Se é verdade que o Fado ficou muito ligado ao regime anterior ao 25 de Abril, em parte por uma maneira de cantar anquilosada e uma lírica passadista, também é verdade que algum Fado resistiu logo após a revolução, nomeadamente com alguns fadistas conotados com o PCP como é o caso de José Manuel Osório.
Já o recordei a propósito dos prémios da imprensa de música ligeira relativos a 1970, onde ele era destacado com o Prémio de Intérprete de Fado, precisamente "pela originalidade do estilo e por procurar libertar o fado de temas passadistas".
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É dele o álbum "por quem sempre combateu" gravado em 1975 com um conteúdo lírico vincadamente anti-fascista a evidenciar as preocupações sociais e políticas daquele ano.
Fica-se com o fado que dava título ao álbum, "por quem sempre combateu".
José Manuel Osório – Por Quem Sempre Combateu
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