Foram já várias as passagens que efectuei pela Teresa Paula Brito (1944-2003). E é sempre com renovado prazer que a ela volto. É nas décadas de 60 e 70 que se centra a sua maior actividade no meio musical abraçando estilos e influências diversas. Da música ligeira ao Pop-Rock, da música Soul à música popular de intervenção, se pode ouvir ao longo da sua relativa curta discografia.
Hoje vamos ao início e para isso citemos a "Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX":
"Cantora. Uma das primeiras vozes femininas a desenvolver uma carreira no âmbito da emergente música pop. Estreou-se no início da década de 60 na Emissora Nacional (EN). O seu primeiro trabalho discográfico (1962), no qual é acompanhada pelo conjunto de Hélder Martins, inclui composições de música ligeira."
Neste primeiro EP, ainda com o nome de Tereza Paula, constam 4 canções:
1 - O Vento Espalhou
2 - Turi Turá
3 - Agora Já É Tarde
4 - Entardecer de Outono.
Num registo claramente condizente com a canção ligeira então dominante, recordamos "Turi Turá".
Teresa Paula Brito - Turi Turá
Para uns recordações, para outros descobertas. São notas passadas, musicais e não só...
quinta-feira, 30 de novembro de 2017
quarta-feira, 29 de novembro de 2017
Toni Hernandez e o seu Conjunto - Oh! Carol
Graças ao blog http://estereopositivo.blogspot.pt foi possível saber algo mais sobre Toni Hernandez e o seu Conjunto o qual já tinha recordado no tema "Só Tu" do 2º EP.
São pois desse blog as citações e mais informações que agora utilizo.
Primeiro, já sabíamos, Toni Hernandez e o seu Conjunto tiveram origem no Porto e foi na zona norte que fizeram carreira. Tiveram o seu início por volta de 1959 e o nome do conjunto "advém da avó dos irmãos Almeida Garrett: Maria Luísa Hernandez".
"Entre 1961 e 1963, surge a formação mais duradoura e mais conhecida do Conjunto Tony Hernandez que tinha João Almeida Garrett, António Almeida Garrett, António Ramalho de Almeida, Luís Barbosa, Ruy Aires aos quais se juntavam Simões da Hora, no piano, e Rogério de Azevedo, guitarra, vindo do Conjunto de Pedro Osório."
Entre as diversas actuações que efectuaram fiquei a saber que actuaram nos bailes de Carnaval de Ovar, onde eu nasci, nos anos de 1961 e 1962:
"É com esta formação que têm as suas principais atuações e onde actuam com Tony de Matos (Festa dos Bombeiros da Aguda – 1961), com Mário Simões (Chaves – 1961), nos Bailes de Carnaval, em Ovar, em 1961 e 1962, participam nas comemorações dos setenta anos de Cole Porter produzida pela RTP, em 27 de Outubro de 1961, com as versões “Begin the Beguine” e “What is this thing called love” e gravam, também para a etiqueta Alvorada, MEP 60397 (1961) Dulcemente | Paseando com Papa | Patatina | Abre-te Sésamo | AEP 60442 (1961) EL Novio | Pitagoras | Pepita | Il Mare Nel Casseto | e iniciam uma digressão pelo Norte de Espanha (Vigo e Orense) em 1962."
Entre 1959 e 1961 gravam 6 EP, sendo que hoje recordamos uma canção do 3º EP "De novo com Toni Hernandez" de 1960. Trata-se da conhecida "Oh! Carol", o êxito de Neil Sedaka dos anos 50.
No que diz respeito à capa descobri existirem pelo menos duas diferentes (uma descobri em www.discogs.com a outra já não me lembro) que utilizavam uma modelo, o que é explicado no blog referido: "Era normal, naquela época, as capas dos discos terem uma fotografia do conjunto. Todavia, só passado algum tempo do lançamento dos EP’s MEP 60338 e 60379 é que o conjunto foi confrontado com existência de diversas capas com essas modelos que desconheciam e cuja utilização foi-lhes completamente alheia."
Toni Hernandez e o seu Conjunto - Oh! Carol
São pois desse blog as citações e mais informações que agora utilizo.
Primeiro, já sabíamos, Toni Hernandez e o seu Conjunto tiveram origem no Porto e foi na zona norte que fizeram carreira. Tiveram o seu início por volta de 1959 e o nome do conjunto "advém da avó dos irmãos Almeida Garrett: Maria Luísa Hernandez".
"Entre 1961 e 1963, surge a formação mais duradoura e mais conhecida do Conjunto Tony Hernandez que tinha João Almeida Garrett, António Almeida Garrett, António Ramalho de Almeida, Luís Barbosa, Ruy Aires aos quais se juntavam Simões da Hora, no piano, e Rogério de Azevedo, guitarra, vindo do Conjunto de Pedro Osório."
Entre as diversas actuações que efectuaram fiquei a saber que actuaram nos bailes de Carnaval de Ovar, onde eu nasci, nos anos de 1961 e 1962:
"É com esta formação que têm as suas principais atuações e onde actuam com Tony de Matos (Festa dos Bombeiros da Aguda – 1961), com Mário Simões (Chaves – 1961), nos Bailes de Carnaval, em Ovar, em 1961 e 1962, participam nas comemorações dos setenta anos de Cole Porter produzida pela RTP, em 27 de Outubro de 1961, com as versões “Begin the Beguine” e “What is this thing called love” e gravam, também para a etiqueta Alvorada, MEP 60397 (1961) Dulcemente | Paseando com Papa | Patatina | Abre-te Sésamo | AEP 60442 (1961) EL Novio | Pitagoras | Pepita | Il Mare Nel Casseto | e iniciam uma digressão pelo Norte de Espanha (Vigo e Orense) em 1962."
Entre 1959 e 1961 gravam 6 EP, sendo que hoje recordamos uma canção do 3º EP "De novo com Toni Hernandez" de 1960. Trata-se da conhecida "Oh! Carol", o êxito de Neil Sedaka dos anos 50.
No que diz respeito à capa descobri existirem pelo menos duas diferentes (uma descobri em www.discogs.com a outra já não me lembro) que utilizavam uma modelo, o que é explicado no blog referido: "Era normal, naquela época, as capas dos discos terem uma fotografia do conjunto. Todavia, só passado algum tempo do lançamento dos EP’s MEP 60338 e 60379 é que o conjunto foi confrontado com existência de diversas capas com essas modelos que desconheciam e cuja utilização foi-lhes completamente alheia."
Toni Hernandez e o seu Conjunto - Oh! Carol
terça-feira, 28 de novembro de 2017
Conjunto de Hélder Reis - La Più Bella Del Mondo-My Fair Lady
Os anos 60 assistiram, principalmente na Grã-Bretanha e Estados Unidos da América e em Portugal também, a uma proliferação de conjuntos Pop-Rock.
"Durante essa década, os novos estilos da música pop e os estilos de vida da juventude estimularam a formação de conjuntos." lê-se na "Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX".
Conjunto, palavra muito utilizada para a designação das mais variadas formações musicais que muitas vezes tomava a designação do elemento mais destacado.
Na década anterior já assim era, embora musicalmente bem distintas, no género musical, no tipo de instrumentos e na quase ausência de electrificação, dos seus sucedâneas nos anos 60.
Continuando com a "Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX":
"A prática do arranjo, fundamental no processo de constituição de repertórios, tornou-se um elemento distintivo e valorizador dos conjuntos, contribuindo para a disseminação de um vasto repertório de versões individualizadas de êxitos internacionais, de melodias de carácter popular, do fado e da música de matriz rural, muitas das quais em versões instrumentais. O arranjo musical e o estilo interpretativo contribuíram para a formação da identidade dos conjuntos, valorizando igualmente a figura do arranjador ou director, cujo nome serviu popularmente para as suas designações. Até à década de 60 destacaram-se os conjuntos de Tony Amaral, Mário Simões, Hélder Martins, Fernando Albuquerque, Fernando de Carvalho, Shegundo Galarza e Jorge Machado."
De alguns já aqui fiz eco, hoje vai mais um para o Conjunto de Hélder Reis.
Pianista e acordeonista, Hélder Reis integrou nos anos 50 o Conjunto de Mário Simões e é este conjunto que, com a partida de Mário Simões para Moçambique, toma a designação de Hélder Reis.
Alguns EP foram gravados nomeadamente a acompanhar Jaime Nascimento (1920 -2015) que já tivemos oportunidade de recordar.
Do EP "É Maluco e É Barato" (1958) escolhi o tema final "La Più Bella Del Mondo-My Fair Lady".
"La Più Bella Del Mondo" uma canção de Marino Marini a evoluir para o tema do filme "My Fair Lady".
Conjunto de Helder Reis - La Più Bella Del Mondo-My Fair Lady
"Durante essa década, os novos estilos da música pop e os estilos de vida da juventude estimularam a formação de conjuntos." lê-se na "Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX".
Conjunto, palavra muito utilizada para a designação das mais variadas formações musicais que muitas vezes tomava a designação do elemento mais destacado.
Na década anterior já assim era, embora musicalmente bem distintas, no género musical, no tipo de instrumentos e na quase ausência de electrificação, dos seus sucedâneas nos anos 60.
Continuando com a "Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX":
"A prática do arranjo, fundamental no processo de constituição de repertórios, tornou-se um elemento distintivo e valorizador dos conjuntos, contribuindo para a disseminação de um vasto repertório de versões individualizadas de êxitos internacionais, de melodias de carácter popular, do fado e da música de matriz rural, muitas das quais em versões instrumentais. O arranjo musical e o estilo interpretativo contribuíram para a formação da identidade dos conjuntos, valorizando igualmente a figura do arranjador ou director, cujo nome serviu popularmente para as suas designações. Até à década de 60 destacaram-se os conjuntos de Tony Amaral, Mário Simões, Hélder Martins, Fernando Albuquerque, Fernando de Carvalho, Shegundo Galarza e Jorge Machado."
De alguns já aqui fiz eco, hoje vai mais um para o Conjunto de Hélder Reis.
Pianista e acordeonista, Hélder Reis integrou nos anos 50 o Conjunto de Mário Simões e é este conjunto que, com a partida de Mário Simões para Moçambique, toma a designação de Hélder Reis.
Alguns EP foram gravados nomeadamente a acompanhar Jaime Nascimento (1920 -2015) que já tivemos oportunidade de recordar.
Do EP "É Maluco e É Barato" (1958) escolhi o tema final "La Più Bella Del Mondo-My Fair Lady".
"La Più Bella Del Mondo" uma canção de Marino Marini a evoluir para o tema do filme "My Fair Lady".
Conjunto de Helder Reis - La Più Bella Del Mondo-My Fair Lady
segunda-feira, 27 de novembro de 2017
Shegundo Galarza - Holiday In Lourenço Marques
Mais algumas passagens soltas pela música Pop, algumas vezes mais ligeira outras vezes mais Rock, que se fez em Portugal na década de referência que foram os anos 60. Mas os anos 50 também pois é aí que se situa a recuperação que hoje fazemos.
Voltamos a Shegundo Galarza (1924-2003) que já tivemos oportunidade de recordar.
Segundo a "Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX", "Em 1948, Eurico Braga, responsável artístico do Casino Estoril, contratou S. Galarza após ouvi-lo em San Sebastián. No dia 25 Nov. 1948 estreou-se no Casino Estoril, onde actuou diariamente tocando música ligeira, sobretudo italiana e francesa...". Residiu em Angola nos anos de 1951 e 1952, "...deslocando-se posteriormente para Moçambique, ainda em 1952, contratado pelo Hotel Polana em Maputo (antiga Lourenço Marques). Posteriormente, até 1955, residiu em Joanesburgo, tendo gravado seis discos para a editora Decca."
"De regresso a Maputo, em 1955, apresentou-se novamente no Hotel Polana."
Desconhecendo-se a data exacta (1955?) do disco "Saudades de Moçambique", dele recupera-se "Holiday In Lourenço Marques".
Shegundo Galarza - Holiday In Lourenço Marques
Voltamos a Shegundo Galarza (1924-2003) que já tivemos oportunidade de recordar.
Segundo a "Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX", "Em 1948, Eurico Braga, responsável artístico do Casino Estoril, contratou S. Galarza após ouvi-lo em San Sebastián. No dia 25 Nov. 1948 estreou-se no Casino Estoril, onde actuou diariamente tocando música ligeira, sobretudo italiana e francesa...". Residiu em Angola nos anos de 1951 e 1952, "...deslocando-se posteriormente para Moçambique, ainda em 1952, contratado pelo Hotel Polana em Maputo (antiga Lourenço Marques). Posteriormente, até 1955, residiu em Joanesburgo, tendo gravado seis discos para a editora Decca."
"De regresso a Maputo, em 1955, apresentou-se novamente no Hotel Polana."
Desconhecendo-se a data exacta (1955?) do disco "Saudades de Moçambique", dele recupera-se "Holiday In Lourenço Marques".
Shegundo Galarza - Holiday In Lourenço Marques
domingo, 26 de novembro de 2017
Grateful Dead - Terrapin Station
As diversas prestações de Paul Buckmaster nos anos 60 e 70
Esta passagem por Paul Buckmaster termina aqui, naquela que julgamos ser a última colaboração (sem considerar Elton John) de Paul Buckmaster no universo da música Pop-Rock na década de 70. Vamos para os Grateful Dead no ano de 1977.
Os Grateful Dead foram uma das bandas mais carismáticas da música Rock vinda da West Coast dos Estados Unidos. Formados em 1965 terminariam em 1995 aquando da morte do seu líder Jerry Garcia. Com uma história e uma legião de fãs impressionantes, deixaram mais de duas dezenas de álbuns não estando o disco agora seleccionado, "Terrapin Station" de 1977, entre os mais aclamados do grupo. Mas é neste que consta a participação de Paul Buckmaster.
É na última faixa, a suite "Terrapin Station" de mais de 16 minutos que ocupa o lado B, que a presença de Paul Buckmaster se manifesta, são dele os arranjos de orquestra. Fica o início de "Terrapin Station".
Grateful Dead - Terrapin Station
Esta passagem por Paul Buckmaster termina aqui, naquela que julgamos ser a última colaboração (sem considerar Elton John) de Paul Buckmaster no universo da música Pop-Rock na década de 70. Vamos para os Grateful Dead no ano de 1977.
Os Grateful Dead foram uma das bandas mais carismáticas da música Rock vinda da West Coast dos Estados Unidos. Formados em 1965 terminariam em 1995 aquando da morte do seu líder Jerry Garcia. Com uma história e uma legião de fãs impressionantes, deixaram mais de duas dezenas de álbuns não estando o disco agora seleccionado, "Terrapin Station" de 1977, entre os mais aclamados do grupo. Mas é neste que consta a participação de Paul Buckmaster.
É na última faixa, a suite "Terrapin Station" de mais de 16 minutos que ocupa o lado B, que a presença de Paul Buckmaster se manifesta, são dele os arranjos de orquestra. Fica o início de "Terrapin Station".
Grateful Dead - Terrapin Station
sábado, 25 de novembro de 2017
Leo Sayer - How Much Love
As diversas prestações de Paul Buckmaster nos anos 60 e 70
A surpresa de "The Show Must Go On" (1973) e "One Man Band" (1974) já tinha passado e apesar do seu sucesso ter ainda durado mais alguns anos, em 1977 quando edita "How Much Love" a sedução já não era a mesma. É certo que acabava de ter o seu maior sucesso comercial com "When I Need You" e a sua voz continuava a ser um factor distintivo a merecer o devido destaque. Mas, há sempre um mas, o estilo de composição que interpretava, tenho que confessar, não era inovador e era até um pouco cansativo (lembremo-nos que estávamos em pleno surgimento do Punk).
Leo Sayer teve na década de 70 o seu melhor período mas rapidamente deixou de ser um cantor a evidenciar. Mesmo nessa década logo deixei de acompanhar os seus discos, ouça-se "You Make Me Feel Like Dancing" numa abordagem Disco, para o perceber.
Mas o que trouxe Leo Sayer, aqui, hoje, foi mesmo a canção "How Much Love" pelo facto de contar com a presença de Paul Bukmaster que temos vindo a seguir. Mais um destaque deste artista inglês a marcar aqui presença no violoncelo e nos sintetizadores.
Leo Sayer - How Much Love
A surpresa de "The Show Must Go On" (1973) e "One Man Band" (1974) já tinha passado e apesar do seu sucesso ter ainda durado mais alguns anos, em 1977 quando edita "How Much Love" a sedução já não era a mesma. É certo que acabava de ter o seu maior sucesso comercial com "When I Need You" e a sua voz continuava a ser um factor distintivo a merecer o devido destaque. Mas, há sempre um mas, o estilo de composição que interpretava, tenho que confessar, não era inovador e era até um pouco cansativo (lembremo-nos que estávamos em pleno surgimento do Punk).
Leo Sayer teve na década de 70 o seu melhor período mas rapidamente deixou de ser um cantor a evidenciar. Mesmo nessa década logo deixei de acompanhar os seus discos, ouça-se "You Make Me Feel Like Dancing" numa abordagem Disco, para o perceber.
Mas o que trouxe Leo Sayer, aqui, hoje, foi mesmo a canção "How Much Love" pelo facto de contar com a presença de Paul Bukmaster que temos vindo a seguir. Mais um destaque deste artista inglês a marcar aqui presença no violoncelo e nos sintetizadores.
Leo Sayer - How Much Love
sexta-feira, 24 de novembro de 2017
Caravan - Be All Right / Chance of a Lifetime
As diversas prestações de Paul Buckmaster nos anos 60 e 70
Continuamos no ano de 1973, mais um ano de grande actividade, para mais uma colaboração de Paul Buckmaster.
Desta feita com o grupo inglês Caravan.
Sem atingirem o prestígio dos seus congéneres Yes e King Crimson, os Caravan, originários de Canterbury, estiveram entre as propostas mais interessantes no chamado Rock progressivo.
Em 1973 iam no seu 5º álbum de originais com o título "For Girls Who Grow Plump in the Night" e é nele que surge a participação de Paul Buckmaster.
A colaboração restringe-se à faixa "Be All Right", no álbum está emparelhada com "Chance o a Lifetime", onde toca violoncelo eléctrico.
Caravan - Be All Right / Chance of a Lifetime
Continuamos no ano de 1973, mais um ano de grande actividade, para mais uma colaboração de Paul Buckmaster.
Desta feita com o grupo inglês Caravan.
Sem atingirem o prestígio dos seus congéneres Yes e King Crimson, os Caravan, originários de Canterbury, estiveram entre as propostas mais interessantes no chamado Rock progressivo.
Em 1973 iam no seu 5º álbum de originais com o título "For Girls Who Grow Plump in the Night" e é nele que surge a participação de Paul Buckmaster.
A colaboração restringe-se à faixa "Be All Right", no álbum está emparelhada com "Chance o a Lifetime", onde toca violoncelo eléctrico.
Caravan - Be All Right / Chance of a Lifetime
quinta-feira, 23 de novembro de 2017
Mott The Hoople - Honaloochie Boogie
As diversas prestações de Paul Buckmaster nos anos 60 e 70
Os Mott the Hoople foram um grupo de Rock inglês que atingiu alguma popularidade na primeira metade dos anos 70, em particular com o álbum "All the Young Dudes" (1972) onde constava a canção título, uma canção composta por David Bowie para o grupo. Os Mott the Hoople perfilaram no género do Glam-Rock, onde, mais que a música, as vestimentas andróginas cheias de cetim e lantejoulas eram marca identitária desta corrente musical.
Muitos foram os que se identificaram com o Glam-Rock, de David Bowie, Roxy Music a Lou Reed no noutro lado do Atlântico. Quanto aos Mott the Hoople, depois do sucesso de "All the Young Dudes", tiveram no álbum "Mott" (1973) o disco que mais alto subiu nas tabelas de vendas.
Deste LP saíram dois Single "Honaloochie Boogie" e "All the Way from Memphis" ambas com a participação de Andy Mackay, saxofonista dos Roxy Music. É "Honaloochie Boogie" que agora nos interessa pois é aquela que conta também com a prestação de Paul Buckmaster.
Mais uma prestação de Paul Buckmaster, aqui a tocar violoncelo o seu instrumento de eleição.
Mott The Hoople - Honaloochie Boogie
Os Mott the Hoople foram um grupo de Rock inglês que atingiu alguma popularidade na primeira metade dos anos 70, em particular com o álbum "All the Young Dudes" (1972) onde constava a canção título, uma canção composta por David Bowie para o grupo. Os Mott the Hoople perfilaram no género do Glam-Rock, onde, mais que a música, as vestimentas andróginas cheias de cetim e lantejoulas eram marca identitária desta corrente musical.
Muitos foram os que se identificaram com o Glam-Rock, de David Bowie, Roxy Music a Lou Reed no noutro lado do Atlântico. Quanto aos Mott the Hoople, depois do sucesso de "All the Young Dudes", tiveram no álbum "Mott" (1973) o disco que mais alto subiu nas tabelas de vendas.
Deste LP saíram dois Single "Honaloochie Boogie" e "All the Way from Memphis" ambas com a participação de Andy Mackay, saxofonista dos Roxy Music. É "Honaloochie Boogie" que agora nos interessa pois é aquela que conta também com a prestação de Paul Buckmaster.
Mais uma prestação de Paul Buckmaster, aqui a tocar violoncelo o seu instrumento de eleição.
Mott The Hoople - Honaloochie Boogie
quarta-feira, 22 de novembro de 2017
Blood, Sweat and Tears - Save Our Ship
As diversas prestações de Paul Buckmaster nos anos 60 e 70
O que é que tiveram de comum David Bowie, Elton John, Harry Nilsson, Shawn Philips, Leonard Cohen, The Rolling Stones, Carly Simon e Miles Davis? Para quem acompanhou os últimos Regresso ao Passado a resposta é fácil: Paul Buckmaster, viloncelista, arranjador e director de orquestra colaborou com todos eles e ajudou a imortalizar algumas canções, "Space Oddity", "Sixty Years On", "Without You", "Famous Blue Raincoat", "You're So Vain" entre outras.
Continuando na década de 70 é de referir mais algumas das participações que teve. Para além de continuar a colaborar regularmente com Elton John, ajudando a conferir-lhe uma sonoridade ímpar, será de considerar mais duas colaborações, menos notadas, naquela década, foram com os Blood, Sweat and Tears e os Grateful Dead.
Foi no ano de 1973 que os Blood, Sweat and Tears editaram o seu sexto trabalho de nome "No Sweat" e foi aqui que se encontraram com Paul Buckmaster.
Encontro fora do tempo diria, pois os Blood, Sweat and Tears eram já uma sombra do que tinham sido no período de 1968 a 1971. Al Kooper há muito que tinha partido, David Clayton-Thomas também já lá não estava e Steve Katz tinha acabado de sair, talvez estejam aqui algumas das razões para a menoridade deste LP.
A perda de chama era evidente e nem a presença de Paul Buckmaster nos arranjos salva o disco. Com o notório arranjo de Paul Buckmaster eis "Save Our Ship".
Blood, Sweat and Tears - Save Our Ship
O que é que tiveram de comum David Bowie, Elton John, Harry Nilsson, Shawn Philips, Leonard Cohen, The Rolling Stones, Carly Simon e Miles Davis? Para quem acompanhou os últimos Regresso ao Passado a resposta é fácil: Paul Buckmaster, viloncelista, arranjador e director de orquestra colaborou com todos eles e ajudou a imortalizar algumas canções, "Space Oddity", "Sixty Years On", "Without You", "Famous Blue Raincoat", "You're So Vain" entre outras.
Continuando na década de 70 é de referir mais algumas das participações que teve. Para além de continuar a colaborar regularmente com Elton John, ajudando a conferir-lhe uma sonoridade ímpar, será de considerar mais duas colaborações, menos notadas, naquela década, foram com os Blood, Sweat and Tears e os Grateful Dead.
Foi no ano de 1973 que os Blood, Sweat and Tears editaram o seu sexto trabalho de nome "No Sweat" e foi aqui que se encontraram com Paul Buckmaster.
Encontro fora do tempo diria, pois os Blood, Sweat and Tears eram já uma sombra do que tinham sido no período de 1968 a 1971. Al Kooper há muito que tinha partido, David Clayton-Thomas também já lá não estava e Steve Katz tinha acabado de sair, talvez estejam aqui algumas das razões para a menoridade deste LP.
A perda de chama era evidente e nem a presença de Paul Buckmaster nos arranjos salva o disco. Com o notório arranjo de Paul Buckmaster eis "Save Our Ship".
Blood, Sweat and Tears - Save Our Ship
terça-feira, 21 de novembro de 2017
Chris Barber - O'Reilly
As diversas prestações de Paul Buckmaster nos anos 60 e 70
Nascido em 1930, Chris Barber é um músico inglês de Jazz tradicional. Tocador de trombone foi um impulsionador da cena Skiffle nos anos 50, ainda nessa década notabilizou-se com a sua versão de "Petit Fleur", um original de Sidney Bechet. Dono de uma longa discografia que se prolonga até aos nossos dias, o registo hoje em apreço é de 1972 e é o escolhido pois tem, entre os colaboradores, o "nosso", claro!, Paul Buckmaster.
"Drat That Fratle Rat!" foi então editado no ano de 1972 e foi gravado com músicos convidados, alguns dos quais vindos do Rock. Destaque para o guitarrista Rory Gallagher, para Tony Ashton, Kim Gardner e Roy Dyke (do trio Ashton, Gardner & Dyke, quem se lembra de "Ressurrection Shuffle"?) e Paul Buckmaster.
A participação de Paul Buckmaster encontra-se numa única faixa, "O'Reilly", onde toca violoncelo.
Chris Barber - O'Reilly
Nascido em 1930, Chris Barber é um músico inglês de Jazz tradicional. Tocador de trombone foi um impulsionador da cena Skiffle nos anos 50, ainda nessa década notabilizou-se com a sua versão de "Petit Fleur", um original de Sidney Bechet. Dono de uma longa discografia que se prolonga até aos nossos dias, o registo hoje em apreço é de 1972 e é o escolhido pois tem, entre os colaboradores, o "nosso", claro!, Paul Buckmaster.
"Drat That Fratle Rat!" foi então editado no ano de 1972 e foi gravado com músicos convidados, alguns dos quais vindos do Rock. Destaque para o guitarrista Rory Gallagher, para Tony Ashton, Kim Gardner e Roy Dyke (do trio Ashton, Gardner & Dyke, quem se lembra de "Ressurrection Shuffle"?) e Paul Buckmaster.
A participação de Paul Buckmaster encontra-se numa única faixa, "O'Reilly", onde toca violoncelo.
Chris Barber - O'Reilly
segunda-feira, 20 de novembro de 2017
Miles Davis - One And One
As diversas prestações de Paul Buckmaster nos anos 60 e 70
Paul Buckmaster, violoncelista com formação clássica, foi uma figura destacada no mundo da música Pop-Rock evidenciando-se em arranjos que efectuou para músicos como Elton John, David Bowie, Leonard Cohen e The Rolling Stones.
Gostava também de música de vanguarda e Jazz, que se veio a reflectir no ano de 1972 ao ter uma significativa colaboração com o músico Miles Davis.
Essa colaboração verificou-se no controverso álbum "On The Corner" gravado e editado nesse mesmo ano.
A wikipédia refere Paul Buckmaster como "Arranger/Conductor" deste LP e encontra-se também informação que o referencia a tocar violoncelo nas sessões de "On The Corner" de 1 e 6 de Junho, mas tal não acontece nos temas da edição original do disco somente com 4 faixas.
No entanto a influência de Paul Buckmaster neste trabalho é determinante, por um lado ao apresentar a Miles Davis a música do compositor alemão Stockausen, pioneiro na introdução de instrumentos electrónicos na música clássica, por outro ao escrever os arranjos que serviram de base às sessões de estúdio.
Segue a faixa "One And One".
Miles Davis - One And One
Paul Buckmaster, violoncelista com formação clássica, foi uma figura destacada no mundo da música Pop-Rock evidenciando-se em arranjos que efectuou para músicos como Elton John, David Bowie, Leonard Cohen e The Rolling Stones.
Gostava também de música de vanguarda e Jazz, que se veio a reflectir no ano de 1972 ao ter uma significativa colaboração com o músico Miles Davis.
Essa colaboração verificou-se no controverso álbum "On The Corner" gravado e editado nesse mesmo ano.
A wikipédia refere Paul Buckmaster como "Arranger/Conductor" deste LP e encontra-se também informação que o referencia a tocar violoncelo nas sessões de "On The Corner" de 1 e 6 de Junho, mas tal não acontece nos temas da edição original do disco somente com 4 faixas.
No entanto a influência de Paul Buckmaster neste trabalho é determinante, por um lado ao apresentar a Miles Davis a música do compositor alemão Stockausen, pioneiro na introdução de instrumentos electrónicos na música clássica, por outro ao escrever os arranjos que serviram de base às sessões de estúdio.
Segue a faixa "One And One".
Miles Davis - One And One
domingo, 19 de novembro de 2017
Carly Simon - You're So Vain
As diversas prestações de Paul Buckmaster nos anos 60 e 70
A frescura da melhor música Pop, que não mais se fez, a ser hoje recordada. Pop de qualidade que noutros tempos foi produzida por muitos e bons intérpretes. Carly Simon está nessa lista de músicos que aprendi a admirar nos idos anos 70. O 2º e 3º LP, respectivamente "Anticipation" (1971) e "No Secrets" (1972) foram os que lhe deram maior e merecida projecção. Nos nossos ouvidos ficaram para sempre temas como "Anticipation", "Legend In Our Own Time", "The Right Thing To Do", "You're So Vain", "We Have No Secrets".
Lembro-me tão bem de ouvir a Carly Simon no programa "Página Um", em particular "You're So Vain" objecto do Regresso ao Passado de hoje.
"You're So Vain" fazia parte do LP "No Secrets" o qual contava com a participação de Paul Buckmaster em algumas canções, ora na orquestração, ora nos arranjos de sintetizadores e coros.
Em "You're So Vain" é na orquestração que a colaboração de Paul Buckmaster se faz sentir, naquela que foi uma das grandes canções do ano de 1972.
Carly Simon - You're So Vain
A frescura da melhor música Pop, que não mais se fez, a ser hoje recordada. Pop de qualidade que noutros tempos foi produzida por muitos e bons intérpretes. Carly Simon está nessa lista de músicos que aprendi a admirar nos idos anos 70. O 2º e 3º LP, respectivamente "Anticipation" (1971) e "No Secrets" (1972) foram os que lhe deram maior e merecida projecção. Nos nossos ouvidos ficaram para sempre temas como "Anticipation", "Legend In Our Own Time", "The Right Thing To Do", "You're So Vain", "We Have No Secrets".
Lembro-me tão bem de ouvir a Carly Simon no programa "Página Um", em particular "You're So Vain" objecto do Regresso ao Passado de hoje.
"You're So Vain" fazia parte do LP "No Secrets" o qual contava com a participação de Paul Buckmaster em algumas canções, ora na orquestração, ora nos arranjos de sintetizadores e coros.
Em "You're So Vain" é na orquestração que a colaboração de Paul Buckmaster se faz sentir, naquela que foi uma das grandes canções do ano de 1972.
Carly Simon - You're So Vain
sábado, 18 de novembro de 2017
The Rolling Stones - Moonlight Mile
As diversas prestações de Paul Buckmaster nos anos 60 e 70
Também The Rolling Stones estão na lista das colaborações de Paul Buckmaster. Também no ano de 1971 é editado o LP onde constava a contribuição de Paul Buckmaster nos arranjos das cordas, neste caso em duas canções.
"Sticky Fingers" é o primeiro LP dos The Rolling Stones da década de 70, uma década menos produtiva e menos inspirada que a anterior. Foi um trabalho bem recebido pela crítica e ainda hoje colocado entre os melhores de toda a discografia do grupo. A capa, a célebre fotografia das jeans, no original com zip, fora concebida por Andy Wahrol
Os temas mais conhecidos foram "Brown Sugar" e "Wild Horses", mas o mais arrojado era "Sister Morphine" que também foi interpretado, de forma superior, pela Marianne Faithfull co-autora da canção com Mick Jagger e Keith Richards.
A notória participação de Paul Buckmaster está nas faixas "Sway" e "Moonlight Mile" que encerrava o disco.
Repare-se então em "Moonlight Mile" onde a marca de Paul Buckmaster é bem evidente no arranjo das cordas.
The Rolling Stones - Moonlight Mile
Também The Rolling Stones estão na lista das colaborações de Paul Buckmaster. Também no ano de 1971 é editado o LP onde constava a contribuição de Paul Buckmaster nos arranjos das cordas, neste caso em duas canções.
"Sticky Fingers" é o primeiro LP dos The Rolling Stones da década de 70, uma década menos produtiva e menos inspirada que a anterior. Foi um trabalho bem recebido pela crítica e ainda hoje colocado entre os melhores de toda a discografia do grupo. A capa, a célebre fotografia das jeans, no original com zip, fora concebida por Andy Wahrol
Os temas mais conhecidos foram "Brown Sugar" e "Wild Horses", mas o mais arrojado era "Sister Morphine" que também foi interpretado, de forma superior, pela Marianne Faithfull co-autora da canção com Mick Jagger e Keith Richards.
A notória participação de Paul Buckmaster está nas faixas "Sway" e "Moonlight Mile" que encerrava o disco.
Repare-se então em "Moonlight Mile" onde a marca de Paul Buckmaster é bem evidente no arranjo das cordas.
The Rolling Stones - Moonlight Mile
sexta-feira, 17 de novembro de 2017
Leonard Cohen - Avalanche
As diversas prestações de Paul Buckmaster nos anos 60 e 70
Gravado ainda em 1970, mas com edição em 1971, "Songs of Love and Hate" é o 3º e provavelmente o melhor disco de Leonard Cohen e é hoje em dia um clássico da música popular.
O mérito deste excelente álbum vai directo, claro, para Leonard Cohen e a sua capacidade única de musicar e interpretar os seus poemas de amor e ódio, mas neste disco sobressaem também os arranjos de cordas que devem ser devidamente relevados.
Para além do álbum "Elton John" de 1970, foi neste disco que melhor tomei conhecimento de Paul Buckmaster ao qual dei a devida importância. Ouça-se os arranjos em canções como "Avalanche", "Famous Blue Raincoat" ou ainda "Joan of Arc", umas vezes densos e pesados outras discretos e subtis, e reconheça-se a riqueza acrescentada por Paul Buckmaster a este conjunto de canções que marcaram a minha adolescência.
"Songs of Love and Hate" foi o primeiro LP de Leonard Cohen que tive, é uma edição portuguesa de 1971, a contra capa tinha um pequeno poema de Cohen:
"They locked up a man
Who wanted to rule the world
The fools
They locked up the wrong man"
"Songs of Love and Hate" abre com a pesada e frígida "Avalanche" onde a constante guitarra flamenga de Leonard Cohen é acompanhada por densos e ameaçadores crescendos saídos da inspiração de Paul Buckmaster.
Um trabalho notável de Leonard Cohen e... Paul Buckmaster.
Leonard Cohen - Avalanche
Gravado ainda em 1970, mas com edição em 1971, "Songs of Love and Hate" é o 3º e provavelmente o melhor disco de Leonard Cohen e é hoje em dia um clássico da música popular.
O mérito deste excelente álbum vai directo, claro, para Leonard Cohen e a sua capacidade única de musicar e interpretar os seus poemas de amor e ódio, mas neste disco sobressaem também os arranjos de cordas que devem ser devidamente relevados.
Para além do álbum "Elton John" de 1970, foi neste disco que melhor tomei conhecimento de Paul Buckmaster ao qual dei a devida importância. Ouça-se os arranjos em canções como "Avalanche", "Famous Blue Raincoat" ou ainda "Joan of Arc", umas vezes densos e pesados outras discretos e subtis, e reconheça-se a riqueza acrescentada por Paul Buckmaster a este conjunto de canções que marcaram a minha adolescência.
"Songs of Love and Hate" foi o primeiro LP de Leonard Cohen que tive, é uma edição portuguesa de 1971, a contra capa tinha um pequeno poema de Cohen:
"They locked up a man
Who wanted to rule the world
The fools
They locked up the wrong man"
"Songs of Love and Hate" abre com a pesada e frígida "Avalanche" onde a constante guitarra flamenga de Leonard Cohen é acompanhada por densos e ameaçadores crescendos saídos da inspiração de Paul Buckmaster.
Um trabalho notável de Leonard Cohen e... Paul Buckmaster.
Leonard Cohen - Avalanche
quinta-feira, 16 de novembro de 2017
Harry Nilsson - Without You
As diversas prestações de Paul Buckmaster nos anos 60 e 70
Em 1971 Paul Buckmaster teve mais um ano de intensa actividade (em termos de edições, pois algumas das gravações vêm do ano anterior). Senão veja-se: a sua colaboração com Elton John continua em mais 2 excelentes trabalhos, "Friends" banda sonora do filme e ainda "Madman Across the Water"; os arranjos de "Songs of Love and Hate" de Leonard Cohen são-lhe entregues, são dele ainda os arranjos de cordas de duas canções de "Sticky Fingers" dos The Rolling Stones.
Confesso que não sabia e só o descobri agora, um dos sucessos maiores do ano e que eu particularmente não gosto, tinha os arranjos de Paul Buckmaster. Era a versão de "Without You" de Harry Nilsson.
"Without You" era, no original que prefiro, uma canção dos malfadados Badfinger, editada no 2º LP do grupo em 1970, mas seria na realidade na voz de Harry Nilsson que iria conhecer um enorme sucesso.
De acordo com a wikipedia "Without You" foi editada em Single em todo o mundo excepto Portugal que foi editada pela TELECTRA em formato EP (4 canções).
Fora esta curiosidade, eis "Without You" com os arranjos de cordas e sopros de Paul Buckmaster que temos vindo a seguir.
Harry Nilsson - Without You
Em 1971 Paul Buckmaster teve mais um ano de intensa actividade (em termos de edições, pois algumas das gravações vêm do ano anterior). Senão veja-se: a sua colaboração com Elton John continua em mais 2 excelentes trabalhos, "Friends" banda sonora do filme e ainda "Madman Across the Water"; os arranjos de "Songs of Love and Hate" de Leonard Cohen são-lhe entregues, são dele ainda os arranjos de cordas de duas canções de "Sticky Fingers" dos The Rolling Stones.
Confesso que não sabia e só o descobri agora, um dos sucessos maiores do ano e que eu particularmente não gosto, tinha os arranjos de Paul Buckmaster. Era a versão de "Without You" de Harry Nilsson.
"Without You" era, no original que prefiro, uma canção dos malfadados Badfinger, editada no 2º LP do grupo em 1970, mas seria na realidade na voz de Harry Nilsson que iria conhecer um enorme sucesso.
De acordo com a wikipedia "Without You" foi editada em Single em todo o mundo excepto Portugal que foi editada pela TELECTRA em formato EP (4 canções).
Fora esta curiosidade, eis "Without You" com os arranjos de cordas e sopros de Paul Buckmaster que temos vindo a seguir.
Harry Nilsson - Without You
quarta-feira, 15 de novembro de 2017
Shawn Philips - The Ballad of Casey Deis
As diversas prestações de Paul Buckmaster nos anos 60 e 70
É como as cerejas, vêm umas atrás das outras. Quanto mais se procura mais se encontram as participações de Paul Buckmaster no ano de 1970. Sim, continuamos no ano de 1970 para mais uma colaboração deste singular músico e arranjador. Desta vez com Shawn Philips no seu 4º registo "Second Contribution".
Shawn Phillips foi um dos nomes mais imerecidamente ignorados da história da música popular. Com mais de duas dezenas de álbuns gravados, e um estilo próprio difícil de catalogar, teve o seu início ainda nos anos 60 com os dois primeiros LP em 1964 e 1965. É na década de 70 que vai ter a sua melhor produção, logo no ano de 1970 são editados "Contribution" e "Second Contribution", sendo neste último que a presença de Paul Buckmaster se faz mais sentir com os seus excelentes arranjos de orquestra e também nos teclados.
"Second Contribution" um disco a merecer novas descobertas das sonoridades novas que então eram praticadas e das quais Shawn Philips (e Paul Buckmaster também, claro) fez parte.
"The Ballad of Casey Deis" a fazer disso prova.
Shawn Philips - The Ballad of Casey Deis
É como as cerejas, vêm umas atrás das outras. Quanto mais se procura mais se encontram as participações de Paul Buckmaster no ano de 1970. Sim, continuamos no ano de 1970 para mais uma colaboração deste singular músico e arranjador. Desta vez com Shawn Philips no seu 4º registo "Second Contribution".
Shawn Phillips foi um dos nomes mais imerecidamente ignorados da história da música popular. Com mais de duas dezenas de álbuns gravados, e um estilo próprio difícil de catalogar, teve o seu início ainda nos anos 60 com os dois primeiros LP em 1964 e 1965. É na década de 70 que vai ter a sua melhor produção, logo no ano de 1970 são editados "Contribution" e "Second Contribution", sendo neste último que a presença de Paul Buckmaster se faz mais sentir com os seus excelentes arranjos de orquestra e também nos teclados.
"Second Contribution" um disco a merecer novas descobertas das sonoridades novas que então eram praticadas e das quais Shawn Philips (e Paul Buckmaster também, claro) fez parte.
"The Ballad of Casey Deis" a fazer disso prova.
Shawn Philips - The Ballad of Casey Deis
terça-feira, 14 de novembro de 2017
Quatermass - Laughin' Tackle
As diversas prestações de Paul Buckmaster nos anos 60 e 70
Ainda o ano de 1970 para mais uma prestação de Paul Buckmaster.
Desta vez para um desconhecido trio a praticar um Rock pesado e progressista a lembrar, aqui e acolá, talvez pela presença e predominância do órgão, os Deep Purple e os Uriah Heep ou ainda os Nice.
John Gustafson (futuro Roxy Music), voz e baixo, Peter Robinson, orgão e Mick Underwood foram os constituintes desse grupo britânico, de curta duração, de nome Quatermass que editaram um único álbum homónimo em 1970.
Os arranjos de cordas são particularmente relevantes na faixa de maior duração "Laughin' Tackle" onde se encontrava Paul Buckmaster no violoncelo.
Quatermass - Laughin' Tackle
Ainda o ano de 1970 para mais uma prestação de Paul Buckmaster.
Desta vez para um desconhecido trio a praticar um Rock pesado e progressista a lembrar, aqui e acolá, talvez pela presença e predominância do órgão, os Deep Purple e os Uriah Heep ou ainda os Nice.
John Gustafson (futuro Roxy Music), voz e baixo, Peter Robinson, orgão e Mick Underwood foram os constituintes desse grupo britânico, de curta duração, de nome Quatermass que editaram um único álbum homónimo em 1970.
Os arranjos de cordas são particularmente relevantes na faixa de maior duração "Laughin' Tackle" onde se encontrava Paul Buckmaster no violoncelo.
Quatermass - Laughin' Tackle
segunda-feira, 13 de novembro de 2017
Mick Farren - Mona (A Fragment)
As diversas prestações de Paul Buckmaster nos anos 60 e 70
Mick Farren (1943-2013) já por aqui passou a propósito do grupo underground The Deviants com quem gravou 3 LP nos anos de 1967 a 1969. Em 1970 é editado o primeiro LP a solo "Mona - The Carnivorous Circus" que é o objecto de hoje.
E, está-se mesmo a ver, Paul Buckmaster também aqui vai marcar presença. Pois é, entre 1969 e 1970 já o vimos com David Bowie, Bee Gees, Elton John, Chris Farlowe e agora Mick Farren, e não vai ficar por aqui.
Quanto a Mick Farren depois deste disco passou a dedicar-se mais ao jornalismo, actividade que já vinha exercendo nomeadamente no "International Times". Este disco continua os caminhos da contra cultura do Reino Unido de que Mick Farren era um dos mais significativos representantes. Ainda hoje não é um disco de fácil audição. Começa com o tema "Mona (A Fragment)", continua com "Carnivorous Circus, Pt 1" e "Carnivorous Circus, Pt 2" interrompidas por uma versão de "Summertime Blues" de Edie Cochran, para no final retomar "Mona (The Whole Trip)".
"Mona" é uma canção, no original de Bo Diddley de 1957, aqui completamente subvertida, de acordo com o próprio: "I was crazy when I did Mona - really mentally ill. If I listen to it I can still feel it. Maybe I should have chilled out for a few months before making the album, but I was a bit depressed, and I thought I'd just do it entirely my own way for the first time" (na wikipédia).
No violoncelo estava Paul Buckmaster, segundo a mesma fonte, "who had demonstrated to Farren the similarities between Bo Diddley and Béla Bartók".
Mick Farren - Mona (A Fragment)
Mick Farren (1943-2013) já por aqui passou a propósito do grupo underground The Deviants com quem gravou 3 LP nos anos de 1967 a 1969. Em 1970 é editado o primeiro LP a solo "Mona - The Carnivorous Circus" que é o objecto de hoje.
E, está-se mesmo a ver, Paul Buckmaster também aqui vai marcar presença. Pois é, entre 1969 e 1970 já o vimos com David Bowie, Bee Gees, Elton John, Chris Farlowe e agora Mick Farren, e não vai ficar por aqui.
Quanto a Mick Farren depois deste disco passou a dedicar-se mais ao jornalismo, actividade que já vinha exercendo nomeadamente no "International Times". Este disco continua os caminhos da contra cultura do Reino Unido de que Mick Farren era um dos mais significativos representantes. Ainda hoje não é um disco de fácil audição. Começa com o tema "Mona (A Fragment)", continua com "Carnivorous Circus, Pt 1" e "Carnivorous Circus, Pt 2" interrompidas por uma versão de "Summertime Blues" de Edie Cochran, para no final retomar "Mona (The Whole Trip)".
"Mona" é uma canção, no original de Bo Diddley de 1957, aqui completamente subvertida, de acordo com o próprio: "I was crazy when I did Mona - really mentally ill. If I listen to it I can still feel it. Maybe I should have chilled out for a few months before making the album, but I was a bit depressed, and I thought I'd just do it entirely my own way for the first time" (na wikipédia).
No violoncelo estava Paul Buckmaster, segundo a mesma fonte, "who had demonstrated to Farren the similarities between Bo Diddley and Béla Bartók".
Mick Farren - Mona (A Fragment)
domingo, 12 de novembro de 2017
Chris Farlowe - Mama Rosa
As diversas prestações de Paul Buckmaster nos anos 60 e 70
Paul Buckmaster teve, ainda nos anos 1969/70, para além das aqui já referidas (David Bowie, Bee Gees e Elton John), outras colaborações que sendo menos conhecidas não foram de menor interesse
Entre essas colaborações constaram os nomes de Chris Farlowe e também de Mick Farren, anos de grande azáfama, portanto.
Apesar da sua longa carreira, Chris Farlowe tem actualmente 76 anos, a fase de maior popularidade centrou-se nas décadas de 60 e 70 onde, para além da carreira a solo, integrou grupos como os Colosseum e os Atomic Rooster. Ficou, no entanto, para sempre conhecido pelo êxito que teve em 1966 com a versão de "Out of Time" dos The Rolling Stones.
Para hoje interessa-nos o disco editado em 1970, "From Here To Mama Rosa".
The Hill foi um grupo de curta duração formado durante o ano de 1969 e que contou na sua constituição com Paul Buckmaster que temos vindo a recuperar. Sem vocalista e com um conjunto de canções preparadas para a realização de um LP é Chris Farlowe que vai dar voz a este projecto cujo único disco tomou o nome de "From Here To Mama Rosa".
Uma agradável surpresa este disco de Rock Progressivo com a voz de Chris Farlowe a destacar-se, dele escolhemos a canção "Mama Rosa" onde Paul Buckmaster se evidencia no violoncelo.
Chris Farlowe - Mama Rosa
Paul Buckmaster teve, ainda nos anos 1969/70, para além das aqui já referidas (David Bowie, Bee Gees e Elton John), outras colaborações que sendo menos conhecidas não foram de menor interesse
Entre essas colaborações constaram os nomes de Chris Farlowe e também de Mick Farren, anos de grande azáfama, portanto.
Apesar da sua longa carreira, Chris Farlowe tem actualmente 76 anos, a fase de maior popularidade centrou-se nas décadas de 60 e 70 onde, para além da carreira a solo, integrou grupos como os Colosseum e os Atomic Rooster. Ficou, no entanto, para sempre conhecido pelo êxito que teve em 1966 com a versão de "Out of Time" dos The Rolling Stones.
Para hoje interessa-nos o disco editado em 1970, "From Here To Mama Rosa".
The Hill foi um grupo de curta duração formado durante o ano de 1969 e que contou na sua constituição com Paul Buckmaster que temos vindo a recuperar. Sem vocalista e com um conjunto de canções preparadas para a realização de um LP é Chris Farlowe que vai dar voz a este projecto cujo único disco tomou o nome de "From Here To Mama Rosa".
Uma agradável surpresa este disco de Rock Progressivo com a voz de Chris Farlowe a destacar-se, dele escolhemos a canção "Mama Rosa" onde Paul Buckmaster se evidencia no violoncelo.
Chris Farlowe - Mama Rosa
sábado, 11 de novembro de 2017
Elton John - My Father's Gun
Os arranjos de Paul Buckmaster nos anos 60 e 70
A grande revelação de Paul Buckmaster vai acontecer em 1970.
Efectivamente é neste ano com a edição do LP "Elton John" que, para além da qualidade intrínseca manifestada por Elton John na composição e qualidade interpretativa, os arranjos ao longo de todo o álbum nos vão surpreender pela inegável originalidade e qualidade emprestadas às canções de Elton John (e já agora de Bernie Taupin nas letras). De quem seriam aqueles arranjos? Quem é poderia conceber um início como o de "Sixty Years On", ou o desenvolvimento de "Your Song"?
Sem dúvida que a superior qualidade deste LP passava pelo criatividade dos arranjos que Paul Buckmaster acrescentou nesta sua colaboração.
Colaboração esta que se iria manter e que nos iria surpreender em mais alguns trabalhos. Lê-se em http://www.buckmastersound.com:
"In addition to the Elton John album, Paul was contracted to arrange, conduct and direct many future albums for Elton John including Tumbleweed Connection, Madman Across the Water, Don’t Shoot Me, I’m Only the Piano Player, Blue Moves, A Single Man, Made in England, and Songs from the West Coast. Paul was also co-composer on the moving track "Belfast", and composed the score of the motion picture Friends, for which Elton and Bernie Taupin wrote the songs."
Paramos em "Tumblewwed Connection". O meu exemplar deste trabalho é uma edição portuguesa de 1970 com a referência 8E 062 92343 da editora DJM, só na rodela central do disco de vinil lhe é feita referência "Arranged and Conducted by Paul Buckmaster".
Com arranjos mais sóbrios, mas nem por isso menos eficazes, "Tumbleweed Connection" é uma manifestação de bom gosto que se prolonga até aos dias de hoje.
A atestar a superior qualidade de "Tumbleweed Connection" o tema que fechava o lado A do LP, "My Father's Gun".
Elton John - My Father's Gun
A grande revelação de Paul Buckmaster vai acontecer em 1970.
Efectivamente é neste ano com a edição do LP "Elton John" que, para além da qualidade intrínseca manifestada por Elton John na composição e qualidade interpretativa, os arranjos ao longo de todo o álbum nos vão surpreender pela inegável originalidade e qualidade emprestadas às canções de Elton John (e já agora de Bernie Taupin nas letras). De quem seriam aqueles arranjos? Quem é poderia conceber um início como o de "Sixty Years On", ou o desenvolvimento de "Your Song"?
Sem dúvida que a superior qualidade deste LP passava pelo criatividade dos arranjos que Paul Buckmaster acrescentou nesta sua colaboração.
Colaboração esta que se iria manter e que nos iria surpreender em mais alguns trabalhos. Lê-se em http://www.buckmastersound.com:
"In addition to the Elton John album, Paul was contracted to arrange, conduct and direct many future albums for Elton John including Tumbleweed Connection, Madman Across the Water, Don’t Shoot Me, I’m Only the Piano Player, Blue Moves, A Single Man, Made in England, and Songs from the West Coast. Paul was also co-composer on the moving track "Belfast", and composed the score of the motion picture Friends, for which Elton and Bernie Taupin wrote the songs."
Paramos em "Tumblewwed Connection". O meu exemplar deste trabalho é uma edição portuguesa de 1970 com a referência 8E 062 92343 da editora DJM, só na rodela central do disco de vinil lhe é feita referência "Arranged and Conducted by Paul Buckmaster".
Com arranjos mais sóbrios, mas nem por isso menos eficazes, "Tumbleweed Connection" é uma manifestação de bom gosto que se prolonga até aos dias de hoje.
A atestar a superior qualidade de "Tumbleweed Connection" o tema que fechava o lado A do LP, "My Father's Gun".
Elton John - My Father's Gun
sexta-feira, 10 de novembro de 2017
Bee Gees - Odessa
Os arranjos de Paul Buckmaster nos anos 60 e 70
Também no ano de 1969 outro disco é editado com a colaboração do então emergente Paul Buckmaster.
Paul Buckmaster teve formação clássica sendo o seu instrumento de estudo, o violoncelo, mas manifestou cedo a abertura a outros sons nomeadamente o Rock e o Jazz. Vai ter uma influência enorme em alguns dos melhores discos de música popular no início dos anos 70, nomeadamente em Elton John e Leonard Cohen.
Ainda, entre os discos editados no ano de 1969, para além de "Space Oddity" de David Bowie, aqui ontem referido, referência para mais uma colaboração num disco desse ano, trata-se de "Odessa" dos então populares Bee Gees.
Os Bee Gees realizavam com "Odessa", pese as desavenças entre irmãos, talvez o seu disco mais interessante. Tratava-se de um duplo álbum onde se destacaram canções como "First of May" e "Melody Fair".
O contributo de Paul Buckmaster vai, no entanto, para a faixa inicial que dava título ao álbum "Odessa" com o sub-título "City on the Black Sea" e era a faixa mais longa a ultrapassar os 7 minutos. É dele o som do violoncelo que nos é dado ouvir.
Bee Gees - Odessa
Também no ano de 1969 outro disco é editado com a colaboração do então emergente Paul Buckmaster.
Paul Buckmaster teve formação clássica sendo o seu instrumento de estudo, o violoncelo, mas manifestou cedo a abertura a outros sons nomeadamente o Rock e o Jazz. Vai ter uma influência enorme em alguns dos melhores discos de música popular no início dos anos 70, nomeadamente em Elton John e Leonard Cohen.
Ainda, entre os discos editados no ano de 1969, para além de "Space Oddity" de David Bowie, aqui ontem referido, referência para mais uma colaboração num disco desse ano, trata-se de "Odessa" dos então populares Bee Gees.
Os Bee Gees realizavam com "Odessa", pese as desavenças entre irmãos, talvez o seu disco mais interessante. Tratava-se de um duplo álbum onde se destacaram canções como "First of May" e "Melody Fair".
O contributo de Paul Buckmaster vai, no entanto, para a faixa inicial que dava título ao álbum "Odessa" com o sub-título "City on the Black Sea" e era a faixa mais longa a ultrapassar os 7 minutos. É dele o som do violoncelo que nos é dado ouvir.
Bee Gees - Odessa
quinta-feira, 9 de novembro de 2017
David Bowie - Space Oddity
Os arranjos de Paul Buckmaster nos anos 60 e 70
Paul Buckmaster é uma figura do mundo musical Pop-Rock que teve particular relevo nos anos 60 e 70 como arranjador de discos de artistas como David Bowie, Leonard Cohen e Elton John.
Canções que se tornaram célebres tiveram um contributo decisivo com os arranjos musicais prestados por Paul Buckmaster que, para além de arranjador, é também violoncelista e compositor.
Comecemos então pelo que julgo ter sido a primeira participação de Paul Buckmaster no mundo Pop.
Estamos em 1969 e enquanto o Homem dava os primeiros passos na lua, David Bowie dava-os também no seu 2º LP, "David Bowie" no original, "Man of Words/Man of Music" nos Estados Unidos e mais tarde "Space Oddity" a faixa do sucesso e que deu a conhecer David Bowie ao mundo.
Apresentado pelo produtor Gus Dudgeon a David Bowie, Paul Buckmaster vai colaborar em duas faixas do álbum, respectivamente "Space Oddity" e "Wild Eyed Boy from Freecloud" (edição em Single).
É com "Space Oddity" que ficamos mais uma vez. Os arranjos são de David Bowie e Paul Buckmaster e o violoncelo é deste último, já agora, curiosidade, Rick Wakeman toca Mellotron.
David Bowie - Space Oddity
Paul Buckmaster é uma figura do mundo musical Pop-Rock que teve particular relevo nos anos 60 e 70 como arranjador de discos de artistas como David Bowie, Leonard Cohen e Elton John.
Canções que se tornaram célebres tiveram um contributo decisivo com os arranjos musicais prestados por Paul Buckmaster que, para além de arranjador, é também violoncelista e compositor.
Comecemos então pelo que julgo ter sido a primeira participação de Paul Buckmaster no mundo Pop.
Estamos em 1969 e enquanto o Homem dava os primeiros passos na lua, David Bowie dava-os também no seu 2º LP, "David Bowie" no original, "Man of Words/Man of Music" nos Estados Unidos e mais tarde "Space Oddity" a faixa do sucesso e que deu a conhecer David Bowie ao mundo.
Apresentado pelo produtor Gus Dudgeon a David Bowie, Paul Buckmaster vai colaborar em duas faixas do álbum, respectivamente "Space Oddity" e "Wild Eyed Boy from Freecloud" (edição em Single).
Texto da contra-capa de "Space Oddity" edição portuguesa de 1983 |
É com "Space Oddity" que ficamos mais uma vez. Os arranjos são de David Bowie e Paul Buckmaster e o violoncelo é deste último, já agora, curiosidade, Rick Wakeman toca Mellotron.
David Bowie - Space Oddity
quarta-feira, 8 de novembro de 2017
The Beatles - Here Comes the Sun
Foi no ano de 1969 (ou 1970?) que adquiri, melhor dizendo que o meu pai me comprou, o meu primeiro álbum.
Recordo-me que foi no Porto, provavelmente na época de Natal, numa pequena discoteca que existia na Confiança (o único espaço no Porto que tinha escadas rolantes).
Para além do Single "Je t'aime … moi non plus" de Serge Gainsbourg e Jane Birkin, então um grande êxito, a minha primeira aquisição de um disco de longa duração (LP) foi para The Beatles e o seu “Abbey Road” editado no ano de 1969.
“Abbey Road” foi o último disco a ser por eles gravado, não o último a ser editado, esse foi “Let It Be”, e foi sempre um dos meus discos preferidos. Acompanha-me, pois, há quase 50 anos e tem uma longa história para contar. Desde a velha aparelhagem do meu pai, então um excelente Shawb Lorenz, onde o ouvi infinitas vezes, passando por um gira-discos portátil, de um colega meu, entre 1973 e 1978 nos idos tempos de estudante de Coimbra, até, mais tarde, ao meu, ainda actual, Linn Axis, forneceu inúmeras horas de prazer. Com todo o cuidado na sua manutenção, a qualidade do som é bastante aceitável e ouve-se com todo o agrado, pois, como se sabe o som vinil ainda é o melhor. Edição do Reino Unido, de 1969, da Apple Records na capa e Parlaphone nas rodelas no disco, referência PCS 7088, ei-lo:
George Harrison assina duas belíssimas canções "Something" e "Here Comes the Sun" e o medley final (de "Because" a "Her Majesty") é do melhor que os The Beatles produziram. A destoar só "Oh! Darling" com a vocalização de Paul McCartney a evitar o pior.
Não é em vinil, não é em CD, é uma gravação comprimida em mp3, com a qualidade de reprodução sonora de um qualquer computador, enfim, para lembrar, aqui está “Here Comes the Sun”.
The Beatles - Here Comes the Sun
Recordo-me que foi no Porto, provavelmente na época de Natal, numa pequena discoteca que existia na Confiança (o único espaço no Porto que tinha escadas rolantes).
Para além do Single "Je t'aime … moi non plus" de Serge Gainsbourg e Jane Birkin, então um grande êxito, a minha primeira aquisição de um disco de longa duração (LP) foi para The Beatles e o seu “Abbey Road” editado no ano de 1969.
“Abbey Road” foi o último disco a ser por eles gravado, não o último a ser editado, esse foi “Let It Be”, e foi sempre um dos meus discos preferidos. Acompanha-me, pois, há quase 50 anos e tem uma longa história para contar. Desde a velha aparelhagem do meu pai, então um excelente Shawb Lorenz, onde o ouvi infinitas vezes, passando por um gira-discos portátil, de um colega meu, entre 1973 e 1978 nos idos tempos de estudante de Coimbra, até, mais tarde, ao meu, ainda actual, Linn Axis, forneceu inúmeras horas de prazer. Com todo o cuidado na sua manutenção, a qualidade do som é bastante aceitável e ouve-se com todo o agrado, pois, como se sabe o som vinil ainda é o melhor. Edição do Reino Unido, de 1969, da Apple Records na capa e Parlaphone nas rodelas no disco, referência PCS 7088, ei-lo:
George Harrison assina duas belíssimas canções "Something" e "Here Comes the Sun" e o medley final (de "Because" a "Her Majesty") é do melhor que os The Beatles produziram. A destoar só "Oh! Darling" com a vocalização de Paul McCartney a evitar o pior.
Não é em vinil, não é em CD, é uma gravação comprimida em mp3, com a qualidade de reprodução sonora de um qualquer computador, enfim, para lembrar, aqui está “Here Comes the Sun”.
The Beatles - Here Comes the Sun
terça-feira, 7 de novembro de 2017
Jefferson Airplane - White Rabbit
Foi há 50 anos!
Cá estamos de volta ao ano de 1967.
Se ontem referimos os primeiros discos de novos grupos a surgir nesse fantástico ano, agora é a vez de olharmos para os outros, ou seja, os repetentes e espantar com a lista.
Eis alguns:
The Beatles - Sgt Pepper Lonely Heart Club Band
The Beach Boys - Smiley Smile
The Kinks - Something Else by the Kinks
Buffalo Springfield - Buffalo Springfield Again
Country Joe and the Fish - Electric Music For The Mind And Body
Peter, Paul & Mary - Album 1700
Tim Buckley - Hello and Goodbye
Donovan - A Gift from a Flower to a Garden
The Byrds - Younger Than Yesterday
Incredible String Band - The 5000 Spirits of the Layers of the Onion
The Rolling Stones - Their Satanic Majesties Request
The Who - The Who Sell Out
Jefferson Airplane - Surrealistic Pillow
Etc., etc.
Pois é, musicalmente o ano de 1967 é como a cartola de um mágico, só surpresas, umas atrás das outras, qual a melhor?! A surpresa escolhida vai para os Jefferson Airplane que já aqui recordámos várias vezes.
“Surrealistic Pillow” era o segundo álbum do grupo e é um dos mais marcantes do ano e do movimento psicadélico em desenvolvimento na West Coast. Desta almofada surrealista, com muitas insónias e alucinações pelo meio, despertaram sonoridades inéditas que marcaram o surgimento do Rock Psicadélico da Califórnia de que os Jefferson Airplane são uma das melhores referências.
Do West a voz feminina que então mais apreciei foi, a par de Janis Joplin, claro!, a da então recém-chegada Grace Slick aos Jefferson Airplane. Inspirada no mundo imaginário de "Alice no País das Maravilhas”, da cartola do chapeleiro louco, saiu “White Rabbit”. Escrita, com certeza, com quantidades generosas de LSD, “White Rabbit” é um tema incontornável dos Jefferson Airplane, do ano de 1967 e da estética psicadélica que então despontava.
É a potente voz grave de Grace Slick que podemos agora recordar em “White Rabbit".
Jefferson Airplane - White Rabbit
Se ontem referimos os primeiros discos de novos grupos a surgir nesse fantástico ano, agora é a vez de olharmos para os outros, ou seja, os repetentes e espantar com a lista.
Eis alguns:
The Beatles - Sgt Pepper Lonely Heart Club Band
The Beach Boys - Smiley Smile
The Kinks - Something Else by the Kinks
Buffalo Springfield - Buffalo Springfield Again
Country Joe and the Fish - Electric Music For The Mind And Body
Peter, Paul & Mary - Album 1700
Tim Buckley - Hello and Goodbye
Donovan - A Gift from a Flower to a Garden
The Byrds - Younger Than Yesterday
Incredible String Band - The 5000 Spirits of the Layers of the Onion
The Rolling Stones - Their Satanic Majesties Request
The Who - The Who Sell Out
Jefferson Airplane - Surrealistic Pillow
Etc., etc.
Pois é, musicalmente o ano de 1967 é como a cartola de um mágico, só surpresas, umas atrás das outras, qual a melhor?! A surpresa escolhida vai para os Jefferson Airplane que já aqui recordámos várias vezes.
“Surrealistic Pillow” era o segundo álbum do grupo e é um dos mais marcantes do ano e do movimento psicadélico em desenvolvimento na West Coast. Desta almofada surrealista, com muitas insónias e alucinações pelo meio, despertaram sonoridades inéditas que marcaram o surgimento do Rock Psicadélico da Califórnia de que os Jefferson Airplane são uma das melhores referências.
Do West a voz feminina que então mais apreciei foi, a par de Janis Joplin, claro!, a da então recém-chegada Grace Slick aos Jefferson Airplane. Inspirada no mundo imaginário de "Alice no País das Maravilhas”, da cartola do chapeleiro louco, saiu “White Rabbit”. Escrita, com certeza, com quantidades generosas de LSD, “White Rabbit” é um tema incontornável dos Jefferson Airplane, do ano de 1967 e da estética psicadélica que então despontava.
É a potente voz grave de Grace Slick que podemos agora recordar em “White Rabbit".
Jefferson Airplane - White Rabbit
segunda-feira, 6 de novembro de 2017
Bee Gees - New York Mining Disaster 1941
Mais um regresso ao singular ano de 1967.
O ano ficou marcado pela guerra israelo-árabe, foram os 6 dias que abalaram o mundo. Na Ásia continuava a guerra do Vietnam e em África foi a guerra do Biafra. Na América-latina Che Guevara é morto. Na Europa, os coronéis tomam o poder e instalam a ditadura na Grécia. Nos EUA foi a revolta nos guetos negros. Na África do sul é efectuado o primeiro transplantante do coração.
A juventude abraça a música e “make love, not war” torna-se o seu slogan. E é em 1967 que se assiste a uma verdadeira “explosão” musical que se prolongaria até ao final da década. Pois é, não há processo, o retorno regular a 1967 é obrigatório. Ora vejamos a qualidade e importância de grupos e músicos que em 1967 editaram o seu primeiro álbum.
Eis alguns:
Pink Floyd - The Piper at the Gates of Dawn
Ten Years After - Their First Album
The Nice - The Thoughts of Emerlist Davjack
Cream - Fresh Cream e Disraeli Gears
The Moody Blues - Days of Future Passed
Procol Harum - A Whiter Shade of Pale
The Bee Gees - 1st
Love - Forever Changes
The Velvet Underground - The Velvet Underground & Nico
The Doors - The Doors e Strange Days
Canned Heat - Canned Heat
Traffic - Mr Fantasy
Grateful Dead – Grateful Dead
Jimi Hendrix - Are You Experienced e Axis: Bold as Love
Captain Beefheart - Safe as Milk
Moby Grape - Moby Grape
Leonard Cohen – Songs of Leonard Cohen Etc., etc.
Andava, com certeza, qualquer coisa no ar para num só ano surgir tanta qualidade.
Do quinto continente, do outro lado do planeta, vinham os “Brothers Gibb”, Maurice e Robin com 17 anos e Barry Gibb com 19, que ficariam conhecidos por Bee Gees e surpreenderiam o mundo com um esplêndido “The Bee Gees' 1st” que agora recordamos em “New York Mining Disaster 1941”.
Tudo isto faz agora 50 anos!
Bee Gees - New York Mining Disaster 1941
O ano ficou marcado pela guerra israelo-árabe, foram os 6 dias que abalaram o mundo. Na Ásia continuava a guerra do Vietnam e em África foi a guerra do Biafra. Na América-latina Che Guevara é morto. Na Europa, os coronéis tomam o poder e instalam a ditadura na Grécia. Nos EUA foi a revolta nos guetos negros. Na África do sul é efectuado o primeiro transplantante do coração.
A juventude abraça a música e “make love, not war” torna-se o seu slogan. E é em 1967 que se assiste a uma verdadeira “explosão” musical que se prolongaria até ao final da década. Pois é, não há processo, o retorno regular a 1967 é obrigatório. Ora vejamos a qualidade e importância de grupos e músicos que em 1967 editaram o seu primeiro álbum.
Eis alguns:
Pink Floyd - The Piper at the Gates of Dawn
Ten Years After - Their First Album
The Nice - The Thoughts of Emerlist Davjack
Cream - Fresh Cream e Disraeli Gears
The Moody Blues - Days of Future Passed
Procol Harum - A Whiter Shade of Pale
The Bee Gees - 1st
Love - Forever Changes
The Velvet Underground - The Velvet Underground & Nico
The Doors - The Doors e Strange Days
Canned Heat - Canned Heat
Traffic - Mr Fantasy
Grateful Dead – Grateful Dead
Jimi Hendrix - Are You Experienced e Axis: Bold as Love
Captain Beefheart - Safe as Milk
Moby Grape - Moby Grape
Leonard Cohen – Songs of Leonard Cohen Etc., etc.
Andava, com certeza, qualquer coisa no ar para num só ano surgir tanta qualidade.
Do quinto continente, do outro lado do planeta, vinham os “Brothers Gibb”, Maurice e Robin com 17 anos e Barry Gibb com 19, que ficariam conhecidos por Bee Gees e surpreenderiam o mundo com um esplêndido “The Bee Gees' 1st” que agora recordamos em “New York Mining Disaster 1941”.
Tudo isto faz agora 50 anos!
Bee Gees - New York Mining Disaster 1941
domingo, 5 de novembro de 2017
George Baker Selection - Little Green Bag
Estes meus Regresso ao Passado têm-se esgotado, quase na totalidade, na música dita popular, produzida nos anos 60 e 70, nas Ilhas Britânicas, nos Estados Unidos e em Portugal. Algumas excepções já passaram por aqui, que aquelas sonoridades rapidamente se espalharam um pouco por todo o planeta, como Patxi Andion e Joan Manuel Serrat em Espanha, Chico Buarque e Elis Regina no Brasil, Aphrodite's Child na Grécia, mas são manifestamente insuficientes para demonstração do vigor da música popular, naquele período, nesses países. E de todos os outros países, nem é bom falar, pois rapidamente poderíamos encontrar referências da influência do Pop-Rock em países tão distantes como o Camboja ou a Indonésia.
Não vou tão longe, fiquemos pela Europa, mais concretamente pela Holanda, país que pelas suas especificidades poderia ter concorrido em quantidade/qualidade com a dominante Inglaterra. Estranhamente não o fez. Culturalmente era um país aberto aos movimentos mais vanguardistas que então se manifestavam. O movimento hippie teve lá particular implementação, o chamado movimento do “provotariado”, tão bem descrito pelo nosso Fernando Namora em “Estamos no Vento” (“Foi com o título Provo que, em 1965, apareceu um jornal copiografado, antecedido, a breve distância, pelas folhas Provocação I e Provocação II, panfletos predominantemente antimonárquicos, postos a circular aquando do noivado de uma princesa da Holanda”), teve em Amsterdão a sua maior expressão. Tinham o caldo cultural necessário para o surgimento de uma produção musical que tivesse um destaque que nunca chegou a verificar-se.
O primeiro grande sucesso pop de que me recordo foi para os pouco interessantes Shocking Blues e o super-êxito que foi “Venus” estávamos no ano de 1969, depois foram os desinspirados Ekseption, no rock progressivo dos anos 70 e ainda, os mais interessante, os Focus de Jan Akkerman.
Ficaram, no entanto, penosamente datados. Ora recordem.
Tudo isto para chegar à escolha de hoje, uma musiquinha que, por vezes, me vem à cabeça, vá-se lá saber porquê (talvez porque tenho o Single da canção que vamos ouvir), de um grupo holandês denominado George Baker Selection e que em 1970 alcançou os top com a sua “Little Green Bag”.
George Baker Selection - Little Green Bag
Não vou tão longe, fiquemos pela Europa, mais concretamente pela Holanda, país que pelas suas especificidades poderia ter concorrido em quantidade/qualidade com a dominante Inglaterra. Estranhamente não o fez. Culturalmente era um país aberto aos movimentos mais vanguardistas que então se manifestavam. O movimento hippie teve lá particular implementação, o chamado movimento do “provotariado”, tão bem descrito pelo nosso Fernando Namora em “Estamos no Vento” (“Foi com o título Provo que, em 1965, apareceu um jornal copiografado, antecedido, a breve distância, pelas folhas Provocação I e Provocação II, panfletos predominantemente antimonárquicos, postos a circular aquando do noivado de uma princesa da Holanda”), teve em Amsterdão a sua maior expressão. Tinham o caldo cultural necessário para o surgimento de uma produção musical que tivesse um destaque que nunca chegou a verificar-se.
O primeiro grande sucesso pop de que me recordo foi para os pouco interessantes Shocking Blues e o super-êxito que foi “Venus” estávamos no ano de 1969, depois foram os desinspirados Ekseption, no rock progressivo dos anos 70 e ainda, os mais interessante, os Focus de Jan Akkerman.
Ficaram, no entanto, penosamente datados. Ora recordem.
Tudo isto para chegar à escolha de hoje, uma musiquinha que, por vezes, me vem à cabeça, vá-se lá saber porquê (talvez porque tenho o Single da canção que vamos ouvir), de um grupo holandês denominado George Baker Selection e que em 1970 alcançou os top com a sua “Little Green Bag”.
George Baker Selection - Little Green Bag
sábado, 4 de novembro de 2017
Elton John - Skyline Pigeon
Em 1972, Elton John fazia a viragem descarada para um estilo roqueiro com a gravação do quinto álbum de originais “Honky Château” e todos se lembram, com certeza, do tremendo sucesso que foi, por exemplo, “Rocket Man”.
“Honky Château” mostrava, ao mesmo tempo que abandonava os arranjos de cordas de Paul Buckmaster, um Elton John menos inspirado (“Primeiro fazem dum tipo uma super-estrela, depois enterram-no. Esta é a queixa de Elton John enquanto passeia ao longo da sala e medita sobre o destino do seu novo LP (“Honky Chateau”)” no nº 1 do jornal “musicalíssimo” de Novembro de 1972), enveredava assim por formas musicais de gosto mais fácil e simultaneamente menos interessantes. Por isso vou esquecer este Elton John e recuar mais alguns anos para recuperar o que de melhor ele fez.
Arrisco-me mesmo a retroceder a 1969, data de gravação do primeiro LP “Empty Sky” que normalmente é esquecido pois o álbum homónimo de 1970, e que o catapultou para o topo da música popular, é normalmente a primeira referência para a sua discografia. Sejamos justos, “Empty Sky” não é nenhuma pérola que tenha ficado esquecida, temos, claramente, um Elton John ainda titubeante em busca da sua sonoridade e estilo, mas é, sem dúvida, mais estimulante do que muita da produção pós 72.
O destaque deste álbum ia para “Skyline Pigeon”, tema recuperado pela nossa rádio logo após o êxito por ele obtido em 1970. E recuperado aqui também para matar saudades do bom velho Elton John.
Elton John - Skyline Pigeon
“Honky Château” mostrava, ao mesmo tempo que abandonava os arranjos de cordas de Paul Buckmaster, um Elton John menos inspirado (“Primeiro fazem dum tipo uma super-estrela, depois enterram-no. Esta é a queixa de Elton John enquanto passeia ao longo da sala e medita sobre o destino do seu novo LP (“Honky Chateau”)” no nº 1 do jornal “musicalíssimo” de Novembro de 1972), enveredava assim por formas musicais de gosto mais fácil e simultaneamente menos interessantes. Por isso vou esquecer este Elton John e recuar mais alguns anos para recuperar o que de melhor ele fez.
Arrisco-me mesmo a retroceder a 1969, data de gravação do primeiro LP “Empty Sky” que normalmente é esquecido pois o álbum homónimo de 1970, e que o catapultou para o topo da música popular, é normalmente a primeira referência para a sua discografia. Sejamos justos, “Empty Sky” não é nenhuma pérola que tenha ficado esquecida, temos, claramente, um Elton John ainda titubeante em busca da sua sonoridade e estilo, mas é, sem dúvida, mais estimulante do que muita da produção pós 72.
O destaque deste álbum ia para “Skyline Pigeon”, tema recuperado pela nossa rádio logo após o êxito por ele obtido em 1970. E recuperado aqui também para matar saudades do bom velho Elton John.
Elton John - Skyline Pigeon
sexta-feira, 3 de novembro de 2017
Bert Jansch and John Renbourn - East Wind
A música Folk moderna começou por ter o seu destaque maior nos EUA e posteriormente na Grã-Bretanha.
Woody Guthrie (1912-1967) e Pete Seeger (1919-2014) com gravações nos anos 1940, Johnny Cash (1932-2003) anos 1950, Joan Baez primeiro álbum em 1960, Peter, Paul & Mary e Bob Dylan, primeiras gravações em 1962, são os nomes mais destacados a certificar a qualidade e popularidade do género.
Se a música Folk (tradicional) na Grã-Bretanha é incomparavelmente mais antiga (Século XIV, XV) a sua vertente moderna só se faz sentir com alguma notoriedade a meio da década de 60 do século passado e sob grande influência da música americana, nomeadamente os Blues.
Em 1965 surge um conjunto de gravações a merecer o maior destaque, pese os seus autores nunca terem tido a notoriedade dos seus congéneres além Atlântico. Martin Carthy, John Renbourn (1944-2015) e Bert Jansch (1943-2011), foram alguns dos nomes, então na linha da frente, acrescente-se também Davy Graham (1940-2008) já com discografia no início da década. Outros nomes se lhes iriam juntar: Donovan, Nick Drake (1948-1974), John Martyn (1948-2009), Richard Thompson e Sandy Denny (1947-1978) são mais alguns, entre os melhores, a deixarem a sua marca no Folk britânico dos anos 60.
Hoje, o destaque vai para a dupla John Renbourn e Bert Jansch, cada um com uma invejável discografia, gravaram em 1965/66 o excelente e único álbum a duo de nome “Bert and John”.
Entre 1967 a 1973 John Renbourn e Bert Jansch juntamente com Jacqui McShee (que voz!!), Danny Thompson (mas que baixo!!) e Terry Cox bateria constituíram a espantosa formação The Pentangle e deixaram-nos 6 discos de Folk-Jazz indispensáveis, ficam para uma próxima oportunidade. Por enquanto o tema “East Wind” do seminal “Bert and John”.
Bert Jansch and John Renbourn - East Wind
Woody Guthrie (1912-1967) e Pete Seeger (1919-2014) com gravações nos anos 1940, Johnny Cash (1932-2003) anos 1950, Joan Baez primeiro álbum em 1960, Peter, Paul & Mary e Bob Dylan, primeiras gravações em 1962, são os nomes mais destacados a certificar a qualidade e popularidade do género.
Se a música Folk (tradicional) na Grã-Bretanha é incomparavelmente mais antiga (Século XIV, XV) a sua vertente moderna só se faz sentir com alguma notoriedade a meio da década de 60 do século passado e sob grande influência da música americana, nomeadamente os Blues.
Em 1965 surge um conjunto de gravações a merecer o maior destaque, pese os seus autores nunca terem tido a notoriedade dos seus congéneres além Atlântico. Martin Carthy, John Renbourn (1944-2015) e Bert Jansch (1943-2011), foram alguns dos nomes, então na linha da frente, acrescente-se também Davy Graham (1940-2008) já com discografia no início da década. Outros nomes se lhes iriam juntar: Donovan, Nick Drake (1948-1974), John Martyn (1948-2009), Richard Thompson e Sandy Denny (1947-1978) são mais alguns, entre os melhores, a deixarem a sua marca no Folk britânico dos anos 60.
Hoje, o destaque vai para a dupla John Renbourn e Bert Jansch, cada um com uma invejável discografia, gravaram em 1965/66 o excelente e único álbum a duo de nome “Bert and John”.
Entre 1967 a 1973 John Renbourn e Bert Jansch juntamente com Jacqui McShee (que voz!!), Danny Thompson (mas que baixo!!) e Terry Cox bateria constituíram a espantosa formação The Pentangle e deixaram-nos 6 discos de Folk-Jazz indispensáveis, ficam para uma próxima oportunidade. Por enquanto o tema “East Wind” do seminal “Bert and John”.
Bert Jansch and John Renbourn - East Wind
quinta-feira, 2 de novembro de 2017
Miles Davis - Nature Boy
“Nature Boy” é uma canção composta em 1947 e atribuída a um tal Eden Ahbez (há quem manifeste dúvidas e encontre também semelhanças com um Quinteto de Dvorak e efectivamente há)
Foi nesse mesmo ano gravada por Nat King Cole que podemos ver/ouvir no vídeo seguinte.
A canção foi alvo de dezenas de versões desde a triste e dramática interpretação de David Bowie no filme “Moulin Rouge”, passando pela que escolhi e que é, a meu ver, claro, simplesmente irresistível: Miles Davis, no álbum “Blue Moods” de 1955.
Excelente exemplo de um jazz muito “cool” que Miles tão bem praticava nessa década, aqui acompanhado pelos lendários Charles Mingus (baixo) e Elvin Jones (bateria).
Os arranjos de “Nature Boy” vão para o vibrafonista Teddy Charles determinante na atmosfera serena que “Nature Boy” sugere. Uma boa audição.
Miles Davis - Nature Boy
Foi nesse mesmo ano gravada por Nat King Cole que podemos ver/ouvir no vídeo seguinte.
A canção foi alvo de dezenas de versões desde a triste e dramática interpretação de David Bowie no filme “Moulin Rouge”, passando pela que escolhi e que é, a meu ver, claro, simplesmente irresistível: Miles Davis, no álbum “Blue Moods” de 1955.
Excelente exemplo de um jazz muito “cool” que Miles tão bem praticava nessa década, aqui acompanhado pelos lendários Charles Mingus (baixo) e Elvin Jones (bateria).
Os arranjos de “Nature Boy” vão para o vibrafonista Teddy Charles determinante na atmosfera serena que “Nature Boy” sugere. Uma boa audição.
Miles Davis - Nature Boy
Subscrever:
Mensagens (Atom)