Algumas memórias de 2017
Continuo a não conseguir seguir com a devida atenção muita da música feita em Portugal nos dias de hoje. Ouvindo uma coisa ou outra, principalmente na rádio, em particular na Antena 1, enquanto se conduz, não é no entanto suficiente para terminado o ano ter uma opinião definitiva e avalizada dos discos por cá feitos e editados.
Fico assim com a visão do que vou lendo e com as diversas escolhas das listas dos melhores discos que são publicadas. Não deixei, no entanto, de, depois de consultadas algumas listagens, de ouvir, se bem que parcialmente, alguns dos discos considerados entre os melhores do ano de 2017. Eis alguns:
- Ermo - Lo-fi Moda
- Mazgani - The Poet's Death
- Surma - Antwerpen
- Moullinex - Hypersex
- Luís Severo - Luís Severo
- Miguel Araújo - Giesta
- Sopa de Pedra - Ao Longe Já se Ouvia
- Stone Dead - Good Boys
- The Gift - Altar
- Grandfather's House - Diving
- Benjamim e Barnaby Keen - 1986
- Orelha Negra - Orelha Negra
E confesso que no final fiquei, apesar da qualidade genericamente boa da produção dos mesmos, com a sensação de insatisfação, melhor dizendo não fiquei empolgado com os temas que ouvi.
Depois, dei conta que havia alguns discos que não se encontravam ou não tinham o devido destaque nas classificações que consultei, nomeadamente na revista Blitz e no jornal Expresso.
Por exemplo, "A História" dos Gaiteiros de Lisboa", disco importante, 20 canções resumo de mais de 20 anos de um dos mais interessantes grupos da renovação da música tradicional portuguesa, talvez o facto de ser colectânea o tenha excluído; "Excuse Me Ao Vivo" de Salvador Sobral, um belo registo, a atingir pontos muito altos como em "A Case Of You" no encore, talvez a pressa de fazer as listas e de não deixar o ano acabar tenha excluído este disco e também não se tratar de um disco de originais. Finalmente "Praça do Comércio" do bem regressado Júlio Pereira. Bem, este é novo, completamente novo!
Regresso inspirado de Júlio Pereira com o seu cavaquinho, e também a braguinha, a colocar "Praça do Comércio" como o registo mais importante da música popular portuguesa recente. Bem vindo Júlio Pereira! Que venham muitos como este "Praça do Comércio", inovador e tradicional, fresco e festivo.
Uma alegria para os sentidos a audição deste novo Júlio Pereira que agora ficamos com "Noitada Extravagante", as vozes são de António Zambujo e Olga Cerpa.
Júlio Pereira - Noitada Extravagante
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