As 15 melhores canções de 1970 segundo o programa de rádio "Em Órbita"
Se ao tomar conhecimento de "Sixty Years On" de Elton John para o 5º lugar me parecia injusto, quem é que poderia merecer melhor classificação que este "Sixty Years On"? Logo a passagem para a 4ª melhor canção vinha desfazer essa dúvida.
Fotheringay era o grupo formado por Sandy Denny após a saída dos Fairport Convention e na curta duração que o grupo teve (em Janeiro de 1971 era anunciado o fim do grupo) gravaram o superlativo LP homónimo "Fotheringay".
O lado B do LP abria com este surpreendente "The Way I Feel" ao qual o "Em Órbita" se lhe referia com as seguintes palavras:
"“The Way I Feel”, foi uma das mais saudáveis manifestações de juventude de 1970.
Um registo cuidado onde tudo se articula na precisão dum mecanismo de vanguarda.
Elaborado nas fronteiras que separam o tradicional do popular, “The Way I Feel” é um tema que cresce no estrépito dum galope arrebatador."
Depois de "Crazy Man Michael" dos Fairport Convention, Sandy Denny a marcar presença pela 2ª vez nos melhores de 1970. É a vez de "The Way I Feel".
Fotheringay - The Way I Feel
Para uns recordações, para outros descobertas. São notas passadas, musicais e não só...
sábado, 30 de setembro de 2017
sexta-feira, 29 de setembro de 2017
Elton John - Sixty Years On
As 15 melhores canções de 1970 segundo o programa de rádio "Em Órbita"
E entramos no Top 5 das melhores canções de 1970 para o programa de rádio "Em Órbita". Foi a partir daqui que então tentava adivinhar qual a escolha que o programa fazia para as 5 melhores, não me recordo ao certo qual era a minha escolha, mas lembro-me que quando anunciaram "Sixty Years On" de Elton John para a 5ª melhor canção do ano, fiquei um pouco surpreso, e aumentou a expectativa em relação às seguintes, pois contava com uma classificação mais alta para Elton John.
"“Sixty Years On” trouxe às histórias do ano findo, o nome de um intérprete seguro, empenhado no redescobrir de sonoridades tidas como ultrapassadas.
Os temas de Elton John, saídos de uma concepção quase comum, mostram-se como reservas de inesgotável prazer auditivo.
“Sixty Years On” é exemplo das intenções deste autor. Numa prolongada e dramática evocação de violoncelos introduz-se um grupo de imagens rico de sugestões poéticas e sonoras, sabor amargo de um paraíso muito cedo perdido. “Sixty Years On” é uma das mais belas construções musicais do ano 1970."
Sem dúvida "Sixty Years On" era do melhor de um ano ainda tão rico musicalmente e que tão boas recordações nos deixou. Ainda hoje a pensar que devia ter tido uma melhor classificação.
"Sixty Years On" um pequena maravilha que Elton John não mais igualou.
Elton John - Sixty Years On
E entramos no Top 5 das melhores canções de 1970 para o programa de rádio "Em Órbita". Foi a partir daqui que então tentava adivinhar qual a escolha que o programa fazia para as 5 melhores, não me recordo ao certo qual era a minha escolha, mas lembro-me que quando anunciaram "Sixty Years On" de Elton John para a 5ª melhor canção do ano, fiquei um pouco surpreso, e aumentou a expectativa em relação às seguintes, pois contava com uma classificação mais alta para Elton John.
Elton John com Bernie Taupin em 1971 (www.eltonjohn.com) |
"“Sixty Years On” trouxe às histórias do ano findo, o nome de um intérprete seguro, empenhado no redescobrir de sonoridades tidas como ultrapassadas.
Os temas de Elton John, saídos de uma concepção quase comum, mostram-se como reservas de inesgotável prazer auditivo.
“Sixty Years On” é exemplo das intenções deste autor. Numa prolongada e dramática evocação de violoncelos introduz-se um grupo de imagens rico de sugestões poéticas e sonoras, sabor amargo de um paraíso muito cedo perdido. “Sixty Years On” é uma das mais belas construções musicais do ano 1970."
Sem dúvida "Sixty Years On" era do melhor de um ano ainda tão rico musicalmente e que tão boas recordações nos deixou. Ainda hoje a pensar que devia ter tido uma melhor classificação.
"Sixty Years On" um pequena maravilha que Elton John não mais igualou.
Elton John - Sixty Years On
quinta-feira, 28 de setembro de 2017
Led Zeppelin - Friends
As 15 melhores canções de 1970 segundo o programa de rádio "Em Órbita"
Já conhecia os Led Zeppelin de "Dazed and Confused" e "Whole Lotta Love", mas foi em 1970 através das passagens na rádio de "Immigrant Song", "Friends", "Gallows Pole" e "Tangerine" que aderi ao som dos Led Zeppelin e naturalmente "Led Zeppelin III" acabou por ser o disco primeiro que deles adquiri.
Depois do fortíssimo início de "Immigrant Song", "Friends" remetíamos com a sua aparente acalmia para um ambiente estranho, fascinante, diria hipnótico, que nos é proporcionado pelo Moog e pelos arranjos de cordas inéditos nos Led Zeppelin.
"Em Órbita" coloca "Friends" no 6º lugar das melhores canções de 1970 com a leitura do seguinte texto:
"Nas regiões mais remotas de insondáveis abismos se consome a força criadora dos Led Zeppelin. Profetas de futuras revoluções sonoras, eles celebram a mutação deste tempo.
Os Led Zeppelin são atmosferas onde se respira o diabólico, o desconhecido, o estremecer sombrio das grandes trevas."
Se é verdade que o som Hard dos Led Zeppelin abriu portas a estilos que pouco aprecio, tipo Heavy-Metal, também é verdade que este "Led Zeppelin III" é o disco mais folky de toda a discografia que produziram. "Friends" encontrava-se na encruzilhada sonora do Folk e do Rock mais avançado, ora ouça-se.
Led Zeppelin - Friends
Já conhecia os Led Zeppelin de "Dazed and Confused" e "Whole Lotta Love", mas foi em 1970 através das passagens na rádio de "Immigrant Song", "Friends", "Gallows Pole" e "Tangerine" que aderi ao som dos Led Zeppelin e naturalmente "Led Zeppelin III" acabou por ser o disco primeiro que deles adquiri.
Depois do fortíssimo início de "Immigrant Song", "Friends" remetíamos com a sua aparente acalmia para um ambiente estranho, fascinante, diria hipnótico, que nos é proporcionado pelo Moog e pelos arranjos de cordas inéditos nos Led Zeppelin.
Do livro Led Zeppelin, editora Centelha, Colecção Rock On, nº 6 - Maio de 1983 |
"Em Órbita" coloca "Friends" no 6º lugar das melhores canções de 1970 com a leitura do seguinte texto:
"Nas regiões mais remotas de insondáveis abismos se consome a força criadora dos Led Zeppelin. Profetas de futuras revoluções sonoras, eles celebram a mutação deste tempo.
Os Led Zeppelin são atmosferas onde se respira o diabólico, o desconhecido, o estremecer sombrio das grandes trevas."
Se é verdade que o som Hard dos Led Zeppelin abriu portas a estilos que pouco aprecio, tipo Heavy-Metal, também é verdade que este "Led Zeppelin III" é o disco mais folky de toda a discografia que produziram. "Friends" encontrava-se na encruzilhada sonora do Folk e do Rock mais avançado, ora ouça-se.
Led Zeppelin - Friends
quarta-feira, 27 de setembro de 2017
Donovan - Curry Land
As 15 melhores canções de 1970 segundo o programa de rádio "Em Órbita"
Sem dúvida uma das preferências, com presença regular, do programa "Em Órbita".
Em 1970 ia já longe o Donovan de 18 anos quando se deu a conhecer ao mundo, em 1965, com o seu encantador "Catch The Wind". Distante estava já da imagem inicial de resposta britânica a Bob Dylan."Sunshine Superman" e "Mellow Yellow" associaram-no ao movimento hippie, ficando para sempre uma referência do Flower Power e da meditação transcendental.
Em 1970 é editado o 8º registo de originais de longa duração (LP) e nele constava "Curry Land", canção eleita para o 7º lugar na lista das melhores canções do ano. "Em Órbita" refere-se-lhe assim:
"Donovan continua a ascender em momentos de envolvente beleza. Dotado de uma sensibilidade fora do comum, todas as suas criações se revestem de uma ternura quase não possível.
“Curry Land” é o continuar do que já fora contado em “Atlantis”. Cântico mágico, onde o sagrado e o profano se interpenetram na ânsia de um êxtase."
"Curry Land" mais uma pequena maravilha de Donovan.
Donovan - Curry Land
Sem dúvida uma das preferências, com presença regular, do programa "Em Órbita".
Em 1970 ia já longe o Donovan de 18 anos quando se deu a conhecer ao mundo, em 1965, com o seu encantador "Catch The Wind". Distante estava já da imagem inicial de resposta britânica a Bob Dylan."Sunshine Superman" e "Mellow Yellow" associaram-no ao movimento hippie, ficando para sempre uma referência do Flower Power e da meditação transcendental.
Em 1970 é editado o 8º registo de originais de longa duração (LP) e nele constava "Curry Land", canção eleita para o 7º lugar na lista das melhores canções do ano. "Em Órbita" refere-se-lhe assim:
"Donovan continua a ascender em momentos de envolvente beleza. Dotado de uma sensibilidade fora do comum, todas as suas criações se revestem de uma ternura quase não possível.
“Curry Land” é o continuar do que já fora contado em “Atlantis”. Cântico mágico, onde o sagrado e o profano se interpenetram na ânsia de um êxtase."
"Curry Land" mais uma pequena maravilha de Donovan.
Donovan - Curry Land
terça-feira, 26 de setembro de 2017
Fairport Convention - Crazy Man Michael
As 15 melhores canções de 1970 segundo o programa de rádio "Em Órbita"
Por vezes acontecia isto, e no "Em Órbita" não era a primeira vez, um disco de um ano aparecer nas classificações do ano seguinte. Neste caso perfeitamente justificável, o álbum "Liege & Lief" dos Fairport Convention, ao qual pertencia "Crazy Man Michael", só tinha sido editado em Dezembro de 1969 e se considerarmos os atrasos que eram normais na "chegada" dos discos a Portugal, este disco dos Fairport Convention só terá conhecido divulgação em 1970 (note-se, no entanto, que o "Em Órbita" passava discos mais rápido que outros programas, ou eram até os únicos a passar).
"Crazy Man Michael" é uma belíssima canção composta por Richard Thompson e Dave Swarbrick, duas figuras importantes na história dos Fairport Convention, no melhor ano do grupo: 1969.
"No sentir belo do que é frágil surpreendem-se as realizações de Sandy Denny.
Ainda quando nos Fairport Convention, o aparecimento de “Crazy Man Michael” veio renovar as certezas já sentidas nesta intérprete.
É uma canção feita de momentos livres, onde não se esconde o gosto por um tema de amor.
“Crazy Man Michael” foi uma das melhores criações do agora decadente grupo Fairport Convention.", assim julgava "Em Órbita" "Crazy Man Michael", para o programa a 8ª melhor canção do ano.
Se é verdade que o grupo, pelo menos em disco, não mais alcançou a originalidade dos 3 LP editados em 1969, era contudo exagerada a apreciação de "agora decadente", pese a saída de Sandy Denny, senão ouça-se "Full House" de 1970.
Apreciações à parte, a beleza de "Crazy Man Michael".
Fairport Convention - Crazy Man Michael
Por vezes acontecia isto, e no "Em Órbita" não era a primeira vez, um disco de um ano aparecer nas classificações do ano seguinte. Neste caso perfeitamente justificável, o álbum "Liege & Lief" dos Fairport Convention, ao qual pertencia "Crazy Man Michael", só tinha sido editado em Dezembro de 1969 e se considerarmos os atrasos que eram normais na "chegada" dos discos a Portugal, este disco dos Fairport Convention só terá conhecido divulgação em 1970 (note-se, no entanto, que o "Em Órbita" passava discos mais rápido que outros programas, ou eram até os únicos a passar).
"Crazy Man Michael" é uma belíssima canção composta por Richard Thompson e Dave Swarbrick, duas figuras importantes na história dos Fairport Convention, no melhor ano do grupo: 1969.
"No sentir belo do que é frágil surpreendem-se as realizações de Sandy Denny.
Ainda quando nos Fairport Convention, o aparecimento de “Crazy Man Michael” veio renovar as certezas já sentidas nesta intérprete.
É uma canção feita de momentos livres, onde não se esconde o gosto por um tema de amor.
“Crazy Man Michael” foi uma das melhores criações do agora decadente grupo Fairport Convention.", assim julgava "Em Órbita" "Crazy Man Michael", para o programa a 8ª melhor canção do ano.
Se é verdade que o grupo, pelo menos em disco, não mais alcançou a originalidade dos 3 LP editados em 1969, era contudo exagerada a apreciação de "agora decadente", pese a saída de Sandy Denny, senão ouça-se "Full House" de 1970.
Apreciações à parte, a beleza de "Crazy Man Michael".
Fairport Convention - Crazy Man Michael
segunda-feira, 25 de setembro de 2017
Jethro Tull - With You There To Help Me
As 15 melhores canções de 1970 segundo o programa de rádio "Em Órbita"
"Jethro Tull: quatro personalidades das mais fortes, juntas na prática duma forma única de música popular.
“With You There To Help Me”, amostra impertinente do trabalho deste grupo, é bem a continuação lógica, mas não repetida, de tudo o que vinham prometendo.
Executantes de grande brilho, constituem uma das mais categóricas afirmações de vanguarda de hoje.
“With You There To Help Me”: um desafio de originalidade."
Esta apreciação do "Em Órbita" para"With You There To Help Me", a ocupar o 9º lugar entre as melhores canções do ano de 1970, sintetiza bem aquilo que eu pensava do grupo Jethro Tull. Vanguarda, originalidade e excelentes executantes eram atributos que serviam aos Jethro Tull na perfeição.
"With You There To Help Me", que ouvi vezes sem conta, um bom exemplo da sonoridade então praticada pelos Jethro Tull de Ian Anderson, absolutamente irresistível.
Jethro Tull - With You There To Help Me
"Jethro Tull: quatro personalidades das mais fortes, juntas na prática duma forma única de música popular.
“With You There To Help Me”, amostra impertinente do trabalho deste grupo, é bem a continuação lógica, mas não repetida, de tudo o que vinham prometendo.
Executantes de grande brilho, constituem uma das mais categóricas afirmações de vanguarda de hoje.
“With You There To Help Me”: um desafio de originalidade."
Esta apreciação do "Em Órbita" para"With You There To Help Me", a ocupar o 9º lugar entre as melhores canções do ano de 1970, sintetiza bem aquilo que eu pensava do grupo Jethro Tull. Vanguarda, originalidade e excelentes executantes eram atributos que serviam aos Jethro Tull na perfeição.
"With You There To Help Me", que ouvi vezes sem conta, um bom exemplo da sonoridade então praticada pelos Jethro Tull de Ian Anderson, absolutamente irresistível.
Jethro Tull - With You There To Help Me
domingo, 24 de setembro de 2017
Chicago - Make Me Smile
As 15 melhores canções de 1970 segundo o programa de rádio "Em Órbita"
Na mesma linha dos Blood, Sweat and Tears, os Chicago, oriundos da cidade com o mesmo nome, praticavam uma música fusionista onde o som Rock servia de base para múltiplas influências.
Em 1970 os Chicago são definitivamente consagrados ao assinarem o seu melhor trabalho, o 2º duplo LP que já tivemos oportunidade de elogiar. Dele saiu a canção mais conhecida "25 or 6 to 4" uma peça dura de fusão Jazz e Rock. De um disco cheio de surpresas e subtilezas a canção escolhida pelo programa "Em Órbita" foi "Make Me Smile", a canção início da suite "Ballet for a Girl in Buchannon" que se encontra entre o melhor que os Chicago nos deixaram.
Com a leitura do seguinte texto "Em Órbita" colocava "Make Me Smile" no 10º lugar das melhores canções do ano:
"Sem enfermar do senão apontado aos Blood, Sweat and Tears, o Chicago aparece-nos como um grupo versátil, na plena posse de um género que lhe pertence.
“Make Me Smile” é um dos quantos exemplos que poderiam figurar nesta lista.
Mostruário das suas potencialidades, é ainda o revelar de uma fé sem limites na música que praticam."
Infelizmente a ideia do "Em Órbita" não se concretizou e a meio da década de 70 os Chicago eram já, tal como os Blood Sweat and Tears, uma sombra dos seus primeiros anos.
Chicago - Make Me Smile
Na mesma linha dos Blood, Sweat and Tears, os Chicago, oriundos da cidade com o mesmo nome, praticavam uma música fusionista onde o som Rock servia de base para múltiplas influências.
Em 1970 os Chicago são definitivamente consagrados ao assinarem o seu melhor trabalho, o 2º duplo LP que já tivemos oportunidade de elogiar. Dele saiu a canção mais conhecida "25 or 6 to 4" uma peça dura de fusão Jazz e Rock. De um disco cheio de surpresas e subtilezas a canção escolhida pelo programa "Em Órbita" foi "Make Me Smile", a canção início da suite "Ballet for a Girl in Buchannon" que se encontra entre o melhor que os Chicago nos deixaram.
Com a leitura do seguinte texto "Em Órbita" colocava "Make Me Smile" no 10º lugar das melhores canções do ano:
"Sem enfermar do senão apontado aos Blood, Sweat and Tears, o Chicago aparece-nos como um grupo versátil, na plena posse de um género que lhe pertence.
“Make Me Smile” é um dos quantos exemplos que poderiam figurar nesta lista.
Mostruário das suas potencialidades, é ainda o revelar de uma fé sem limites na música que praticam."
Infelizmente a ideia do "Em Órbita" não se concretizou e a meio da década de 70 os Chicago eram já, tal como os Blood Sweat and Tears, uma sombra dos seus primeiros anos.
Chicago - Make Me Smile
sábado, 23 de setembro de 2017
Simon and Garfunkel - The Only Living Boy In New Work
As 15 melhores canções de 1970 segundo o programa de rádio "Em Órbita"
Os inevitáveis Simon and Garfunkel entre o melhor de 1970. Estavam próximo do fim, mas antes deixavam-nos uma obra maior a perdurar no tempo. Do álbum "Bridge Over Troubled Water" saíram um conjunto de canções verdadeiramente representativas da melhor música popular que então se vinha fazendo.
Entre as preferências do "Em Órbita" constava claramente o duo Simon and Garfunkel, presença constante em todos os anos nas listagens do programa, em 1970 começavam com "The Only Living Boy In New Work" que ocupava o 11º lugar entre as melhores canções do ano.
"Simon & Garfunkel, têm dado às histórias de “Em Órbita” muitos dos seus mais significativos momentos. “The Only Living Boy In New York” renova em cada uma das suas imagens o universo singular e actuante de Paul Simon, um criador de excepção.
Estamos em presença de duas figuras que constituem, de facto, o mais definitivo argumento de qualidade da música popular dos nossos dias. “The Only Living Boy In New York” é um acto de bom gosto." - Texto lido na passagem de "The Only Living Boy In New Work".
Apreciemos então esta bela canção ou como dizia o texto "...um acto de bom gosto".
Simon and Garfunkel - The Only Living Boy In New Work
Os inevitáveis Simon and Garfunkel entre o melhor de 1970. Estavam próximo do fim, mas antes deixavam-nos uma obra maior a perdurar no tempo. Do álbum "Bridge Over Troubled Water" saíram um conjunto de canções verdadeiramente representativas da melhor música popular que então se vinha fazendo.
Entre as preferências do "Em Órbita" constava claramente o duo Simon and Garfunkel, presença constante em todos os anos nas listagens do programa, em 1970 começavam com "The Only Living Boy In New Work" que ocupava o 11º lugar entre as melhores canções do ano.
"Simon & Garfunkel, têm dado às histórias de “Em Órbita” muitos dos seus mais significativos momentos. “The Only Living Boy In New York” renova em cada uma das suas imagens o universo singular e actuante de Paul Simon, um criador de excepção.
Estamos em presença de duas figuras que constituem, de facto, o mais definitivo argumento de qualidade da música popular dos nossos dias. “The Only Living Boy In New York” é um acto de bom gosto." - Texto lido na passagem de "The Only Living Boy In New Work".
Apreciemos então esta bela canção ou como dizia o texto "...um acto de bom gosto".
Simon and Garfunkel - The Only Living Boy In New Work
sexta-feira, 22 de setembro de 2017
Blood, Sweat and Tears - Lucretia Mac Evil/Lucretia's Reprise
As 15 melhores canções de 1970 segundo o programa de rádio "Em Órbita"
Os Blood, Sweat and Tears tiveram no ano de 1970 o seu ponto mais alto de popularidade, não mais o repetiram. Nesse ano ouvia-se um conjunto novo de canções que lhes deram uma notoriedade enorme, entre elas estava "Lucretia Mac Evil". Foi também um dos temas preferidos do programa "Em Órbita" que a considera a 12ª melhor canção do ano.
Era o seguinte a apreciação que o programa fazia deste tema:
"Blood, Sweat and Tears, um grupo onde a justeza de execução se sobrepõe às demais qualidades. “Lucretia Mac Evil” exemplo das suas melhores produções, enferma do defeito único de se fechar num esquema formal onde as hipóteses de progresso são quase nulas. O futuro dos Blood, Sweat and Tears fecha-se nos limites do previsível.
"Lucretia Mac Evil”: uma gravação perfeita saída do trabalho de músicos de craveira excepcional."
Na realidade tinha a razão esta avaliação do "Em Órbita", de 1970 em diante em continuo decréscimo de interesse.
Agora, que bom recordar "Lucretia Mac Evil" seguido de "Lucretia's Reprise".
Blood, Sweat and Tears - Lucretia Mac Evil/Lucretia's Reprise
Os Blood, Sweat and Tears tiveram no ano de 1970 o seu ponto mais alto de popularidade, não mais o repetiram. Nesse ano ouvia-se um conjunto novo de canções que lhes deram uma notoriedade enorme, entre elas estava "Lucretia Mac Evil". Foi também um dos temas preferidos do programa "Em Órbita" que a considera a 12ª melhor canção do ano.
Era o seguinte a apreciação que o programa fazia deste tema:
"Blood, Sweat and Tears, um grupo onde a justeza de execução se sobrepõe às demais qualidades. “Lucretia Mac Evil” exemplo das suas melhores produções, enferma do defeito único de se fechar num esquema formal onde as hipóteses de progresso são quase nulas. O futuro dos Blood, Sweat and Tears fecha-se nos limites do previsível.
"Lucretia Mac Evil”: uma gravação perfeita saída do trabalho de músicos de craveira excepcional."
Na realidade tinha a razão esta avaliação do "Em Órbita", de 1970 em diante em continuo decréscimo de interesse.
Agora, que bom recordar "Lucretia Mac Evil" seguido de "Lucretia's Reprise".
Blood, Sweat and Tears - Lucretia Mac Evil/Lucretia's Reprise
quinta-feira, 21 de setembro de 2017
The Doors - Peace Frog
As 15 melhores canções de 1970 segundo o programa de rádio "Em Órbita"
Fora o êxito que tinha sido "Light My Fire" e que muito, por cá, se ouvia, as músicas dos The Doors não eram das que mais facilmente se pudessem ouvir na rádio. Felizmente havia programas como o "Em Órbita" que nos davam a conhecer o melhor que se fazia além fronteiras e entre o melhor estavam The Doors.
"Os Doors continuam a compor um dos mais polémicos agrupamentos de hoje.
Praticantes duma forma desencantada de música popular, amantes do desequilíbrio, da violência e da provocação, as suas criações assumem, desde os primeiros dias, as proporções dum interminável combate.
“Peace Frog” é o mais representativo trabalho dos Doors do ano findo."
Talvez esta apreciação que o "Em Órbita" fez a "Peace Frog" possa explicar o porquê da pouca divulgação que The Doors por cá tinham. Claro que a música dos The Doors pouco tinha de comercial, a atitude do grupo, e de Jim Morrison em particular, não era consentânea com os bons costumes e nos Estados Unidos foram perseguidos pela imprensa mais conservadora, pois eram considerados um grupo subversivo.
Acrescente-se a poesia de Jim Morrison tortuosa e provocadora. Em "Peace Frog" ouvia-se:
"There's blood in the streets, it's up to my ankles
Blood in the streets, it's up to my knee
Blood in the streets in the town of Chicago
Blood on the rise, it's following me..."
"Peace Frog" era, para o programa "Em Órbita", a 13ª melhor canção do ano de 1970 .
The Doors - Peace Frog
Fora o êxito que tinha sido "Light My Fire" e que muito, por cá, se ouvia, as músicas dos The Doors não eram das que mais facilmente se pudessem ouvir na rádio. Felizmente havia programas como o "Em Órbita" que nos davam a conhecer o melhor que se fazia além fronteiras e entre o melhor estavam The Doors.
"Os Doors continuam a compor um dos mais polémicos agrupamentos de hoje.
Praticantes duma forma desencantada de música popular, amantes do desequilíbrio, da violência e da provocação, as suas criações assumem, desde os primeiros dias, as proporções dum interminável combate.
“Peace Frog” é o mais representativo trabalho dos Doors do ano findo."
Talvez esta apreciação que o "Em Órbita" fez a "Peace Frog" possa explicar o porquê da pouca divulgação que The Doors por cá tinham. Claro que a música dos The Doors pouco tinha de comercial, a atitude do grupo, e de Jim Morrison em particular, não era consentânea com os bons costumes e nos Estados Unidos foram perseguidos pela imprensa mais conservadora, pois eram considerados um grupo subversivo.
Acrescente-se a poesia de Jim Morrison tortuosa e provocadora. Em "Peace Frog" ouvia-se:
"There's blood in the streets, it's up to my ankles
Blood in the streets, it's up to my knee
Blood in the streets in the town of Chicago
Blood on the rise, it's following me..."
"Peace Frog" era, para o programa "Em Órbita", a 13ª melhor canção do ano de 1970 .
The Doors - Peace Frog
quarta-feira, 20 de setembro de 2017
John Denver - The Game Is Over
As 15 melhores canções de 1970 segundo o programa de rádio "Em Órbita"
John Denver, um nome que por aqui ainda não tinha passado.
John Denver (1943-1997), possuidor de uma voz muito bonita deixou um conjunto de canções completamente inesquecíveis e que fizeram parte de bons momentos da minha juventude, como por exemplo: "Annie's Song", "Sunshine On My Shoulders", "Rocky Mountain High" e este "The Game Is Over" que agora vamos recordar.
"The Game Is Over" estava entre as eleitas do programa "Em Órbita" que a classifica em 14º entre as melhores canções do ano de 1970. O texto lido referente a esta canção foi o seguinte:
"Sem dispôr de uma capacidade inovadora fora do comum, John Denver conquistou-se, no decurso de 1970, para o grupo dos que melhor defendem as intenções deste programa.
“The Game Is Over” vem reafirmar a crença numa música popular despida de artifícios falaciosos, cortina de espesso fumo deitada sobre a incapacidade de motivar o que é belo."
"The Game Is Over" uma bela canção que apesar de tudo não ficou entre as mais conhecidas do autor.
John Denver - The Game Is Over
John Denver, um nome que por aqui ainda não tinha passado.
John Denver (1943-1997), possuidor de uma voz muito bonita deixou um conjunto de canções completamente inesquecíveis e que fizeram parte de bons momentos da minha juventude, como por exemplo: "Annie's Song", "Sunshine On My Shoulders", "Rocky Mountain High" e este "The Game Is Over" que agora vamos recordar.
"The Game Is Over" estava entre as eleitas do programa "Em Órbita" que a classifica em 14º entre as melhores canções do ano de 1970. O texto lido referente a esta canção foi o seguinte:
"Sem dispôr de uma capacidade inovadora fora do comum, John Denver conquistou-se, no decurso de 1970, para o grupo dos que melhor defendem as intenções deste programa.
“The Game Is Over” vem reafirmar a crença numa música popular despida de artifícios falaciosos, cortina de espesso fumo deitada sobre a incapacidade de motivar o que é belo."
"The Game Is Over" uma bela canção que apesar de tudo não ficou entre as mais conhecidas do autor.
John Denver - The Game Is Over
terça-feira, 19 de setembro de 2017
Procol Harum - Nothing That I Didn’t Know
As 15 melhores canções de 1970 segundo o programa de rádio "Em Órbita"
Oportunidade agora para recordarmos o ano de 1970 através das listagens produzidas pelo programa de rádio "Em Órbita" já aqui tantas vezes referido. As 15 melhores canções, a pior canção e os 15 melhores álbuns de 1970 de acordo com o "Em Órbita" vão ocupar os próximos Regresso ao Passado.
Recordações que me dizem muito, pois é o ano que melhor me recordo das audições deste programa único no panorama radiofónico de então. Em concreto, no que diz respeito a e estas listagens, recordo-me muito bem de as ter escutado em dois dias consecutivos e de estar com o máximo de atenção de forma a poder anotar, num papel que entretanto naturalmente desapareceu, as respectivas classificações. Qual seria a melhor e qual seria a pior canção do ano? E o melhor álbum qual seria? Tentava adivinhar, e na realidade os primeiros lugares não foram difíceis de acertar para quem ouvia com assiduidade, como eu, o "Em Órbita".
Ora vamos para as 15 melhores canções de 1970!
O 15º lugar ia para os Procol Harum com "Nothing That I Didn't Know" que era, na altura ainda um dos meus grupos preferidos. Sem o brilhantismo de "A Salty Dog" os Procol Harum continuavam, apesar da saída de Matthew Fisher, a produzir grandes canções como esta "Nothing That I Didn't Know".
"Nothing That I Didn't Know" pertencia ao álbum "Home".
O texto lido pelo "Em Órbita" era o seguinte:
"Os Procol Harum perderam no ano transacto um dos mais fortes argumentos da sua personalidade aquando da saída de Matthew Fisher.
A inclusão de “Nothing That I Didn’t Know” no número das melhores gravações de 1970 é contudo o reconhecer das inegáveis qualidades de um grupo intransigente que não tem cedido aos caprichos da moda. Uma gravação que denuncia o rigor de um conjunto de músicos que tem vindo a explorar até à exaustão um estilo muito próprio."
Eis "Nothing That I Didn't Know":
Procol Harum - Nothing That I Didn’t Know
Oportunidade agora para recordarmos o ano de 1970 através das listagens produzidas pelo programa de rádio "Em Órbita" já aqui tantas vezes referido. As 15 melhores canções, a pior canção e os 15 melhores álbuns de 1970 de acordo com o "Em Órbita" vão ocupar os próximos Regresso ao Passado.
Recordações que me dizem muito, pois é o ano que melhor me recordo das audições deste programa único no panorama radiofónico de então. Em concreto, no que diz respeito a e estas listagens, recordo-me muito bem de as ter escutado em dois dias consecutivos e de estar com o máximo de atenção de forma a poder anotar, num papel que entretanto naturalmente desapareceu, as respectivas classificações. Qual seria a melhor e qual seria a pior canção do ano? E o melhor álbum qual seria? Tentava adivinhar, e na realidade os primeiros lugares não foram difíceis de acertar para quem ouvia com assiduidade, como eu, o "Em Órbita".
Ora vamos para as 15 melhores canções de 1970!
O 15º lugar ia para os Procol Harum com "Nothing That I Didn't Know" que era, na altura ainda um dos meus grupos preferidos. Sem o brilhantismo de "A Salty Dog" os Procol Harum continuavam, apesar da saída de Matthew Fisher, a produzir grandes canções como esta "Nothing That I Didn't Know".
"Nothing That I Didn't Know" pertencia ao álbum "Home".
O texto lido pelo "Em Órbita" era o seguinte:
"Os Procol Harum perderam no ano transacto um dos mais fortes argumentos da sua personalidade aquando da saída de Matthew Fisher.
A inclusão de “Nothing That I Didn’t Know” no número das melhores gravações de 1970 é contudo o reconhecer das inegáveis qualidades de um grupo intransigente que não tem cedido aos caprichos da moda. Uma gravação que denuncia o rigor de um conjunto de músicos que tem vindo a explorar até à exaustão um estilo muito próprio."
Eis "Nothing That I Didn't Know":
Procol Harum - Nothing That I Didn’t Know
segunda-feira, 18 de setembro de 2017
Fairport Convention - Eastern Rain
Fairport's Cropredy Convention 2017
Agora sim, terminamos esta passagem pelo festival Fairport's Cropredy Convention 2017 onde estive nos passados dias 11 e 12 de Agosto.
Para o fim ficou a referência à edição em Julho passado da caixa "Come All Ye: The First Ten Years", com 7 CD que percorrem o período de 1968 a 1977 dos Fairport Convention, adquiri-a no festival.
Não é logicamente a primeira recomendação para quem toma agora contacto com a música dos Fairport Convention, para esses a sugestão será começar pelos discos originais. Para quem conhecer bem os 10 primeiros anos do grupo, então o aviso será, comprei de imediato esta caixa.
"Come All Ye: The First Ten Years" contem 121 faixas das quais 55 não tinham tido edição até à data. Não significa que sejam novas, não é disso que se trata, são sim versões que ainda não tinham conhecido a luz do dia. Contém também numerosas gravações ao vivo, na BBC, no LA Troubadour, l'Olympia Paris e Fairfill Hall em Londres. Inclui ainda o chamado "Manor album" de 1972, período conturbado da banda com somente Dave Swarbrick e Dave Pegg a manter a identidade do grupo (todos os restantes já tinham partido), que nunca chegou a ser editado. Um livro de 48 páginas com novas fotografias e um ensaio sobre o grupo assinado por Patrick Humphries e ainda um evitável poster com o design da capa da caixa completam esta colectânea para descobrir e saborear nos próximos tempos.
Tive o ensejo de que, durante o festival, esta colectânea fosse assinada por Richard Thompson, Ashley Hutchtings e Judy Dyble, todos da formação inicial dos Fairport Convention.
Surpresa quando, de entre as 55 gravações inéditas, se ouve a voz de Sandy Denny. Quando pensava que toda a sua obra estava já devidamente escalpelizada (veja-se a "Box Set" com 19 CD!) eis que encontramos faixas com o "previously unrealeased", onde Sandy Denny está presente.
Escolhi "Eastern Rain" uma canção de Joni Mitchell gravada pelos Fairport Convenion para o 2º LP "What We Did on Our Holidays" de 1969, aqui só na voz de Sandy Denny.
Fairport Convention - Eastern Rain
Agora sim, terminamos esta passagem pelo festival Fairport's Cropredy Convention 2017 onde estive nos passados dias 11 e 12 de Agosto.
Para o fim ficou a referência à edição em Julho passado da caixa "Come All Ye: The First Ten Years", com 7 CD que percorrem o período de 1968 a 1977 dos Fairport Convention, adquiri-a no festival.
Não é logicamente a primeira recomendação para quem toma agora contacto com a música dos Fairport Convention, para esses a sugestão será começar pelos discos originais. Para quem conhecer bem os 10 primeiros anos do grupo, então o aviso será, comprei de imediato esta caixa.
"Come All Ye: The First Ten Years" contem 121 faixas das quais 55 não tinham tido edição até à data. Não significa que sejam novas, não é disso que se trata, são sim versões que ainda não tinham conhecido a luz do dia. Contém também numerosas gravações ao vivo, na BBC, no LA Troubadour, l'Olympia Paris e Fairfill Hall em Londres. Inclui ainda o chamado "Manor album" de 1972, período conturbado da banda com somente Dave Swarbrick e Dave Pegg a manter a identidade do grupo (todos os restantes já tinham partido), que nunca chegou a ser editado. Um livro de 48 páginas com novas fotografias e um ensaio sobre o grupo assinado por Patrick Humphries e ainda um evitável poster com o design da capa da caixa completam esta colectânea para descobrir e saborear nos próximos tempos.
Tive o ensejo de que, durante o festival, esta colectânea fosse assinada por Richard Thompson, Ashley Hutchtings e Judy Dyble, todos da formação inicial dos Fairport Convention.
Assinatura de Judy Dyble |
Assinatura de Ashley Hutchings |
Assinatura de Richard Thompson |
Surpresa quando, de entre as 55 gravações inéditas, se ouve a voz de Sandy Denny. Quando pensava que toda a sua obra estava já devidamente escalpelizada (veja-se a "Box Set" com 19 CD!) eis que encontramos faixas com o "previously unrealeased", onde Sandy Denny está presente.
Escolhi "Eastern Rain" uma canção de Joni Mitchell gravada pelos Fairport Convenion para o 2º LP "What We Did on Our Holidays" de 1969, aqui só na voz de Sandy Denny.
Fairport Convention - Eastern Rain
domingo, 17 de setembro de 2017
Fairport Convention - The Hexhamshire Lass
Fairport's Cropredy Convention 2017
Ainda mais duas passagens por Cropredy e pelos Fairport Convention.
O pub Brasenose Arms é um lugar central em Cropredy, paragem de autocarro, paragem para beber uma "pint", passagem para o recinto onde se realizou o festival, a envolvente ao pub estava sempre muito ocupada.
Entre as várias fotografias que aí tirei, uma em particular, a primeira quando chegámos a Cropredy, onde está a minha esposa, chamou-me a atenção ao rever os discos dos Fairport Convention.
A fotografia tinha sido tirada quase do mesmo sítio da fotografia que fazia a contra-capa do LP "Nine" de 1973 dos Fairport Convention, veja-se.
Também fez parte da "setlist" a primeira faixa deste disco, "The Hexhamshire Lass", mais um tradicional com arranjos do grupo que aproveitamos para lembrar.
Fairport Convention - The Hexhamshire Lass
Ainda mais duas passagens por Cropredy e pelos Fairport Convention.
O pub Brasenose Arms é um lugar central em Cropredy, paragem de autocarro, paragem para beber uma "pint", passagem para o recinto onde se realizou o festival, a envolvente ao pub estava sempre muito ocupada.
Entre as várias fotografias que aí tirei, uma em particular, a primeira quando chegámos a Cropredy, onde está a minha esposa, chamou-me a atenção ao rever os discos dos Fairport Convention.
A fotografia tinha sido tirada quase do mesmo sítio da fotografia que fazia a contra-capa do LP "Nine" de 1973 dos Fairport Convention, veja-se.
Da esquerda para direita: Dave Pegg, Dave Swaarbrick, Dave Mattacks, Jerry Donahue e Trevor Lucas |
Também fez parte da "setlist" a primeira faixa deste disco, "The Hexhamshire Lass", mais um tradicional com arranjos do grupo que aproveitamos para lembrar.
Fairport Convention - The Hexhamshire Lass
sábado, 16 de setembro de 2017
Fairport Convention - Matty Groves
Fairport's Cropredy Convention 2017
E chegamos à recta final do concerto de 3 horas que no festival Fairport's Cropredy Convention comemorou os 50 anos da formação do grupo inglês de Folk-Rock Fairport Convention.
Depois de "Who Knows Where the Time Goes?" um grande salto para o mais recente "50:50@50" para um tema de Chris Leslie e por ele cantada de nome "Our Bus Rolls On" a prever assim a continuidade do grupo.
Com Richard Thompson novamente em palco ainda "Dirty Linen" de novo "Full House" de 1970 e para terminar (antes da retirada e do regresso para todos juntos cantarem "Meet on the Ledge") "Matty Groves", uma das canções mais representativas do grupo, trata-se de um tradicional do álbum histórico "Liege & Lief" de 1969. É esta a canção que segue para audição.
No final mesmo, todos os presentes que passaram pelos Fairport Convention mais convidados e amigos, sobem ao palco para terminar com o já referido "Meet on the Ledge" que tive oportunidade de gravar.
No final mesmo com todos a abandonar o palco Richard Thompson ainda agarrado à guitarra.
Fairport Convention - Matty Groves
E chegamos à recta final do concerto de 3 horas que no festival Fairport's Cropredy Convention comemorou os 50 anos da formação do grupo inglês de Folk-Rock Fairport Convention.
Depois de "Who Knows Where the Time Goes?" um grande salto para o mais recente "50:50@50" para um tema de Chris Leslie e por ele cantada de nome "Our Bus Rolls On" a prever assim a continuidade do grupo.
Com Richard Thompson novamente em palco ainda "Dirty Linen" de novo "Full House" de 1970 e para terminar (antes da retirada e do regresso para todos juntos cantarem "Meet on the Ledge") "Matty Groves", uma das canções mais representativas do grupo, trata-se de um tradicional do álbum histórico "Liege & Lief" de 1969. É esta a canção que segue para audição.
No final mesmo, todos os presentes que passaram pelos Fairport Convention mais convidados e amigos, sobem ao palco para terminar com o já referido "Meet on the Ledge" que tive oportunidade de gravar.
No final mesmo com todos a abandonar o palco Richard Thompson ainda agarrado à guitarra.
Fairport Convention - Matty Groves
sexta-feira, 15 de setembro de 2017
Fairport Convention - Who Knows Where the Time Goes?
Fairport's Cropredy Convention 2017
Agora um salto a 1995 para tocarem "A Surfeit of Lampreys" do LP "Jewel in the Crown", outro salto a 1985 para "The Hiring Fair" do LP "Gladys' Leap", depois a 1973 para "The Hexhamshire Lass" do LP "Nine", para voltar a 1995 ao tema título de "Jewel in the Crown".
Finalmente "Who Knows Where the Time Goes?", o original de Sandy Denny, canção sublime, expressão máxima da música popular, escrita em 1967 quando ela tinha somente 20 anos.
"Who Knows Where the Time Goes?" é uma canção muito difícil de ser cantada por uma voz masculina. Talvez só Richard Thompson o consiga fazer de forma muito especial. Isto para dizer que o início interpretado por Simon Nicol não fez jus ao original, salvou-a, prevista ou não, a entrada em palco de Chris While para remediar a situação, mesmo assim longe do original. Ora veja-se.
"Who Knows Where The Time Goes" a canção mais bela que me foi dado ouvir, a canção da minha vida.
Fairport Convention - Who Knows Where the Time Goes?
Agora um salto a 1995 para tocarem "A Surfeit of Lampreys" do LP "Jewel in the Crown", outro salto a 1985 para "The Hiring Fair" do LP "Gladys' Leap", depois a 1973 para "The Hexhamshire Lass" do LP "Nine", para voltar a 1995 ao tema título de "Jewel in the Crown".
Finalmente "Who Knows Where the Time Goes?", o original de Sandy Denny, canção sublime, expressão máxima da música popular, escrita em 1967 quando ela tinha somente 20 anos.
"Who Knows Where the Time Goes?" é uma canção muito difícil de ser cantada por uma voz masculina. Talvez só Richard Thompson o consiga fazer de forma muito especial. Isto para dizer que o início interpretado por Simon Nicol não fez jus ao original, salvou-a, prevista ou não, a entrada em palco de Chris While para remediar a situação, mesmo assim longe do original. Ora veja-se.
"Who Knows Where The Time Goes" a canção mais bela que me foi dado ouvir, a canção da minha vida.
Fairport Convention - Who Knows Where the Time Goes?
quinta-feira, 14 de setembro de 2017
Fairport Convention - White Dress
Fairport's Cropredy Convention 2017
A presença de Sandy Denny nos Fairport Convention foi feita com duas passagem pelo grupo, 1968-1969 e 1974-1975, e foi talvez a figura mais marcante na história do grupo. Primeiro pela extraordinária voz que Sandy Denny possuía e que tão bem se enquadrava na sonoridade praticada, depois pela qualidade de composições que criava e que ficaram para sempre no melhor reportório dos Fairport Convention.
Depois da passagem centrada no ano de 1970, oportunidade de voltar ao ano anterior e recordar "Fotheringay" canção aqui interpretada por Simon Nicol fazendo o elogio das capacidades manifestadas por Sandy Denny neste tema. Foram múltiplas as referências a Sandy Denny.
De seguida são apresentados PJ Wright e Sally Barker, aos quais se junta ainda Maartin Allcock (Fairport Convention entre 1985 e 1996), para então recordarmos primeiro "The Ballad of Ned Kelly" (bela canção de Trevor Lucas nos Fotheringay de 1970) e "Talk About Money" da própria Sally Barker. Tempo para voltar aos Fairport Convention, neste caso a 1975 com o tema de Sandy Denny "Rising for the Moon".
Segue-se mais um convidado, um amigo de longa data, Ralph McTell, infelizmente, pareceu-nos, já sem a voz de outros tempos, para cantar "White Dress" um tema de Dave Swarbrick para o álbum "Rising for the Moon" cantado no original por Sandy Denny.
Com Sandy Denny "White Dress" é, sem dúvida, mais um momento único dos Fairport Convention.
Fairport Convention - White Dress
A presença de Sandy Denny nos Fairport Convention foi feita com duas passagem pelo grupo, 1968-1969 e 1974-1975, e foi talvez a figura mais marcante na história do grupo. Primeiro pela extraordinária voz que Sandy Denny possuía e que tão bem se enquadrava na sonoridade praticada, depois pela qualidade de composições que criava e que ficaram para sempre no melhor reportório dos Fairport Convention.
Depois da passagem centrada no ano de 1970, oportunidade de voltar ao ano anterior e recordar "Fotheringay" canção aqui interpretada por Simon Nicol fazendo o elogio das capacidades manifestadas por Sandy Denny neste tema. Foram múltiplas as referências a Sandy Denny.
De seguida são apresentados PJ Wright e Sally Barker, aos quais se junta ainda Maartin Allcock (Fairport Convention entre 1985 e 1996), para então recordarmos primeiro "The Ballad of Ned Kelly" (bela canção de Trevor Lucas nos Fotheringay de 1970) e "Talk About Money" da própria Sally Barker. Tempo para voltar aos Fairport Convention, neste caso a 1975 com o tema de Sandy Denny "Rising for the Moon".
Segue-se mais um convidado, um amigo de longa data, Ralph McTell, infelizmente, pareceu-nos, já sem a voz de outros tempos, para cantar "White Dress" um tema de Dave Swarbrick para o álbum "Rising for the Moon" cantado no original por Sandy Denny.
Com Sandy Denny "White Dress" é, sem dúvida, mais um momento único dos Fairport Convention.
Fairport Convention - White Dress
quarta-feira, 13 de setembro de 2017
Fairport Convention - Walk Awhile
Fairport's Cropredy Convention 2017
Ainda com Richard Thompson em palco e centrado no ano de 1970 seguiram-se "Walk Awhile", "Poor Will and the Jolly Hangman", "Sloth", "Now Be Thankful" e "Sir Patrick Spens", o esplendor do Folk inglês, simplesmente magnífico. 1970, o ano em que a parceria Richard Thompson/Dave Swarbrick resultou na perfeição originando o imprescindível "Full House".
Sandy Denny já tinha partido, mas o génio de Richard Thompson ficaria nos Fairport Convention para mais um histórico álbum do Folk-Rock.
Os momentos em palco, em particular de Richard Thompson, neste conjunto de temas foram empolgantes e um público bem conhecedor da obra a aderir em grande.
"Walk Awhile", para retornar aos momentos mágicos do concerto e aos momentos de adolescência de quando descobri este disco.
Fairport Convention - Walk Awhile
Ainda com Richard Thompson em palco e centrado no ano de 1970 seguiram-se "Walk Awhile", "Poor Will and the Jolly Hangman", "Sloth", "Now Be Thankful" e "Sir Patrick Spens", o esplendor do Folk inglês, simplesmente magnífico. 1970, o ano em que a parceria Richard Thompson/Dave Swarbrick resultou na perfeição originando o imprescindível "Full House".
Simon Nicol |
Richard Thompson |
Sandy Denny já tinha partido, mas o génio de Richard Thompson ficaria nos Fairport Convention para mais um histórico álbum do Folk-Rock.
Os momentos em palco, em particular de Richard Thompson, neste conjunto de temas foram empolgantes e um público bem conhecedor da obra a aderir em grande.
"Walk Awhile", para retornar aos momentos mágicos do concerto e aos momentos de adolescência de quando descobri este disco.
Fairport Convention - Walk Awhile
terça-feira, 12 de setembro de 2017
Fairport Convention - The Deserter
Fairport's Cropredy Convention 2017
Ainda no início da carreira dos Fairport Convention, pese Joe Boyd os desencorajar a gravar em favor de utilizarem material próprio com uma sonoridade mais inglesa, as versões de temas norte-americanos tinham um peso significativo.
Em 1987 não resistiu e colaborou na compilação dos temas gravados ao vivo para a radio BBC, no disco que tomou o nome de "Heyday", feito sobretudo de grandes canções de Bob Dylan, Joni Mitchell, Leonard Cohen a Richard Fariña, Johnny Cash e Everly Brothers. Entre eles constava a canção "Suzanne" de Leonard Cohen que os Fairport Convention retomaram este ano no festival do 50º aniversário do grupo.
Da gravação original estiveram Richard Thompson, Ashley Hutchings, Ian Matthews e Simon Nicol, no lugar dos já falecidos Martin Lamble e Sandy Denny estiveram o também histórico Dave Mattacks e a cantora Chris While colaboradora do grupo já há alguns anos. É esse momento que o vídeo seguinte reproduz.
Seguiram-se temas memoráveis como: "Farewell, Farewell", "Crazy Man Michael", "Come All Ye" e "The Deserter", "The Lark in the Morning Medley" e "Tam Lin" tudo temas desse disco único que marcou o Folk-Rock de nome "Liege & Lief".
No festival o tradicional "The Deserter" foi cantado por Chris While, aqui o original com os arranjos dos Fairport Convention e a voz inconfundível de Sandy Denny.
Fairport Convention - The Deserter
Ainda no início da carreira dos Fairport Convention, pese Joe Boyd os desencorajar a gravar em favor de utilizarem material próprio com uma sonoridade mais inglesa, as versões de temas norte-americanos tinham um peso significativo.
Em 1987 não resistiu e colaborou na compilação dos temas gravados ao vivo para a radio BBC, no disco que tomou o nome de "Heyday", feito sobretudo de grandes canções de Bob Dylan, Joni Mitchell, Leonard Cohen a Richard Fariña, Johnny Cash e Everly Brothers. Entre eles constava a canção "Suzanne" de Leonard Cohen que os Fairport Convention retomaram este ano no festival do 50º aniversário do grupo.
Da gravação original estiveram Richard Thompson, Ashley Hutchings, Ian Matthews e Simon Nicol, no lugar dos já falecidos Martin Lamble e Sandy Denny estiveram o também histórico Dave Mattacks e a cantora Chris While colaboradora do grupo já há alguns anos. É esse momento que o vídeo seguinte reproduz.
Da esquerda para a direita: Simon Nicol, Richard Thompson, Chris While, Dave Mattacks, Ian Matthews |
Seguiram-se temas memoráveis como: "Farewell, Farewell", "Crazy Man Michael", "Come All Ye" e "The Deserter", "The Lark in the Morning Medley" e "Tam Lin" tudo temas desse disco único que marcou o Folk-Rock de nome "Liege & Lief".
No festival o tradicional "The Deserter" foi cantado por Chris While, aqui o original com os arranjos dos Fairport Convention e a voz inconfundível de Sandy Denny.
Fairport Convention - The Deserter
segunda-feira, 11 de setembro de 2017
Fairport Convention - I Don't Know Where I Stand
Fairport's Cropredy Convention 2017
Logo após os 2 temas iniciais ontem referidos, os Fairport Convention vão recuar ao seu início e para isso entram no palco Richard Thompson, Ian Matthews, Dave Mattacks, Judy Dyble e Ashley Hutchings.
E para nosso deleite o início de quase 3 horas das melhores recordações que temos deste grupo.
E no início, como sabemos, os Fairport Convention interpretaram muitas canções vindas do Folk norte-americano, foi-nos então dado ouvir "Time Will Show the Wiser" dos The Merry-Go-Round, "I Don't Know Where I Stand" de Joni Mitchell, "Reno Nevada" de Richard Fariña e "Suzanne" de Leonard Cohen. Para "Suzanne" subiu ao palco um dos convidados do grupo, a amiga Chris While que mostrou estar à altura para interpretar canções que nos lembramos na voz insubstituível de Sandy Denny.
Do 1º álbum aqui com a capa assinada por Richard Thompson, Judy Dyble e Ashley Hutchings recordamos "I Don't Know Where I Stand".
Fairport Convention - I Don't Know Where I Stand
Logo após os 2 temas iniciais ontem referidos, os Fairport Convention vão recuar ao seu início e para isso entram no palco Richard Thompson, Ian Matthews, Dave Mattacks, Judy Dyble e Ashley Hutchings.
Da esquerda para a direita: Judy Dyble, Ian Matthews e Ashley Hutchings |
Da esquerda para a direita: Richard Thompson, Judy Dyble e Ian Matthews |
E para nosso deleite o início de quase 3 horas das melhores recordações que temos deste grupo.
E no início, como sabemos, os Fairport Convention interpretaram muitas canções vindas do Folk norte-americano, foi-nos então dado ouvir "Time Will Show the Wiser" dos The Merry-Go-Round, "I Don't Know Where I Stand" de Joni Mitchell, "Reno Nevada" de Richard Fariña e "Suzanne" de Leonard Cohen. Para "Suzanne" subiu ao palco um dos convidados do grupo, a amiga Chris While que mostrou estar à altura para interpretar canções que nos lembramos na voz insubstituível de Sandy Denny.
Do 1º álbum aqui com a capa assinada por Richard Thompson, Judy Dyble e Ashley Hutchings recordamos "I Don't Know Where I Stand".
Fairport Convention - I Don't Know Where I Stand
domingo, 10 de setembro de 2017
Fairport Convention - Ye Mariners All
Fairport's Cropredy Convention 2017
Quando comecei a pensar em ir ao festival do 50º aniversário dos Fairport Convention a minha primeira motivação foi saber que Richard Thompson ia estar presente e que actuaria a solo no 2º dia. Na realidade já tinha visto os Fairport Convention no 6º Festival Intercéltico do Porto em 1995 com uma formação perto da actual e a época de ouro (anos 60 e 70) deles já tinha passado, enquanto que relativamente a Richard Thompson a história era outra, para além da importância que teve no período que esteve no grupo ou seja de 1967 a 1971 tinha um percurso de então para cá absolutamente admirável.
No entanto, sendo os 50 anos e estando presentes boa parte dos sobreviventes do grupo (Martin Lamble, Sandy Denny, Dave Swarbrick, Trevor Lucas, para referir os mais conhecidos, já não estão entre nós) havia de facto alguma expectativa quanto à performance dos Fairport Convention, e diga-se em abono da verdade foi um excelente espectáculo centrado nos primeiros dez anos de vida e onde revisitaram o melhor reportório de então.
Começaram com a formação actual, a saber: Simon Nicol, Dave Pegg, Gerry Conway, Ric Sanders e Chris Leslie. com esta formação interpretaram 2 temas, "Bottom of the Punchbowl / East Neuke of Fife / Ye Mariners All" e "Summer By The Cherwell" dos álbuns "Tipplers Tales" de 1978 e do mais recente álbum "50:50@50", respectivamente.
Começamos a recordação deste concerto precisamente com a o tema de abertura, simplificadamente "Ye Mariners All"
Fairport Convention - Ye Mariners All
Quando comecei a pensar em ir ao festival do 50º aniversário dos Fairport Convention a minha primeira motivação foi saber que Richard Thompson ia estar presente e que actuaria a solo no 2º dia. Na realidade já tinha visto os Fairport Convention no 6º Festival Intercéltico do Porto em 1995 com uma formação perto da actual e a época de ouro (anos 60 e 70) deles já tinha passado, enquanto que relativamente a Richard Thompson a história era outra, para além da importância que teve no período que esteve no grupo ou seja de 1967 a 1971 tinha um percurso de então para cá absolutamente admirável.
No entanto, sendo os 50 anos e estando presentes boa parte dos sobreviventes do grupo (Martin Lamble, Sandy Denny, Dave Swarbrick, Trevor Lucas, para referir os mais conhecidos, já não estão entre nós) havia de facto alguma expectativa quanto à performance dos Fairport Convention, e diga-se em abono da verdade foi um excelente espectáculo centrado nos primeiros dez anos de vida e onde revisitaram o melhor reportório de então.
Da esquerda para a direita: Simon Nicol e Ric Sanders |
Começaram com a formação actual, a saber: Simon Nicol, Dave Pegg, Gerry Conway, Ric Sanders e Chris Leslie. com esta formação interpretaram 2 temas, "Bottom of the Punchbowl / East Neuke of Fife / Ye Mariners All" e "Summer By The Cherwell" dos álbuns "Tipplers Tales" de 1978 e do mais recente álbum "50:50@50", respectivamente.
Começamos a recordação deste concerto precisamente com a o tema de abertura, simplificadamente "Ye Mariners All"
Fairport Convention - Ye Mariners All
sábado, 9 de setembro de 2017
Dougie MacLean - Caledonia
Fairport's Cropredy Convention 2017
De volta ao recinto do festival actuavam ainda os Marillion. Já o Rock Progressivo falecia quando, no final dos anos 70 este ingleses surgiram com uma sonoridade descaradamente parecida com os Genesis. Com uma formação quase totalmente diferente da original também passaram por este festival (talvez para captar outros públicos) mas decididamente deslocados, nada de interessante trouxeram.
Noutro registo completamente diferente seguiu-se o escocês Dougie MacLean. Conhecido e reconhecido músico Folk não estava, no entanto, entre as minhas principais atracções para este festival. Nome por cá muito pouco divulgado, a sua discografia é praticamente desconhecida pese a regularidade com que Dougie MacLean grava desde meados dos anos 70.
Foi, pois, uma agradável surpresa esta apresentação, completamente a solo, a anteceder o final do festival com os esperados Fairport Convention.
Canções simples mas envolventes e uma capacidade enorme de interagir com o público, ensinando-o e cativando-o a participar nos refrões, alguns difíceis e longos, das suas canções.
Para cada canção também a sua explicação, onde e quando foi composta. Sem dúvida uma bela prestação, esta de Dougie MacLean.
A canção da vida dele pode-se dizer que foi "Caledonia", uma bela balada composta em França nos anos 70 a revelar as então saudades da sua terra natal. Não conhecia até há bem pouco tempo a versão original desta canção bastante interpretada pelos mais variados músicos da área Folk, conhecia "Caledonia" da Dolores Keane na versão de 1988.
Dougie MacLean - Caledonia
De volta ao recinto do festival actuavam ainda os Marillion. Já o Rock Progressivo falecia quando, no final dos anos 70 este ingleses surgiram com uma sonoridade descaradamente parecida com os Genesis. Com uma formação quase totalmente diferente da original também passaram por este festival (talvez para captar outros públicos) mas decididamente deslocados, nada de interessante trouxeram.
Noutro registo completamente diferente seguiu-se o escocês Dougie MacLean. Conhecido e reconhecido músico Folk não estava, no entanto, entre as minhas principais atracções para este festival. Nome por cá muito pouco divulgado, a sua discografia é praticamente desconhecida pese a regularidade com que Dougie MacLean grava desde meados dos anos 70.
Foi, pois, uma agradável surpresa esta apresentação, completamente a solo, a anteceder o final do festival com os esperados Fairport Convention.
Canções simples mas envolventes e uma capacidade enorme de interagir com o público, ensinando-o e cativando-o a participar nos refrões, alguns difíceis e longos, das suas canções.
Para cada canção também a sua explicação, onde e quando foi composta. Sem dúvida uma bela prestação, esta de Dougie MacLean.
A canção da vida dele pode-se dizer que foi "Caledonia", uma bela balada composta em França nos anos 70 a revelar as então saudades da sua terra natal. Não conhecia até há bem pouco tempo a versão original desta canção bastante interpretada pelos mais variados músicos da área Folk, conhecia "Caledonia" da Dolores Keane na versão de 1988.
Dougie MacLean - Caledonia
sexta-feira, 8 de setembro de 2017
Plainsong - Raider
Fairport's Cropredy Convention 2017
Ainda com os sons de Morris On, Judy Dyble e Plainsong na cabeça é tempo para sair do recinto do festival e dar mais uma volta pela pequena vila de Cropredy. Mas antes apreciar o espaço do festival entre actuações.
Cá fora a descontracção e animação eram um facto, logo à saída um grupo de jovens improvisa sons com um carro velho ...
enquanto que no pub The Red Lion ouvia-se música de Bob Dylan com a Dylan Rhythm Band ...
no exterior, em frente ao pub, o cemitério era ocupado descontraidamente por jovens e menos jovens tocando e bebendo cerveja.
Agora, em sentido oposto ao do dia anterior mais um passeio pelo bonito canal que atravessa Cropredy.
Ao longo desta caminhada os sons que perduravam eram ainda os dos Plainsong, "Raider" do álbum de 1972 "True Story Of Amelia Earhart" era um deles.
Plainsong - Raider
Ainda com os sons de Morris On, Judy Dyble e Plainsong na cabeça é tempo para sair do recinto do festival e dar mais uma volta pela pequena vila de Cropredy. Mas antes apreciar o espaço do festival entre actuações.
Cá fora a descontracção e animação eram um facto, logo à saída um grupo de jovens improvisa sons com um carro velho ...
enquanto que no pub The Red Lion ouvia-se música de Bob Dylan com a Dylan Rhythm Band ...
no exterior, em frente ao pub, o cemitério era ocupado descontraidamente por jovens e menos jovens tocando e bebendo cerveja.
Agora, em sentido oposto ao do dia anterior mais um passeio pelo bonito canal que atravessa Cropredy.
Ao longo desta caminhada os sons que perduravam eram ainda os dos Plainsong, "Raider" do álbum de 1972 "True Story Of Amelia Earhart" era um deles.
Plainsong - Raider
quinta-feira, 7 de setembro de 2017
Plainsong - Even the Guiding Light
Fairport's Cropredy Convention 2017
Depois de Ashley Hutchings com os Morris On, Judy Dyle com a Band of Perfect Strangers a vez para mais um ex-Fairport Convention com um dos seus projectos, os Plainsong de Ian Matthews.
Ian Matthews foi vocalista dos Fairport Convention no período de 1967-1969, coexistindo pois com as cantoras Judy Dyble e Sandy Denny.
Entre 1969 e 1970 tempo para a gravação de 3 álbuns sob a designação do colectivo Matthews Southern Comfort (nome tirado ao título do primeiro LP sem apóstrofe "Matthews' Southern Comfort"). O ano de 1971 e 1972 vão para dois excelentes discos a solo, respectivamente "If You Saw Thro' My Eyes" e "Tigers Will Survive".
Ainda em 1972 forma os Plainsong muito bem recebido com o álbum "In Search of Amelia Earhart".
Os Plainsong têm sido reactivados de tempos a tempos sendo a última em 2014 para a realização do disco "Reinventing Richard: The Songs of Richard Fariña" (para comemoração dos 50 anos da morte do pouco conhecido cantor Folk Richard Fariña falecido em 1966 com 29 anos de idade). Foi esta versão "light" no dizer do próprio Ian Matthews que actuou em Cropredy no dia 12 de Agosto, ou seja em trio acústico formado por Andy Roberts, Mark Griffiths e o próprio Ian Matthews.
Terá sido talvez a actuação que mais ficou aquém das minhas expectativas, talvez não só pela formação reduzida quer pela voz de Ian Matthews que pareceu bem longe da que conhecia dos anos 60 e 70. Melhor pareceu-me à noite quando se juntou aos Fairport Convention e interpretou temas inesquecíveis como "Reno, Nevada", "Suzanne" e "Time Will Show the Wiser"
A actuação dos Plainsong fez-se, principalmente, com temas deste último "Reinventing Richard..." e o saudoso "In Search of Amelia Earhart" do qual tocaram "Even the Guiding Light" que agora lembramos no original.
Plainsong - Even the Guiding Light
Depois de Ashley Hutchings com os Morris On, Judy Dyle com a Band of Perfect Strangers a vez para mais um ex-Fairport Convention com um dos seus projectos, os Plainsong de Ian Matthews.
Ian Matthews foi vocalista dos Fairport Convention no período de 1967-1969, coexistindo pois com as cantoras Judy Dyble e Sandy Denny.
Entre 1969 e 1970 tempo para a gravação de 3 álbuns sob a designação do colectivo Matthews Southern Comfort (nome tirado ao título do primeiro LP sem apóstrofe "Matthews' Southern Comfort"). O ano de 1971 e 1972 vão para dois excelentes discos a solo, respectivamente "If You Saw Thro' My Eyes" e "Tigers Will Survive".
Ainda em 1972 forma os Plainsong muito bem recebido com o álbum "In Search of Amelia Earhart".
Os Plainsong têm sido reactivados de tempos a tempos sendo a última em 2014 para a realização do disco "Reinventing Richard: The Songs of Richard Fariña" (para comemoração dos 50 anos da morte do pouco conhecido cantor Folk Richard Fariña falecido em 1966 com 29 anos de idade). Foi esta versão "light" no dizer do próprio Ian Matthews que actuou em Cropredy no dia 12 de Agosto, ou seja em trio acústico formado por Andy Roberts, Mark Griffiths e o próprio Ian Matthews.
Terá sido talvez a actuação que mais ficou aquém das minhas expectativas, talvez não só pela formação reduzida quer pela voz de Ian Matthews que pareceu bem longe da que conhecia dos anos 60 e 70. Melhor pareceu-me à noite quando se juntou aos Fairport Convention e interpretou temas inesquecíveis como "Reno, Nevada", "Suzanne" e "Time Will Show the Wiser"
Da esquerda para a direita: Mark Griffiths, Andy Roberts e Ian Matthews |
A actuação dos Plainsong fez-se, principalmente, com temas deste último "Reinventing Richard..." e o saudoso "In Search of Amelia Earhart" do qual tocaram "Even the Guiding Light" que agora lembramos no original.
Plainsong - Even the Guiding Light
quarta-feira, 6 de setembro de 2017
Judy Dyble - The Sisterhood of Ruralist
Fairport's Cropredy Convention 2017
Para Judy Dyble assinar tinha eu o primeiro álbum e a caixa recém editada "Come All Ye: The First Ten Years" dos Fairport Convention, o que o fez quando terminou a actuação ao início da tarde do dia 12 de Agosto, último dia do festival.
Simpática ao querer saber o meu nome e como se escrevia começou por assinar a capa do CD, 1º álbum dos Fairport Convention onde já constavam as assinaturas de Richard Thompson e Ashley Hutchings...
e finalmente uma fotografia de 1967 incluída no livro que acompanha a excelente caixa compilação dos 10 primeiros anos dos Fairport Convention.
Boas memórias ficaram de Judy Dyble, claramente a redescobrir depois do retorno já neste milénio aos discos e aos concertos.
Judy Dyble despediu-se da actuação no festival Fairport's Cropredy Convention com "The Sisterhood of Ruralist" do álbum "Flow and Change" de 2013. Bem, à noite iria voltar ao palco para com os Fairport Convention reviver o início do grupo.
Judy Dyble - The Sisterhood of Ruralist
Para Judy Dyble assinar tinha eu o primeiro álbum e a caixa recém editada "Come All Ye: The First Ten Years" dos Fairport Convention, o que o fez quando terminou a actuação ao início da tarde do dia 12 de Agosto, último dia do festival.
Simpática ao querer saber o meu nome e como se escrevia começou por assinar a capa do CD, 1º álbum dos Fairport Convention onde já constavam as assinaturas de Richard Thompson e Ashley Hutchings...
e finalmente uma fotografia de 1967 incluída no livro que acompanha a excelente caixa compilação dos 10 primeiros anos dos Fairport Convention.
Boas memórias ficaram de Judy Dyble, claramente a redescobrir depois do retorno já neste milénio aos discos e aos concertos.
Judy Dyble despediu-se da actuação no festival Fairport's Cropredy Convention com "The Sisterhood of Ruralist" do álbum "Flow and Change" de 2013. Bem, à noite iria voltar ao palco para com os Fairport Convention reviver o início do grupo.
Judy Dyble - The Sisterhood of Ruralist
terça-feira, 5 de setembro de 2017
Judy Dyble - I Talk to the Wind
Fairport's Cropredy Convention 2017
Depois da actuação dos Morris On, foi a vez de Judy Dyble. Da animação dos Morris On para o sossego da voz angelical de Judy Dyble.
Talvez prejudicada por isso mesmo, ou seja a música dela não tem a alegria e energia deixada pelos Morris On, a adesão do público foi naturalmente menor. No entanto, para mim foi uma das agradáveis surpresas do festival, em particular pela qualidade vocal manifestada.
Judy Dyble foi nos anos 1967 e 1968 a primeira cantora dos Fairport Convention, tendo saído do grupo após a edição do 1º LP. Fez portanto parte do início do grupo quando o reportório se baseava muito na música folk norte-americana, temas de Bob Dylan, Leonard Cohen e Joni Mitchell eram então frequentes. Foi posteriormente substituída pela lendária Sandy Denny.
Ainda em 1968 Judy Dyble junta-se aos Giles, Giles & Fripp percursores dos King Crimson , desta curta passagem resultaram algumas gravações caseiras, entre as quais a canção "I Talk to the Wind" que os King Crimson iriam gravar logo no 1º LP em 1969.
Em 2006 Judy Dyble grava-a no álbum "The Whorl", tendo-a também interpretado no festival, e é a proposta para audição de hoje.
Judy Dyble - I Talk to the Wind
Depois da actuação dos Morris On, foi a vez de Judy Dyble. Da animação dos Morris On para o sossego da voz angelical de Judy Dyble.
Talvez prejudicada por isso mesmo, ou seja a música dela não tem a alegria e energia deixada pelos Morris On, a adesão do público foi naturalmente menor. No entanto, para mim foi uma das agradáveis surpresas do festival, em particular pela qualidade vocal manifestada.
Judy Dyble foi nos anos 1967 e 1968 a primeira cantora dos Fairport Convention, tendo saído do grupo após a edição do 1º LP. Fez portanto parte do início do grupo quando o reportório se baseava muito na música folk norte-americana, temas de Bob Dylan, Leonard Cohen e Joni Mitchell eram então frequentes. Foi posteriormente substituída pela lendária Sandy Denny.
Ainda em 1968 Judy Dyble junta-se aos Giles, Giles & Fripp percursores dos King Crimson , desta curta passagem resultaram algumas gravações caseiras, entre as quais a canção "I Talk to the Wind" que os King Crimson iriam gravar logo no 1º LP em 1969.
Em 2006 Judy Dyble grava-a no álbum "The Whorl", tendo-a também interpretado no festival, e é a proposta para audição de hoje.
Judy Dyble - I Talk to the Wind
segunda-feira, 4 de setembro de 2017
Morris On - Cuckoo's Nest
Fairport's Cropredy Convention 2017
Ainda Morris On de Ashley Hutchings.
O projecto Morris On tem tido continuidade desde que em 1972 surgiu o disco com o mesmo nome. Sobre o comando de Ashley Hutchings foram surgindo novos registos com nomes sugestivos, "Son of Morris On", "Grandson of Morris On", "Great Grandson of Morris On" ou, o que julgo ser o mais recente, "The Mother of all Morris".
Portanto Morris On não é propriamente um grupo mas sim um projecto liderado pelo ex-Fairport Convention, daí que da formação de 1972 à que actuou em Cropredy seja completamente diferente com excepção, claro, da figura de Ashley Hutchings.
No final da actuação passaram pela tenda para a sessão de autógrafos onde tive o prazer de os conhecer.
Primeiro Ashley Hutchings que disse: "You are the first portuguese that I met" enquanto assinava vários discos entre eles precisamente "Morris On" de 1972. Depois amavelmente perguntou se não me importava que os actuais elementos de Morris On também o assinassem já que também tocavam essas músicas, o que evidentemente concordei.
Finalmente ao cumprimentar-mo-nos no final pediu para não apertar com força a mão, qualquer coisa não devia estar bem...mas à noite já voltava ao palco para tocar com os Fairport Convention.
"Cuckoo's Nest" é um dos temas mais populares do grupo, pertence a este álbum e também foi tocado por eles em palco.
Morris On - Cuckoo's Nest
Ainda Morris On de Ashley Hutchings.
O projecto Morris On tem tido continuidade desde que em 1972 surgiu o disco com o mesmo nome. Sobre o comando de Ashley Hutchings foram surgindo novos registos com nomes sugestivos, "Son of Morris On", "Grandson of Morris On", "Great Grandson of Morris On" ou, o que julgo ser o mais recente, "The Mother of all Morris".
Portanto Morris On não é propriamente um grupo mas sim um projecto liderado pelo ex-Fairport Convention, daí que da formação de 1972 à que actuou em Cropredy seja completamente diferente com excepção, claro, da figura de Ashley Hutchings.
Da esquerda para a direita: Gavin Davenport, Tom A Wright e os convidados Simon Nicol e Richard Thompson |
Gavin Davenport |
No final da actuação passaram pela tenda para a sessão de autógrafos onde tive o prazer de os conhecer.
Primeiro Ashley Hutchings que disse: "You are the first portuguese that I met" enquanto assinava vários discos entre eles precisamente "Morris On" de 1972. Depois amavelmente perguntou se não me importava que os actuais elementos de Morris On também o assinassem já que também tocavam essas músicas, o que evidentemente concordei.
Assinatura de Ashley Hutchings |
Assinaturas à direita de Richard Thompson, à esquerda de Ruth Angell, Gavin Davenport, Tom A Wright e Guy Fletcher |
"Cuckoo's Nest" é um dos temas mais populares do grupo, pertence a este álbum e também foi tocado por eles em palco.
Morris On - Cuckoo's Nest
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