quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Sheiks - Summertime

Uma das canções que mais interpretações teve em toda a história foi sem dúvida “Summertime” composta por George Gershwin na década de 30 para a ópera “Porgy and Bess”. Com variadas versões, do Jazz ao Rock, também por cá foi celebrada no tempo do Ié-Ié.

É verdade, em 1965, quando os conjuntos portugueses despontavam para a esmagadora influência das sonoridades Ié-Ié houve quem se atrevesse a fazer a sua versão de “Summertime”. Era de temer o pior, mas não, o produto final até acabou por resultar bem. O destaque principal para o primeiro EP dos nossos Sheiks, de Carlos Mendes e Paulo de Carvalho, ia, precisamente, para a feliz versão em ritmo Ié-Ié de “Summertime”.





O resto do EP era infelizmente fraco, “Copo”, “Gloo, Gloo” e “Zalui” não deixam saudades.
Atenção para o texto da contra-capa, que é mais uma relíquia:
“ATENÇÃO SURDOS! Estas linhas são dirigidas em especial a todos os surdos, que não podem por consequência ouvir as interpretações contidas neste disco. Para que não fiquem completamente ignorantes em relação a elas, aqui vos elucido que se trata de um acontecimento no panorama da canção no nosso país. 
Os SHEIKS, dotados de um diabólico sentido de ritmo e de harmonia, criaram um estilo no qual é decisiva a intervenção de coros que exploram maravilhosamente, e o excepcional poder interpretativo dos solistas. 
O público jovem que tanto acarinha os «GRANDES» da nova vaga no MUSIC-HALL internacional tem agora oportunidade de aplaudir um conjunto português de extraordinária classe.”

 Agora fiquemos com “Summertime” em ritmo Ié-Ié, eram os Sheiks em 1965.




Sheiks - Summertime

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