a memória do elefante
No tema "David Crosby. Stephen Stills. Graham Nash. Neil Young de 1969 a 1974" dei a conhecer uma amostra das gravações que estes 4 músicos efectuaram naquele período verdadeiramente histórico. Em 1971 só Neil Young é que não editou álbum novo, os outros três sim, cada um fez o seu álbum a solo, e todos tiveram direito a constar nas listas elaboradas pelo jornal "a memória do elefante" quer em temas isolados quer nos respectivos álbuns.
Já recordei Graham Nash, hoje é a vez de Stephen Stills. Stephen Stills estreou-se a solo em 1970 com o excelente álbum homónimo e seguiu-se "Stephen Stills 2" em 1971, no entanto é o primeiro que "a memória do elefante" considera nas suas listas relativas a 1971.
O álbum, "Stephen Stills", esse ficou em 9º lugar e mereceu o seguinte texto escrito:
"Stephen Stills situa-se ao nível dos músicos mais importantes do sistema em que se inclui.
O seu primeiro álbum é o exemplo duma obra acabada em que se deixa ver um notável sentido dos limites da utilização conjunta dos meios disponíveis, ao contrário do que muita gente afirmou. A colaboração de inúmeros meios não se tornou de modo nenhum exagerada e até pelo contrário, as transferências do simples para o complexo são efectuadas sempre duma maneira esclarecida, deixando-nos uma impressão de fluxo contínuo e de movimento natural. Ao contrário do que muita gente pretendeu, no primeiro álbum de Stephen Stills há um equilíbrio rítmico e instrumental levado às últimas consequências. Há um importante factor interpretativo de violência variável com o ambiente musical e lírico, de título para título ou no seio do mesmo segmento. Este trabalho é uma obra de bom gosto que lamentavelmente não teve continuidade no número dois, onde Stephen Stills agora sim, se perdeu num emaranhado de meios instrumentais que, utilizados exageradamente e em simultâneo, acabaram por fazer desaparecer a simplicidade de base que sempre caracterizou as produções de Stephen Stills.
Também o modo poético do primeiro álbum se fez por um ritmo mais natural e mais honesto que o do segundo. A afirmação dum amor novo de forma sincera e despretensiosa, toma aqui um sentido importante tanto mais que se ajusta ao esquema melódico sem que para isso sejam necessários os arrebiques vocais de que Stephen Stills se serviu frequentemente a despropósito no segundo álbum.
Resultado duma imaginação que ainda não se prostituíra, o primeiro trabalho de Stephen Stills é uma obra das melhores do ano 71."
Quanto ao tema escolhido, ele recaiu sobre "Church (Part of Someone)", uma belíssima canção, à qual foi atribuído o 13º lugar.
Stephen Stills - Church (Part of Someone)
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