quinta-feira, 31 de agosto de 2023

Creedence Clearwater Revival - Hey, Tonight

  mundo da canção


Duraram quatro anos, publicaram sete álbuns, tiveram imenso sucesso e deixaram muitas saudades. Eram os Creedence Clearwater Revival, ou simplificando CCR, e são um bom exemplo naquilo que a música popular é fértil, duração curta, o respectivo êxito e depois o fim continuando a viver à custa dos êxitos passados sem acrescentar nada de novo ao que tinham feito. Neste caso, em particular John Fogerty e apesar dos seus 78 anos, foi o que teve mais seguidores, mas reconheçamos que rapidamente o seu tempo já tinha passado.

Aliás, é um fenómeno que seria interessante analisar, a efemeridade do sucesso na música popular. Tem a ver com determinados períodos históricos de grande criatividade? Com a idade dos praticantes? Com os produtos ávidos de novidades e esquecendo rapidamente os mais velhos? Enfim um sem-número de questões se podem colocar. Valha que há sempre um bom número de artistas a contrariar tudo isto e a terem percursos artísticos mais que relevantes ao longo das suas vidas.




E cá está mais uma memória trazida pela revista "mundo da canção", que continuo a recordar, no seu nº 18 publicada em Maio de 1971 onde era reproduzida a letra de "Hey, Tonight", gravação do penúltimo álbum de estúdio, "Pendulum", ainda de 1970 que apresentava já os primeiros sinais de algum esgotamento.

Uma coisa é certa, é sempre agradável voltar aos Creedence Clearwater Revival e perdermo-nos na energia contagiante que ainda transmite.



Creedence Clearwater Revival - Hey, Tonight

quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Joe South - Hush

 mundo da canção


Joe South (1940-2012) foi um cantor, compositor norte-americano de que poucos terão memória. Eu próprio já dele não me recordava não fosse ter que preparar este Regresso ao Passado.

A primeira lembrança que recuperei foi a canção "Games People Play", o seu maior sucesso e que muito ouvi no ano de 1970. Constato agora que venceu dois Grammy: Best Contemporary Song e  Song of the Year. Fora esta canção as poucas memórias foram reaparecendo graças à internet. Assim, para que conste o super sucesso "Rose Garden" na voz de Lynn Anderson foi escrita por Joe South e a canção de hoje "Hush", escolhida para hoje, também.

Aliás já a tive oportunidade de a lembrar mas na versão que obteve maior sucesso que foi pelos Deep Purple e que a incluíram no seu primeiro álbum "Shades of Deep Purple" de 1968.




Mas a razão de ser da escolha vai para a revista "mundo da canção" no seu nº 18 de Maio de 1971 que na coluna intitulada "Aplausos pela Esquerda" lhe fazia uma pequena referência, dizia:

"«HUSH» - a revelação, entre nós, de um intérprete desconhecido: Joe South no retomar de um tema antigo mas a que a voz do seu intérprete confere uma nova personalidade."



Joe South - Hush

terça-feira, 29 de agosto de 2023

Simon and Garfunkel - At the Zoo

mundo da canção


Em tempos de maior dificuldade em manter estes Regresso ao Passado com a assiduidade que era habitual, arranjei hoje um pequeno espaço de tempo para poder voltar onde tinha ficado, ou seja no nº 18 da revista "mundo da canção" de Maio de 1971. Mais precisamente na página "Êxitos de Ontem" donde já tinha recuperado "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band" dos The Beatles e "Arnold Layne" dos Pink Floyd primordiais.

Falta a canção de hoje "At The Zoo" com letra e música de Paul Simon e com interpretação desse duo ímpar que foi Simon and Garfunkel.

"At The Zoo" é o tema final do álbum "Bookends", disco pelo qual nutro um gosto muito particular, talvez aquele que mais vezes ouço da discografia do duo, e um das melhores canções do ano de 1967.




Na realidade, apesar de "Bookends" só ter sido editado em 1968, já "At The Zoo" se fazia ouvir na edição em Single no ano anterior.

"At The Zoo" um "Êxito de Ontem" um prazer de sempre.





Simon and Garfunkel - At the Zoo

terça-feira, 15 de agosto de 2023

Pink Floyd - Arnold Layne

 mundo da canção


"Êxitos de Ontem" era o nome de uma página da revista "mundo da canção" que, no seu nº 18 de Maio de 1971, publicava três letras de canções  de sucesso passado. Não tão longínquo como isso e de sucesso bem relativo, vamos já perceber porquê?

Uma dessa canções já recentemente a recuperei trata-se de "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band" dos The Beatles, uma canção de 1967 de um disco histórico mas que não foi, de longe, a de maior êxito se compararmos com, por exemplo, "With a Little Help from My Friends", "Lucy in the Sky with Diamonds" ou "A Day in the Life".

Para hoje uma canção dos Pink Floyd, também de 1967, de nome "Arnold Layne". Na realidade trata-se mesmo do primeiro Single do grupo ainda creditado como The Pink Floyd, não teve edição em álbum e não pode ser considerada propriamente um sucesso do grupo. Foi, no entanto, uma canção, que foi, ao longo dos anos, ganhando importância na discografia do grupo, não fosse ela escrita por Syd Barrett.




Syd Barrett (1946-2006) estaria pouco tempo nos Pink Floyd, mas o suficiente para deixar uma marca na sonoridade do grupo que se iria manter mesmo após a sua saída. "Arnold Layne" é uma evidência.



Pink Floyd - Arnold Layne

segunda-feira, 14 de agosto de 2023

Bread - Let Your Love Go

 mundo da canção


Bread foi um grupo norte-americano que se evidenciou na década de 70 praticando um Soft-Rock de agrado geral. Já os recordei com as canções "If" e "Take Comfort" pertencentes ao álbum "Manna" de 1971.

"Manna" era o terceiro álbum do grupo e é dele, novamente, a canção para este Regresso ao Passado.

"Let Your Love Go", num registo menos soft que o característico do grupo, é a faixa de abertura deste álbum e é a letra escolhida pela revista "mundo da canção" reproduzida no seu nº 18  de Maio de 1971. 




Rapidamente se deixaria de ouvir este agrupamento que teria o seu fim logo em 1973, embora retornassem por mais duas vezes. Aqui fica a recordação, "Let Your Love Go".



Bread - Let Your Love Go

domingo, 13 de agosto de 2023

Donovan - Snakeskin

mundo da canção


Donovan, Donovan Leitch, marcava presença com dose dupla na revista "mundo da canção" nº 19, de Maio de 1971, ao serem publicadas duas letras de canções deste escocês, hippie sobrevivente que nos acompanha musicalmente desde 1964.

Naquela data, o melhor de Donovan estava e vias de terminar, já com quase uma dezena de álbuns de originais bem recomendados. As letras então publicadas eram "Season of Farewell" ou "Snakeskin". a primeira do álbum "Open Road" de 1970 que eu bem conhecia e a segunda que me levantou dúvidas se a conhecia e de onde.

Fui então fazer uma pesquisa, mas não fui lá muito bem sucedido. O ChatGPT só disse disparates, a revelar que é preciso ter muito cuidado com a informação com origem na Inteligência Artificial. Continuando descobri que ela aparece na reedição de "Barabajagal", em 2005, como "Bonus Track" e considerada "Previously Unreleased" o que a ser verdade aumenta a dúvida em relação ao ano de 1971. 




Até que descobri "Snakeskin" cantada por Julie Felix, cantora Folk (1938-2020), com uma edição em Single de 1971. Provavelmente seria esta a que o texto da revista "mundo da canção" se deveria referir, tanto mais que a letra bate melhor com esta versão.

Termino na mesma com a dúvida, terá Donovan editado "Snakeskin" em nome próprio em 1971? Quem tiver alguma informação no sentido de tirar esta dúvida, por favor comentar este Regresso ao Passado.

Para ouvir a versão de Donovan.





Donovan - Snakeskin

sábado, 12 de agosto de 2023

José Feliciano - Shake a Hand

 mundo da canção


"Que Sera", "Che Sarà", "Shake a Hand" são vários nomes para a mesma canção em diferentes versões. 

A versão que teve mais sucesso foi interpretada por José Feliciano que a cantou originalmente em italiano no Festival de San Remo de 1971. A canção ficou em 2º lugar naquele certame de prestígio internacional, mas, mesmo assim, teve enorme êxito na voz de José Feliciano e nas várias línguas em que a cantou.



 


É a letra da versão em Inglês, intitulada "Shake a Hand" e com sucesso em particular nos países Escandinavos, que a revista "mundo da canção" publica no seu nº 18 em Maio de 1971.

(Não confundir com a canção "Que Sera, Sera", bem mais antiga e que foi um sucesso enorme na voz da Doris Day corria o ano de 1956).



José Feliciano - Shake a Hand

sábado, 5 de agosto de 2023

The Beatles - Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band

 mundo da canção


Depois de John Lennon, Ringo Starr e George Harrison só falta Paul McCartney. Não tenho, para hoje, Paul McCartney mas sim The Beatles que também marcavam presença neste nº 18 da revista "mundo da canção". Era publicada a letra de "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band", canção de abertura do histórico álbum de 1967 com o mesmo nome, um dos melhores de sempre da música popular e que elevaria esta a um estatuto que não tinha até então.




"Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band" creditada a Lennon/McCartney como era usual, foi na realidade escrita por Paul McCartney, justiça para quem numa década se tornou um dos melhores e mais criativo dos músicos Pop-Rock.

Estávamos em 1971 e a revista "mundo da canção" colocava a letra numa página designada "Êxitos de Ontem". "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band" é de 1967, uma canção e um álbum não só de ontem mas para sempre.



The Beatles - Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band

sexta-feira, 4 de agosto de 2023

George Harrison - All Things Must Pass

  mundo da canção


Não há duas sem três. depois de John Lennon, Ringo Starr continuo com George Harrison (1943-2001).

O trabalho maior de George Harrison designou-se "All Things Must Pass", foi publicado em formato de triplo LP , era, depois de dois álbuns experimentais ainda do tempo dos The Beatles, o primeiro trabalho a solo após a dissolução do quarteto de Liverpool.

Num acumular de inspiração, que não se viu totalmente revelada enquanto The Beatles existiram (1960-1970), George Harrison publica, ainda em 1970, o seu melhor trabalho. "All Things Must Pass" contou com a colaboração de excelentes músicos como por exemplo: Eric Clapton, Klaus Voormann, Ringo Starr e Billy Preston. Dele resultaram sucessos como o tema título, "Isn't It a Pity", "What Is Life" e o maior de todos "My Sweet Lord".





Neste nº 18 da revista "mundo da canção" eram publicadas a letra e também a pauta de "All Things Must Pass" e é naturalmente com ela que fica a minha proposta de audição de hoje.



George Harrison - All Things Must Pass

quinta-feira, 3 de agosto de 2023

Ringo Starr - It Don't Come Easy

 mundo da canção


Até Ringo Starr, claramente o menos produtivo e criativos dos The Beatles, sobressaiu quando estes terminaram. Logo em 1970 publicou dois LP, respectivamente "Sentimental Journey" e "Beaucoups of Blues" de sucesso mediano. Em 1971 é a vez de um Single com a canção "It Don't Come Easy", uma das canções dele mais conhecidas pós The Beatles.

Depois foi um arrastar de álbuns que nada de novo trouxeram e o prolongar de sucessivas digressões com a His All-Starr Band.





A produção de "It Don't Come Easy" esteve a cargo do amigo George Harrison que se ouve bem e recomenda-se na guitarra inicial. O nº 18 da revista "mundo da canção" em Maio de 1971 publicava a letra de "It Don't Come Easy".



Ringo Starr - It Don't Come Easy

terça-feira, 1 de agosto de 2023

John Lennon - Working Class Hero

  mundo da canção


The Beatles terminaram em 1970, mas o contributo individual e as influências que exerceram no universo musical perduraram no tempo. Apesar de Paul McCartney e Ringo Starr ainda hoje continuarem no activo na realidade importância da música por eles actualmente praticada é podemos dizer nula, resta a recordação de outros tempos o que não é pouco.

Em 1971 estava tudo ainda muito fresco, "Let It Be", o último álbum do grupo, tinha somente um ano de existência e as gravações a solo sucediam-se deixando esperanças nos respectivos futuros individuais. Na revista "mundo da canção" eram presença assídua e este nº 18 de 1971 não é excepção.

Vejamos o caso de John Lennon, é dele com a Plastic Ono Band que são publicadas as letras de duas canções: "Working Class Hero" do álbum "John Lennon/Plastic Ono Band" de 1970 e "Power To The People" editada em Single já em 1971.





Destes testemunhos revolucionários proponho "Working Class Hero".



John Lennon - Working Class Hero