domingo, 30 de abril de 2023

Bob Dylan - Mozambique

  Canções que se ouviam no ano de 1976


Contrariando a curva musical década de 70 ou seja uma espécie de U, com o melhor no início e no fim e o pior no meio, os discos de Bob Dylan que mais gosto foram publicados nos anos de 1975 e 1976, ou seja respectivamente "Blood on the Tracks", "The Basement Tapes" e "Desire".

"Desire" é um álbum de 1976 que ouvi bastante naquele ano de estudante em Coimbra. E foram várias as faixas que então foram divulgadas, lembro-me de ouvir, por exemplo: "Hurricane","Mozambique","One More Cup of Coffee"


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"Desire" é um álbum de Bob Dylan que eu particularmente gosto, vincadamente Folk-Rock com notáveis presenças do violino e acordeão de que eu gostava , e gosto, tanto.

De "Mozambique", gravada pouco depois da independência de Moçambique, ficará a dúvida se era em apoio à independência daquela nossa ex-colónia ou meramente o desejo de aventura e romance num país, fora da rotina, como Moçambique. De qualquer forma aqui fica esta bela recordação. É "Mozambique" do músico mais importante que a música popular conheceu, Bob Dylan.



Bob Dylan - Mozambique

sábado, 29 de abril de 2023

Bryan Ferry - Let's Stick Together

 Canções que se ouviam no ano de 1976


Nos anos 70 Bryan Ferry manteve uma carreira a solo muito interessante que complementava o trabalho que vinha fazendo nos Roxy Music. Resumindo, seis álbuns com os Roxy Music e cinco a solo. Estamos em 1976, os Roxy Music tinham terminado, voltaram a agrupar-se em 1978, e Bryan Ferry publica o seu 3º LP de nome "Let's Stick Together".


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O álbum continha onze faixas, sendo cinco novas versões de temas seus, mais suaves, anteriormente gravados com os Roxy Music, e as restantes seis versões de canções Pop-Rock, como por exemplo "The Price Of Love" dos Everly Brothers e "It's Only Love" dos The Beatles. Também o tema título, "Let's Stick Together", se inclui neste último grupo.

A canção é um Blues do início da década de 60, aqui numa versão bem mais "moderna" e bem personalizada na voz ímpar de Bryan Ferry. "Let's Stick Together" uma das boas recordações das "Canções que se ouviam no ano de 1976".



Bryan Ferry - Let's Stick Together

quinta-feira, 27 de abril de 2023

Rod Stewart - Tonight's the Night (Gonna Be Alright)

Canções que se ouviam no ano de 1976


O panorama, no que diz respeito às tabelas de vendas, não era muito melhor em países como a Inglaterra ou os Estados Unidos. Principalmente no referente aos Singles também por lá aparecem os ABBA, Brotherhood of Man e outros que tais.

Em 1976 Rod Stewart encontrava-se em crescendo de popularidade, mas em termos discográficos, pelo menos para meu gosto, perdia a originalidade do seu Folk-Rock do início da década e perdia-se num Pop-Rock mais ou menos estandardizado.


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"A Night on the Town" o álbum publicado por Rod Stewart em 1976 não me convenceu. Logo a abrir encontrava-se "Tonight's the Night (Gonna Be Alright)", entretanto publicado em Single, que terá derretido alguns corações mais românticos com a letra e a suavidade melódica que apresentava, mas não ficou, sinceramente, entre as canções que dele melhor recordo.



Rod Stewart - Tonight's the Night (Gonna Be Alright)

quarta-feira, 26 de abril de 2023

Supertramp - Lady

Canções que se ouviam no ano de 1976


Consultando diversas tabelas de vendas referentes ao ano de 1976 confirma-se a ideia que eu tinha que 1976 foi, desde meados dos anos 60, um ano menor no contexto da música popular. Bem sei que as tabelas de vendas nem sempre ou quase nunca reflectem o que de qualidade é feito, mas, mesmo assim é relativamente fácil de constatar que 1976 não esteve ao nível de outros que já tínhamos vivido.

Veja-se alguns dos Single mais vendidos em Portugal: "Fernando" dos ABBA, "Save Your Kisses For Me" dos Brotherhood of Man ou "Petit Demoiselle" de Art Sullivan, quanto aos álbuns a situação era bem melhor: "Jonathan Livingston Seagull" de Neil Diamond, "Crisis? What Crisis?" dos Supertramp  e "Moonmadness" dos Camel encontravam-se entre os mais vendidos.


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Publicado em finais de 1975, "Crisis? What Crises?" dos Supertramp continuou o sucesso do anterior "Crime of the Century", tornando-se o grupo um dos mais populares da década de 70, nele constava a canção "Lady" editada em Single no nosso país em 1976 e sendo uma das mais ouvidas do ano.



Supertramp - Lady

terça-feira, 25 de abril de 2023

The Eagles - New Kid In Town

   Canções que se ouviam no ano de 1976


Lembro-me bem de quando The Eagles surgiram no panorama musical norte-americano com rápido reconhecimento internacional. Logo os liguei ao Folk-Rock (por vezes Country-Rock) na continuação dos Crosby, Stills, Nash and Young, embora a minha preferência fosse para estes últimos. "Take It Easy", saído do primeiro LP, foi o primeiro grande êxito ainda em 1972, seguindo-se o álbum "Desperado" que sempre foi o meu preferido.

Mas o grande, grande sucesso surgiria somente ao 5º álbum, o famoso "Hotel California" publicado em finais de 1976 e que praticamente só se conheceu no ano seguinte.


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Ainda em 1976 é publicado em Single "New Kid In Town", um dos hits que o álbum "Hotel California" produziu. Uma melodia muito suave para um canção que nos fala do isolamento e da chegada a uma nova cidade onde se procura adaptação. Altura para a recordar, bem agradável, não?



The Eagles - New Kid In Town

segunda-feira, 24 de abril de 2023

The Doobie Brothers - Takin' It To The Street

  Canções que se ouviam no ano de 1976


The Doobie Brothers é uma banda norte-americana formada no início da década de 70 que misturando diversas influências, Rock, Blues e Soul, criaram uma sonoridade muito própria naquilo que se pode chamar de Soft-Rock.

"Takin' It to the Streets", publicado em 1976, é já o sexto álbum do grupo e é o primeiro com Michael McDonald, recrutado no ano anterior, como vocalista.



Edição portuguesa de 1976 com a ref: LP-S-65-13,
 preço: 285$00, cerca de 1,4€


"Takin' It to the Streets", é também o nome da canção que dá título ao álbum, foi escrita por Michael McDonald e tornou-se uma das canções mais conhecidas do grupo. Uma melodia bem elaborada e um refrão forte que incentiva as pessoas a saírem para a rua e a lutarem pelos seus direitos.

Não me recordo ao certo mas muito provavelmente "Takin' It to the Streets", álbum e canção terão sido a minha primeira aproximação a esta simpática banda bem característica do Rock americano dos anos 70.



The Doobie Brothers - Takin' It To The Street

domingo, 23 de abril de 2023

Chicago - If You Leave Me Now

 Canções que se ouviam no ano de 1976


As opiniões dividem-se, mas quero acreditar que maior parte dos amantes da música popular, em particular aqueles que viveram intensamente os anos 60 e 70, serão de opinião que o melhor dos Chicago ficou pelos primeiros três álbuns seguindo-se trabalhos progressivamente menos inspirados sendo alguns deles de grande sucesso comercial.

E as edições de novos álbuns sucederam-se a um ritmo impressionante, em 1976 é publicado "Chicago X" ou seja o décimo (mesmo considerando que um foi um "Greatest Hits" e outro ao vivo "at Carnegie Hall").


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Nele constava aquele que terá sido o maior sucesso comercial dos Chicago, era a canção "If You Leave Me Now" e que muito se ouviu no ano de 1976. "If You Leave Me Now" é uma balada romântica, escrita e interpretada por Peter Cetera, onde um homem, sob promessas de mudança, implora à sua amada que não o deixe.



Chicago - If You Leave Me Now

sábado, 22 de abril de 2023

Paul Simon - Still Crazy After All These Years

Canções que se ouviam no ano de 1976


As memórias de Simon and Garfunkel começavam a ficar para trás. Paul Simon mantinha a solo uma produtividade e qualidade, infelizmente não acompanhada por Art Garfunkel, que, sem esquecer os anos 60, se prolongavam por novas abordagens em álbuns de sucesso. Eram já três os álbuns após a separação: "Paul Simon" (1972), "There Goes Rhymin' Simon" (1973) e "Still Crazy After All These Years" (1975) aos quais se seguiria um interregno até 1980.


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De "Still Crazy After All These Years" saíram canções que ficaram para sempre na nossa memória, lembro-me de "Gone at Last", "My Little Town", "50 Ways to Leave Your Lover" e o tema título "Still Crazy After All These Years".

O álbum é de 1975, mas a edição em Single ocorreu em 1976, foi uma das "Canções que se ouviam no ano de 1976" que mais ouvi. É tão bom recordá-la.



Paul Simon - Still Crazy After All These Years

sexta-feira, 21 de abril de 2023

Queen - Somebody to Love

 Canções que se ouviam no ano de 1976


O meio da década de 70 é relativamente pobre sobre o ponto de vista musical, isto se compararmos com o que tinha sido produzido desde 1965 aos primeiros anos da década de 70. O ano de 1976 passou-me um pouco ao lado, na realidade foi pouco apelativo tendo também em conta que neste ano estudava em Coimbra e a situação política em Portugal era efervescente.

Os Queen fizeram a sua aparição discográfica em 1973 e portanto foram influenciados por tudo o que de bom tinha sido criado até então desde o Pop ao Rock mais progressivo e foram mesmo assim dos grupos mais interessantes que então surgiram, não fosse também a figura marcante e excelente voz do seu líder, Freddie Mercury (1946-1991).


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Em 1976 ouviu-se muito o álbum "A Night at the Opera " do ano anterior e onde se destacava a excelente "Bohemian Rhapsody". mas o ano não terminaria sem novo álbum dos Queen desta vez com o nome "A Day at the Races" um pouco inferior ao anterior mas onde constava uma das canções mais bonitas que os Queen compuseram, "Somebody to Love".

De 1976 para recordar com agrado fica "Somebody to Love", eram os Queen.





Queen - Somebody to Love

segunda-feira, 17 de abril de 2023

The Carpenters - There's a Kind of Hush (All over the World)

Canções que se ouviam no ano de 1976


"There's a Kind of Hush" é uma canção dos anos 60, mais exactamente do ano de 1967, foi um sucesso enorme na versão dos Herman's Hermits e já a recordei noutro Regresso ao Passado há alguns anos atrás.

A ela volto hoje a propósito de "Canções que se ouviam no ano de 1976", mas agora na versão do duo The Carpenters.

É verdade passados quase 10 anos "There's a Kind of Hush", renomeada "There's a Kind of Hush (All over the World)", volta à ribalta e às tabelas de vendas em mais uma bela interpretação dos irmãos Carpenter.


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Seria um dos últimos sucessos do duo (Karen Carpenter faleceria em 1983) embora Richard Carpenter já neste milénio viesse a lamentar a gravação desta canção. Ainda bem que o fizeram pois é mais uma boa memória que ficou da melhor música Pop que então se produzia.



The Carpenters - There's a Kind of Hush (All over the World)

sábado, 15 de abril de 2023

Eric Carmen - All By Myself

  Canções que se ouviam no ano de 1976


Eric Carmen, um nome pelo qual já não passava há muitos, muitos anos. Na realidade não sei se voltei a ouvi-lo depois do já longínquo ano de 1976 a não ser na canção de hoje que se ouviu na rádio por muitos anos. "All by Myself" é o nome da canção que diga-se, em abono da verdade, naqueles tempos não apreciava particularmente, mas que ouvida agora parece ganhar um novo folego. Será mera nostalgia, diminuição dos meus níveis de exigência? Não sei e pouco interessa. Basta o gozo de a recordar.


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A canção teve edição em Single em Portugal no ano de 1976, mas é na realidade de 1975 fazendo parte do primeiro álbum de Eric Carmen. A versão ém álbum é mais longa, mais de 7 minutos e esta que fica para audição.



Eric Carmen - All By Myself

quinta-feira, 13 de abril de 2023

Wings - Silly Love Songs

 Canções que se ouviam no ano de 1976


1976 não foi, para meu gosto, claro, um ano particularmente interessante sob o ponto de vista musical.

O melhor do Rock Progressivo já tinha sido feito e uma boa parte dos artistas consagrados não davam grandes mostras de inovação, aguardava-se o boom do Punk-Rock prestes a acontecer.

Veja-se o caso dos quatro ex-Beatles, a presença deles neste ano é quase imperceptível a nível de novas gravações e pouco ficou na memória daquele ano. Na realidade John Lennon não editou nada, George Harrison um sofrível "Thirty Three & 1/3" que não deixou marcas e Ringo com "Ringo's Rotogravure" passou despercebido. Falta Paul McCartney que com os Wings grava o 5º álbum do grupo, "Wings at the Speed of Sound". Também nada de relevo se verifica com este trabalho do qual não tenho praticamente memória.


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Talvez alguns acordes de "Silly Love Songs" que foi, por cá, também editada em Single. Muito pouco de quem tanto se esperava, digo eu.



Wings - Silly Love Songs

Peter Frampton - Show Me The Way

Canções que se ouviam no ano de 1976


Se há artista cujo maior sucesso foi um álbum ao vivo, esse artista foi Peter Frampton.

Humble Pie foi um grupo de Rock do final dos anos 60 que contou, na sua formação inicial com músicos como Steve Marriott (ex-Small Faces) e Peter Frampton.

Este último foi o primeiro a abandonar o grupo em 1971 tendo então iniciado carreira a solo. Em 1976 já tinha editado 4 álbuns de estúdio mas seria "Frampton Comes Alive!" que seria objecto de um sucesso enorme.


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Dele sobressaíram duas canções cujas interpretações neste álbum perduram no tempo e continuam particularmente agradáveis de se ouvir, são elas: "Show Me The Way" e "Baby, I Love Your Way". É com a primeiro que retomo a série "Canções que se ouviam no ano..." neste caso o de 1976.



Peter Frampton - Show Me The Way

quarta-feira, 12 de abril de 2023

Tim Buckley - I Woke Up

DISCO MÚSICA & MODA, nº 10 de 15 de Junho de 1971


Termino hoje a passagem pelo jornal "DISCO MÚSICA & MODA" nº 10 da 2ª quinzena de Junho de 1971, para esse efeito com a última página e o artigo "Epitáfio - por um "Em Órbita" defunto e uma Rádio gravemente doente".

Era o anunciar do fim do programa de rádio "Em Órbita" cuja última emissão foi para o ar a 31 de Maio, na realidade o programa seria retomado mas em moldes completamente distintos ao passar da Música Popular contemporânea para a Música Antiga e Barroca.

Conforme o texto "«Em Órbita» começou também a caracterizar-se pelo seu estilo sóbrio, pela sua intransigência para com a qualidade de tudo o que apresentava, pelas suas rubricas diárias, pelos seus comentários.". Caracterizava-se também "... por ser o primeiro a apresentar em Portugal das últimas produções em Inglaterra e nos Estados Unidos."

A ele devo, em boa parte, o gosto musical que então adquiri, nomeadamente na apreciação de Bob Dylan, Simon and Garfunkel, Tim Buckley, Donovan...




Tim Buckley é a recordação de hoje. Provavelmente terá sido no "Em Órbita" que o ouvi pela primeira vez.  Quando o programa terminou, o álbum mais recente de Tim Buckley era "Starsailor" de finais do ano anterior que continha "Song to the Siren", uma das suas composições mais conhecidos e que já se encontra num Regresso ao Passado mais antigo, um tema Folk no meio de um disco vanguardista onde se buscava novas abordagens para a música popular. Exemplo, "I Woke Up".



Tim Buckley -  I Woke Up

terça-feira, 11 de abril de 2023

King Crimson - Prince Rupert Awakes

   DISCO MÚSICA & MODA, nº 10 de 15 de Junho de 1971


Em 1971 o grupo King Crimson era uma das minhas maiores preferências. Num curto espaço de tempo, desde 1969, tinham publicados 3 LP e o ano não terminaria sem que um 4º álbum fosse editado.

"O Regresso dos King Crimson" é o título do texto sobre a este grupo que nos era dado a conhecer no jornal "DISCO MÚSICA & MODA" no seu nº 10 de Junho de 1971. Nele se dava conta da inconstância da constituição dos King Crimson, três álbuns três formações diferentes, onde sobressaia Robert Fripp ainda hoje à frente do grupo.




É ao 3º Lp, "Lizard", um dos discos mais menosprezados do grupo que vou buscar o tema para hoje, trata-se de "Prince Rupert Awakes", a faixa inicial da suite, de mais de 23 minutos que dava título ao álbum, que ocupava todo o lado B. A agradável surpresa de ter Jon Anderson na voz que eu tanto apreciava.



King Crimson - Prince Rupert Awakes

domingo, 9 de abril de 2023

Gerry Mulligan - My Funny Valentine

 DISCO MÚSICA & MODA, nº 10 de 15 de Junho de 1971


"Aspectos da New Thing", assim se intitulava o texto constante na página dedicada ao Jazz no nº 10 do jornal "DISCO MÚSICA & MODA" e que era continuação de outros textos já publicados em nºs anteriores do jornal.

Neste abordava-se a "vocação universal da música de Jazz" e afirmava-se "Compreendemos o jazz como criação específica e original, como expressão cultural de uma determinada comunidade, correspondendo assim às necessidades que lhe são próprias e reflectindo todo o complexo social e político que constitui a sua infra-estrutura". Ou seja uma música fundamentalmente dos negros norte-americanos mas que o tempo a fez alargar sociológica e geograficamente.

"Como explicar realmente um Bix Beiderhecke, um Gerry Mulligan, ou um Django Reinhardt?", artistas brancos que abraçaram o Jazz como forma de expressão mas que, segundo o texto, "...nunca esses artistas que sempre se limitaram aliás a uma pequena minoria, atingiram um nível de criação absoluta ou representaram um passo decisivo na evolução do jazz" pelo que "nunca os colocaremos ao lado dos grandes nomes: Louis Armstrong, Charlie Parker, John Coltrane..."




Gerry Mulligan (1927-1996) foi um saxofonista, compositor e arranjador de Jazz norte-americano. Ficou conhecido pela técnica inovadora de tocar saxofone barítono e pelas suas colaborações com outros grandes nomes do Jazz, como Chet Baker e Miles Davis.

É do álbum "What Is There To Say" de 1957 com Gerry Mulligan em Quarteto a versão de "My Funny Valentine" que escolhi para mais este Regresso ao Passado.



Gerry Mulligan - My Funny Valentine

sábado, 8 de abril de 2023

Carla Bley - Escalator Over the Hill

  DISCO MÚSICA & MODA, nº 10 de 15 de Junho de 1971


Carla Bley, actualmente com 86 anos, é uma compositora, pianista e arranjadora de Jazz norte-americana com uma carreira que se iniciou nos anos 60 do século passado. Praticante de uma música experimental que rompe fronteiras e desenvolve novos caminhos tem no álbum triplo "Escalator Over the Hill" de 1971 um dos trabalhos mais considerados. Trata-se de uma obra colaborativa no qual se encontram nomes bem conhecidos de diversas áreas como Gato Barbieri, Jack Bruce, John McLaughlin, Charlie Haden, Linda Ronstadt, Don Cherry, Paul Motion, etc..

"Escalator Over the Hill" é um trabalho conceptual que combina elementos de Jazz, Rock, Clássica e música de teatro sendo frequente lembrarmo-nos de Kurt Weill.




Numa página dedicada ao Jazz, o nº 10 do jornal "DISCO MÚSICA & MODA" da 2ª quinzena de Junho de 1971 dedicava um texto a este álbum considerando-o um Ópera de Free Jazz.

Como pequena amostra deste grande álbum proponho a audição do tema título, "Escalator Over the Hill".



Carla Bley - Escalator Over the Hill

sexta-feira, 7 de abril de 2023

Gordon Lightfoot - If You Only Could Read My Mind

 DISCO MÚSICA & MODA, nº 10 de 15 de Junho de 1971


Gordon Lightfoot é um cantor Folk canadiense que não conheceu do lado de cá do oceano o mesmo sucesso que teve do outro lado. Não alcançou a importância de outros cantores Folk oriundos do Canadá como Joni Mitchell, Neil Young e Leonard Cohen, mas também não deve ser esquecido pois apresenta uma discografia de veras interessante onde se destacam alguns álbuns dos anos 70 como "Sundown" (1974) ou "Sit Down Young Stranger" (1970). Deste último, particularmente simples e muito bonito, destacavam-se canções como "Me and Bobby McGee", original de Kris Kristofferson e grande êxito na voz de Janis Joplin, e ainda "If You Could Read My Mind".





"If You Could Read My Mind" é uma das canções mais conhecidas de Gordon Lightfoot e foi editada em Single no nosso país, disso dá conta o jornal "DISCO MÚSICA & MODA" nº 10, na 2ª quinzena de Junho de 1971. A crítica vinha publicada na página dedicada a "Novos Discos" onde constava também o álbum "Apocalipsis" dos Aguaviva o qual já recordei recentemente.

Uma no crava outra na ferradura assim era a crítica a "If You Only Could Read My Mind": "O que prepondera é a melodia, não muito rica diga-se desde já, mas por vezes linda. A voz de Gordon Lightfoot é agradável de ouvir embora não possua um timbre espectacular..."

Digam o que disserem, mais uma bela recordação.





Gordon Lightfoot - If You Only Could Read My Mind

quarta-feira, 5 de abril de 2023

Carlos Portugal - Na Estrada Para a Cidade

DISCO MÚSICA & MODA, nº 10 de 15 de Junho de 1971


Na mesma página do artigo sobre Fats Domino, o jornal "DISCO MÚSICA & MODA" publicava um texto sobre o cantor Carlos Portugal. Dele já fiz várias passagens dando conta da sua curta carreira como cantor, tendo rapidamente abraçado a de produtor.




Carlos Portugal que se dizia "... um reflexo, um escravo da música" e  que revelava as suas preferências musicais: "Bood, Sweat and Tears, Elton John como cantor, Van Morrison, Dave Clayton-Thomas". Boas escolhas, digo eu.

"Na Estrada Para a Cidade" é uma canção do 2º LP publicado em 1969, um disco pouco divulgado de um cantor que prometia...



Carlos Portugal - Na Estrada Para a Cidade

terça-feira, 4 de abril de 2023

Fats Domino - The Fat Man

    DISCO MÚSICA & MODA, nº 10 de 15 de Junho de 1971


Fats Domino (1928-2017) foi um cantor, pianista e compositor norte-americano que ficou conhecido pela singularidade na mistura de Rhythm'n'Blues, Gospel e Boogie-Woogie. Foi um dos pioneiros do Rock'n'Roll com elevados níveis de popularidade nas décadas de 50 e 60 do século passado.

O seu primeiro sucesso ocorreu logo no primeiro Single gravado em 1949, era o lado B do disco e chamava-se "The Fat Man".




O jornal "DISCO MÚSICA & MODA" no seu nº 10 de Junho de 1971 passa em resenha o percurso musical de Fats Domino, o qual não mais viria a alcançar o êxito que já tinha conhecido. De qualquer forma ficou como uma referência maior dos primórdio do Rock'n'Roll.

E para recordá-lo ficamos com a tal "The Fat Man" gravada e publicada em Dezembro de 1949.



Fats Domino - The Fat Man

domingo, 2 de abril de 2023

Pink Floyd - A Pillow of Winds

   DISCO MÚSICA & MODA, nº 10 de 15 de Junho de 1971


Na minha opinião os Pink Floyd anteriores a 1973 foram muito mais interessantes que posteriormente àquele ano, com "Dark Side of the Moon" a fazer a transição e a ser consensualmente um dos melhores trabalhos do grupo. Curiosamente gravaram 7 álbuns antes e 7 álbuns depois daquele trabalho tão marcante e pessoalmente não trocava os primeiros pelos últimos.

Estamos em Junho de 1971 e o jornal "DISCO MÚSICA & MODA" incluía no seu nº 10 uma entrevista a David Gilmour onde se começava por afirmar que "A falta de novo material para actuação em palco tem sido de há dois anos para cá o grande problema de Pink Floyd".

Afirmação que não seria totalmente verdade pois "Ummagumma" (1969) álbum duplo com um LP ao vivo e outro de estúdio continha composições novas e "Atom Heart Mother" (1970), embora este contivesse o tema título a ocupar toda uma face do disco e ser difícil a sua reprodução ao vivo.




Na entrevista é revelado que o grupo estava a compor novas canções para um novo LP sobre o qual David Gilmour não se abre dizendo "Não espera com certeza ouvir uma descrição da música..." e "Talvez não fosse oportuno fazer uma comparação" com outros álbuns, revelando somente "que é muito mais o nosso estilo doque "Atom Heart Mother".

O novo álbum seria "Meddle" editado no final de 1971 e dele recupero "A Pillow of Winds", um tema a lembrar o lado B de "Atom Heart Mother". Mais uma canção irresistível dos Pink Floyd.



Pink Floyd - A Pillow of Winds

sábado, 1 de abril de 2023

Simon and Garfunkel - Homeward Bound

  DISCO MÚSICA & MODA, nº 10 de 15 de Junho de 1971


Uma entrevista a Paul Simon preenchia as páginas centrais do nº 10 do jornal "DISCO MÚSICA & MODA" publicado a 15 de Junho de 1971.

Provavelmente uma entrevista não recente pois à data o duo com Art Garfunkel já tinha acabado e Paul Simon tinha já gravado o álbum a solo, "Paul Simon", que só se ouviria em 1971, e nada é dito sobre estes factos. Uma entrevista virada para o passado.





Assim sendo também eu recuo uns anos, vou ao ano de 1966, ao álbum "Parsley, Sage, Rosemary and Thyme", donde tiro mais uma grande canção: "Homeward Bound" ou a saudade de voltar a casa.



Simon and Garfunkel - Homeward Bound