mundo da canção nº 4
Não me recordo de todo deste Regresso ao Passado. Ou seja, não fosse a recuperação que tenho vindo a fazer do que era publicado na revista "mundo da canção", neste caso o nº 4 de Março de 1970, e manter- se-ia para mim desconhecida esta "Cowboy Convention" de um grupo norte-americano que deu (dá) pelo nome de Ohio Express.
Socorrendo-me da Wikipédia, fico a saber que se formaram em 1967 e se mantêm até hoje com formação diferente da original com excepção para o baterista Tim Corwin. O maior sucesso foi "Yummy Yummy Yummy", em 1968, e é de fugir, simplesmente execrável.
Classificados como Bubblegum-Pop, logo se conclui que não perdi grande coisa com o desconhecimento destes Ohio Express. De qualquer forma aqui fica "Cowboy Convention", o ano é o de 1969. Ao mesmo nível encontrava-se a publicação de "Take A Letter Maria" de R. B. Greaves que passo à frente.
Ohio Express - Cowboy Convention
Para uns recordações, para outros descobertas. São notas passadas, musicais e não só...
segunda-feira, 31 de julho de 2017
domingo, 30 de julho de 2017
Joan Baez - Annabel Lee
mundo da canção nº 4
Em 1967, Joan Baez editava o seu 6º álbum de estúdio de nome simplesmente "Joan", não sendo dos discos mais creditados desta referência obrigatória do Folk norte-americano dos anos 60.
Num ano de encruzilhada da música popular, onde todos os géneros se misturavam e se desenvolviam para níveis nunca alcançados, o LP de Joan Baez acrescenta à simplicidade da guitarra da música Folk arranjos orquestrais que não lhe eram habituais.
As principais canções são versões de trabalhos já conhecidos de Donovan, The Beatles, Tim Hardin, Jacques Brel e Paul Simon.
É a este álbum que a revista "mundo da canção", no seu nº 4 de Março de 1970, vai buscar a letra de "Annabel Lee". Trata-se de um poema de Edgar Allan Poe sobre o amor "She lived with no other tought than to love and be loved by me" e a morte "That the wind came out of the cloud by night, killing my Annabel Lee".
Musicado por Don Dilworth e a bonita interpretação de Joan Baez, eis "Annabel Lee".
Joan Baez - Annabel Lee
Em 1967, Joan Baez editava o seu 6º álbum de estúdio de nome simplesmente "Joan", não sendo dos discos mais creditados desta referência obrigatória do Folk norte-americano dos anos 60.
Num ano de encruzilhada da música popular, onde todos os géneros se misturavam e se desenvolviam para níveis nunca alcançados, o LP de Joan Baez acrescenta à simplicidade da guitarra da música Folk arranjos orquestrais que não lhe eram habituais.
As principais canções são versões de trabalhos já conhecidos de Donovan, The Beatles, Tim Hardin, Jacques Brel e Paul Simon.
É a este álbum que a revista "mundo da canção", no seu nº 4 de Março de 1970, vai buscar a letra de "Annabel Lee". Trata-se de um poema de Edgar Allan Poe sobre o amor "She lived with no other tought than to love and be loved by me" e a morte "That the wind came out of the cloud by night, killing my Annabel Lee".
Musicado por Don Dilworth e a bonita interpretação de Joan Baez, eis "Annabel Lee".
Joan Baez - Annabel Lee
sábado, 29 de julho de 2017
The Foundations - Baby, I Coudn't See
mundo da canção nº 4
Neste nº 4 da revista "mundo da canção", editado em Março de 1970, ainda espaço para mais algumas letras de canções de intérpretes tão díspares como The Foundations, Joan Baez, Ohio Express, Ray Stevens, The Rolling Stones e R. G. Greaves. Vamos a eles.
Começamos pelos The Foundations, segunda passagem neste Blog, segunda passagem no "mundo da canção". The Foundations, lembre-se, foram um grupo britânico de música Soul, daí talvez a sua originalidade, num tempo em que este género musical era esmagadoramente oriundo dos Estados Unidos da América.
A letra em apreço é "Baby, I Couldn't See", tratava-se de um Single editado pelo grupo em 1969 e, confesso, não me lembrava da canção, pelo que não deverá ter sido grande sucesso dos The Foundations contrariamente a outras canções da mesma época como por exemplo "Baby Now That I've Found You" e "Build Me Up Buttercup".
The Foundations - Baby, I Coudn't See
Neste nº 4 da revista "mundo da canção", editado em Março de 1970, ainda espaço para mais algumas letras de canções de intérpretes tão díspares como The Foundations, Joan Baez, Ohio Express, Ray Stevens, The Rolling Stones e R. G. Greaves. Vamos a eles.
Começamos pelos The Foundations, segunda passagem neste Blog, segunda passagem no "mundo da canção". The Foundations, lembre-se, foram um grupo britânico de música Soul, daí talvez a sua originalidade, num tempo em que este género musical era esmagadoramente oriundo dos Estados Unidos da América.
A letra em apreço é "Baby, I Couldn't See", tratava-se de um Single editado pelo grupo em 1969 e, confesso, não me lembrava da canção, pelo que não deverá ter sido grande sucesso dos The Foundations contrariamente a outras canções da mesma época como por exemplo "Baby Now That I've Found You" e "Build Me Up Buttercup".
The Foundations - Baby, I Coudn't See
sexta-feira, 28 de julho de 2017
Blue Mink - Melting Pot
mundo da canção nº 4
Não os tinha esquecido, mas quase. Há mais de 40 anos que de certeza não os ouvia.
Os Blue Mink foram um grupo Pop inglês formado no final da década de 60, com particular êxito nos primeiros anos da década seguinte. São vários os sucessos que agora me lembro, "Melting Pot", "Our World", "Banner Man", "Stay With Me" foram alguns deles.
No grupo destacava-se a voz, que eu então apreciava, de Madeline Bell, também com carreira a solo de relevo e Roger Cook que em parceria com Roger Greenaway constituíram uma dupla que escreveu sucessos enormes como "I'd Like to Teach the World to Sing (In Perfect Harmony)" dos The New Seekers e "You've Got Your Troubles" pelos The Fortunes.
Escrito pela dupla Cook/Greenaway "Melting Pot" foi o Single que em 1969 deu a conhecer os Blue Mink, era a letra publicada pelo "mundo da canção" no nº 4 de Março de 1970. Hora, agora, para lembrar "Melting Pot", uma bonita canção de 1969.
Blue Mink - Melting Pot
Não os tinha esquecido, mas quase. Há mais de 40 anos que de certeza não os ouvia.
Os Blue Mink foram um grupo Pop inglês formado no final da década de 60, com particular êxito nos primeiros anos da década seguinte. São vários os sucessos que agora me lembro, "Melting Pot", "Our World", "Banner Man", "Stay With Me" foram alguns deles.
No grupo destacava-se a voz, que eu então apreciava, de Madeline Bell, também com carreira a solo de relevo e Roger Cook que em parceria com Roger Greenaway constituíram uma dupla que escreveu sucessos enormes como "I'd Like to Teach the World to Sing (In Perfect Harmony)" dos The New Seekers e "You've Got Your Troubles" pelos The Fortunes.
Escrito pela dupla Cook/Greenaway "Melting Pot" foi o Single que em 1969 deu a conhecer os Blue Mink, era a letra publicada pelo "mundo da canção" no nº 4 de Março de 1970. Hora, agora, para lembrar "Melting Pot", uma bonita canção de 1969.
Blue Mink - Melting Pot
quinta-feira, 27 de julho de 2017
Peter, Paul and Mary - Leaving In A Jet Plane
mundo da canção nº 4
Mais uma merecida repetição. Voltamos a "Leaving On A Jet Plane" e aos meus, particularmente queridos, Peter, Paul and Mary.
Difíceis de igualar na qualidade interpretativa da melhor música popular norte-americana os Peter, Paul and Mary encantaram-nos durante a década de 60 e deixaram-nos canções de uma beleza fora do vulgar como esta "Leaving On A Jet Plane".
Na realidade uma canção escrita por John Denver e também por ele mais tarde interpretada, é, no entanto na versão dos Peter, Paul and Mary que tem todo o seu esplendor.
Gravada originalmente para o LP "1700" de 1967, é editada em Single em 1969, talvez por isso a publicação da letra no nº 4, de Março de 1970, da revista "mundo da canção".
De uma beleza interminável, regressamos mais uma vez a "Leaving In A Jet Plane", na melhor versão que teve, a dos Peter, Paul and Mary, claro!
Peter, Paul and Mary - Leaving In A Jet Plane
Mais uma merecida repetição. Voltamos a "Leaving On A Jet Plane" e aos meus, particularmente queridos, Peter, Paul and Mary.
Difíceis de igualar na qualidade interpretativa da melhor música popular norte-americana os Peter, Paul and Mary encantaram-nos durante a década de 60 e deixaram-nos canções de uma beleza fora do vulgar como esta "Leaving On A Jet Plane".
Na realidade uma canção escrita por John Denver e também por ele mais tarde interpretada, é, no entanto na versão dos Peter, Paul and Mary que tem todo o seu esplendor.
Gravada originalmente para o LP "1700" de 1967, é editada em Single em 1969, talvez por isso a publicação da letra no nº 4, de Março de 1970, da revista "mundo da canção".
De uma beleza interminável, regressamos mais uma vez a "Leaving In A Jet Plane", na melhor versão que teve, a dos Peter, Paul and Mary, claro!
Peter, Paul and Mary - Leaving In A Jet Plane
quarta-feira, 26 de julho de 2017
Aretha Franklin - Share Your Love With Me
mundo da canção nº 4
Diversificada nos géneros musicais que a revista divulgava, o nº 4 do "mundo da canção" de Março de 1970 continuava, para além da publicação de algumas entrevistas e artigos de análise, a editar letras de canções dos mais variados artistas. Assim, ao lado de "Free Me" de Otis Redding, mais uma letra de uma canção Soul, agora da veterana Aretha Franklin.
"Share Your Love With Me" foi um êxito na voz de Aretha Franklin em 1969, tendo permanecido 5 semanas nas listas de vendas de Singles de música "Soul", fazia parte do álbum "This Girl's In Love With You" do ano seguinte. Em 2016, Van Morrison tem uma versão desta canção no bem recebido álbum "Keep Me Singing".
Na voz inconfundível de Aretha Franklin podemos ouvir "Share Your Love With Me".
Aretha Franklin - Share Your Love With Me
Diversificada nos géneros musicais que a revista divulgava, o nº 4 do "mundo da canção" de Março de 1970 continuava, para além da publicação de algumas entrevistas e artigos de análise, a editar letras de canções dos mais variados artistas. Assim, ao lado de "Free Me" de Otis Redding, mais uma letra de uma canção Soul, agora da veterana Aretha Franklin.
"Share Your Love With Me" foi um êxito na voz de Aretha Franklin em 1969, tendo permanecido 5 semanas nas listas de vendas de Singles de música "Soul", fazia parte do álbum "This Girl's In Love With You" do ano seguinte. Em 2016, Van Morrison tem uma versão desta canção no bem recebido álbum "Keep Me Singing".
Na voz inconfundível de Aretha Franklin podemos ouvir "Share Your Love With Me".
Aretha Franklin - Share Your Love With Me
terça-feira, 25 de julho de 2017
Otis Redding - Free Me
mundo da canção nº 4
Otis Redding marca presença por duas vezes no nº 4 da revista "mundo da canção" que viu a sua publicação em Março de 1970.
Nome grande da música Soul Norte-americana, Otis Redding tinha falecido em 1967 num trágico acidente de avião, mas a sua música continua a ser ouvida e divulgada em particular pela edição de vários álbuns póstumos.
As letras que o "mundo da canção" publicavam eram "Higher and Higher" na secção "Êxitos de Ontem" (?) e "Free Me". As duas canções faziam parte do já 4º LP póstumo, editado em 1969, de nome "Love Man", com temas gravados por Otis Redding em 1967.
"Free Me", uma bela balada, em mais uma grande interpretação de Otis Redding, um dos maiores, senão o maior, cantor Soul de todos os tempos.
Otis Redding - Free Me
Otis Redding marca presença por duas vezes no nº 4 da revista "mundo da canção" que viu a sua publicação em Março de 1970.
Nome grande da música Soul Norte-americana, Otis Redding tinha falecido em 1967 num trágico acidente de avião, mas a sua música continua a ser ouvida e divulgada em particular pela edição de vários álbuns póstumos.
As letras que o "mundo da canção" publicavam eram "Higher and Higher" na secção "Êxitos de Ontem" (?) e "Free Me". As duas canções faziam parte do já 4º LP póstumo, editado em 1969, de nome "Love Man", com temas gravados por Otis Redding em 1967.
"Free Me", uma bela balada, em mais uma grande interpretação de Otis Redding, um dos maiores, senão o maior, cantor Soul de todos os tempos.
Otis Redding - Free Me
segunda-feira, 24 de julho de 2017
The Moody Blues - Eternity Road
mundo da canção nº 4
Apesar do rótulo global de Rock, a diversidade musical no final dos anos 60 atingiu níveis muito significativos. Uma explosão de criatividade verificou-se na segunda metade dos anos 60 com o surgimentos das mais variadas propostas musicais. A maior parte foi de expressão anglo-saxónica e a revista "mundo da canção" surgida em Dezembro de 1969 foi disso reflexo. No nº 4, de Março de 1970, que temos vindo a recuperar, é um bom exemplo dessa diversidade, para além da divulgação da música popular de expressão portuguesa, espanhola e francesa, a de origem anglo-americana ocupava um espaço significativo com propostas que iam de Bob Dylan, Joan Baez e Otis Redding, aos The Kinks, The Hollies e The Beatles.
A atestar a diversidade referida ao lado da letra de "Whole Lotta Love" dos Led Zeppelin, encontrávamos The Moody Blues com "Eternity Road" que é a passagem de hoje.
"Eternity Road" não foi das canções mais conhecidas dos, sempre bem vindos, The Moody Blues. É, no entanto, uma belíssima canção escrita por Ray Thomas, o flautista do grupo, e que tão bem integra esse álbum infelizmente menos considerado "To Our Children's Children's Children" editado no ano da descida do homem na lua, 1969.
Soa estranho a sua audição isolada, sendo pois preferível escutá-la no todo que é o conceptual LP. É o disco dos The Moody Blues a que volto mais frequentemente, uma verdadeira viagem no espaço e no tempo onde algures fica "Eternity Road".
The Moody Blues - Eternity Road
Apesar do rótulo global de Rock, a diversidade musical no final dos anos 60 atingiu níveis muito significativos. Uma explosão de criatividade verificou-se na segunda metade dos anos 60 com o surgimentos das mais variadas propostas musicais. A maior parte foi de expressão anglo-saxónica e a revista "mundo da canção" surgida em Dezembro de 1969 foi disso reflexo. No nº 4, de Março de 1970, que temos vindo a recuperar, é um bom exemplo dessa diversidade, para além da divulgação da música popular de expressão portuguesa, espanhola e francesa, a de origem anglo-americana ocupava um espaço significativo com propostas que iam de Bob Dylan, Joan Baez e Otis Redding, aos The Kinks, The Hollies e The Beatles.
A atestar a diversidade referida ao lado da letra de "Whole Lotta Love" dos Led Zeppelin, encontrávamos The Moody Blues com "Eternity Road" que é a passagem de hoje.
"Eternity Road" não foi das canções mais conhecidas dos, sempre bem vindos, The Moody Blues. É, no entanto, uma belíssima canção escrita por Ray Thomas, o flautista do grupo, e que tão bem integra esse álbum infelizmente menos considerado "To Our Children's Children's Children" editado no ano da descida do homem na lua, 1969.
Soa estranho a sua audição isolada, sendo pois preferível escutá-la no todo que é o conceptual LP. É o disco dos The Moody Blues a que volto mais frequentemente, uma verdadeira viagem no espaço e no tempo onde algures fica "Eternity Road".
The Moody Blues - Eternity Road
domingo, 23 de julho de 2017
Led Zeppelin - Whole Lotta Love
mundo da canção nº 4
Ao 2º LP os Led Zeppelin tiveram um êxito enormíssimo, foi "Whole Lotta Love".
De um som Blues-Rock preponderante para uma sonoridade marcadamente mais Hard-Rock assim se fez a evolução dos Led Zeppelin na década de 70.
"Led Zeppelin II", de 1969 evidenciava essas sonoridades, onde "Whole Lotta Love" marcava a melhor síntese da influência do Blues e o som mais Hard adoptado pelo grupo.
Na realidade "Whole Lotta Love" contem partes da canção "You Need Love" de Willie Dixon do início da década de 60 e então interpretada por Muddy Waters. Créditos de Willie Dixon que só mais tarde vieram a ser reconhecidos.
"Whole Lotta a Love" continha um poderoso riff de guitarra de Jimmy Page e a energética interpretação de Robert Plant ultrapassava tudo o que se conhecia até então.
Recordo-me bem da sensação de irreverência e libertação de energia que "Whole Lotta a Love" então provocava, mas a minha real adesão aos Led Zeppelin só se verificou no ano seguinte com "Led Zeppelin III".
A edição de Março de 1970 da revista "mundo da canção" publica a letra de "Whole Lotta Love" e é o motivo desta segunda passagem pelo, agora, clássico dos Led Zeppelin.
Led Zeppelin - Whole Lotta Love
Ao 2º LP os Led Zeppelin tiveram um êxito enormíssimo, foi "Whole Lotta Love".
De um som Blues-Rock preponderante para uma sonoridade marcadamente mais Hard-Rock assim se fez a evolução dos Led Zeppelin na década de 70.
"Led Zeppelin II", de 1969 evidenciava essas sonoridades, onde "Whole Lotta Love" marcava a melhor síntese da influência do Blues e o som mais Hard adoptado pelo grupo.
Na realidade "Whole Lotta Love" contem partes da canção "You Need Love" de Willie Dixon do início da década de 60 e então interpretada por Muddy Waters. Créditos de Willie Dixon que só mais tarde vieram a ser reconhecidos.
"Whole Lotta a Love" continha um poderoso riff de guitarra de Jimmy Page e a energética interpretação de Robert Plant ultrapassava tudo o que se conhecia até então.
Recordo-me bem da sensação de irreverência e libertação de energia que "Whole Lotta a Love" então provocava, mas a minha real adesão aos Led Zeppelin só se verificou no ano seguinte com "Led Zeppelin III".
A edição de Março de 1970 da revista "mundo da canção" publica a letra de "Whole Lotta Love" e é o motivo desta segunda passagem pelo, agora, clássico dos Led Zeppelin.
Led Zeppelin - Whole Lotta Love
sábado, 22 de julho de 2017
The Kinks - Shangri-La
mundo da canção nº 4
Passagem repetida para "Shangri-La". Dos bons velhos The Kinks novamente a recordação de "Shangri-La". Relembro esta tremenda canção dos ingleses The Kinks que tanto gostava de ouvir nesses longínquos e memoráveis anos 60.
Em 1969 The Kinks editavam o sétimo álbum de originais de nome "Arthur (Or The Decline And Fall Of The British Empire)" e nele constava este "Shangri-La" que nunca nos cansamos de ouvir, uma das melhores canções escritas por Ray Davies. Não teve, no entanto, o sucesso devido e mesmo hoje pese alguma recuperação que tem sido feita, mantêm-se relativamente ignorada.
Não passou despercebida à revista "mundo da canção" que no nº 4 de Março de 1970 publicava a letra de "Shangri-La".
"Shangri-la" a mostrar como The Kinks têm sido subestimados através dos tempos, definitivamente uma das melhores composições do século XX.
The Kinks - Shangri-La
Passagem repetida para "Shangri-La". Dos bons velhos The Kinks novamente a recordação de "Shangri-La". Relembro esta tremenda canção dos ingleses The Kinks que tanto gostava de ouvir nesses longínquos e memoráveis anos 60.
Em 1969 The Kinks editavam o sétimo álbum de originais de nome "Arthur (Or The Decline And Fall Of The British Empire)" e nele constava este "Shangri-La" que nunca nos cansamos de ouvir, uma das melhores canções escritas por Ray Davies. Não teve, no entanto, o sucesso devido e mesmo hoje pese alguma recuperação que tem sido feita, mantêm-se relativamente ignorada.
Não passou despercebida à revista "mundo da canção" que no nº 4 de Março de 1970 publicava a letra de "Shangri-La".
"Shangri-la" a mostrar como The Kinks têm sido subestimados através dos tempos, definitivamente uma das melhores composições do século XX.
The Kinks - Shangri-La
sexta-feira, 21 de julho de 2017
Simon and Garfunkel - Mrs Robinson
mundo da canção nº 4
"Bookends" é talvez o álbum perfeito do duo Simon and Garfunkel que encantou toda uma geração. É lá que aparece a versão final de "Mrs Robinson" que já tivemos oportunidade de lembrar.
Em Março de 1970, o nº 4 da revista "mundo da canção" publica a letra desta canção já então tão popular do duo norte-americano. Foi em 1968 no referido álbum "Bookends" que é dada a conhecer na sua versão final, os primeiros sons, esses conheceram-se no final de 1967 quando saiu o filme de Mike Nichols "The Graduate" com Dustin Hoffman e Anne Bancroft, esta no papel de Mrs Robinson.
Em "The Graduate", "Mrs Robinson" surge por duas vezes, uma primeira somente instrumental e uma segunda onde são cantados os primeiros versos. Como já conhecemos "Mrs Robinson" de "Bookends", juntamos as duas partes de "Mrs Robinson" do filme para mais este Regresso ao Passado.
Simon and Garfunkel - Mrs Robinson
"Bookends" é talvez o álbum perfeito do duo Simon and Garfunkel que encantou toda uma geração. É lá que aparece a versão final de "Mrs Robinson" que já tivemos oportunidade de lembrar.
Em Março de 1970, o nº 4 da revista "mundo da canção" publica a letra desta canção já então tão popular do duo norte-americano. Foi em 1968 no referido álbum "Bookends" que é dada a conhecer na sua versão final, os primeiros sons, esses conheceram-se no final de 1967 quando saiu o filme de Mike Nichols "The Graduate" com Dustin Hoffman e Anne Bancroft, esta no papel de Mrs Robinson.
Em "The Graduate", "Mrs Robinson" surge por duas vezes, uma primeira somente instrumental e uma segunda onde são cantados os primeiros versos. Como já conhecemos "Mrs Robinson" de "Bookends", juntamos as duas partes de "Mrs Robinson" do filme para mais este Regresso ao Passado.
Simon and Garfunkel - Mrs Robinson
quinta-feira, 20 de julho de 2017
Aphrodite's Child - It´s Five O'Oclock
mundo da canção nº 4
Inequivocamente Aphrodite's Child foi o conjunto grego com maior projecção no final da década de 60. Um pouco por toda a Europa, por cá também.
Primeiro conhecemos "Rain and Tears", depois "I Want To Live". Em 1969 editam o 2º LP "It's Five O'Clock" e é dele que o nº 4 da revista "mundo da canção", em Março de 1970, reproduz a letra de duas canções, "Marie Jolie" e "It's Five O'Clock".
"Marie Jolie" a mostrar caminhos que mais tarde Demis Roussos iria trilhar e "It's Five O'Clock" na linha do Pop Psicadélico que marcava o grupo.
Faltava ainda o êxito que foi "Winter, Spring, Summer and Fall", pelo qual já passámos, e a obra de maior fôlego, o duplo LP "666" somente editado em 1972, já com Vangelis e Demis Roussos a conhecerem carreiras individuais bem diferenciadas.
Para já mantemo-nos em finais de 1969 para ouvir "It's Five O'Clock".
Aphrodite's Child - It´s Five O'Oclock
Inequivocamente Aphrodite's Child foi o conjunto grego com maior projecção no final da década de 60. Um pouco por toda a Europa, por cá também.
Primeiro conhecemos "Rain and Tears", depois "I Want To Live". Em 1969 editam o 2º LP "It's Five O'Clock" e é dele que o nº 4 da revista "mundo da canção", em Março de 1970, reproduz a letra de duas canções, "Marie Jolie" e "It's Five O'Clock".
"Marie Jolie" a mostrar caminhos que mais tarde Demis Roussos iria trilhar e "It's Five O'Clock" na linha do Pop Psicadélico que marcava o grupo.
Faltava ainda o êxito que foi "Winter, Spring, Summer and Fall", pelo qual já passámos, e a obra de maior fôlego, o duplo LP "666" somente editado em 1972, já com Vangelis e Demis Roussos a conhecerem carreiras individuais bem diferenciadas.
Para já mantemo-nos em finais de 1969 para ouvir "It's Five O'Clock".
Aphrodite's Child - It´s Five O'Oclock
quarta-feira, 19 de julho de 2017
Donovan - Barabajagal
mundo da canção nº 4
Correndo o risco de me contradizer, ou seja afirmar o mesmo relativamente a muitos e variados músicos dos anos 60, Donovan era uma das minhas maiores preferências. Pelo menos deste "Mellow Yellow" que comecei a gostar de Donovan, o escocês que rivalizou com Bob Dylan.
Figura emblemática do movimento hippie do Reino Unido, emergiu da cena Folk a meio da década de 60, tendo gravado entre 1965 e 1969 sete álbuns representativos do melhor Folk-Rock então praticado. O último destes álbuns é "Barabajagal", editado em 1969, e continha a canção título escolhida para hoje.
Rodeado de excelentes músicos, dos quais destaco, Jeff Beck e Ronnie Wood (guitarra), John Paul Jones e Danny Thompson (baixo), Nick Hopkins (teclados), Madeline Bell, Leslie Duncan e Rod Stewart (vozes), "Barabajagal" continha temas intemporais como "Atlantis" e de "Susan On The West Coast Waiting", mas também "Barabajagal" que tão bem me recordo de ouvir na nossa rádio.
É a letra de "Barabajagal" que a revista "mundo da canção", no seu nº 4 de Março de 1970, então publica e que agora sabe tão bem recordar.
Donovan - Barabajagal
Correndo o risco de me contradizer, ou seja afirmar o mesmo relativamente a muitos e variados músicos dos anos 60, Donovan era uma das minhas maiores preferências. Pelo menos deste "Mellow Yellow" que comecei a gostar de Donovan, o escocês que rivalizou com Bob Dylan.
Figura emblemática do movimento hippie do Reino Unido, emergiu da cena Folk a meio da década de 60, tendo gravado entre 1965 e 1969 sete álbuns representativos do melhor Folk-Rock então praticado. O último destes álbuns é "Barabajagal", editado em 1969, e continha a canção título escolhida para hoje.
Rodeado de excelentes músicos, dos quais destaco, Jeff Beck e Ronnie Wood (guitarra), John Paul Jones e Danny Thompson (baixo), Nick Hopkins (teclados), Madeline Bell, Leslie Duncan e Rod Stewart (vozes), "Barabajagal" continha temas intemporais como "Atlantis" e de "Susan On The West Coast Waiting", mas também "Barabajagal" que tão bem me recordo de ouvir na nossa rádio.
É a letra de "Barabajagal" que a revista "mundo da canção", no seu nº 4 de Março de 1970, então publica e que agora sabe tão bem recordar.
Donovan - Barabajagal
The Beatles - Memorabilia
Single Hey Jude/Revolution dos The Beatles
Devidamente recuperado e finalmente com um som bastante aceitável a edição portuguesa de 1968 do Single dos The Beatles que continha no lado A (7XCE 21185-1) "Hey Jude" e no lado B (7XCE 21186-1) "Revolution".
O Single foi editado com uma capa branca simples com buraco central sem qualquer fotografia ou qualquer identificação, o que é estranho pois tal já não era habitual.
As fotografias são do referido Single que a minha esposa adquiriu na sua juventude anterior ao nosso casamento em 1980.
Devidamente recuperado e finalmente com um som bastante aceitável a edição portuguesa de 1968 do Single dos The Beatles que continha no lado A (7XCE 21185-1) "Hey Jude" e no lado B (7XCE 21186-1) "Revolution".
O Single foi editado com uma capa branca simples com buraco central sem qualquer fotografia ou qualquer identificação, o que é estranho pois tal já não era habitual.
As fotografias são do referido Single que a minha esposa adquiriu na sua juventude anterior ao nosso casamento em 1980.
terça-feira, 18 de julho de 2017
The Beatles - Hey Jude
mundo da canção nº 4
Até à data o grupo com mais passagens por este Blog, aqui vai mais uma com The Beatles.
The Beatles um dos principais grupos responsáveis pela revolução musical ocorrida nos anos 60 são aqui passagem regular seja qual for o motivo. Agora a publicação de letras de canções do grupo no nº 4 da revista de divulgação musical "mundo da canção" em Março de 1970. Estava para breve o anúncio do fim dos The Beatles mas o último álbum "Let It Be" ainda não tinha sido editado, os sons mais recentes iam para "Come Together" e "Something" que sobressaiam em "Abbey Road", mas são mais recuadas as letras que "mundo da canção" escolheu para publicar, respectivamente "Hey Jude" e "Get Back".
"Get Back" era uma canção menor que iria fechar "Let It Be", já "Hey Jude" foi um verdadeiro hino que a juventude abraçou.
"Hey Jude" foi editada em Single em 1968 e não constou em nenhum álbum de originais do grupo. Foi à época a canção mais longa, mais de 7 minutos, gravada num Single. Porque tenho as melhores memórias do tempo em que ouvia e cantarolava "Hey Jude", alegre e contente, aqui partilho "Hey Jude" para audição.
The Beatles - Hey Jude
Até à data o grupo com mais passagens por este Blog, aqui vai mais uma com The Beatles.
The Beatles um dos principais grupos responsáveis pela revolução musical ocorrida nos anos 60 são aqui passagem regular seja qual for o motivo. Agora a publicação de letras de canções do grupo no nº 4 da revista de divulgação musical "mundo da canção" em Março de 1970. Estava para breve o anúncio do fim dos The Beatles mas o último álbum "Let It Be" ainda não tinha sido editado, os sons mais recentes iam para "Come Together" e "Something" que sobressaiam em "Abbey Road", mas são mais recuadas as letras que "mundo da canção" escolheu para publicar, respectivamente "Hey Jude" e "Get Back".
"Get Back" era uma canção menor que iria fechar "Let It Be", já "Hey Jude" foi um verdadeiro hino que a juventude abraçou.
"Hey Jude" foi editada em Single em 1968 e não constou em nenhum álbum de originais do grupo. Foi à época a canção mais longa, mais de 7 minutos, gravada num Single. Porque tenho as melhores memórias do tempo em que ouvia e cantarolava "Hey Jude", alegre e contente, aqui partilho "Hey Jude" para audição.
The Beatles - Hey Jude
segunda-feira, 17 de julho de 2017
Creedence Clearwater Revival - Susie Q
mundo da canção nº 4
Novo Regresso ao Passado com os Creedence Clearwater Revival, também conhecidos por CCR.
Bastante apreciados no final dos anos 60, os CCR deixaram-nos, num espaço de tempo curto, um conjunto significativo de canções às quais nunca se fica indiferente quando se ouve. De "I Put a Spell on You" a primeira faixa do 1º LP "Creedence Clearwater Revival" de 1968, a "Sweet Hitch-Hiker" a última canção do último álbum "Mardi Gras" de 1972, vão um conjunto de sucessos irresistíveis que ainda hoje nos fazem abanar o esqueleto mesmo quando estamos a escrever estas letras.
A revista "mundo da música" nº 4 de Março de 1970 publicava duas letras de dois êxitos dos Creedence Clearwater Revival, respectivamente "Susie Q" e "Down on The Corner", as duas já anterior objecto de recuperação neste blog.
Ficamos novamente com "Susie Q" mas agora na versão reduzida editada em Single.
Creedence Clearwater Revival - Susie Q
Novo Regresso ao Passado com os Creedence Clearwater Revival, também conhecidos por CCR.
Bastante apreciados no final dos anos 60, os CCR deixaram-nos, num espaço de tempo curto, um conjunto significativo de canções às quais nunca se fica indiferente quando se ouve. De "I Put a Spell on You" a primeira faixa do 1º LP "Creedence Clearwater Revival" de 1968, a "Sweet Hitch-Hiker" a última canção do último álbum "Mardi Gras" de 1972, vão um conjunto de sucessos irresistíveis que ainda hoje nos fazem abanar o esqueleto mesmo quando estamos a escrever estas letras.
A revista "mundo da música" nº 4 de Março de 1970 publicava duas letras de dois êxitos dos Creedence Clearwater Revival, respectivamente "Susie Q" e "Down on The Corner", as duas já anterior objecto de recuperação neste blog.
Ficamos novamente com "Susie Q" mas agora na versão reduzida editada em Single.
Creedence Clearwater Revival - Susie Q
domingo, 16 de julho de 2017
The Hollies - He Ain't Heavy... He's My Brother
mundo da canção nº 4
Já aqui referidos algumas vezes mas nunca com o destaque devido chegou hoje a vez para The Hollies.
Constituídos em 1962, mantém-se ainda hoje como grupo, mas já sem qualquer elemento da formação inicial na qual se destacaram Allan Clarke e Graham Nash. Este último abandonaria o grupo em finais de 1968 para a aventura que foi Crosby, Stills and Nash e futuras variações.
The Hollies foi um dos mais famosos grupos ingleses da década de 60, a rivalizar então em popularidade com The Beatles e The Rolling Stones, caracterizaram-se por uma sonoridade Pop-Rock onde predominavam as harmonias vocais.
Apesar dos 10 LP gravados na década de 60 são os Singles que predominaram no êxito do grupo, até à recordação de hoje ficaram-nos no ouvido canções como "If I Needed Someone", "Stop Stop Stop", "On a Carousel", "Carrie Anne", "Jennifer Eccles" e "Sorry Suzanne".
O nº 4 do "mundo da canção" de Março de 1970 publica a letra de "He Ain't Heavy... He's My Brother", grande sucesso dos The Hollies no ano anterior já sem Graham Nash.
The Hollies - He Ain't Heavy... He's My Brother
Já aqui referidos algumas vezes mas nunca com o destaque devido chegou hoje a vez para The Hollies.
Constituídos em 1962, mantém-se ainda hoje como grupo, mas já sem qualquer elemento da formação inicial na qual se destacaram Allan Clarke e Graham Nash. Este último abandonaria o grupo em finais de 1968 para a aventura que foi Crosby, Stills and Nash e futuras variações.
The Hollies foi um dos mais famosos grupos ingleses da década de 60, a rivalizar então em popularidade com The Beatles e The Rolling Stones, caracterizaram-se por uma sonoridade Pop-Rock onde predominavam as harmonias vocais.
Apesar dos 10 LP gravados na década de 60 são os Singles que predominaram no êxito do grupo, até à recordação de hoje ficaram-nos no ouvido canções como "If I Needed Someone", "Stop Stop Stop", "On a Carousel", "Carrie Anne", "Jennifer Eccles" e "Sorry Suzanne".
O nº 4 do "mundo da canção" de Março de 1970 publica a letra de "He Ain't Heavy... He's My Brother", grande sucesso dos The Hollies no ano anterior já sem Graham Nash.
The Hollies - He Ain't Heavy... He's My Brother
sábado, 15 de julho de 2017
Leonard Cohen - The Stranger Song
mundo da canção nº 4
Terá sido na revista "mundo da canção" (ou na contra-capa do 1º LP?) que li os primeiros poemas de Leonard Cohen. No nº 3 da revista vinha publicado "Suzanne", no nº 4 de Março de 1970, que agora recuperamos, "The Stranger Song", as duas vinham publicadas na contra-capa do álbum "The Songs Of Leonard Cohen" ao qual pertenciam.
Começamos com Leonard Cohen, e precisamente "The Stranger Song", a passagem pelas letras em língua inglesa transcritas neste nº do "mundo da canção".
"The Stranger Song" tornou-se como todas as canções do primeiro LP parte das canções essenciais de Leonard Cohen.
Editado no auge do movimento hippie, no singular ano de 1967, onde se desenvolveram múltiplas expressões musicais, muitas delas facilmente datadas, "The Songs Of Leonard Cohen" destacava-se pelo intimismo interpretativo original de Leonard Cohen e nos arranjos simultâneamente simples e densos originando um estilo único e inspirador mas que mais ninguém conseguiu igualar. "The Songs Of Leonard Cohen" é uma obra intemporal e "The Stranger Song" uma das suas peças.
Leonard Cohen - The Stranger Song
Terá sido na revista "mundo da canção" (ou na contra-capa do 1º LP?) que li os primeiros poemas de Leonard Cohen. No nº 3 da revista vinha publicado "Suzanne", no nº 4 de Março de 1970, que agora recuperamos, "The Stranger Song", as duas vinham publicadas na contra-capa do álbum "The Songs Of Leonard Cohen" ao qual pertenciam.
Começamos com Leonard Cohen, e precisamente "The Stranger Song", a passagem pelas letras em língua inglesa transcritas neste nº do "mundo da canção".
"The Stranger Song" tornou-se como todas as canções do primeiro LP parte das canções essenciais de Leonard Cohen.
Editado no auge do movimento hippie, no singular ano de 1967, onde se desenvolveram múltiplas expressões musicais, muitas delas facilmente datadas, "The Songs Of Leonard Cohen" destacava-se pelo intimismo interpretativo original de Leonard Cohen e nos arranjos simultâneamente simples e densos originando um estilo único e inspirador mas que mais ninguém conseguiu igualar. "The Songs Of Leonard Cohen" é uma obra intemporal e "The Stranger Song" uma das suas peças.
Leonard Cohen - The Stranger Song
sexta-feira, 14 de julho de 2017
Serge Reggiani - Sarah
mundo da canção nº 4
Rika Zarai, Gilbert Bécaud, Michell Polnareff e finalmente Serge Reggiani eram as propostas em língua francesa do nº 4 da revista portuense "mundo da canção" editada em Março de 1974.
Numa época em que já era dominante a música oriunda do Reino Unido e dos Estados Unidos da América, nomes como Serge Reggiani resistiam e mantinham vivo o melhor da canção francesa.
É somente na década de 60 que Serge Reggiani (1922-2004) abraça a canção francesa, primeiro interpretando Boris Vian começando assim uma carreira que se prolongaria até ao início deste milénio.
O poema publicado neste nº do "mundo da canção" é "Sarah" uma canção escrita, de acordo com a wikipédia, por George Moustaki, a pensar em Edith Piaf com que teve uma relação nos anos 50, a pedido de Serge Reggiani a pensar em Barbara com quem mantinha uma relação.
Segue então "Sarah" antecedida de "Prélude de Sarah" um texto de Baudelaire. Pertence ao álbum "Album nº 2 - Bobino" de 1967.
Serge Reggiani - Sarah
Rika Zarai, Gilbert Bécaud, Michell Polnareff e finalmente Serge Reggiani eram as propostas em língua francesa do nº 4 da revista portuense "mundo da canção" editada em Março de 1974.
Numa época em que já era dominante a música oriunda do Reino Unido e dos Estados Unidos da América, nomes como Serge Reggiani resistiam e mantinham vivo o melhor da canção francesa.
É somente na década de 60 que Serge Reggiani (1922-2004) abraça a canção francesa, primeiro interpretando Boris Vian começando assim uma carreira que se prolongaria até ao início deste milénio.
O poema publicado neste nº do "mundo da canção" é "Sarah" uma canção escrita, de acordo com a wikipédia, por George Moustaki, a pensar em Edith Piaf com que teve uma relação nos anos 50, a pedido de Serge Reggiani a pensar em Barbara com quem mantinha uma relação.
Segue então "Sarah" antecedida de "Prélude de Sarah" um texto de Baudelaire. Pertence ao álbum "Album nº 2 - Bobino" de 1967.
Serge Reggiani - Sarah
quinta-feira, 13 de julho de 2017
Michel Polnareff - Dans La Maison Vide
mundo da canção nº 4
Entre a publicação de letras em português, espanhol, italiano, francês e inglês, assim se fazia o nº 4 da revista "mundo da canção" de Março de 1970. Letras de canções que nos davam a conhecer novas sonoridades, algumas relativamente pouco divulgadas, outras êxitos consagrados mais ou menos recentes de artistas bem populares.
Continuamos com a música francesa e um cantor Pop bem conhecido à época, Michel Polnareff. Depois de já termos recordado "Tous Les Bateaux... Tous Les Oiseaux", agora recuperamos a canção cuja letra era então publicada no "mundo da canção", "Dans La Maison Vide".
Publicado em 1969, no seguimento no sucesso de "Tous Les Bateaux... Tous Les Oiseaux", "Dans La Maison Vide" do Single que continha "La Michetonneuse".
Michel Polnareff - Dans La Maison Vide
Entre a publicação de letras em português, espanhol, italiano, francês e inglês, assim se fazia o nº 4 da revista "mundo da canção" de Março de 1970. Letras de canções que nos davam a conhecer novas sonoridades, algumas relativamente pouco divulgadas, outras êxitos consagrados mais ou menos recentes de artistas bem populares.
Continuamos com a música francesa e um cantor Pop bem conhecido à época, Michel Polnareff. Depois de já termos recordado "Tous Les Bateaux... Tous Les Oiseaux", agora recuperamos a canção cuja letra era então publicada no "mundo da canção", "Dans La Maison Vide".
Publicado em 1969, no seguimento no sucesso de "Tous Les Bateaux... Tous Les Oiseaux", "Dans La Maison Vide" do Single que continha "La Michetonneuse".
Michel Polnareff - Dans La Maison Vide
quarta-feira, 12 de julho de 2017
Gilbert Bécaud - On Prend Toujours Un Train Pour Quelque Part
mundo da canção nº 4
Gilbert Bécaud (1927-2001), tão popular nos anos 50 e 60 do século passado, foi uma figura incontornável da "chanson francaise", .
Retenho bem na memória imagens a preto e branco de Gilbert Bécaud na RTP. Com o seu jeito peculiar de cantar, frenético e com a mão na orelha, não se encontrava nas minhas preferências de então, mais virado para as sonoridades que vinham de Inglaterra e Estados Unidos.
No nº 4 da revista "mundo da canção" de Março de 1970 na página dedicada a "Êxitos de Ontem" constava a letra da canção "On Prend Toujours Un Train Pour Quelque Part".
"On Prend Toujours Un Train Pour Quelque Part" foi editada em 1968 (e já estava nos "Êxitos de Ontem"), uma bela canção que agora passados todos estes anos podemos apreciar melhor.
Gilbert Bécaud - On Prend Toujours Un Train Pour Quelque Part
Gilbert Bécaud (1927-2001), tão popular nos anos 50 e 60 do século passado, foi uma figura incontornável da "chanson francaise", .
Retenho bem na memória imagens a preto e branco de Gilbert Bécaud na RTP. Com o seu jeito peculiar de cantar, frenético e com a mão na orelha, não se encontrava nas minhas preferências de então, mais virado para as sonoridades que vinham de Inglaterra e Estados Unidos.
No nº 4 da revista "mundo da canção" de Março de 1970 na página dedicada a "Êxitos de Ontem" constava a letra da canção "On Prend Toujours Un Train Pour Quelque Part".
"On Prend Toujours Un Train Pour Quelque Part" foi editada em 1968 (e já estava nos "Êxitos de Ontem"), uma bela canção que agora passados todos estes anos podemos apreciar melhor.
Gilbert Bécaud - On Prend Toujours Un Train Pour Quelque Part
terça-feira, 11 de julho de 2017
Rika Zarai - Casatscok
mundo da canção nº 4
Rika Zarai é uma cantora israelita radicada em França desde muito nova.
As primeiras gravações datam do final da década de 50 mas é na década seguinte que se vai afirmar como um das mais destacadas cantoras de variedades de expressão francesa. Em particular em 1969, alcança o mais alto nível de popularidade com o sucesso que foi a canção "Casatschok".
É a letra de "Casatschok" que em Março de 1970 a revista "mundo da canção" publica no seu nº 4.
Baseada numa canção tradicional russa, também por cá se ouviu bastante a canção "Casatscok" que agora se recupera.
Rika Zarai - Casatscok
Rika Zarai é uma cantora israelita radicada em França desde muito nova.
As primeiras gravações datam do final da década de 50 mas é na década seguinte que se vai afirmar como um das mais destacadas cantoras de variedades de expressão francesa. Em particular em 1969, alcança o mais alto nível de popularidade com o sucesso que foi a canção "Casatschok".
É a letra de "Casatschok" que em Março de 1970 a revista "mundo da canção" publica no seu nº 4.
Baseada numa canção tradicional russa, também por cá se ouviu bastante a canção "Casatscok" que agora se recupera.
Rika Zarai - Casatscok
segunda-feira, 10 de julho de 2017
Sérgio Endrigo - La Casa
mundo da canção nº 4
Em língua italiana o nº 4 da revista "mundo da canção", que temos vindo a recordar, de Março de 1970, trazia "La Casa".
"La Casa" é uma canção infantil de Vinicius de Moraes e Sérgio Endrigo. Trata-se de uma tradução do poema "A Casa" de Vinicius de Moraes.
Sérgio Endrigo (1933-2005), cantor italiano já conhecido do Festival de Sanremo e também do Festival da Eurovisão, editou em 1969 o Single "La Casa", saiu também no LP "La vita, amico, è l'arte dell'incontro" com Vinicius de Moraes e Giuseppe Ungaretti.
"A Casa" uma canção infantil da nossa meninice, aqui em italiano "La Casa" por Sérgio Endrigo.
Sérgio Endrigo - La Casa
Em língua italiana o nº 4 da revista "mundo da canção", que temos vindo a recordar, de Março de 1970, trazia "La Casa".
"La Casa" é uma canção infantil de Vinicius de Moraes e Sérgio Endrigo. Trata-se de uma tradução do poema "A Casa" de Vinicius de Moraes.
Sérgio Endrigo (1933-2005), cantor italiano já conhecido do Festival de Sanremo e também do Festival da Eurovisão, editou em 1969 o Single "La Casa", saiu também no LP "La vita, amico, è l'arte dell'incontro" com Vinicius de Moraes e Giuseppe Ungaretti.
"A Casa" uma canção infantil da nossa meninice, aqui em italiano "La Casa" por Sérgio Endrigo.
Sérgio Endrigo - La Casa
domingo, 9 de julho de 2017
Paco Ibáñez - Andaluces de Jaén
mundo da canção nº 4
Começa a sua carreira musical em Paris onde vive com a família fugida do regime franquista, regressa a Espanha nos últimos anos da década de 60 mas em 1971 o governo espanhol inclui-o na lista de cantores censurados, proibindo-o de actuar em território espanhol, regressa então a Paris. É do cantor espanhol Paco Ibáñez que se trata.
Quando foi publicado o nº 4 da revista "mundo da canção" em Março de 1970, o cantor espanhol Paco Ibáñez tinha já editado 3 LP, designados mais tarde "Paco Ibáñez 1", "Paco Ibáñez 2" e "Paco Ibáñez 3".
Naquele nº da revista são publicados 2 poemas, respectivamente "Andaluces de Jaén" e "Déjame En Paz, Amor Tirano" correspondentes a duas canções do 2º LP de 1967. Na sua edição original o LP teve o nome de "La Poesia Española De Ahora Y De Siempre" publicado pela etiqueta francesa "Moshé-Naïm", a mesma que, naquela ano, publica também o LP de Luís Cília "La Poésie Portugaise de Nos Jours e de Toujours Nº 1".
Podemos agora ouvir "Andaluces de Jaén".
Paco Ibáñez - Andaluces de Jaén
Começa a sua carreira musical em Paris onde vive com a família fugida do regime franquista, regressa a Espanha nos últimos anos da década de 60 mas em 1971 o governo espanhol inclui-o na lista de cantores censurados, proibindo-o de actuar em território espanhol, regressa então a Paris. É do cantor espanhol Paco Ibáñez que se trata.
Quando foi publicado o nº 4 da revista "mundo da canção" em Março de 1970, o cantor espanhol Paco Ibáñez tinha já editado 3 LP, designados mais tarde "Paco Ibáñez 1", "Paco Ibáñez 2" e "Paco Ibáñez 3".
Naquele nº da revista são publicados 2 poemas, respectivamente "Andaluces de Jaén" e "Déjame En Paz, Amor Tirano" correspondentes a duas canções do 2º LP de 1967. Na sua edição original o LP teve o nome de "La Poesia Española De Ahora Y De Siempre" publicado pela etiqueta francesa "Moshé-Naïm", a mesma que, naquela ano, publica também o LP de Luís Cília "La Poésie Portugaise de Nos Jours e de Toujours Nº 1".
Podemos agora ouvir "Andaluces de Jaén".
Paco Ibáñez - Andaluces de Jaén
sábado, 8 de julho de 2017
Joan Manuel Serrat - la-la-la
Joan Manuel Serrat - la-la-la
Em 1968 Joan Manuel Serrat foi o escolhido pela TVE para o Festival da Eurovisão. A canção dava pelo nome de "la-la-la" e Joan Manuel Serrat manifestou a intenção de a interpretar em catalão. Proibido de o fazer pelo regime do ditador Francisco Franco, foi substituído à pressa pela Massiel que acabou por vencer o Festival.
Se a memória não me falha o meu pai gostava mais da interpretação de Joan Manuel Serrat tendo adquirido o Single que tinha a capa seguinte.
Tratava-se de uma edição portuguesa, tendo a particularidade de o lado A com "la-la-la" e "Poema de Amor" serem interpretadas em português. No lago B mais um excelente tema, agora cantado em castelhano, "Mis Gaviotas".
Boa oportunidade para voltar a ouvi-lo.
Em 1968 Joan Manuel Serrat foi o escolhido pela TVE para o Festival da Eurovisão. A canção dava pelo nome de "la-la-la" e Joan Manuel Serrat manifestou a intenção de a interpretar em catalão. Proibido de o fazer pelo regime do ditador Francisco Franco, foi substituído à pressa pela Massiel que acabou por vencer o Festival.
Se a memória não me falha o meu pai gostava mais da interpretação de Joan Manuel Serrat tendo adquirido o Single que tinha a capa seguinte.
Tratava-se de uma edição portuguesa, tendo a particularidade de o lado A com "la-la-la" e "Poema de Amor" serem interpretadas em português. No lago B mais um excelente tema, agora cantado em castelhano, "Mis Gaviotas".
Boa oportunidade para voltar a ouvi-lo.
Joan Manuel Serrat - Poema de Amor
mundo da canção nº 4
Decorria o já longínquo ano de 1968 quando Joan Manuel Serrat se torna popular ao vencer o Festival da Canção Espanhola com a canção “la-la-la”. A pretensão de cantar “la-la-la” em catalão, na Eurovisão, irá afastá-lo do concurso sendo substituído pela Massiel, com a mesma canção, e viria, precisamente, a ganhar o evento. Joan Manuel Serrat tornar-se-ia um dos grandes autores/cantores da música espanhola/catalã, não tendo, no entanto, por cá o reconhecimento que teve em Espanha e América Latina.
No mesmo Single editado em 1968 com a canção “la-la-la” apareciam duas outras canções que mostravam já o seu melhor. Uma delas, que agora sugiro ouvir, é “Poema de Amor”.
No nº 4 de Março de 1970, a revista "mundo da canção" continuava na divulgação que vinha fazendo de Joan Manuel Serrat, desta vez com a publicação de, precisamente, a letra de "Poema de Amor".
“Poema de Amor”, para ouvir muitas vezes, durante muito tempo! Ora ouçam, e ouçam, e ouçam … e agora uma surpresa “Poema de amor” cantado em português pelo próprio Joan Manuel Serrat. Coisa rara,”nuestros hermanos” a cantar em português, pois é, aí vai para audição.
Joan Manuel Serrat - Poema de Amor
Decorria o já longínquo ano de 1968 quando Joan Manuel Serrat se torna popular ao vencer o Festival da Canção Espanhola com a canção “la-la-la”. A pretensão de cantar “la-la-la” em catalão, na Eurovisão, irá afastá-lo do concurso sendo substituído pela Massiel, com a mesma canção, e viria, precisamente, a ganhar o evento. Joan Manuel Serrat tornar-se-ia um dos grandes autores/cantores da música espanhola/catalã, não tendo, no entanto, por cá o reconhecimento que teve em Espanha e América Latina.
No mesmo Single editado em 1968 com a canção “la-la-la” apareciam duas outras canções que mostravam já o seu melhor. Uma delas, que agora sugiro ouvir, é “Poema de Amor”.
No nº 4 de Março de 1970, a revista "mundo da canção" continuava na divulgação que vinha fazendo de Joan Manuel Serrat, desta vez com a publicação de, precisamente, a letra de "Poema de Amor".
“Poema de Amor”, para ouvir muitas vezes, durante muito tempo! Ora ouçam, e ouçam, e ouçam … e agora uma surpresa “Poema de amor” cantado em português pelo próprio Joan Manuel Serrat. Coisa rara,”nuestros hermanos” a cantar em português, pois é, aí vai para audição.
Joan Manuel Serrat - Poema de Amor
sexta-feira, 7 de julho de 2017
Elis Regina - Lapinha
mundo da canção nº 4
Ainda em português, mas do outro lado do Atlântico, uma das mais maravilhosas vozes que o Brasil nos deu a conhecer: Elis Regina.
Elis Regina (1945-1982) foi uma das melhores, para não dizer a melhor, cantoras da música popular brasileira. Figura singular na música brasileira abraçou vários estilos, a Bossa Nova, o Samba, o Rock e o que se convencionou chamar de Música Popular Brasileira (MPB) durante a sua carreira que começou nos inícios da década de 60 até à sua prematura morte. É em 1965, ao vencer o I Festival de Música Popular Brasileira com a canção "Arrastão" de Edu Lobo e Vinicius de Moraes, que ganha real notoriedade e começa a sua projecção internacional. No final da década é já reconhecida como uma brilhante cantora brasileira.
Em 1968 gravou "Lapinha" que foi um êxito enorme, muito se ouviu e cantou por cá.
É de "Lapinha" que o nº 4 de Março de 1970 a revista "mundo da canção" reproduz a letra com o famoso refrão "Quando eu morrer, me enterre na lapinha ...".
Elis Regina - Lapinha
Ainda em português, mas do outro lado do Atlântico, uma das mais maravilhosas vozes que o Brasil nos deu a conhecer: Elis Regina.
Elis Regina (1945-1982) foi uma das melhores, para não dizer a melhor, cantoras da música popular brasileira. Figura singular na música brasileira abraçou vários estilos, a Bossa Nova, o Samba, o Rock e o que se convencionou chamar de Música Popular Brasileira (MPB) durante a sua carreira que começou nos inícios da década de 60 até à sua prematura morte. É em 1965, ao vencer o I Festival de Música Popular Brasileira com a canção "Arrastão" de Edu Lobo e Vinicius de Moraes, que ganha real notoriedade e começa a sua projecção internacional. No final da década é já reconhecida como uma brilhante cantora brasileira.
Em 1968 gravou "Lapinha" que foi um êxito enorme, muito se ouviu e cantou por cá.
É de "Lapinha" que o nº 4 de Março de 1970 a revista "mundo da canção" reproduz a letra com o famoso refrão "Quando eu morrer, me enterre na lapinha ...".
Elis Regina - Lapinha
quinta-feira, 6 de julho de 2017
Quarteto 1111 - João Nada
mundo da canção nº 4
O ano de 1970 é o melhor ano para o Quarteto 1111, é nesse ano, a 13 de Fevereiro de acordo com www.discogs.com, que é editado o álbum "Quarteto 1111", um disco fundamental na história da música portuguesa.
No seguimento de "Epopeia" da Filarmónica Fraude do ano anterior, "Quarteto 1111" é um disco que incorpora as melhores influências do Rock, em particular do Folk-Rock, com a nossa melhor música tradicional, produzindo um álbum conceptual sob a temática do racismo e da emigração. Não é pois de estranhar que fosse censurado e ao que parece sujeito a destruição por parte da PIDE. Mesmo assim recordava-me bem de algumas faixas do LP que, se a memória não me atraiçoa, ouvia no programa de rádio "Página Um".
A edição de Março de 1970 da revista "mundo da canção" chega a publicar 2 letras de canções deste LP: "João Nada" e "Pigmentação".
Numa abordagem Folk, diria mesmo com uma sonoridade próxima do melhor Folk-Rock inglês da época, "João Nada", depois da abertura de "Prólogo", abordava o tema da emigração, um destino a que parece estarmos fadados. É esse tema que agora deixo para audição.
Quarteto 1111 - João Nada
O ano de 1970 é o melhor ano para o Quarteto 1111, é nesse ano, a 13 de Fevereiro de acordo com www.discogs.com, que é editado o álbum "Quarteto 1111", um disco fundamental na história da música portuguesa.
No seguimento de "Epopeia" da Filarmónica Fraude do ano anterior, "Quarteto 1111" é um disco que incorpora as melhores influências do Rock, em particular do Folk-Rock, com a nossa melhor música tradicional, produzindo um álbum conceptual sob a temática do racismo e da emigração. Não é pois de estranhar que fosse censurado e ao que parece sujeito a destruição por parte da PIDE. Mesmo assim recordava-me bem de algumas faixas do LP que, se a memória não me atraiçoa, ouvia no programa de rádio "Página Um".
A edição de Março de 1970 da revista "mundo da canção" chega a publicar 2 letras de canções deste LP: "João Nada" e "Pigmentação".
Numa abordagem Folk, diria mesmo com uma sonoridade próxima do melhor Folk-Rock inglês da época, "João Nada", depois da abertura de "Prólogo", abordava o tema da emigração, um destino a que parece estarmos fadados. É esse tema que agora deixo para audição.
Quarteto 1111 - João Nada
quarta-feira, 5 de julho de 2017
Manuel Freire - O Sangue Não Dá Flor
mundo da canção nº 4
Mais um nº, o 4º de Março de 1970, da revista "mundo da canção", mais uma passagem pelo cantor de intervenção Manuel Freire.
Presença assídua nas páginas da revista, este nº contém uma entrevista de Viale Moutinho (presumo que o VM seja do então Chefe de Redacção) ao então muito popular Manuel Freire.
Essa popularidade advinha fundamentalmente da sua passagem no anterior pelo programa de televisão "Zip-Zip" onde deu a conhecer o enorme êxito que foi "Pedra Filosofal".
Entre a edição do primeiro EP em 1968, já aqui diversas vezes referido, e o Single "Pedra Filosofal", também já aqui recordado, Manuel Freire editou em outro EP, "Trovas Trovas Trovas" ainda em 1968. Deste EP recordamos "O Sangue Não Dá Flor" o qual foi objecto de censura, pudera! "Poisa a espingarda irmão, que o sangue não dá flor" dizia a letra.
Manuel Freire - O Sangue Não Dá Flor
Mais um nº, o 4º de Março de 1970, da revista "mundo da canção", mais uma passagem pelo cantor de intervenção Manuel Freire.
Presença assídua nas páginas da revista, este nº contém uma entrevista de Viale Moutinho (presumo que o VM seja do então Chefe de Redacção) ao então muito popular Manuel Freire.
Essa popularidade advinha fundamentalmente da sua passagem no anterior pelo programa de televisão "Zip-Zip" onde deu a conhecer o enorme êxito que foi "Pedra Filosofal".
Entre a edição do primeiro EP em 1968, já aqui diversas vezes referido, e o Single "Pedra Filosofal", também já aqui recordado, Manuel Freire editou em outro EP, "Trovas Trovas Trovas" ainda em 1968. Deste EP recordamos "O Sangue Não Dá Flor" o qual foi objecto de censura, pudera! "Poisa a espingarda irmão, que o sangue não dá flor" dizia a letra.
Manuel Freire - O Sangue Não Dá Flor
terça-feira, 4 de julho de 2017
Hugo Maia de Loureiro - Fonte de Água Vermelha
mundo da canção nº 4
Nas passagens que efectuámos pelos novos músicos que foram dados a conhecer no programa televisivo "Zip-Zip" no ano de 1969, recuperámos então Hugo Maia de Loureiro onde interpretou a canção "Fonte de Água Vermelha". A ele e à mesma canção voltamos, agora pela publicação da letra, de que ele é o autor, no nº 4 da revista "mundo da canção".
Em 1970 é editado o primeiro EP com as canções "Fonte de Água Vermelha", "Menino Rei", "Faina" e "Rosas e Espinhos". Seria curta a carreira desta excelente voz, cujo último disco julgo datar de 1973. A ele havemos de voltar.
Agora, para ouvir novamente "Fonte de Água Vermelha".
Hugo Maia de Loureiro - Fonte de Água Vermelha
Nas passagens que efectuámos pelos novos músicos que foram dados a conhecer no programa televisivo "Zip-Zip" no ano de 1969, recuperámos então Hugo Maia de Loureiro onde interpretou a canção "Fonte de Água Vermelha". A ele e à mesma canção voltamos, agora pela publicação da letra, de que ele é o autor, no nº 4 da revista "mundo da canção".
Em 1970 é editado o primeiro EP com as canções "Fonte de Água Vermelha", "Menino Rei", "Faina" e "Rosas e Espinhos". Seria curta a carreira desta excelente voz, cujo último disco julgo datar de 1973. A ele havemos de voltar.
Agora, para ouvir novamente "Fonte de Água Vermelha".
Hugo Maia de Loureiro - Fonte de Água Vermelha
segunda-feira, 3 de julho de 2017
José Afonso - No Vale de Fuenteovejuna
mundo da canção nº 4
A década de 60 foi marcante na evolução musical de José Afonso, ouça-se "Balada de Outono" de 1960 e "Contos Velhos, Rumos Novos" de 1969 e dê-se conta das diferenças. Uma década atribulada para a sociedade em geral e para José Afonso em particular.
De acordo com a "Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX", em Março de 1961 defendeu tese de licenciatura intitulada "Implicações substancialistas na filosofia sartriana", em 1964 casa-se pela segunda vez, vai dar aulas para Moçambique. De regresso dá aulas no Liceu de Setúbal sendo entretanto perseguido politicamente, acaba por ser, em 1967, exonerado "por conveniência de serviço". Dá explicações.
É no final da década que se dá sua maior viragem musical: "Em 1969, na procura de uma estética renovada, realizou recolha de música tradicional, em Malpica do Tejo, na Beira Baixa, que trabalhou no fonograma Contos Velhos, Rumos Novos (1969), com o qual pretendeu demarcar-se definitivamente da tradição coimbrã."
José Afonso, figura maior na história da música popular portuguesa, era então presença obrigatória na revista "mundo da canção". Neste nº 4 mais uma transcrição de uma letra de uma canção, "No Vale de Fuenteovejuna", segundo versão de Natália Correia de um poema do dramaturgo e poeta espanhol Lope de Vega do Século XVI, XVII.
José Afonso - No Vale de Fuenteovejuna
A década de 60 foi marcante na evolução musical de José Afonso, ouça-se "Balada de Outono" de 1960 e "Contos Velhos, Rumos Novos" de 1969 e dê-se conta das diferenças. Uma década atribulada para a sociedade em geral e para José Afonso em particular.
De acordo com a "Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX", em Março de 1961 defendeu tese de licenciatura intitulada "Implicações substancialistas na filosofia sartriana", em 1964 casa-se pela segunda vez, vai dar aulas para Moçambique. De regresso dá aulas no Liceu de Setúbal sendo entretanto perseguido politicamente, acaba por ser, em 1967, exonerado "por conveniência de serviço". Dá explicações.
É no final da década que se dá sua maior viragem musical: "Em 1969, na procura de uma estética renovada, realizou recolha de música tradicional, em Malpica do Tejo, na Beira Baixa, que trabalhou no fonograma Contos Velhos, Rumos Novos (1969), com o qual pretendeu demarcar-se definitivamente da tradição coimbrã."
José Afonso, figura maior na história da música popular portuguesa, era então presença obrigatória na revista "mundo da canção". Neste nº 4 mais uma transcrição de uma letra de uma canção, "No Vale de Fuenteovejuna", segundo versão de Natália Correia de um poema do dramaturgo e poeta espanhol Lope de Vega do Século XVI, XVII.
José Afonso - No Vale de Fuenteovejuna
domingo, 2 de julho de 2017
Adriano Correia de Oliveira - Canto da Nossa Tristeza
mundo da canção nº 4
Adriano Correia de Oliveira, bem como José Afonso, era presença regular na revista "mundo da canção", o nº 4 de Março de 1970 não é excepção.
De Adriano Correia de Oliveira é publicada a letra da canção "Canto da Nossa Tristeza" sobre poema de Manuel Alegre e música de Luís Colaço.
"Canto da Nossa Tristeza" pertencia ao álbum "O Canto e as Armas" editado em Dezembro de 1969, disco que tomou o nome do livro de Manuel Alegre publicado dois anos antes. Um disco feito quase na totalidade a partir da poesia de Manuel Alegre, sem dúvida um dos melhores trabalhos de Adriano mas ainda no estilo simples da balada.
Adriano Correia de Oliveira - Canto da Nossa Tristeza
Adriano Correia de Oliveira, bem como José Afonso, era presença regular na revista "mundo da canção", o nº 4 de Março de 1970 não é excepção.
De Adriano Correia de Oliveira é publicada a letra da canção "Canto da Nossa Tristeza" sobre poema de Manuel Alegre e música de Luís Colaço.
"Canto da Nossa Tristeza" pertencia ao álbum "O Canto e as Armas" editado em Dezembro de 1969, disco que tomou o nome do livro de Manuel Alegre publicado dois anos antes. Um disco feito quase na totalidade a partir da poesia de Manuel Alegre, sem dúvida um dos melhores trabalhos de Adriano mas ainda no estilo simples da balada.
Adriano Correia de Oliveira - Canto da Nossa Tristeza
sábado, 1 de julho de 2017
Chromatics - Shadow
Twin Peaks
Agora que, passados 25 anos, a 3ª série de “Twin Peaks” atinge, este fim-de-semana, o meio, é tempo para digerir o último e desconcertante episódio.
No 8º episódio David Lynch surpreende tudo e todos com o mais enigmático de todos os episódios até agora vistos, abrindo portas para as mais diversas interpretações. Neste último episódio recuámos a 1945, à explosão da bomba atómica em White Sands no Novo México, o que vai estar, parece, na génese de um novo mundo e novos demónios…
Neste episódio a banda sonora atinge uma importância ainda mais relevante indo da pesadíssima actuação dos Nine Inch Nails no “The Bang Bang Bar”, à terrifica “Threnody for the Victims of Hiroshima” do compositor polaco Krzysztof Pendereck na interpretação da Warsaw National Philharmonic, mas espaço também para “My Prayer” dos The Platters e “Slow 30’s Room” de David Lynch & Dean Hurly.
A música dos diversos episódios é de crucial importância, David Lynch coloca-a nitidamente em primeiro plano, pondo os intérpretes a participar nos próprios episódios ao actuarem no "The Bang Bang Bar".
Eis algumas das passagens:
Episódio 2 - Chromatics
Episódio 3 – The Cactus Blossoms
Episódio 4 - Au Revoir Simone
Episódio 5 - Trouble
Episódio 6 - Sharon Van Etten
Episódio 8 - Nine Inch Nails
Herdeiros da ambiência sonora das 2 primeiras séries, Chromatics, grupo “indie” norte-americano deste milénio, aparecem no final do 2º episódio com a canção “Shadow”.
No vídeo podemos (podíamos) ver o retorno do personagem James passados 25 anos…
E agora, só música, Chromatics com “Shadow”:
Chromatics – Shadow
Agora que, passados 25 anos, a 3ª série de “Twin Peaks” atinge, este fim-de-semana, o meio, é tempo para digerir o último e desconcertante episódio.
No 8º episódio David Lynch surpreende tudo e todos com o mais enigmático de todos os episódios até agora vistos, abrindo portas para as mais diversas interpretações. Neste último episódio recuámos a 1945, à explosão da bomba atómica em White Sands no Novo México, o que vai estar, parece, na génese de um novo mundo e novos demónios…
Neste episódio a banda sonora atinge uma importância ainda mais relevante indo da pesadíssima actuação dos Nine Inch Nails no “The Bang Bang Bar”, à terrifica “Threnody for the Victims of Hiroshima” do compositor polaco Krzysztof Pendereck na interpretação da Warsaw National Philharmonic, mas espaço também para “My Prayer” dos The Platters e “Slow 30’s Room” de David Lynch & Dean Hurly.
A música dos diversos episódios é de crucial importância, David Lynch coloca-a nitidamente em primeiro plano, pondo os intérpretes a participar nos próprios episódios ao actuarem no "The Bang Bang Bar".
Eis algumas das passagens:
Episódio 2 - Chromatics
Episódio 3 – The Cactus Blossoms
Episódio 4 - Au Revoir Simone
Episódio 5 - Trouble
Episódio 6 - Sharon Van Etten
Episódio 8 - Nine Inch Nails
Herdeiros da ambiência sonora das 2 primeiras séries, Chromatics, grupo “indie” norte-americano deste milénio, aparecem no final do 2º episódio com a canção “Shadow”.
No vídeo podemos (podíamos) ver o retorno do personagem James passados 25 anos…
E agora, só música, Chromatics com “Shadow”:
Chromatics – Shadow
Rui Mingas - Muxima
mundo da canção nº 4
Maria Teresa Horta assina a entrevista a Rui Mingas que é publicada, sob o título "Rui Mingas «... levar às pessoas a música do meu povo.»", no nº 4 da revista "mundo da canção" de Março de 1970.
Rui Mingas "... um homem cuja força interior tinha a enorme medida do grito do seu povo!" assim concluía Maria Teresa Horta, então delegada em Lisboa da revista que era editada no Porto.
Em 1970 era já conhecido pela sua actividade musical, no ano anterior tinha passado pelo programa televisivo "Zip-Zip" e era editado o 1º LP de nome "Angola Canções", cuja edição em França teve o nome "África Negra", por cá provavelmente este título não passaria na censura.
Com data incerta (1968, 1969, 1970?) na edição francesa pode-se ler na contra capa, palavras dele:
"J'ai accepté d'enrigestrer cet album pour faire connaitre au grand public la vraie musique d'Angola, belle e nostalgique, comme le peuple angolais. Onze chansons sont de grands compositeurs angolais, la douzième est de mois, que més maitres me pardonnent mon manque de modestie pour avoir osé me mêler à eux."
A canção de Rui Mingas é "Ixi Ame" que já tivemos oportunidade de recordar, para hoje ficamos com "Muxima", tema popularizado pelo Duo Ouro Negro logo no início da década de 60, tendo na contra capa o seguinte texto:
"Un homme est accuse d'être um sorcier, il demande la permission d'aller à la chapelle de STA ANA, oú, selon la légende, meurent tous les sorciers."
Rui Mingas - Muxima
Maria Teresa Horta assina a entrevista a Rui Mingas que é publicada, sob o título "Rui Mingas «... levar às pessoas a música do meu povo.»", no nº 4 da revista "mundo da canção" de Março de 1970.
Rui Mingas "... um homem cuja força interior tinha a enorme medida do grito do seu povo!" assim concluía Maria Teresa Horta, então delegada em Lisboa da revista que era editada no Porto.
Em 1970 era já conhecido pela sua actividade musical, no ano anterior tinha passado pelo programa televisivo "Zip-Zip" e era editado o 1º LP de nome "Angola Canções", cuja edição em França teve o nome "África Negra", por cá provavelmente este título não passaria na censura.
Com data incerta (1968, 1969, 1970?) na edição francesa pode-se ler na contra capa, palavras dele:
"J'ai accepté d'enrigestrer cet album pour faire connaitre au grand public la vraie musique d'Angola, belle e nostalgique, comme le peuple angolais. Onze chansons sont de grands compositeurs angolais, la douzième est de mois, que més maitres me pardonnent mon manque de modestie pour avoir osé me mêler à eux."
A canção de Rui Mingas é "Ixi Ame" que já tivemos oportunidade de recordar, para hoje ficamos com "Muxima", tema popularizado pelo Duo Ouro Negro logo no início da década de 60, tendo na contra capa o seguinte texto:
"Un homme est accuse d'être um sorcier, il demande la permission d'aller à la chapelle de STA ANA, oú, selon la légende, meurent tous les sorciers."
Rui Mingas - Muxima
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