domingo, 7 de julho de 2024

Joni Mitchell - Urge For Going

 

Oferta da minha filha Ana eis o último nº da revista MOJO (The Collectors’ Series: Joni Mitchell Essentials), 132 páginas totalmente dedicadas a Joni Mitchell.




Para os fãs, e não só, aqui é passada em revista a carreira desta extraordinária, cantora, autora, multi-instrumentista canadiana que me tem acompanhado a vida toda. Dividida em 3 partes. "Part 1: The Studio Albums", "Part 2: Compilations & Rarities" e "Part 3: Live Albums & Books", aqui se encontram múltiplos de interesse para uma leitura atenta nos próximos tempos.

"Some artists trancend their role as songwiters and musicians and became symbolic of something far bigger. Joni Mitchell is one of them", no dizer do editor Pat Gilbert.

 

Do primeiro volume dos arquivos de Joni Mitchell ("The Early Years (1963-1967)"), 5 CD com gravações anteriores ao primeiro álbum de estúdio de Joni Mitchell ("Song to a Seagull" de 1968), ficamos com "Urge For Going", "the first well-written song that I have", aqui numa gravação caseira de 1965.




Joni Mitchell - Urge For Going

domingo, 30 de junho de 2024

José Afonso - Balada de Outono

 

A 25 de Maio de 1983 José Afonso deu o seu último concerto que se efectuou no Coliseu do Porto. 41 anos depois o Coliseu do Porto e a AJA (Associação José Afonso) celebram esse concerto num espectáculo que reúne alguns dos músicos então presentes mas também alguns outros que nessa data não eram sequer nascidos. Falhei o primeiro, já não sei porquê (provavelmente pelos bilhetes terem esgotado meses antes), mas este não falhei com a aquisição dos bilhetes muitos meses antes de um concerto completamente esgotado.

Se foi bom (re)ver alguns músicos antigos, Francisco Fanhais, Janita Salomé, João Afonso, Júlio Pereira, Rui Pato,...), melhor ainda alguns de gerações mais recentes que me surpreenderam como Dino d'Santiago e Ricardo Ribeiro e ainda Pedro Vidal, responsável pelos arranjos na 2ª parte e uma promissora estrela Patrícia Lestre, verdadeira "pulguinha saltitona", que chamou bem a atenção (ver https://www.facebook.com/egidio.santos.5/videos/1584013452173975).




Como o Concerto de José Afonso no Coliseu do Porto não teve registo fica para recordar "Balada de Outono) no Coliseu dos Recreios em Lisboa 4 meses antes.



José Afonso - Balada de Outono

domingo, 14 de abril de 2024

Richard Thompson - Take Care the Road You Choose

 Esta semana tenho-a dedicado a um dos meus artistas preferidos: Richard Thompson.

Tomei conhecimento da sua música no final dos anos 60 quando ouvi alguns temas dos 3 álbuns editados em 1969 pelos Fairport Convention, grupo de que foi um dos fundadores. Se então a minha atenção foi totalmente dirigida para a Sandy Denny e um dos temas mais belos que ela escreveu, "Who Knows Where The Time Goes?", em 1970 com o álbum "Full House" a minha curiosidade virou-se para o guitarrista do grupo, em particular no tema "Sloth", que era exactamente Richard Thompson.

Há mais de 50 anos, portanto, que sou fã de Richard Thompson, possuindo boa parte da sua discografia. Numa contagem rápida, entre Vinil e CD, um total de 62 álbuns, e ainda 4 DVD, assim distribuídos:

- Fairport Convention - 14
- The Bunch - 1
- French, Frith, Kaiser, Thompson - 2
- Richard and Linda Thompson - 8
- Richard Thompson + Danny Thompson - 1
- Richard Thompson - 36

Na impossibilidade de os ouvir todos saltitei de álbum para álbum de forma aleatória, ou talvez não, na realidade privilegiei aqueles que há mais tempo não ouvia. Passei por "(guitar, vocal)", duplo LP em vinil de 1976, excelente compilação de temas até então não editados de 1967 a 1976, "Rumor And Sigh" gravação em CD de 1991, o álbum que contem "1952 Vincent Black Lightning”, o mais recente duplo ao vivo "Historic Classic Concert – Live in Nothingham 1986", boa qualidade sonora com algumas faixas mal rotuladas (por exemplo: "Tear Stained Letter" não é de Johnny Cash mas sim do próprio Richard Thompson




Finalmente, não podia terminar melhor, o blu-ray "Live at Celtic Connections" gravado em 2011 no Royal Concert Hall em Glasgow. É dele "Take Care the Road You Choose", simplesmente maravilhoso!



Richard Thompson - Take Care the Road You Choose


segunda-feira, 8 de abril de 2024

Eva Cassidy - Over the Rainbow

Grandes Versões


 Ainda sem rumo definido para a continuação destes meus Regresso ao Passado vou os fazendo ao sabor da ocasião. E tudo serve de pretexto para ir mantendo vivo este Blogue. Tenho estado a ouvir a discografia que disponho de Eva Cassidy, e esse é o pretexto, a saber por ordem de edição:

- The Other Side (with Chuck Brown) (1992)
- Live at Blues Alley (1996) - Ao vivo
- Eva by Heart (1997)
- Songbird (1998) - Compilação
- Time After Time (2000)
- No Boundaries (2000) - Não oficial
- Imagine (2002)
- American Tune (2003) - Ao vivo
- Nightbird (2015) - Ao vivo

Eva Cassidy faleceu em Novembro de 1996 sem ver editado qualquer álbum de estúdio em nome próprio (na realidade "The Other Side" aparece como Chuck Brown and Eva Cassidy) e foi uma cantora com uma voz extraordinária que não foi devidamente reconhecida em vida. Interpretava sobretudo temas de outros compositores tendo uma capacidade impressionante de lhes dar um cunho pessoal que nos faz esquecer muitas vezes o original.
Deixou gravadas, cruzando os mais diversos géneros musicais, canções como  "Bridge over Troubled Water", "Songbird", "Fields of Gold", "Woodstock", "(You Make Me Feel Like) A Natural Woman", "Who Knows Where the Time Goes?", "Imagine", para citar somente as mais conhecidas, e ainda muitos temas tradicionais e standards de Jazz.


Edição de 2CD+1DVD com a ref: G2 10209





Em "Nightbird" surge uma verão impressionante de "Over the Rainbow", um original de 1939 na voz de Judy Garland, que hoje recupero. Assim cantava Eva Cassidy a 3 de Janeiro de 1996. Fiquem bem.




Eva Cassidy - Over the Rainbow

sexta-feira, 5 de abril de 2024

José Mário Branco - Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades

 A Revolução antes da Revolução


 "A Revolução antes da Revolução" é o título do livro, que acabei de comprar, escrito por Luís de Freitas Branco. trineto do compositor com o mesmo nome e que nos dá a conhecer musicalmente, mês a mês, o ano de 1971. Lê-se na cinta da capa do livro:

"Antes da revolução política, uma revolução cultural antecipou o fim da ditadura. O regime estava por um fio e o sopro inspirado da música popular portuguesa foi a banda sonora para transformações decisivas. 1971 foi o ano do golpe musical, com protagonismo de José Mário Branco, Sérgio Godinho, Adriano Correia de Oliveira e Carlos Paredes, mas também de Duo Ouro Negro, Tonicha, Amália Rodrigues ou Marco Paulo; o ano do primeiro Cascais Jazz e do emblemático Festival de Vilar de Mouros; o ano que deu à música portuguesa e ao movimento dos capitães a canção-senha «Grândola, Vila Morena»."



Não estarei totalmente de acordo com os identificados protagonistas do "golpe musical" de 1971, mas só após a leitura do livro é que poderei confirmar se mantenho este desacordo.

Recorde-se "Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades" do álbum com o mesmo nome de José Mário Branco, era "A Revolução antes da Revolução".



José Mário Branco - Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades

segunda-feira, 1 de abril de 2024

Jean Ferrat - Le malheur d'aimer

 Relei-o "Dissolução" de Urbano Tavares Rodrigues. "...discurso no tempo e no espaço português - e quase três anos iam volvidos -, se tornara no espectro da dissolução do Portugal fascista" no dizer do escritor em Advertência ao Leitor. "Pouco antes do 25 de Abril, estava já o texto quase acabado" e seria terminado em Junho de 1974, quase, portanto, a fazer 50 anos.

É logo no início deste livro que encontro o pretexto para mais este Regresso ao Passado que continua sem rumo certo. Lê-se:

"Deu-me de beber: um ginger ale. Que música eu preferia? Mozart, Vivaldi, música barroca... Não tinha. O que quiser... Descobriu-me um Jean Ferrat."

 Um Jean Ferrat (1930-2010) que  descobri antes do 25 de Abril, primeiro na revista "mundo da canção" e depois no programa de rádio "Página Um" se a memória não me falha. Quem sabe se não terei então ouvido "Le malheur d'aimer" do álbum "Ferrat chante Aragon" decorria o ano de 1971. Recorde-se.



Jean Ferrat - Le malheur d'aimer



segunda-feira, 25 de março de 2024

Sérgio Godinho - Liberdade

 

Já perdi a conta o nº de vezes que vi Sérgio Godinho ao vivo desde 1974 após a revolução, num palanque num sítio qualquer sem qualquer condições até à sua consagração em sucessivos concertos nas melhores salas de espectáculos do país.

Sérgio Godinho já vai com 78 anos e foi há 53 anos que se deu a conhecer discograficamente. E, sem a mobilidade de outros tempos, deu no dia 23 de Março no Coliseu do Porto mais um excelente concerto que contou, para além dos Assessores que o acompanham há já muito tempo, com a participação de A Garota Não e Canto Nono.

Deste concerto ficam algumas fotos.













Sérgio Godinho - Liberdade:

quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Jethro Tull - Dharma For One

 a memória do elefante


Com este Regresso ao Passado chego ao fim da longa passagem efectuada pelo nº 7 do jornal "a memória do elefante" referente aos meses de Janeiro e Fevereiro de 1972. Também desta forma termino uma fase do meu blog iniciado em 2014. O meu objectivo foi sempre recordar temas musicais mais ou menos antigos, sobretudo das décadas de 60 e 70, esquecidas e ou pouco conhecidas, assim como disponibilizar um conjunto de informação de jornais e revistas, alguns dos quais difíceis de encontrar. Privilegiava assim os textos e a audição evitando quase sempre recorrer a vídeos do Youtube cujos links assim com estão activos também desaparecem. Pensei não correr este risco com a audição directa através de um player de áudio mas infelizmente constatei que todos foram desactivados pela  Google o que lamento. Não sei pois como irei proceder de futuro ou se me vou render a links do Youtube, a ver vamos.

A escolha de hoje vai para os Jethro Tull que numa página deste nº de "a memória do elefante" onde se dava pequenas notícias mês a mês do ano de 1971 aparecem referidos duas vezes.

Os motivos são as alterações efectuadas no grupo que naqueles tempos eram frequentes, da formação inicial de 1967 em finais de 1971 já só Ian Anderson subsistia. Depois da saída do guitarrista Mick Abrahams em 1968 para formar os Blodwyn Pig, em 1971 é a vez do baixista Glenn Cornick para formar os Wild Turkey lendo-se: "ABRIL - Operam-se modificações nos Jethro Tull: sai Glenn Cornick (que formou o grupo Wild Turkey) e entra John Evan, pianista que havia já colaborado no álbum Benefit."  depois é a vez de do baterista Clive Bunker: "AGOSTO - Os Jethro Tull têm vindo a trabalhar com um novo baterista, Barry Barlon, que assim substitui Clive Bunker. Não foram dadas nenhumas razões para o facto, mas a agência que representa os Jethro Tull negou que a substituição fosse permanente."




Da primeiro formação dos Jethro Tull consta o 1º e excelente álbum "This Was" donde escolho a faixa "Dharma For One". Uma aventura que ainda resiste ao passar dos tempos mas infelizmente esgotada.

Até breve, espero!





Jethro Tull - Dharma For One

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

a memória do elefante nº 7

 a memória do elefante


Não só de crítica musical se fazia o jornal "a memória do elefante". Jornal underground, que seguia na minha juventude de forma entusiástica, também nele constavam páginas de propaganda completamente inovadoras para a época, diria mesmo ainda hoje, bem como textos de ficção de compreensão não imediata.

É com essas páginas do nº 7 referente a Janeiro/Fevereiro de 1972 que é feito o Regresso ao Passado de hoje. Espero que apreciem.











domingo, 25 de fevereiro de 2024

The Doors - The End

 a memória do elefante


Num texto assinado por Jorge Lima Barreto e Fernando Semedo, intitulado "História e limites da música popular", publicado no nº 7 do jornal "a memória do elefante" de Janeiro/Fevereiro de 1972, termina com uma frase atribuída a Jim Morrison: "Chuis, nós também estamos armados: temos as nossas guitarras e o nosso livre-pensamento!".

Bem reveladora dos tempos que então se viviam e que antecedia o golpe de estado que por se iria verificar a  25 de Abril de 1974 e que nos iria restituir a liberdade e a democracia. Assim tudo se aproveitava para pôr em causa os valores então dominantes numa sociedade onde "A pop-music é o símbolo duma cultura em desintegração, dum processo vertiginoso de transformação, duma crise ideológica e social." Em revista vai-se de Elvis Presley e Paul Anka a Frank Zappa e os Emerson, Lake and Palmer passando pelos The Doors e Janis Joplin. Quanto a estes "Os Doors ou Janis Joplin (para além do mestre da folk-song Bob Dylan) agitam as mentalidades novas das sociedades industriais do ocidente com propostas de imoralidade e revolta."





Sinais de novos tempos com temas musicais de grande complexidade encontram-se em canções como "The End", canção longa logo do 1º LP de 1967. The Doors no seu melhor, a história da música popular passa por eles e com certeza por este tema.





The Doors - The End

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

Bach - Brandenburg Concerto No 5

 a memória do elefante


"Para uma compreensão do Ritmo" é o nome do texto que se segue nesta passagem que estou a fazer pelo nº 7 do jornal "a memória do elefante" de Janeiro/Fevereiro de 1972.

Texto interessante que para total compreensão requer alguns conhecimentos musicais mas que dá perfeitamente para compreender a pretensão de Pedro Proença, o autor do artigo. Nele se contrapõe as "Pulsações iguais como aparecem na quase totalidade da Pop..." "... onde uma bateria marca constantemente a mesma escusada marcação com eventuais variações do «vira o disco e toca o mesmo»." com exemplos como "...os primeiros andamentos da 5ª sinfonia de Beethoven e do 5º Concerto Brandeburguês de Bach."




Motivo para ficarmos com Johann Sebastian Bach  e o 1º movimento "Allegro" do "Brandenburg Concerto No. 5 in D major, BWV 1050" composto por volta de 1721.





Bach - Brandenburg Concerto No 5

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

Charles Mingus - Goodbye Pork Pie Hat

 a memória do elefante


Já vai longa esta passagem pelo nº 7 do jornal "a memória do elefante" do início de 1972. Mas para além das listas dos melhores álbuns e temas de 1971, que entretanto recuperei outros motivos de interesse constavam nas páginas deste jornal que tão boas memórias deixou.

Para continuar o artigo de Jorge Lima Barreto intitulado somente "Jazz".

O Jazz, tal como qualquer outro género musical, apresenta ao longo da sua rica história múltiplas designações que correspondem ao estado de desenvolvimento ou seja ao modo como é reinventado. Normalmente aparecem as designações de Tradicional e Vanguarda sendo que no Jazz é na década de 50 que ocorre tal separação com a modificação das regras como era conhecido por músicos de calibre como Cecil Taylor, Don Cherry e Ornette Coleman.

Assim surgiu a New Thing referida por Jorge Lima Barreto  que afirma "O termo New-Thing comporta aquele período do Jazz que vai da revolução musical do Free, fins dos ano 50, até aos nossos dias incluindo portanto o Jazz não-tradicional electro-acústico, electrónico, etnográfico, atonal e Jazz-pop."




Quanto ao início da New-Thing, "Podemos adoptar, não rigorosamente, a gravação de MINGUS-AH-UHM de CARLIE MINGUS como marco discográfico onde se suspeita já os caminhos do Jazz-futuro (1957)." Charlie Mingus (1922-1979), compositor, contra-baixista, pianista, um dos maiores do mundo do Jazz publicou em 1959 "Mingus Ah Um", um disco imprescindível em qualquer discoteca básica de Jazz.


Edição em CD com a ref: CBS 450436 2

É deste grande álbum o famoso tema "Goodbye Pork Pie Hat", que eu particularmente admiro.





Charles Mingus - Goodbye Pork Pie Hat

sábado, 17 de fevereiro de 2024

Yes - Yours Is No Disgrace

 a memória do elefante


Finalmente o melhor álbum do ano de 1971 para o jornal "a memória do elefante".

Recorde-se, em 1971 estava em pleno florescimento do Rock Progressivo, só tendo o Folk-Rock a rivalizar. A classificação que o jornal "a memória do elefante" efectuou denota isso mesmo. Em particular nos lugares de topo onde alternam. Há, no entanto, algumas falhas que convém assinalar, álbuns com "Blue" de Joni Mitchell e "The North Star Grassman and The Ravens" de Sandy Denny não aparecem, e estes mereciam ir bem para o topo da classificação.

Para meu gosto os álbuns da área do Folk-Rock sobreviveram muito melhor ao passar dos anos  e ouço-os ainda hoje com assiduidade, enquanto os disco de Rock Progressivo estão claramente datados e é raro ouvi-los. No entanto, à época, não podia estar mais de acordo com a escolha de "a memória do elefante" para melhor álbum do ano: "The Yes Album" dos Yes.

"... THE YES ALBUM é uma realização rigorosamente una, donde se torna difícil destacar uma ou outra faixa, já que em todas elas há um sentido perfeito de combinação ao nível das palavras que se escolhem com o discurso melódico-instrumental que decorre." para terminar dizendo "THE YES ALBUM é o melhor álbum do ano que terminou no Dezembro último. Ouça-o com atenção. Se não gostar ouça-o outra vez. Se ainda não gostar consulte um psiquiatra."





Deste álbum é ainda escolhida a faixa "Yours Is No Disgrace" que ocuparia o 5º lugar na lista de temas.





"YOURS IS NO DISGRACE é em última análise o tema maior dum conjunto de gravações que se caracterizam essencialmente por uma completa unidade formal e também de valor."

E agora é só imaginar que estamos em 1971.





Yes - Yours Is No Disgrace

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

David Crosby - Laughing

   a memória do elefante


Crosby, Stills, Nash and Young foi um grupo de Folk-Rock americano cujas individualidades eram por si só dignas de sólidas carreiras a solo o que na realidade veio a acontecer. David Crosby (1941-2023) notabilizou-se primeiro nos The Byrds, depois Crosby, Stills and Nash e finalmente em quarteto com o acréscimo de Neil Young. Quanto aos trabalhos a solo a primeira e melhor experiência realizou-se em 1971 com a edição de "If I Could Only Remember My Name". Um disco singular na discografia do Folk-Rock, ainda hoje.

Para o jornal "a memória do elefante" foi mesmo o 2º melhor álbum do ano de 1971, escrevia-se:

"Imagem tão fria como verdadeira duma América de hoje gigantesco receptáculo de psicoses, IF I COULD ONLY REMEMBER MY NAME é o resultado da imensa sensibilidade de homem e do esclarecido sentido estético de Crosby..." finalizando "IF I COULD ONLY REMEMBER MY NAME é um exemplo indiscutível da música popular de excepção."




Deste álbum era escolhida a canção "Laughing" que foi considerada o 4º melhor tema de 1971. Uma grande canção!





"David Crosby com LAUGHING, fez um momento dos mais belos da música popular do nosso tempo."





David Crosby - Laughing

domingo, 11 de fevereiro de 2024

Jethro Tull - My God

  a memória do elefante


Reparando nos 27 álbuns que o jornal "a memória do elefante" considerou os melhores de 1971 nota-se que naquele ano predominaram dois géneros musicais, o Rock Progressivo e o Folk-Rock. Ao aproximarmo-nos do topo verifica-se mesmo que alternam, depois de Leonard Cohen no 4º lugar com "Songs of Love and Hate", o 3º lugar é ocupado pelos Jethro Tull com um dos seus melhores álbuns, "Aqualung". Álbum de Rock Progressivo mas também onde o Folk-Rock marca presença.

"AQUALUNG é o refinamento duma sonoridade construída a golpes firmes por um grupo enorme que quer e sabe manter-se à margem do que é fácil ou gratuito." notava "a memória do elefante" em texto então publicado.

 



Num álbum recheado de boas canções "a memória do elefante" destacava "My God" que considerava mesmo o melhor tema do ano, dizendo: "Demonstração inequívoca dum originalísmo ilimitado e dum raro sentido do belo, MY GOD é o melhor título de 1971."




"People (What have you done?) locked Him in His golden cage. Made Him bend to your religion, Him ressurected from the grave. He is the god of nothing..."





Jethro Tull - My God

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

Leonard Cohen - Famous Blue Raincoat

 a memória do elefante


Em 1972 muito provavelmente estaria de acordo com a classificação dos melhores álbuns do ano anterior efectuada pelo jornal "a memória do elefante" no seu nº 7. No entanto, passados estes anos todos, há pelo menos duas situações que merecem logo o meu reparo. Primeira e a mais gritante: onde está o álbum "Blue" de Joni Mitchell? Pura e simplesmente, aquele que é hoje considerado um dos melhores álbuns de sempre da música popular, não aparece. Qual a razão? Ignoro, mas gostava de saber. Segunda situação tem a ver com o Regresso ao Passado de hoje, ou seja o álbum que na dita classificação ocupa o 4º lugar e que eu não hesitaria em colocar dois lugares acima, é "Songs of Love and Hate" de Leonard Cohen.

Se bem que já conhecesse Leonard Cohen dos dois primeiros álbuns através de canções como "Suzanne",  "So Long, Marianne", "Hey, That's No Way to Say Goodbye" e "Bird on the Wire" foi o 3º álbum, "Songs of Love and Hate", que me recordo da sua edição e o primeiro que dele adquiri. Tem, por isso, um lugar especial e considero-o um disco com um conjunto de canções intemporais e algumas das melhores que Leonard Cohen escreveu.

"Leonard Cohen é uma personalidade das mais importantes de todo o actual sistema musical anglo-americano.", começava assim o texto publicado no jornal "a memória do elefante" relativo a este álbum.



 

Deste álbum, a canção que se recorda hoje, "Famous Blue Raincoat", foi considerada a 6ª melhor do ano.

"Gozo imenso duma calma extenuada mas que também é verdadeira e espontânea, FAMOUS BLUE RAINCOAT traduz de forma brilhante a guerra interior de sentimentos que se trava quando nos sentimos atraiçoados no que nos é mais grato."





E agora o melhor é eu ir ouvir o álbum completo que me acompanha há mais de 50 anos!





Leonard Cohen - Famous Blue Raincoat

terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

Ian Matthews - Little Known

 a memória do elefante


Continuando a subir na tabela dos melhores álbuns de 1971 na selecção feita pelo jornal "a memória do elefante" chego ao 5º lugar onde encontro Ian Matthews e o seu primeiro álbum a solo "If You Saw Thro' My Eyes" (isto se não considerarmos "Matthews' Southern Comfort" (1970) um álbum a solo).

"If You Saw Thro' My Eyes" corresponde a um período altamente produtivo de Ian Matthews após a sua saída dos Fairport Convention em 1969. Para além de "Matthews' Southern Comfort", ainda "Second Spring" e "Later That Same Year", todos em 1970, e já em 1971 "If You Saw Thro' My Eyes" e "Tigers Will Survive". Tudo trabalhos altamente recomendados do melhor Folk-Rock então praticado.

Quanto a "If You Saw Thro' My Eyes" o jornal "a memória do elefante" dedicava-lhe um texto onde se dizia:

"IF YOU SAW THRO' MY ETES, especialmente a primeira parte. é a demonstração duma sensibilidade estética que parece não se satisfazer com criar momentos mito belos para se ultrapassar no segmento seguinte, é a prova duma honestidade que nunca foi normal e muito menos agora"



Para a lista de melhores temas de 1971, este álbum também se faz representar tendo sido escolhida para a 3ª melhor canção de 1971 a surpreendente "Little Known" 

De uma beleza rara "..."Little Known" é talvez a mais bela emanação de Ian Matthews."





 É essa a proposta de hoje. Fiquem bem.





Ian Matthews - Little Known

sábado, 3 de fevereiro de 2024

Tom Paxton - I Had To Shoot That Rabbit

a memória do elefante


Tom Paxton, cantor importante do Folk norte-americano, actualmente com 86 anos, revelou-se no início dos anos 60 integrando o movimento de canções de protesto que naquela década tão importante foi.

Perto de 50 álbuns de estúdio publicados atestam a qualidade deste cantor infelizmente pouco conhecido por gerações mais novas. Em 1971, já com 8 álbuns editados, publica "How Come the Sun" que se mantêm até hoje como um dos seus melhores trabalhos. Para o jornal "a memória do elefante " é mesmo o 6º melhor álbum do ano tecendo as seguintes considerações:




Também deste álbum o jornal "a memória do elefante" destaca uma canção, "I Had To Shoot That Rabbit", que a considera o 7º melhor tema do ano.





Pouco conhecida na época, como agora, "I Had To Shoot That Rabbit" é uma magnífica canção de um cantor ímpar de que tanto temos saudade.





Tom Paxton - I Had To Shoot That Rabbit

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

The Doors - Riders On The Storm

  a memória do elefante


Poucos meses antes da morte de Jim Morrison (3-7-1971) foi publicado o que seria o último registo do grupo The Doors com o seu carismático vocalista vivo.

O álbum "L.A. Woman" era o 6º do grupo e era marcantemente de Blues-Rock tão de agrado de Jim Morrison e os outros The Doors. Lembro-me muito bem da passagem de temas como "L.A. Woman" e "Riders On The Storm", os temas chave e mais longos que finalizavam respectivamente os lados A e B.

Para o jornal "a memória do elefante" "L.A. Woman" era o 7º melhor álbum do ano publicando o seguinte texto:



Deste álbum também era escolhida uma canção que foi considerada a 2ª melhor do ano. "Riders On The Storm" era a canção a última criação do génio de Jim Morrison, sobre ela escrevia o jornal:

"Verdade de música popular e mais ainda um poder criativo de génio é o que é este RIDERS ON THE STORM, uma forma de Doors que jamais tornará a ser possível"







The Doors - Riders On The Storm