DISCO MÚSICA & MODA, nº 10 de 15 de Junho de 1971
"Aspectos da New Thing", assim se intitulava o texto constante na página dedicada ao Jazz no nº 10 do jornal "DISCO MÚSICA & MODA" e que era continuação de outros textos já publicados em nºs anteriores do jornal.
Neste abordava-se a "vocação universal da música de Jazz" e afirmava-se "Compreendemos o jazz como criação específica e original, como expressão cultural de uma determinada comunidade, correspondendo assim às necessidades que lhe são próprias e reflectindo todo o complexo social e político que constitui a sua infra-estrutura". Ou seja uma música fundamentalmente dos negros norte-americanos mas que o tempo a fez alargar sociológica e geograficamente.
"Como explicar realmente um Bix Beiderhecke, um Gerry Mulligan, ou um Django Reinhardt?", artistas brancos que abraçaram o Jazz como forma de expressão mas que, segundo o texto, "...nunca esses artistas que sempre se limitaram aliás a uma pequena minoria, atingiram um nível de criação absoluta ou representaram um passo decisivo na evolução do jazz" pelo que "nunca os colocaremos ao lado dos grandes nomes: Louis Armstrong, Charlie Parker, John Coltrane..."
Gerry Mulligan (1927-1996) foi um saxofonista, compositor e arranjador de Jazz norte-americano. Ficou conhecido pela técnica inovadora de tocar saxofone barítono e pelas suas colaborações com outros grandes nomes do Jazz, como Chet Baker e Miles Davis.
É do álbum "What Is There To Say" de 1957 com Gerry Mulligan em Quarteto a
versão de "My Funny Valentine" que escolhi para mais este Regresso ao Passado.
Gerry Mulligan - My Funny Valentine
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