a memória do elefante
Já vai longa esta passagem pelo nº 7 do jornal "a memória do elefante" do início de 1972. Mas para além das listas dos melhores álbuns e temas de 1971, que entretanto recuperei outros motivos de interesse constavam nas páginas deste jornal que tão boas memórias deixou.
Para continuar o artigo de Jorge Lima Barreto intitulado somente "Jazz".
O Jazz, tal como qualquer outro género musical, apresenta ao longo da sua rica história múltiplas designações que correspondem ao estado de desenvolvimento ou seja ao modo como é reinventado. Normalmente aparecem as designações de Tradicional e Vanguarda sendo que no Jazz é na década de 50 que ocorre tal separação com a modificação das regras como era conhecido por músicos de calibre como Cecil Taylor, Don Cherry e Ornette Coleman.
Assim surgiu a New Thing referida por Jorge Lima Barreto que afirma "O termo New-Thing comporta aquele período do Jazz que vai da revolução musical do Free, fins dos ano 50, até aos nossos dias incluindo portanto o Jazz não-tradicional electro-acústico, electrónico, etnográfico, atonal e Jazz-pop."
Quanto ao início da New-Thing, "Podemos adoptar, não rigorosamente, a gravação de MINGUS-AH-UHM de CARLIE MINGUS como marco discográfico onde se suspeita já os caminhos do Jazz-futuro (1957)." Charlie Mingus (1922-1979), compositor, contra-baixista, pianista, um dos maiores do mundo do Jazz publicou em 1959 "Mingus Ah Um", um disco imprescindível em qualquer discoteca básica de Jazz.
Edição em CD com a ref: CBS 450436 2 |
É deste grande álbum o famoso tema "Goodbye Pork Pie Hat", que eu particularmente admiro.
Charles Mingus - Goodbye Pork Pie Hat
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