies floatin'.
But you tell me, over and over and over again, my friend,
Ah, you don't believe we're on the eve of destruction..."
Há quantos anos não ouvia "Eve of Destruction"! Andava quase perdido na memória, é altura de a resgatar.
Barry McGuire - Eve Of Destruction
domingo, 1 de março de 2015
The Butterfield Blues Band - Blues with a Feeling
Se a influência dos Blues nos músicos brancos, em Inglaterra, nos anos 60, foi enorme, pensemos em Alexis Korner, John Mayall, Eric Clapton, ou nos grupos The Rollling Stones, Fleetwood Mac, Cream, Manfred Mann, The Yardbirds, Ten Years After e muitos mais, ao ponto de terem tomado a designação de British Blues, nos EUA o peso enorme dos Blues na população negra também acabou por transbordar para a população branca e igualmente influenciar músicos que iriam ficar na história da música popular daquela década. Paul Butterfield foi um dos casos.
Paul Butterfield (1942-1987) foi um cantor de Blues e tocador de harmónica cuja carreira teve início em 1963 ao formar a The Butterfield Blues Band onde se destacaram 2 excelentes guitarristas: Elvin Bishop e Mike Bloomfield, em 1965 no Festival Folk de Newport são convidados a tocar juntamente com Bob Dylan no que foi a primeira e polémica actuação "eléctrica" deste.
Ainda em 1965 sai o primeiro álbum "The Paul Butterfield Blues Band" e é um dos primeiros discos americanos de Blues interpretado por um cantor branco. Desse álbum escolhemos "Blues With A Feeling" um tema dos anos 40.
The Butterfield Blues Band - Blues with a Feeling
Paul Butterfield (1942-1987) foi um cantor de Blues e tocador de harmónica cuja carreira teve início em 1963 ao formar a The Butterfield Blues Band onde se destacaram 2 excelentes guitarristas: Elvin Bishop e Mike Bloomfield, em 1965 no Festival Folk de Newport são convidados a tocar juntamente com Bob Dylan no que foi a primeira e polémica actuação "eléctrica" deste.
Ainda em 1965 sai o primeiro álbum "The Paul Butterfield Blues Band" e é um dos primeiros discos americanos de Blues interpretado por um cantor branco. Desse álbum escolhemos "Blues With A Feeling" um tema dos anos 40.
The Butterfield Blues Band - Blues with a Feeling
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