quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Os Concertos dos Tindersticks

São uma das bandas mais interessantes vai para mais de 20 anos e frequentemente passam por Portugal, é uma bênção, são os Tindersticks.

São presença assídua nos palcos portugueses e sempre que tenho disponibilidade não perco um concerto dos Tindersticks. Foram sete ao todo o nº de vezes que tive oportunidade de os ver, em espaços grandes ou pequenos é sempre um prazer assistir a um espectáculo deste britânicos que desde o início dos anos 90 têm construído uma das carreiras a merecer a maior das atenções.

De seguida os bilhetes desses concertos que assisti ou com a minha filha, a maior parte das vezes ou com a minha esposa.
O primeiro foi o espantoso concerto no Coliseu do Porto a 21 de Novembro de 1997, num Coliseu completamente esgotado foi provavelmente o melhor de todos, completamente inesquecível.



Seguiu-se o concerto em Paredes de Coura a 16 de Agosto de 1998. Espaço grande e muito tardio foi dos menos interessantes a que assisti.




A 30 de Outubro de 1999 novo espectáculo no Coliseu do Porto. "Simple Pleasures" era a novidade.




Só voltei a ver os Tindersticks em 2010, neste ano por duas vezes. Primeiro foi em Estarreja a 7 de Fevereiro. Tinha acaba de ser editado "Falling Down a Mountain", os Tindersticks estavam reformulados, mas o interesse era o mesmo. Muito agradável ouvi-los num espaço pequeno.




No mesmo ano, segunda passagem desta vez com o regresso a um espaço maior, o Coliseu do Porto. Foi a 27 de Outubro.




Novo interregno para só voltar a vê-los em 2016, por mais duas vezes.
Primeiro foi em Vila do Conde, a propósito do festival "Curtas Vila do Conde" no Teatro Municipal. O propósito era o álbum "The Waiting Room" o qual vinha acompanhado por um DVD com 11 filmes de diversos realizadores, cada um para cada canção.




Finalmente, a 28 de Outubro, oportunidade de os ver na Casa da Música. "The Waiting Room" e muito mais, mais um excelente concerto!



Agora é aguardar por uma próxima ocasião e fazer por não perdê-los.



Chris & Carla - Take Me

Os Duetos de Stuart Staples

O mais correcto seria designar o dueto de Carla Torgerson com Stuart Staples, de qualquer forma aqui fica este extra em que Stuart Staples é também protagonista.

Tindersticks e The Walkabouts são duas bandas que tiveram no passado fortes afinidades musicais. Tão distantes geograficamente, Inglaterra e Seattle, Estados Unidos da América respectivamente, manifestaram grande proximidade em relação ao som praticado. Assim, em meados da década de 90, verificaram-se colaborações recíprocas. De Carla Torgerson com os Tindersticks (por exemplo o dueto em "Travelling Light" que anteriormente recordámos) e também, no caso de hoje, dos Tindersticks com os dois principais elementos dos The Walkabouts, Chris Eckman e Carla Torgerson, enquanto duo.


Edição  alemã em CD de 1995 com a referência GRCD 360, editora Glitterhouse




Em 1995 Chris & Carla editaram o primeiro álbum de estúdio, designou-se "Life Full Of Holes" onde os Tindersticks suportam o duo em duas faixas, respectivamente "Take Me" e "Velvet Fog".

Em "Take Me" assistimos a mais um dueto destes dois cantores ímpares da música moderna, Carla Torgerson e Stuart Staples, uma combinação perfeita.




Chris & Carla - Take Me

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Tindersticks - We Are Dreamers!

Os Duetos de Stuart Staples


Não fosse conhecida aos Tindersticks o gosto por bandas sonoras de filmes e estranhar-se-ia este disco onde as 11 canções são acompanhadas por outros 11 pequenos filmes de outros tantos realizadores independentes. Oportunidade tive de em 13 de Julho de 2016 ter visto, no Teatro Municipal de Vila do Conde incluído no programa do "Curtas Vila do Conde", a actuação dos Tindersticks com a respectiva projecção dos vídeos.
Do principio ao fim, desde a inicial versão de "Follow Me", um tema de amor original de Bronislau Kaper do filme "Revolta na Bounty" de 1962, até "Like Only Lovers Can" o tema final.

Vídeos à parte, o que hoje me interessa são os duetos incluídos neste álbum, primeiro foi "Hey Lucinda" que ontem recordámos e, para hoje, o segundo "We Are Dreamers!" com a francesa Jehnny Beth vocalista do grupo Rock inglês Savage.
Também os Savage tive oportunidade de ver, desta vez no Primavera Sound a 10 de Junho também em 2016 e assim constatar os dotes vocais inegáveis desta cantora.


Edição europeia de 2016 de CD+DVD com as referências LucyDog18/Slang50088




Mais uma vez nas palavras de Stuart Staples ao site npr.org (Nacional Public Radio, Inc. [US]):
"Jehnny [Beth of Savages] and I were both guest singers at this concert in London at The Barbican, a night of music from David Lynch films. I was aware of Savages, but that was the first time I'd seen her sing live. I was working on 'We Are Dreamers!' at the time, and I was talking to Julian about some kind of brass arrangement in the second half of the song that would give it discord and urgency and movement. But when I heard Jehnny sing, I thought, 'Okay, this is what this songs needs.' The presence of her. When I talked about to her and gave her the song to listen to, the only thing I said to her was, 'I don't think this is just a duet or a case of backing vocals. There's another person, another presence, here.' I knew that if it was going to work with Jehnny, it would take ten minutes in the studio. And it took ten minutes. It was a second take. She was just so perfect for it. She got it." 

 Eis "We Are Dreamers!", Stuart Staple e Jehnny Beth.




Tindersticks - We Are Dreamers!

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Tindersticks - Hey Lucinda

Os Duetos de Stuart Staples

Depois do muito bem recebido "The Something Rain" (2012), e da surpreendente revisão de 10 temas feita em "Across Six Leap Years" (2013) chegamos ao mais recente e impressionante "The Waiting Room" (2016).

Ao fim de 25 anos e de 10 (11 incluindo "Across Six Leap Years") álbuns, a melhor definição que li sobre os Tindersticks vem da Pitchfork aquando da edição de "The Waiting Room":
"Tindersticks have never released a bad album, never made an opportunistic, trend-driven shift, and have never done anything that might date their music to its moment of origin. They’re the rare group that can lay claim to a signature sound, yet tweak the formula from album to album so that each of their 10 records possesses its own distinct character."


Edição europeia de 2016 de CD+DVD com as referências LucyDog18/Slang50088





O primeiro dueto que se encontra neste último álbum dos Tindersticks é "Hey Lucinda" mais uma vez gravado com Lhasa de Sela. "Hey Lucinda" foi gravada em 2009, pouca antes, portanto, da morte de Lhasa de Sela, nada melhor que as palavras do próprio Stuart Staples:
"This song is kind of devastating, because we lost Lhasa [to cancer, soon after 'Hey Lucinda' was recorded in 2009]. Going back to the song after four years and listening to it made me think of the great time we had together making it. That's what makes the song. It's about the moment. That moment we had ... We had a great time. That's the moment I felt responsible toward when I decided to finish it for the album, more than the sadness I felt about losing her. We had fun. I think at times in the song, you can hear her laughing. She was very special. A lot of singers would have taken 'Hey Lucinda' and seen it as a very sad song, from the woman's point of view. But it's really not. The woman in the song is in control. She's moving on. It's the guy who's kind of clinging on for dear life, who won't let go. Lhasa understood that, and she had fun with that."




Tindersticks - Hey Lucinda

domingo, 25 de fevereiro de 2018

Tindersticks - Peanuts

Os Duetos de Stuart Staples

2008 assiste ao regresso dos rejuvenescidos Tindersticks. Com a saída de Dickon Hinchliffe, violino, Mark Colwill, baixo e Alistair Macaulay, bateria poder-se-ia recear o pior e que os Tindersticks perdessem referências qualitativas que lhes eram reconhecidas. Bem pelo contrário, em "The Hungry Saw", sem perder a identidade sonora que lhes era característica, continuaram a desbravar novos caminhos na sequência do que vinham a fazer desde "Simple Pleasure".
Mais sombrio, dramático e de menor facilidade de assimilação à primeira audição, "The Hungry Saw" é um disco que resiste bem ao passar do tempo e com o qual se tem renovado prazer a cada vez que se volta novamente a ouvir. Um quase dueto encontra-se em "All The Love" sendo o sussurrar feminino de Suzanne Osborne a esposa de Stuart Staples.

Teremos que esperar por 2010 para no álbum seguinte "Falling Down A Mountain" encontrarmos um novo dueto. Desta vez com Mary Margaret O'Hara.
Mary Margaret O'Hara, canadiana, actriz e cantora imerecidamente pouco conhecida, possui no que diz respeito à sua faceta musical uma, infelizmente, curta discografia a solo onde mostra qualidades vocais a merecerem melhor atenção.


Edição do Reino Unido, de 2010, com a referência  CAD 3X02CD, da editora 4AD



Começamos por a conhecer neste dueto com Stuart Staples, mais um com que os Tindersticks nos têm presenteado. Lindo! Muito lindo!




Tindersticks - Peanuts

sábado, 24 de fevereiro de 2018

Stuart A. Staples - This Road Is Long

Os Duetos de Stuart Staples

Continuo no mesmo trabalho de Stuart Staples, o álbum "The Leaving Songs" de 2006, onde encontro mais um dueto, desta feita com Maria McKee.

Maria McKee, cantora norte-americana, tornou-se conhecida ainda nos anos 80 com o grupo de curta duração Lone Justice onde era a vocalista. Ainda nos anos 80, terminados os Lone Justice, inicia carreira a solo que ainda hoje se mantém. Após 10 anos sem gravações aguarda-se novo álbum para 2018.

Edição do Reino Unido, de 2006, com a referência bbqcd 246
 da editora Beggars Banquet

"The Road Is Long" é o dueto de Stuart Staples com Maria McKee. Em ritmo lento, um acompanhamento acústico magnífico, assim se desenvolve mais esta bela balada composta pelo vocalista dos Tindersticks.




Stuart A. Staples - This Road Is Long

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Stuart A. Staples - That Leaving Feeling

Os Duetos de Stuart Staples

Mais um dueto de Stuart Staples com Lhasa de Sela, mas agora em circunstâncias diferentes.
Entre 2003 e 2007 a actividade dos Tindersticks viu-se reduzida e não surgiu qualquer disco de originais, no final, dos seis elementos originais, a banda vê-se reduzida a metade: David Boulter, Meil Fraser e Stuart Staples. Entretanto Stuart Staples inicia carreira a solo e edita dois álbuns, respectivamente "Lucky Dog Recordings 03-04" (2005) e "Leaving Songs " (2006).

Relativamente a este último é o próprio Stuart Staples que em http://www.stuartastaples.com afirma:
"These are songs written on the verge of leaving the things I loved and stepping into a new unknown life, both musically and personally. I was always aware that these songs were the end of something, a kind of closing a circle of a way of writing that I started so long ago and I knew I had to move on from. Though in taking them to a conclusion they showed me glimpses of a future I wasn't expecting, a future I now feel greedy for."


Edição do Reino Unido, de 2006, com a referência bbqcd 246
 da editora Beggars Banquet

É neste disco de fim de ciclo que encontramos o novo dueto com Lhasa de Sela, "That Leaving Feeling". Mais uma preciosidade no universo musical de Stuart Staples.




Stuart A. Staples - That Leaving Feeling

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Tindersticks - Sometimes It Hurts

Os Duetos de Stuart Staples

Teremos de esperar até 2003 para conhecer um novo dueto de Stuart Staples. Vamos entretanto já no sexto álbum de originais dos Tindersticks que entretanto experimentam novas abordagens sonoras, menos orquestral, mais soul, mais jazzístico.

"Waiting for the Moon" seria o último álbum com a formação inicial e constituiria como que uma síntese das diferentes sonoridade abordadas ao longo de 10 anos, por um lado a maior simplicidade que se vinha desenhando nos últimos trabalhos, por outros o recuperar de alguma grandiosidade nos arranjos como em "Sometimes It Hurts". Mesmo assim David Boulter (teclista), iria considerá-lo como o menos interessante da banda.

A minha edição é do Reino Unido, de 2003, tem a referência BBQCD 232, BBQ 367CD e contem, para além do CD normal, o EP "Don't Even Go There" com 4 títulos.





Sem dúvida a percorrerem caminhos difíceis de catalogar, dizia a crítica da Pitchfork e bem:
"These six sad Englishmen have always been beyond classification; you've never heard anything like them, and the things you could compare them with - Scott Walker, Serge Gainsbourg, spy film scores, Leonard Cohen, an apocalyptic bar band - don't make for an easy description."

"Sometimes It Hurts" é o novo dueto que Stuart Staples divide, desta vez, com Lhasa de Sela.

Lhasa de Sela (1972-2010) cantora norte-americana de ascendência mexicana, curta foi a vida e curta a carreira, mas o suficiente para nos deixar 3 álbuns de estúdio e o reconhecimento do mundo musical. Nomeadamente com os Tindersticks e com Stuart Staples a solo efectuando várias gravações de que "Sometimes It Hurts" foi a primeira amostra.
Mais uma pequena maravilha!




Tindersticks - Sometimes It Hurts

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Tindersticks - A Marriage Made in Heaven

Os Duetos de Stuart Staples

"A Marriage Made in Heaven", que já foi aqui objecto de recordação nestes duetos de Stuart Staples, teve em 1997 uma nova versão, sendo agora o dueto assegurado pela famosa actriz Isabella Rossellini (filha da actriz Ingrid Bergman e do realizador Roberto Rossellini).

Isabella Rosselini que já a tínhamos visto a cantar em "Blue Velvet" de David Lynch, mostra novamente aqui os seus também dotes musicais num dos meus preferidos duetos de Stuart Staples.

"A Marriage Made in Heaven" foi editada nos Estados Unidos como faixa extra do álbum "Curtains", mas só a conheci no ano seguinte aquando da edição da colectânea "Donkeys 92-97", "A Collection of Singles . Rarities . Unreleased Recordings".






O meu CD é uma edição do Reino Unido, da etiqueta Island, com a referência CID 8074/524 588-2. Marcava assim a passagem dos Tindersticks para a etiqueta Island ao mesmo tempo que recuperavam algumas canções menos conhecidas e que folgo, em seu devido tempo, adquiri.

Boa audição para mais este maravilhoso dueto, segue "A Marriage Made in Heaven".




Tindersticks - A Marriage Made in Heaven

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Tindersticks - Burried Bones

Os Duetos de Stuart Staples

Avanço para o 3º álbum editado em 1977 pelos Tindersticks, o excelente "Curtains" um dos melhores discos da década de 90. Na linha do melhor Pop orquestral, "Curtains" desenvolve-se num conjunto de canções com arranjos sumptuosos e onde Stuart Staples se destaca como um dos melhores vocalista Pop-Rock da época. "Curtains" culmina, como se de uma trilogia se trata-se, o trabalho que se tinha revelado nos dois discos anteriores, sendo ainda mais exuberante, experimental e profundo nos arranjos de um conjunto de temas verdadeiramente notáveis.

É lá que se encontra "Buried Bones" mais um dos duetos de Stuart Staples, desta vez com a cantora pouco conhecida Ann Magnuson.






"Buried Bones" é uma canção fora do comum, uma canção inesquecível a ficar na memória da melhor música popular do século passado.

Foi ao som deste disco que, a 16 de Agosto de 1998, faria a viagem com a minha filha Ana, então com 16 anos, a Paredes de Coura, para assistirmos a mais um concerto dos Tindersticks.




O CD tem a referência 524 344-2 e é uma edição do Reino Unido da editora independente This Way Up.

E agora "Buried Bones".




Tindersticks - Burried Bones

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Tindersticks - Travelling Light

Os Duetos de Stuart Staples

Tomei conhecimento dos Tindersticks em 1995 aquando da edição do 2º álbum o qual adquiri em formato de duplo CD com a gravação ao vivo "The Bloomsbury Theatre 12.3.95" e que foi parar ao sapatinho, na noite de Natal, da minha filha Ana então com 14 anos. Um disco ímpar na excelência de toda a discografia do grupo.





A edição deste duplo CD é de 1995, da editora "This Way Up" e tem a referência 525 831-2, e é nele que encontramos este dueto simplesmente único de Stuart Staples tendo como convidada Carla Torgerson dos The Walkabouts.

 A voz a cheirar a cigarro de Stuart Staples e a voz arrastada de Carla Torgerson transformam "Travelling Light" num clássico a perdurar nos tempos, está na linha das canções majestosas que o grupo então produzia.




Tindersticks - Travelling Light

domingo, 18 de fevereiro de 2018

Tindersticks - A Marriage Made In Heaven

Os Duetos de Stuart Staples

Os anos 90 viram surgir uma das bandas mais importantes de então e de agora, os Tindersticks. Até à data editaram 11 álbuns de estúdio que os qualificam entre o melhor da música popular oriunda de Inglaterra. A merecerem a melhor das atenções até porque é evidente o particular gosto dos portugueses por este grupo tal é a frequência com que eles actuam no nosso país. Da discografia dos Tindersticks, a qual inclui ainda um nº significativo de bandas sonoras assim como um conjunto importante de gravações ao vivo, vou destacar um aspecto particular, os já usuais duetos de Stuart Staples, vocalista e líder do grupo, com vozes femininas todas elas dignas de devidos elogios.

São pois várias as gravações que encontramos em que à bonita voz de barítono de Stuart Staples é acrescentada uma voz feminina, umas mais conhecidas que outras.



Foto de  Lee Hazlewood, homenagem aos duetos com Nancy Sinatra?
(da página oficial dos Tindersticks)


Começo pelo que julgo ser o primeiro registo deste conjunto de duetos que vão ocupar os próximos Regresso ao Passado. Em 1993 é editado o Single "A Marriage Made In Heaven" onde a colaboração vocal vem de uma tal Niki Sin que vinha de um grupo que dava pelo nome de Huggy Bear com tendências pró Punk.



Tindersticks - A Marriage Made In Heaven

sábado, 17 de fevereiro de 2018

George Melachrino - Riders In The Sky

Continuo com mais uma recordação retirada de um dos discos que foram do meu pai.
"Under Western Skies" é um álbum de 1958 do compositor inglês George Melachrino, pena é que a capa não tenha aguentado o passar dos tempos, pois o vinil depois de devidamente recuperado apresenta uma sonoridade que não mostra os anos que tem.

George Melachrino (1909-1965) foi um compositor e director de orquestra, autor de diversas bandas de sonoras de vários filmes britânicos dos anos 40 e 50, deixou também uma vasta obra discográfica, muita dela ainda em 78 rpm, onde se destacaram a série de gravações "Music for Moods" a enquadrar-se no que hoje se designaria por "easy listening".






No mesmo estilo musical se encontra este conjunto de 12 melodiosos temas de música Western que nos transportam para a tranquilidade da paisagem  do Oeste Americano, quatro temas originais, dos quais 3 do próprio Melachrino, e oito clássicos da música western americana compõem este  "Under Western Skies".

Entre os clássicos está a escolha de hoje, "Riders In The Sky". Objecto de inúmeras versões das quais a que me lembrava melhor era a de Johnny Cash e esta também de George Melachrino, talvez a primeira que ouvi.

Depois da audição deste álbum a certeza de se ter vontade de voltar à adolescência e ver um bom filme de cowboys, porque não "Rio Bravo", que é da mesma época, de Howard Hawks com John Wayne, Dean Martin e Ricky Nelson?




George Melachrino - Riders In The Sky

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Helmut Zacharias - Moulin Rouge

Recuamos mais uns anos no tempo, mas continuamos com Helmut Zacharias.

A Helmut Zacharias, que recordei no Regresso ao Passado de ontem na versão de "Nature Boy" de 1959, volto, agora para o ano de 1953.
É deste ano, tanto quanto consegui apurar, um disco de 10" (aproximadamente 25 cm) em 78 rpm que pertencia ao meu pai e que hoje recupero. É uma edição alemã da etiqueta Polydor com a referência 49 027 que contem 2 composições, no lado A "Moulin Rouge" e no lado B "Ein Walzer für Zwei" conforme se pode testemunhar nas fotografias seguintes.





"Moulin Rouge" é a versão de Helmut Zacharias do tema do filme com o mesmo nome de 1952. O original de Percy Faith and His Orchestra e voz de Felicia Sanders foi entre Maio e Julho de 1953, de acordo com a revista Billboard, nº 1 de vendas nos Estados Unidos.




Helmut Zacharias - Moulin Rouge

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Helmut Zacharias - Nature Boy

Helmut Zacharias (1920-2002) foi um virtuoso violinista alemão que se dividiu entre a música clássica, o jazz e a música ligeira de orquestra. Conta com algumas dezenas de discos gravados e muitas versões de temas bem conhecidos, de “Unforgettable” a “Light my Fire”.

Em maré de recuperação de alguns discos de vinil que o meu pai me deixou dou com um LP de 1959 do violinista Helmut Zacharias que me recordo de ouvir ainda criança. O disco dá pelo nome de “Golden Award Songs – The Sound of Zacharias and His Magic Violins” o qual, depois do devido tratamento, se encontra em razoável estado de audição.





Este disco é uma edição alemã, de 1959, da editora Polydor com a referência 237 520 SLPHM composto por 12 melodias populares sob arranjo orquestral onde se destaca "Stormy Weather", "Charmaine", "September Song" e a escolhida para hoje, a faixa de abertura "Nature Boy".

Originariamente gravada em 1948 por Nat King Cole "Nature Boy" é uma belíssima canção que tem conhecido através dos tempos as mais diversas interpretações, de David Bowie a Lady Gaga passando por Miles Davis cuja versão já tivemos oportunidade de recuperar. Hoje é a vez de Helmut Zacharias.




Helmut Zacharias - Nature Boy

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Victor Young - Love Is For Very Young

Agora, vamos recuar um bom pedaço no tempo...
Victor Young (1900-1956), violinista, maestro e compositor americano, escreveu e dirigiu muitas bandas sonoras de filmes de Hollywood dos anos 30, 40 e 50. Teve um Óscar póstumo em 1957 (depois de 22 nomeações!) pela música do filme “Volta ao mundo em 80 dias”.
Eis algumas das bandas sonoras que assinou:
For Whom the Bell Tolls (Por Quem os Sinos Dobram) – 1943
Love Letters (Cartas de Amor) – 1945
Samsan and Delilah (Sansão e Dalila) – 1949
The Quiet Man (O Homem Tranquilo) – 1952
Scaramouche – 1952
Shane – 1953
Around the World in 80 Days (Volta ao Mundo em 80 dias) – 1956

Filmes, maior parte dos quais, vistos na nossa juventude.






Não conheceria este músico (ou melhor, não o associaria a muitas músicas bem conhecidas dos anos 40 e 50) se não fosse um disco (com data incerta, mas provavelmente 1952), que era do meu pai, com 2 temas dirigidos por aquele compositor.
O disco é de Victor Young and the Singing Strings e tem do lado A a faixa “Love Is For Very Young” do filme de Vincente Minnelli “The Bad and the Beautiful”, em português chamou-se "Cativos do Mal", do ano de 1952 e tinha como principais  interpretes Kirk Douglas e Lana Turner. O lado B continha “Terry’s Theme” do filme “Limelight” (Luzes na Ribalta) de Charles Chaplin.
Nunca cheguei a ouvi-lo pois é um disco ainda de 78 rpm. É uma edição inglesa da editora Decca com a referência 84544.

Nada como uma pesquisa na net e acabei por conseguir, numa colectânea de músicas de filmes, o tema “Love Is For Very Young” precisamente de Victor Young and the Singing Strings.




Victor Young - Love Is For Very Young

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Frank Sinatra - Blues in the Nigh

Os discos que o meu pai tinha dividiam-se, fundamentalmente, entre LP de música clássica e EP e Singles de música popular dos anos 50 e 60. No entanto, no meio dos LP, um disco destoava dos restantes, era um LP de Frank Sinatra. O disco de nome “Only the Lonely”, ou melhor "Frank Sinatra Sings For Only The Lonely", é uma gravação de 1958, tem a referência SW 1053 da Capitol Records e é uma edição USA,  foi nº 1 nos Estados Unidos.





Era muito, muito novo quando tomei contacto com este disco e, mais do que a música que então, confesso, não apreciava, era a capa que me cativava e que, venho agora a saber, teve o “Grammy Award for Best Album Cover” de 1959 (1º ano em que foram atribuídos os Grammy). “Only the Lonely” (a canção e todo o álbum) é um verdadeiro hino à solidão e é do melhor que Frank Sinatra produziu.
A revista Q considera-o mesmo o primeiro numa lista de “15 Greatest Stoner Albums of All Time”. Para ouvir e chorar por mais. Repleto de melancolia e tristeza era, ao que parece, o disco preferido do próprio Frank Sinatra. Como mostra segue a faixa que abre o lado B, “Blues in the Night”.




Frank Sinatra - Blues in the Night

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Salvatore Adamo - Vous permettez monsieur

Piruças e o Adamo. O que têm em comum o Piruças e o Adamo? Aparentemente nada, mas ...

 O Piruças era uma figura criada e interpretada pelo Henrique Santana numa série com aquele nome que passava na nossa televisão nos anos 60, quem se lembra?
(E não é que descobri que foi editado um disco Single de Henrique Santana com a figura do Piruças)





Adamo é o cantor francês popularizado nos anos 60 com temas como “Tombe la Neige” ou "Inch'Allah", todo o mundo se lembra.

Nos meus primeiros anos de Liceu tinha um professor de Francês cuja fisionomia nos fazia lembrar o Henrique Santana e o personagem que ele então interpretava: O Piruças. Claro, escusado será dizer, que rapidamente ficou conhecido pelo professor Piruças. O professor Piruças, do qual já não me lembro o nome, não era de Ovar, vivia, perto do Liceu, numa casa alugada, que era de familiares meus, e onde eu tinha vivido até há bem pouco tempo. Talvez por isso e pelo interesse que eu já manifestava pela música, um dia, eu e mais alguns colegas meus, fomos à casa onde vivia e que eu tão bem conhecia, onde nos mostrou os discos que possuía. Eram na totalidade de música francesa, tão ainda em voga, e em particular uma série de discos do dito Adamo.




E assim, precisamente no quarto que tinha sido meu e da minha irmã, ouvimos várias canções do Adamo. Claro, não me recordo quais ao certo, provavelmente as que acima referi, ou talvez entre elas estivesse a que agora escolhi, “Vous permettez monsieur?”.
Uma bela recordação de Salvatore Adamo, “Vous permettez monsieur?”, gravada em 1964, foi um dos seus primeiros sucessos.




Salvatore Adamo - Vous permettez monsieur

domingo, 11 de fevereiro de 2018

The Mamas & The Papas - Dream A Little Dream Of Me

A década de 70 foi fértil no desaparecimentos de nomes destacados da música popular, alguns deles verdadeiros ícones de uma geração rendida ao sexo, à droga e ao Rock’n’roll. Jimi Hendrix, Janis Joplin, e Jim Morrison (os 3 “J”) faleceram aos 27 anos, Jimi e Janis em 1970 e Jim em 1971 e são os mais conhecidos. A droga foi a causa comum do desaparecimento destes nomes maiores da cultura Pop de então. Ao chamado “27 Club” podemos ainda juntar Brian Jones dos The Rolling Stones falecido em 1969 e, já noutras gerações, Kurt Cobain em 1994 e Amy Winehouse em 2011. Mas outros nomes, alguns não menos importantes, mas menos conhecidos, viram o seu fim naquela década. Eis alguns:

 Marc Bolan (dos T. Rex) (1977) 29 anos – acidente de carro
 Tim Buckley (1975) 28 anos – overdose
 Jim Croce (1973) 30 anos - acidente de avião
 Sandy Denny (1978) 31 anos – hemorragia cerebral
 Nick Drake (1974) 26 anos - overdose
 Cass Elliot (dos The Mamas & The Papas) (1974) 32 anos – ataque de coração
 Paul Kossoff (Guitarrista dos Free) (1976) 26 anos – ataque de coração
 Keith Moon (Baterista dos The Who) (1978) 31 anos – overdose (RP 208)
 Phil Ochs (1976) 35 anos – suicídio
 Gram Parsons (1973) 26 anos – overdose
 Elvis Presley (1977) 42 anos – ataque de coração
 Sid Vicious (dos Sex Pistols) (1979) 21 anos – overdose

Todos muito novos, todos com uma vida intensa, todos, ou quase todos, com problemas de droga. 

Não sendo certo que Mama Cass Elliot fosse consumidora de drogas, a sua morte esteve envolta em alguma controvérsia: para a lenda ficou que morreu engasgada por uma sanduíche de presunto, mas o mais plausível é que tenha sido o coração a não aguentar uma dieta rigorosa que a tinha levado a perder algumas dezenas de quilos.




The Mamas & The Papas deixaram muitos temas de sucesso que fizeram parte da nossa adolescência como por exemplo “Monday, Monday”  e "California Dreamin'"

“Dream A Little Dream Of Me” é um tema popular de 1931 que conheceu dezenas de versões até atingir os top com a interpretação de Mama Cass Elliott no último álbum "The Papas and The Mamas" gravado no ano de 1968. E assim recordamos Mama Cass Elliott falecida há 44 anos.

Lindo! Lindo!




The Mamas & The Papas - Dream A Little Dream Of Me

sábado, 10 de fevereiro de 2018

Julie London - February Brings The Rain

Por vezes é assim, dou-me a ouvir Julie London.
Julie London (1926-2000) foi uma cantora norte-americana dos anos 50, 60, entre o Pop e os standards de Jazz, mas também actriz dos anos 40 aos anos 60.

Talvez a tenha visto a contracenar com Gary Cooper ou Robert Mitchum num dos muitos filmes em que participou; talvez a tivesse ouvido nalgum programa de rádio nos anos 60, em particular no êxito que foi “Cry me a River” de 1955. Mas, na minha juventude, o seu tempo já tinha passado e julgo que, por cá, não foi assim tão popular, não atingindo a notoriedade de uma Peggy Lee, Sarah Vaughan ou Ella Fitzgerald. Assim a minha real descoberta de Julie London foi feita tardiamente. Talvez tenha sido a sua voz sensual e arrastada que me chamou a atenção, talvez seja o que me leva, de tempos a tempos, a recuperar alguns dos seus mais interessantes álbuns.
Eis alguns:
- Julie Is Her Name (1955)
- Calendar Girl (1956)
- About the Blues (1957)
- London by Night (1958)
- Your Number Please (1959)
- Julie...At Home (1960)
- Around Midnight (1960)
- Sophisticated Lady (1962)
- The End of the World (1963)
- For the Night People (1966)
- Nice Girls Don't Stay for Breakfast (1967)




“Calendar Girl” tem a minha idade e é composto por 13 faixas, uma para cada mês do ano e ainda uma 13ª, “Thirteenth Month”.
Estamos em Fevereiro, ficamos, 62 anos depois, com “February Brings The Rain”.




Julie London - February Brings The Rain

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

The Beatles - A Day in the Life

Sempre gostei de listas com classificações dos melhores discos. Há para todos os gostos, melhores do ano, da década, de sempre, por género, revelação, feminino, masculino, etc., etc. Gosto, não gosto, tenho, não tenho, falta este ou aquele registo, é sempre o exercício que se faz perante listas que são invariavelmente altamente subjectivas.

Houve uma, que me despertou particular atenção e que foi publicada pelo "Expresso" já lá vão alguns ano e que se intitulava "50 discos que toda a gente deve ouvir". Foi em Dezembro de 2012 e ainda se pode encontrar na net.  Seleccionaram os críticos do “Expresso” 50 discos de música clássica, mais 50 de Jazz e outros 50 de música popular. Depois, de entre os 150, elegeram 50, ficando a música clássica representada com 13 discos, o Jazz com 9 e a música popular com 28. É evidente que tudo isto é, como é lógico, muito discutível, mas vejamos o que é que me chamou logo a atenção. Nestes “50 discos que toda a gente deve ouvir” não estava nenhum álbum dos The Beatles e nos 50 referentes à música popular aparecia somente o álbum “Revolver” (1966). Isto quando, com frequência, no top 10 dos melhores discos de sempre, aparecerem 2, 3 ou mais álbuns dos The Beatles.




 Ok, são critérios, é subjectividade, no limite é a impossibilidade de se meter o Rossio na rua da Betesga. Tudo bem. Tudo bem, se na referida lista não aparecessem álbuns dos Abba, Janet Jackson e Britney Spears e alguns outros que desconheço, que por muito louváveis que possam ser não me parecem ter qualidade suficiente para figurarem ao lado de Bob Dylan, The Beach Boys, Leonard Cohen, Richard and Linda Thompson, Joni Mitchell, Robert Wyatt, The Magnetic Fields, Milton Nascimento ou o nosso Carlos Paredes.




Correndo pois contra a maré, quando parece que “Revolver” é redescoberto e colocado no topo, recordemos do agora, ao que parece, menos querido “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Man” (1967) o tema final “A Day in the Life”.




The Beatles - A Day in the Life

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

The Who - In The Hall Of The Mountain King

Mais algumas memórias soltas de temas que às duas por três me vêm à cabeça, algumas vá-se lá saber porquê.
Começo por fazer um recuo ao ano de 1967 e ao manancial de boa música que foi produzida e é nesse ano que volto aos The Who.

The Who iam já no terceiro álbum de nome “The Who Sell Out”, onde vou buscar o tema de hoje e onde se podiam ouvir, antecipadamente, pinceladas do que viria a ser esse grande disco de 1969 “Tommy”.
“The Who Sell Out” era já um álbum conceptual que provocou grande polémica pelo facto de intercalado com as músicas constarem anúncios falsos de produtos reais (a ideia era o disco assemelhar-se a uma transmissão de rádio pirata). Em 67 surgem também de uma forma evidente as primeiras influências da música clássica e aparecem as primeiras versões Rock de temas clássicos populares.
É o caso de “Hall of the Mountain King” de Edvard Grieg (2ª metade do século XIX), tema bem conhecido da obra “Peer Gynt” – música para a peça de teatro com o mesmo nome de Ibsen, que os The Who adaptaram.




A versão dos The Who é uma espécie de paródia com um exuberante Pete Townshend (guitarra) e um vigoroso Keith Moon (1946-1978) (mas que bateria!) inspirados, e estávamos ainda só no começo.
Como raio me lembrei desta música se ela não aparece na edição original de “The Who Sell Out”, trata-se de uma faixa bónus que só deve aparecer em edição em CD? Não interessa, aqui vai ela.




The Who - In The Hall Of The Mountain King

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Crosby, Stills & Nash - Suite: Judy Blue Eyes

mundo da canção nº 5 de Abril de 1970

A letra de "Suite: Judy Blue Eyes" vinha publicada na revista "mundo da canção" no seu nº 5 de Abril de 1970. Seria das primeiras, senão mesmo a primeira, passagens do trio norte-americano Crosby, Stills & Nash pela imprensa portuguesa.

 "Suite: Judy Blue Eyes", já por aqui passou aquando da recordação dos melhores álbuns do ano de 1969 pelo programa de rádio "Em Órbita". Pertencia exactamente ao primeiro LP homónimo do referido trio que era então considerado o melhor trabalho do ano.
A composição "Suite: Judy Blue Eyes", ou talvez também apropriadamente "Sweet Judy Blue Eyes", era dedicada à cantora Judy Collins com quem Stephen Stills se encontrava em vias de terminar a relação amorosa que tinham. Recorde-se que no ano passado, 50 anos depois de se conhecerem gravaram pela primeira vez em duo, Stills & Judy, o álbum "Everybody Knows".




Agora, é tempo de voltar a "Suite: Judy Blue Eyes", um bom exemplo da boa música que naqueles tempos se produzia.




Crosby, Stills & Nash - Suite: Judy Blue Eyes

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Simon and Garfunkel - El Condor Pasa (If I Could)

mundo da canção nº 5 de Abril de 1970

O ano de 1970 foi de Simon and Garfunkel, era o ano da despedida e faziam-no com o grande álbum que foi "Bridge Over Troubled Water". Era deste LP que a revista "mundo da canção" em Abril de 1970 publicava duas letras, respectivamente a canção título e "El Condor Pasa".





"El Condor Pasa (If I Could)" é uma adaptação de uma canção peruana de 1913 baseada na música tradicional dos Andes, aqui teve o acréscimo da letra de Paul Simon e uma interpretação única do duo que nos encantou na juventude. O álbum teve genericamente muito boa divulgação e "El Condor Pasa (If I Could)" fazia parte do lote de canções que mais se ouvia. Primeiro "The Boxer" (ainda antes do LP ser editado), depois "Bridge Over Troubled Water", depois foi a vez de "Cecilia" e finalmente "El Condor Pasa (If I Could)" também teve a sua edição em Single

Em 1970 "El Condor Pasa (If I Could)" ouvia-se com um encanto muito peculiar. Quão agradável e fora do comum era ouvir sonoridades como esta com origem nos Andes por um duo consagrado no mundo do Pop-Rock.




Simon and Garfunkel - El Condor Pasa (If I Could)

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

The Flying Machine - Smile A Little Smile For Me

mundo da canção nº 5 de Abril de 1970

Neste nº da revista "mundo da canção" de Abril de 1970 é publicada mais uma letra de uma canção da qual não tenho a mínima recordação, provavelmente nunca a cheguei a ouvir. É mais uma canção daqueles grupos britânicos que surfaram a onda Pop do final dos anos 60 e que assim como apareceram rapidamente desapareceram. O rasto que estes The Flying Machine deixaram é curto, começaram em 1969 e terminaram em 1971, pelo meio deixaram meia-dúzia de Singles e dois LP editados.

O primeiro Single foi, pelos vistos o mais conhecido e tratava-se de "Smile A Little Smile For Me" cuja letra era objecto de publicação no "mundo da canção". É de admirar o facto, deste que foi o êxito maior grupo, o ter sido nos Estados Unidos da América e no Canadá, chegando aos Top de vendas e de o mesmo não ter acontecido no Reino Unido (fazendo fé na informação da wikipédia).





Com uma melodia a lembrar alguns temas dos The Beatles, aqui fica "Smile A Little Smile For Me" dos The Flying Machine. Espero que desperte boas memórias para quem a conhecia, para mim fê-lo mesmo não a conhecendo.




The Flying Machine - Smile A Little Smile For Me

domingo, 4 de fevereiro de 2018

The Moody Blues - Watching and Waiting

mundo da canção nº 5 de Abril de 1970

Porque é das mais belas canções dos anos 60 e pertence a um dos grupos de então meus preferidos  aqui fica novamente "Watching and Waiting", são The Moody Blues.

Incompreensivelmente "Watching and Waiting" ficou no lote das canções menos conhecidas e terminava o 5º (4º da formação clássica) álbum "To Our Children's Children's Children" publicado no final de 1969, talvez aquele que melhor resistiu ao passar dos anos.

Na revista "mundo da canção" de Abril de 1970 era publicada a letra de "Watching and Waiting", agora é de aproveitar e seguir a música que vai no final.




Agora que tenho um neto espero que um dia ele goste deste "Watching and Waiting" e se lembre de quanto o avô a apreciava em 1969. Por enquanto mais uma viagem mágica, muito calma e emotiva enquanto se ouve "Watching and Waiting".




The Moody Blues - Watching and Waiting