mundo da canção
Em continuação por textos sobre o estado da nossa música popular publicados na revista "mundo da canção" nº 17 de Abril de 1971, eis mais um que constava na rubrica "Brik a Brak". Intitulava-se "oh! fado que já não és" e a pretexto da resposta que Carlos do Carmo terá dado, num programa da RTP, â pergunta "... que mais gostava de fazer", à qual respondeu "Amar", se fala do estado em que se encontrava o Fado.
E a adjectivação não podia ser a pior, o que de certa maneira correspondia à verdade, ou pelo menos à percepção que sectores da sociedade mais esclarecidos tinham sobre o Fado. "saudosista e dolente", assim se considerava o Fado que "caiu em descrédito", "Mórbido, incapaz de corresponder a uma real dimensão musical, monótono, entrou em declarada crise."
Carlos do Carmo, felizmente, não fez parte de "... essa triste e lamentável balada de ruela, pobre de motivações melódicas, prenhe de morbidez, bafienta, antiquada, reduto do marialismo militante" como viria a provar a longa carreira e discografia que Carlos do Carmo nos deixou.
Já devidamente reconhecido e discografia significativa é de 1970 esta "Por
Morrer Uma Andorinha", um Fado sempre bonito numa voz igualmente bonita e
expressiva.
Carlos do Carmo - Por Morrer Uma Andorinha
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